Cálculos Dois

Calculadoras Eletrônicas 



As calculadoras mecânicas por muito tempo, superavam em velocidade com seus contadores de cálculos, o que o havia de eletrônico por meio de válvulas até meados de 1960. Quando ou se, as calculadoras eletrônicas iriam superar em uso e vendas, as mecânicas não era um fato pensando ou imaginado até os anos de 1980.
1965
Neste ano, houve um certo avanço nas vendas das calculadoras eletrônicas em cerca de 4 mil unidades em todo o mundo. Era um volume de vendas muito insignificante, desprezível em termos de mercado e terrível em matéria de retorno, diante dos custos de fabricação.

Considerando as vendas consagradas das mecânicas, fosse de somadoras ou calculadoras, com cerca de milhares. Ainda, a comprovada eficiência das máquinas mecânicas era incontestável querer sua substituição momentânea. A quantidade e qualidade de técnicos especializados neste campo era muito superior aos "primitivos" em eletrônica.
1966
Neste ano, as vendas atingiram a marca de 25 mil unidades espalhadas pelo mundo. No ano seguinte aumentou consideravelmente com cerca de 10 ou 15% das vendas gerais mundo afora. Os materiais empregados nas calculadoras eletrônicas tinham muito a melhorar para diminuir os índices de problemas havidos com esse tipo de equipamentos.

O encapsulamento dos componentes eletrônicos não eram fabricados com material resistente, queimavam com frequência, prejudicavam o uso e aceitação desse produto. De fato, as calculadoras eletrônicas seriam mais rápidas no futuro. As máquinas mecânicas estavam aperfeiçoadas, contavam com fácil assistência mecanográfica, como citado acima. Foi preciso exaustivas pesquisas até chegar num ponto aceitável.
Década de 1980
As calculadoras eletrônicas evoluíram gradativamente com os novos materiais empregados nos componentes eletrônicos. Obvio, estes não apenas fabricados ao fim mecanográfico, mas destinados para diversos e quaisquer aparelhos destinados ao mercado doméstico ou profissional, seja de execução da sonoridade, de apresentação visual, de telefonia, de fotografia, equipamentos hospitalares e outros. 

De fato, primeiramente as calculadoras que tiveram maior aceitação foram as chamadas “de bolso”. Eram pequenas, cabiam num pequeno espaço, somente com seus displays luminosos, para todo tipo de cálculos, as quatro operações, memória e outros recursos, com muita rapidez e a portabilidade como principal característica. Quase um brinquedo de cálculos!

Em seguida, foram despontando algumas marcas de calculadoras eletrônicas, as primeiras fabricadas no Japão. Foram sendo mais aperfeiçoadas, aceitas pelo mercado global, ao mesmo tempo que ficaram mais baratas do que as somadoras e calculadoras mecânicas. Além de realizar as quatro operações, porcentagem e alguns outros recursos, uma calculadora passou a realizar o trabalho de duas ou três máquinas mecânicas.

Primeiro, apareceram as calculadoras eletrônicas somente com display que faziam apenas o trabalho das calculadoras mecânicas, retirando-as dos escritórios e lojas de modo avassalador; depois surgiram as calculadoras com impressor, mais sem o display, por fim as calculadoras eletrônicas completas com impressor e display.
A substituição dos equipamentos mecânicos pelos eletrônicos não surtiu efeito imediato (pelo menos aqui no Brasil e mesmo em muitos outros países) quer seja por desconfiança nos aparelhos, quer seja pelo hábito enraizado de uso dos antigos equipamentos, seus graus de perfeição ou pelo receio da inovação.

Enfim, veio a substituição gradativa, com elas sérios problemas financeiros para as marcas de somadoras e calculadoras tradicionais, como: Facit, Olivetti, Burroughs, National, Remington e outras. 

Da origem puramente mecânica até torna-se um conjunto eletrônico, pode-se afirmar que só foi possível a partir da década de 1940, empregando a invenção da válvula termiônica. Caso queima-se uma válvula do meio ou de qualquer posição, o produto ficava inutilizado.

As primeiras calculadoras eletrônicas surgiram tendo o display com válvulas preparadas em série de tal modo que seus filamentos reproduziam os signos numéricos ao acender graças a ligação do teclado/display.
Ao impostar determinado número era aberto o filamento correspondente àquele numeral, que acendia normalmente na cor verde (fósforo). Essas primeiras calculadoras só possuíam display, o conjunto de impressão surgiu algum tempo depois.
Ainda sem o “C. I.” (circuito integrado), inexistente neste estágio, nas primeiras calculadoras, a placa era composta de fileiras de componentes individualizados, unidos em série. Havia uma fileira de resistores, de diodos, transistores, etc. para produzir as funções analógicas necessárias ao cálculo. A adaptação de um grupo impressor veio a seguir com o emprego de bobinas solenóides para transportar os pulsos a ser transformados em caracteres numéricos.
No princípio dessas calculadoras haviam inúmeros defeitos, os componentes não resistiam, queimavam com muita frequência. Desse modo, essas deficiências dificultavam as vendas e o convencimento do uso das primeiras calculadoras eletrônicas, em decorrência das calculadoras ou somadoras elétricas ou mesmo manuais, que resistiram muito bem até a década de 1990 e mesmo alguns anos depois.
Os componentes eletrônicos eram produzidos com materiais cerâmicos ainda em teste quanto a sua eficiência. A evolução dos componentes foi sendo melhorada e a substituição de material de melhor qualidade foi tornado esses equipamentos mais confiáveis.

Nas imagens do quadro abaixo, um exemplar com uma certa evolução de componentes, o display não é mais de tubo. A evolução foi sendo processada gradativamente. 

Com a entrada definitiva do circuito eletrônico, em uso generalizado nos equipamentos em geral, ao serem inseridos nas calculadoras eletrônicas, houve uma melhora substancial de eficiência, qualidade, maior agilidade e capacidade de cálculos aumentada, provocando uma completa troca de equipamentos.

Um dos itens que melhorou substancialmente foram os "display" mostrando com boa luminosidade e clareza, os caracteres dos numerais e os sinais, na produção de cálculos. As imagens dos quadros abaixo são desse período, quando houve um grande número de unidades de display sendo fabricados para compor a numerosa quantidade de marcas e modelos de calculadoras eletrônicas.
Abaixo, mostragem de visores, ou seja, o acrílico de proteção na frente dos display para evitar o excesso de luminosidade produzida pelos sinais emitidos. Obvio, que retratamos tão somente uma quantidade mínima dessas peças.

De fato, as calculadoras eletrônicas substituíam com presteza duas ou três máquinas de cálculo e somatória usadas nas mesas dos escritórios, assim que foi formado um padrão eficiente, tanto de tecnologia como do material empregado nos componentes. 

Depois das calculadoras eletrônicas somente com display, que substituíram as calculadoras manuais do tipo catavento (ver ABA Cálculos) foi entrando gradualmente máquinas de cálculos completas com modelos para cada necessidade de cálculos.

Abaixo, um quadro com dois modelos de calculadoras eletrônicas Texas, da década de 1980 montadas num bloco. Todas as conexões (display, fonte, teclado) são soldadas numa placa, como a do meio do quadro, dificultando reparos. A assistência técnica da Texas trocava todo o bloco, e isto, tornava as vendas futuras dos modelos menos aceitáveis.  
Abaixo, placas de calculadora só com impressor conforme descrito no quadro.
Com mais alguns anos, as calculadoras completas - visor e impressor - entraram firme no mercado substituindo aquelas incompletas, ou ao usuário ser obrigado a ter um custo maior para manter duas máquinas, um com display e outra com impressão. No caso, era muito comum as mesas de escritório manterem uma calculadora eletrônica com display e uma somadora mecânica para imprimir cálculos. Abaixo, um exemplar com as placas e display.

No bloco abaixo (Facit antiga) o display também é mais antigo e as conexões são fios ligados num pente conector. A evolução veio através dos flyts, retirando desorganizada fiação.
Abaixo, um dos modelos da Sharp com display duplo soldado na placa, mas com possibilidade de substituição como  tudo o mais.
As calculadoras eletrônicas foram evoluindo até deixar simplesmente, de mostrar os cálculos apenas num visor numérico, passaram a suportar uma unidade de impressão, que além de exigir uma fonte  com maior capacidade elétrica permitia imprimir.

Este processo de impressão necessitou projetar cálculos de distribuição de energia: uma voltagem maior a ser usada no movimento do grupo impressor; outra menor, para alimentar o display e o resto de componentes da calculadora, como o teclado e placa.
Tanto acima como abaixo, apresentamos dois grupos impressores usados no princípio da mostra de cálculos, numa bobina por meio de impressão de caracteres numéricos e de sinais. A principal característica dos impressores apresentados é que a impressão se dá por meio de um cilindro gravado com caracteres aonde os marteletes batem numa fita entintada e imprimem os processos de  cálculos.


O nascimento das calculadoras eletrônicas
A primeira aplicação do circuito integrado, desenvolvido por Jack St. Claire Kilby da Texas Instrumentos, foram largamente usados nos projetos das calculadoras eletrônicas de bolso, eram pequenas máquinas, também com pouca capacidade. Abaixo, calculadora eletrônica Sumlock, antiga de 1967.

A primazia dessas calculadoras eletrônicas de bolso, tinham visor verde, alimentadas com corrente de pilhas de 1,5V. A calculadora começava agora, não só a ser utilizada no escritório, como também, a nível pessoal.

Entretanto, as primeiras calculadoras, transformadas em praticamente, compostas em produtos eletrônicos, só veio com o desenvolvimento dos componentes.

Essas primeiras eram muito deficientes, o visor eram do tipo válvulas, não havia circuito integrando resistores, diodos e capacitores. Os componentes eletrônicos eram encapsulados com material frágeis davam muita pane.
Década de 1980
Neste década o avanço das calculadoras, somente eletrônicas - foi real e transformador. Seguido dos avanços desenvolvidos nos circuitos eletrônicos - CI -, esses equipamentos por fim chegaram a um tipo padrão. Primeiro só com visor numérico, depois só com impressor e por fim, completas: com visor e impressor, substituindo gradualmente calculadoras e somadoras mecânicas, movidas por motores ou alavancas.

Partindo desta década em diante, foram desenvolvidos projetos, aprimorando cada ver mais, os componentes eletrônicos. Segundo livreto de abril de 1982, da Occidental Schools, n° 2,pode-se definir o computador como um dispositivo que resolve problemas através de cálculos, por meio de um conjunto de operações matemáticas ou lógicas, em dados ou informações, para obter a “solução do problema”.

Nessa definição entram a régua de cálculos, o microcomputador, o minicomputador, a calculadora. A diferença entre estes, se dá pela capacidade computacional, velocidade, arquitetura interna, etc., ou seja, o tipo de aplicação e finalidade a que se destinam.

No nosso caso, as calculadoras – um tipo de aparelho digital - servem somente para cálculos dos mais variados, simples ou complexo. Seu custo foi barateado como produto de consumo, por ser divido por milhões de unidades. Primeiramente, elas tinham um teclado e um mostrador numérico ou display. Algumas até podiam ser acopladas em impressoras, unidades de armazenamento como as fitas magnéticas K-7.
Modelos padrão
No próximo passo, as calculadoras ganharam um impressor e na fase final de sua evolução ficou completa com display, ou seja,  o mostrador visual numérico, o grupo impressor e uma outra estrutura de memória, ou seja, outra máquina acoplada apenas para somas e subtrações.

As calculadoras tornaram-se completas, executando todas as operações. Após a evolução dos circuitos integrados, adquirem funções específicas, aprimorando movimentos de passos em motores, surgiram outros equipamentos mecanográficos como: fax, máquinas de escrever eletrônica e outros equipamentos, fazendo uso em suas estruturas de uma complexidade eletrônica cada vez melhor.

Calculadoras de bolso e pequenas
1958
Jack St. Claire Kilby pode-se colocá-lo na galeria dos inventores inovadores. No ano de 1958 escreveu um artigo: “A miniaturização extrema de muitos circuitos eletrônicos” teoria na qual será possível colocar numa única lâmina de silício, resistores, capacitores, transistores e diodos.

O avanço da tecnologia tornou essa tese uma possibilidade concreta, carreada pela conhecida sigla C.I., ou seja, um circuito integrado com componentes agregados, cada vez mais complexos, cada vez de tamanho menor, cada vez fornecendo vetores para execução de tarefas mais sofisticadas.

Nosso bloque tecteclas demonstra com imagens das placas, o movimento dessa ação, com imagens de diversos modelos, contendo mais circuitos integrados e menos componentes no projeto dos equipamentos. A conclusão final todos conhecem!
1974/1984
Nesta década, foi marcada por um novo atrativo, quase como um brinquedo de luxo: o uso de pequenas calculadoras, que cabiam na “palma da mão”. As calculadoras de mesa também entravam no mercado, porém com pouca aceitação devido a excelente funcionalidade das máquinas de somar e calcular mecânicas.

Entretanto, esse tipo de calculadora eletrônica muito pequena, conhecida como de bolso, teve aceitação imediata quer pela portabilidade ou quer por efetuar as operações mais prementes. Essas calculadoras, passou por um demorado processo tecnológico, marcado pelas empresas americanas Texas e HP e contribuição tecnológica da indústria japonesa ativadas pela Toshiba, Casio e Citizen.
1962
Pode-se marcar o nascimento das calculadoras eletrônicas com o primeiro modelo de mesa: Anita MK VIII. Inventada a partir da descoberta do transistor e da possibilidade de unificar vários componentes numa pequena pastilha, processo que gradativamente se expandiu numa miniaturização, aonde os componentes eram alocados num espaço cada vez mais diminuta e numa evolução crescente em capacidade de processamento.

No decorrer de poucos anos, foram fabricadas calculadoras muito leves, pequenas, de uso fácil, para atender o mercado nas seguintes categorias: simples, gráficas, científicas e financeiras. Essas calculadoras atendiam segmentos de mercado diversificado, como o bancário, o securitário, da engenharia, o econômico e agentes liberais que premiam cálculos complexos ou mesmo, apenas o simples uso pessoal.

Essas pequenas calculadoras eletrônicas, alimentadas por uma bateria, principalmente formadas por quatro ou duas pilhas de 1,5v num curto tempo posterior, foi possível obter calculadoras ligadas pela energia solar.
HP e Texas
Hewlett Packard Company foi fundada pela amizade dos engenheiros Willian Bill Redington Hewlett e David Dave Packard, com apenas 500 dólares, numa garagem pequena em Palo Alto, Califórnia. Em 1939, já atendia aos Estúdios Disney, no ano seguinte contava com quatro pessoas; em 1957 diversificou a linha com produtos como equipamentos médicos e relógios atômicos precisos; em 1960 principia a expansão com o foco em cálculos.
1963
Neste ano, a HP lança a primeira calculadora de mesa: HP 930A, capaz de armazenar cartões magnéticos e efetuar cálculos complexos científicos;
1967
A Texas inventa o microcomputador de um único chip.
1968
Neste ano, a HP enfim deslancha com o modelo: HP 9100A.
1971
Neste ano, a Texas inventa a primeira calculadora de bolso, usada pelo projeto Apolo.
1972
Bill Hewlett da HP, inventou a primeira calculadora científica HP 35, (por ter 35 teclas) para substituir o projeto da régua de cálculos eletrônicos, vendida por 400 dólares.  Surgiram a partir daí calculadoras gráficas (HP 49G, 48); no ano seguinte, (1973) as financeiras por 147 dólares. A GE General Eletric encomendou cerca de 20 mil unidades dessa calculadora. Ainda neste ano, a Texas abriu escritório de importação no Brasil.
1973
Devido a reserva de mercado brasileira, a Texas neste ano, inicia fabricação e vendas de toda linha de calculadoras na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil. Neste ano, a Casio lançou a Casio Mini com uma corrente como se fosse um chaveiro, vendendo cerca de 200 mil calculadoras por mês com preço bem inferior as fabricadas nos EUA.
1974/1980
Em 1974, a venda desse tipo de calculadora vendeu cerca de 10 milhões; em 1980, foram 80 milhões de unidades;
1981
Lançada neste ano, a HP12C passou a ser o padrão financeiro mundial, realizando cálculos financeiros, taxa de retorno, amortizações, método RPN.
Década de 1980/1990

A década apontada ganhou um novo tipo de utilitário pessoal: as agendas eletrônicas. 

Deste ciclo em diante, nos escritórios em geral das empresas ou indústrias, fossem de quaisquer atividades ou tamanhos, as calculadoras médias e grandes passaram a ocupar as mesas de trabalho ou um canto principal para seu uso. A evolução deu-se em largos passos reduzindo defeitos e as dificuldades e desconfiança inicial.

Texas Instruments
1951
A Texas Instruments, surgiu em Dallas, EUA pela reorganização da empresa Geophysical Service Incorporated, fundada em 1930, como fábrica de equipamentos para a indústria sísmica e produtos eletrônicos para defesa americana.

Foram fundadores da Texas: Cecil H. Green, J.Eik Jonsson, Eugene McDermott e Patrick E. Haggerty com a finalidade de fabricar inovações tecnológicas e desenvolver os semicondutores. O resultado desses estudos técnicos resultou na invenção dos primeiros transistores e da primeira calculadora de bolso.
1954
Neste ano, a Texas produziu o primeiro transistor de silício comercial do mundo e projetou o primeiro rádio transistor.
1958
Neste ano, Jack St. Claire Kilby inventou o circuito integrado enquanto trabalhava no Central Research Labs da T.I. Na ABA “Biografias” tratamos deste assunto de modo esclarecedor.
1967
Neste ano, a Texas desenvolveu equipamentos e componentes para equipar o famoso Programa Apolo que levou a homem a conquistar a Lua, um grande feito da humanidade com a participação fundamental dessa grande empresa.
1969
Desenvolveu neste ano o primeiro sistema guiado a laser para a Força Aérea dos E.U.A
1971
Neste ano, a Texas inventa o microcomputador com apenas um chip.
1972
Neste ano, a Texas Instruments abre escritório para importação no Brasil, sob a denominação de Texas Instrumentos Eletrônicos do Brasil Ltda, localizado na Rua Azarias de Nóbrega, CEP 1309901 tel 19 375411. Com ainda permiti a Indústria Gerais da Amazônica Ltda, sob concessão fabricar calculadoras eletrônicas da marca Texas.
1973 
Inicia a fabricação e venda da linha de calculadoras na cidade de Campinas em  São Paulo.

Casio – a primeira calculadora eletrônica

1946

Neste ano, no mês de abril, Tadao Kashio, um engenheiro especializado em tecnologia fundou em Tóquio, a “Kashio Seisakujo”. 

O primeiro invento de Kashio  chamado de yubiwa, era um anel de dedo com um tubo para colocar um cigarro. A invenção foi um sucesso. Houve outros inventos, como um dispositivo para assar milho. (ao lado o yubiwapaper)

Esse anel permitia ao fumante, prender o cigarro, deixar as mãos livre para fazer qualquer movimento. Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, o Japão ficou empobrecido com todas as dificuldades provenientes deste desastre bélico. Tudo encareceu, os cigarros eram produtos valiosos.

1949

Tadao Kashio, assistiu a exposição Business Show em Ginza, Tóquio. Conheceu nesta mostra, as calculadoras elétricas. Tadao Kashio reuniu seus irmãos mais jovens Toshio, Kazuo e Yukio, usando os lucros “do tubo yubiwa” passaram a desenvolver suas próprias calculadoras. (à esquerda os irmãos Kashio)

Por essa época, as calculadoras funcionavam através de engrenagens, molas e hastes mecânicas, operadas por meio de uma alavanca, manivela ou usando um motor para obter os cálculos. Toshio possuía algum conhecimento de eletrônica, tratou de fazer uma calculadora utilizando solenóides .

1954

Neste ano, o projeto de uma calculadora do tipo “desk-sized” foi concluído. Foi a primeira calculadora de eletro-mecânica japonesa, mas com uso de algumas inovações como uma preparação para o que seria as verdadeiras calculadoras eletrônicas. Como inovação adotou o teclado de 10 teclas numéricas. Naquele período, muitas calculadoras usavam teclado completo.
Casio modelo AL1000

1957

Neste ano, em 1° de junho, o nome da empresa foi mudado para Casio Computer Co. Ltd., para atingir principalmente o grande mercado ocidental. Como também a empresa lançou a primeira calculadora do mundo, totalmente elétrica a Casio 14-A. Com essa calculadora, a 14-A. a Casio entrou no mercado com um novo e revolucionário desenho.

 

Como a eletrônica ainda estava em estado embrionário, a empresa se utilizou de 342 relés elétricos para efetuar as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão com até 14 dígitos. Essa primeira calculadora eletrônica que representou o maior processo de cálculos. A Casio vendeu esse  modelo 14-A, por 485.000 ienes.

1960

Na segunda metade desta década, anos houve explosão no número de fabricantes de calculadoras no mercado, graças as inovações surgidas no campo da eletrônica.

1965

Neste ano, no mês de setembro, a Casio lançou a 001, a primeira calculadora eletrônica do mundo com função de memória, se utilizando dos circuitos integrados. 

No ano seguinte, a Casio começou a exportar seus produtos para os Estados Unidos e Europa. Começava a projeção da Casio rumo ao mercado global.

(foto à esquerda da 001)



A Casio trazia o marco inicial de uma nova era, das calculadoras composta de componentes eletrônicos com a retirada dos mecanismos mecânicos. Ao mesmo tempo, a Casio lançava o termo "calculadora eletrônica" comumente usado a partir desse período. 

Desse momento em diante, as calculadoras eletrônicas começavam seu trajeto em busca de aperfeiçoamento que veio em torno da década de 1980. O equipamento tornou-se gradualmente compacto, suficientemente para caber numa mesa de escritório, além disso no decorrer do tempo, as calculadoras ficaram cada vez menores, presente em todos os escritórios e lares do mundo.

1969

Neste ano, as calculadoras Casio estavam presentes entre muitas pessoas, foram bem recebidas como um tipo portátil, de bolso, tal qual um rádio de pilha portátil, em todo o mundo com produção total atingindo a marca de 100.000 unidades.

1972

Neste ano, em agosto, a Casio lançou a “Casio Mini”, vendida pelo preço japonês de 12.800 ienes. Este valor objetivava mantê-la acessível ao público em geral. Houve  foi um estouro nas vendas.

(ao lado esquerdo, a Casio Mini, como uma chaveiro)

A Casio Mini atingiu a marca de 1 milhão de unidades em 10 meses. Porém sua alta popularidade, permitiu vendas acumuladas das calculadoras Casio, ainda no final neste mesmo ano, à incrível marca de dois milhões.


1974

Neste ano, as calculadoras Casio atingiam em vendas, no âmbito mundial a cerca de 10 milhões de unidades, mas ainda faltava muito para ser mais confiável em seus componentes.

1978

Neste ano, foi lançada uma calculadora do tamanho de um cartão, com espessura de 3,9 mm: a  Casio Mini Card.

1983

Neste ano, a Casio desenvolveu a SL-800, tão fina quanto um cartão de crédito: 0,8 mm de espessura. Também por está época, a concorrência entre os fabricantes de calculadoras atingiu um ponto em que havia uma grande quantidade fabricantes e as calculadoras dispunham de impressores. Surgiram marcas tradicionais competindo com fabricantes antigos como: a Olivetti, a Facit, a Burroughs.  


Nos EUA, a Casio produziu a primeira calculadora programável eletrônico, com a marca Commodore.

Toshio Kashio, desde 1975, vinha fazendo projetos para o desenvolvimento de produtos menores e mais compactos. 

Tadao Kashio, inovou através de um recurso simples a facilidade de produção,  se utilizando “fios multicoloridos, para quem monta-se seus produtos tivesse maior agilidade na linha de montagem.

(foto de Toshio Kashio, irmão mais velho de Tadao - um mente brilhante)

Esse princípio foi reaproveitado por todos fabricantes e concorrentes. Tornou-se padrão e usual em todos os equipamentos mecanográficos até o aparecimento do cabo flexível, ou comummente chamado de  flyt”.
Década de 1980/90
As marcas tradicionais da atividade mecanográfica, como Olivetti, Facit, Burroughs, Precisa tinham um domínio de revenda e assistência técnica “capilarizada” no mercado global, com suas lojas e oficinas autorizadas. A Olivetti trouxe para o mercado mundial seus produtos de cálculo, com desenvolvimento completamente próprios. O número total de calculadoras vendidas no mundo, chegou a 100 milhões de unidades em 1980.

2006

Neste ano, a Casio abriu uma subsidiária para se ocupar com vendas e marketing de câmeras e relógios na Espanha, denominada: Casio Espana. Como também, outra subsidiária nos Estados Unidos em Miami, Flórida, como responsável pelo mercado da América Latina.

2008

Neste ano em abril, foi aberta a subsidiária Casio México Marketing. Em setembro deste ano, a Casio também marca seu território de negócios na Rússia.

2009

No mês de janeiro deste ano, a Casio inaugurou uma nova subsidiária, agora no Brasil. chamada Casio Brasil Comércio de Produtos Eletrônicos LTDA, localizada em São Paulo, Brasil. Nesse mesmo ano, inicia processo de vendas na Itália, com a Casio Itália S.R.l..

O aumento surpreendente de demanda na América Latina, principalmente no Brasil, fez a Casio fechar seu escritório de Miami, então  responsável pelo mercado da América Latina. Todas as operações foram transferidas para o Brasil, em São Paulo.

2011

Neste ano em outubro, o escritório da Casio de São Paulo acumulou funções, para todo o mercado Latino Americano.

Resumo cronológico das calculadoras eletrônicas Casio
1957
Lançamento das vendas do modelo 14-A; primeira calculadora compacta do mundo com relé totalmente elétrica.
1965
Lançamento do modelo 001, primeira calculadora com função de memória;
1969
As vendas globais de calculadoras Casio atingiram a cifra de 100 mil unidades.
1972
Neste ano, no mês de agosto, foi lançada a Casio Mini, primeira calculadora pessoal do mundo, vendida por 12.800 ienes. Um valor ousado, com objeto de mantê-la acessível ao público em geral. As vendas global Casio com este modelo ultrapassou 1 milhão de calculadoras em 10 meses. Atingiu no final do ano o total de 2 milhões de unidades.
1974
Neste ano, o total de vendas Casio no mundo perfaz 10 milhões de dólares;
1976
Ano de lançamento do modelo  Denkuro, uma calculadora com função de relógio.
1980
Neste ano, as vendas da Casio atingi a cifra de 100 milhões de dólares.
1983
Neste ano, foi lançado o modelo SL-800, uma calculadora tamanho de um cartão de crédito de 0,8mm de espessura. Atualmente, encontra-se no acervo do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
1985
Neste ano, é lançado o modelo fx-7000G, a primeira calculadora científica do mundo com função gráfica. Atualmente pertence ao acervo do Museu Nacional da História Americana de Smithsonian Washington, D.C.
2004
Neste ano é lançado o modelo fx-82ES, a primeira calculadora científica com visor.
2005
Neste ano, foi lançada a calculadora científica fx-9860G, com visor e funções matemáticas e símbolos gráficos;
2006
Em 31 dezembro deste ano, as vendas globais da Casio chega a l bilhão de dólares. Abaixo, um modelo mais moderno desta época.
Abaixo dois modelos de Casio "atuais" Made in China sob autorização da Casio Computer Co. Ltd. Tokio, Japan. Ambas são da série "T", o modelo HR-100T é uma calculadora média com fonte externa, impressor bicolor; a outra calculadora, modelo FR-2650T é um modelo de mesa, matrícula  n° Q2060955, 12 dígitos, impressor Epson M-32TII n° 0010088118, somente em 110v; o teclado W-GY915-1; tampa 8Q0130. Ambas fabricadas na China.


TOSHIBA
1904
Neste ano, a Tanaka Seisakusho fundada por Tanaka Hisashige foi rebatizada de Shibaura Seisakusho sendo a primeira fabricante no Japão dos equipamentos de telégrafo.

1910

Neste ano, a Shibaura Seisakusho, celebrou aliança com a americana General Eletric, a GE, trocando tecnologia por cerca de um quarto das ações da empresa japonesa. (ao lado, modelo BC081b)

1938

Neste ano, é fundada a futura Toshiba como “Tokyo Shibaura”  através da fusão de duas empresas: a Shibaura Seisakusho, fundada em julho 1875 e a Tóquio Denki, fundada em 1890, que era o primeiro fabricante de lâmpadas incandescentes do Japão.

A nova companhia foi chamada de Tokyo Shibaura Electric Co.. Tornou-se um fabricante japonês de produtos elétricos e eletrônicos, industriais e domésticos. Com essa fusão, a GE - que já detinha participação em ambas empresas, ou seja, a Shibaura Seisakusho e Tokyo Denki.

As duas empresas tinham linha complementar de produtos relativos a eletricidade e equipamentos elétricos pesados, como ainda, estabeleceram uma nova empresa, a Tokyo Shibaura Electric fabricante de locomotivas elétricas.
Essa relação com a General Electric GE prosseguiu até o princípio da Segunda Guerra Mundial, uma vez que o Japão ficou em lado contrário dos interesses americanos. O período de guerra impediu transferência de tecnologia, ou quaisquer acordos, ainda dificultando questões financeiras.
1953
Neste ano, do pós guerra, retornou a composição entre as empresas, entretanto a participação da General Electric GE foi reduzida para 24%, decrescendo consideravelmente, nos anos seguintes.
1970/1980
Neste período, a maioria dos fabricantes de produtos eletrônicos, se envolveram com um novo produto de alta necessidade: as calculadoras eletrônicas. Entre o final dos anos 70 e início de 80,  ocorreu o “boom” das calculadoras de bolso, então de domínio tecnológica japonês, bem como os famosos “radinhos de pilha”.

A Tokyo Shibaura Electric Co. começou a fabricar calculadoras com o nome de Toshibae a empresa passou a ser conhecida pela marca do produto. Logo foi apelidada de Toshiba,  marca impregnada da atividade comercial conhecida mundialmente.
1978
Neste ano, a empresa alterou seu nome para Toshiba Corporation. A marca Toshiba (em japonês, 株式東 Kabushiki Gaisha Tōshiba) então já conhecida pelo mercado global, designou o fabricante japonês, e uma ampla gama de produtos industriais e domésticos da empresa, introduzidas pela Toshiba.

Como Toshiba, ganhou notoriedade e investimento de ações transformando-se numa sociedade anônima, com sede em Tóquio, Japãoum conglomerado japonês multinacional bem sucedido. Com produtos e serviços diversificados, incluindo tecnologia da informação, equipamentos e sistemas de comunicação, componentes e materiais eletrônicos, sistemas de energia, sistemas de infra-estrutura industrial e social.
Além de produtos eletrônicos de consumo em geral, como eletrodomésticos, equipamentos médicos, equipamentos de escritório, iluminação e logística. A Toshiba fez um grande número de aquisições de empresas durante a sua história.
1990
Deste período em diante, as calculadoras da marca Toshiba perderam espaço para uma centena de novas marcas, principalmente inseridas por empresas tradicional no ramo mecanográfico da linha e somadoras e calculadoras.

No Brasil, em 1977 com o resultado da fusão das empresas Toshiba e da Semp (Sociedade Eletromercantil Paulista), a divisão de eletroeletrônicos recebeu o nome de Semp-Toshiba,  e ficou responsável pelas operações das duas empresas na América do Sul.
No quadro abaixo, à esquerda o modelo BC-1217 com memória e a direita o modelo BC-1204 sem memória, ambas são calculadoras somente com o display.
Abaixo, um quadro com quatro calculadoras: à esquerda o modelo BC-1218P com memória e o modelo BC-1222P sem memória, ambas com impressor mas sem display; à direita, dois modelos de mini-calculadoras, uma BC-0804B e BC-0806B um pouco maior que um maço de cigarros.

Citizen
A Citizen é uma empresa japonesa de eletrônica sediada em Nishi, Tóquio, fabricante de relógios, mas que também entrou na produção de calculadoras eletrônicas e impressores para diversos tipos de calculadoras eletrônicas. Sua citação nos interessa apenas no campo mecanográfico. O nome Citizen foi registrado pela primeira vez na Suíça em 1918.
1918
A famosa empresa japonesa Citizen é originária do Shokosha Watch Research Institute.
1930
Neste ano, é fundada a Citizen Watch Co. Ltd., com capital proveniente de japoneses e suíços. Para ampliar o parque de produção foi comprada as instalações fabris de uma fábrica suíça inaugurada em 1912.
1960/1965
Neste ano, são fabricadas máquinas adição, como somadoras elétricas e registradoras.
1970
Neste ano, começavam a entrar no mercado as calculadoras eletrônicas, a Citizen lança com sua calculadora de mesa.
1971
Por volta deste período, a empresa havia lançado diversos modelos, entre estes: o 1211P. Os modelos abaixo são de 1969, a série C.

1973/1980
Neste período, a empresa lança caixas registradoras como a série ECR-3500 e impressoras para computador a fim de concorrer com a Epson.
2008
Neste ano, em 10 de janeiro, a Citizen comprou a americana Bulova Watch Co. por US$ 250 mil e alterou sua denominação para The Citizen Group.

TRIUMPH
Algumas marcas importadas chegaram ao mercado brasileiro (como os seis modelos abaixo) com a finalidade de apresentar uma nova de proceder os cálculos - o modo eletrônico. 

As primeiras calculadoras eram produzidas somente com display luminosos (ainda à base de fósforo), foram elas que surgiram para substituir as calculadoras mecânicas, tipo Facit C1-13. 

A evolução das calculadoras também foi sendo gradual e os modelos somente com display fizeram parte deste contexto.



Calculadoras eletrônicas brasileiras

Década de 1970
As primeiras calculadoras eletrônicas que apareceram no Brasil em fins deste período, importadas e alocadas em grandes empresas devido ao seu alto preço, mesmo assim o índice de problemas foi intenso.
Década e 1980
Deste período em diante as eletrônicas, começaram a substituir as calculadoras e somadoras mecânicas. No Brasil já havia uma política de nacionalização de produtos eletrônicos com a instalação da Zona Franca de Manaus desde 1967. 

Na ABA Máquinas Mecanográficas no Brasil, temos artigo completo sobre a ZFM e as fábricas nacionais ali instaladas. Na ABA Museu Virtual Teclas também estarão as marcas e seus modelos descritos.

Foi a grande oportunidade das empresas brasileiras ou as tradicionais com fábricas no mercado brasileiro alavancarem esse novo produto e dominarem nacionalmente o parque mecanográfico de cálculos. Realmente este fato ocorreu no país com instalação de diversas marcas absolutas no mercado nacional e exportando seus produtos para toda América Latina e inúmeros países. 

As marcas que mais se destacaram até o fim da mecanografia, sem dúvida foram: Dismac, Sharp, General Teknica, Olivetti, Burroughs, Facit, Seleconta, Texas, entre outras. Nos três quadros abaixo, estão um modelo de cada fabricante nacional em ordem alfabética:

 No quadro acima, três máquinas sendo uma Burroughs, uma C. Itoh e uma Dismac
Nesse outro quadro, estão uma Facit, uma General Teknica e uma Olivetti. Abaixo, uma Seleconta, uma Sharp e uma Texas.
Abaixo outros modelos das máquinas de calcular mais vendidas no Brasil, com vários modelos e apenas
destacamos alguns destes, no primeiro quadro estão três Dismac e mais abaixo três modelos de Sharp

Acima três modelos fabricados pela Dismac  e abaixo um quadro com outros três módulos.









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