Biografias



Aspectos importantes da vida desses inventores


Os inventores configurados nas fotos dos quadros acima, constituem os mais proeminentes, entre centenas de figuras criativas e mentes inventivas no ramo da mecanógrafia. Uma atividade das mais importantes durante os séculos XIX e XX. Entretanto estes, descritos na presente ABA, trouxeram as maiores transformações através dos seus projetos, por nós tratados como - modelo padrão - na definição dos equipamentos mecanográficos. 

Outros que contribuíram num grau menor, também estão destacados e citados nas abas Historiografia, Historiografia Dois (A escrita mecânica), sobre Cálculos um e dois, e outros, serão citados ainda na aba Marcas

Editamos uma vasta informação, mas ainda falta muito, para acrescentar no Blog tecteclas. Nosso compromisso com a MECANOGRAFIA, é sua influência nos dois últimos séculos (XIX, XX), hoje, uma atividade praticamente extinta. Usaremos a ordem alfabética.

Alexander Timothy Brown
1854


Neste ano, em 21 de novembro nasceu Alexander Timothy Brown  nem Scott, Cortland, Nova Iorque, EUA, filho do fazendeiro Stephen Smith Brown (22 março 1827 –19 março 1893) de Cortland Cointy, Nancy M. Alexander (16 agosto 1826 – 26 janeiro 1907) de Leyden, Massachusetts.

Sua instrução adiantada, ocorreu na escola do distrito de Scott e depois nas academias de Homer e Corthand em Nova York. O tempo livre que tinha na fazenda era para mexer nos implementos agrícolas do pai para torná-los mais eficientes. Ainda adolescente, pediu a primeira patente nos EUA: auto-ligação de uma ceifadeira.

Entretanto, alguém já havia obtido uma patente desta invenção, um vizinho fazendeiro, de nome James T. Leland. Alexander Brown passou a exercitar seu tempo livre na oficina do vizinho inventor.
1876
Alexander T. Brown, atuou como primeiro oficial de feiras do mundo nos Estados Unidos aonde conheceu a máquina de escrever “Sholes & Glidden” em 1876, na Exposição do Centenário, realizada em Filadélfia. Desde então, ao conhecer aquela novidade única de escrita mecânica ficou convencido que poderia projetar algo melhor.
1878 
Neste ano, entrou na vida de negócios como vendedor de implementos agrícolas na DM Osbone & Company, fabricante de colheitadeiras, em Aubum, Nova York. Casou-se com Mary Lillian Seamans, com quem teve os filhos: Charles S. Brown e Julian S. Brown.
1879
Com a idade de 25 anos, conseguiu emprego em Siracusa como operador de torno mecânico, na WH Baker Gun Company. Foi trabalhar no departamento de mecânica, da LC Smith Company, fabricantes de armas de fogo, onde ele aperfeiçoou a moderna espingarda carregamento pela culatra. 
1883
Se Lyman C. Smith era o pai da espingarda L C Smith, no entanto, "o coração da arma", o seu mecanismo, de parafusos rotativos foi inventado em março de 1883, por Alexander T. Brown. Sua última patente de arma conhecida foi de n° 381.109, emitida em 17 de abril de 1888 para um rifle de ar.
1889
Neste ano, o engenheiro, empresário e empreendedor em Syracuse, Nova York. Entre estas em 1889, junto com George F. Stillman, voltou sua atenção para conceber a máquina de escrever Smith Premier, que incorporou as suas próprias idéias de desenho. Como inventor tem creditado cerca de 100 invenções, como o carregamento pela culatra da espingarda, duas velocidades para bicicletas  (sistema Hi-Lo Bi-Gear) e outros.

A primeira máquina de escrever "Smith  Premier n° 1 
A máquina de escrever, foi fabricada pela Smith Premier Typewriter Company em Syracuse. Brown "o responsável pela construção mecânica," foi presidente da empresa L C Smith, por vários anos, famoso por suas máquinas de escrever, junto com Lyman Cornelius Smith
1922
Também foi um dos fundadores da Brown-Lipe Company, fabricante de engrenagens de bicicleta; mais tarde, Brown-Lipe-Chapin Company, fabricante de engrenagens de automóveis, diferenciais e transmissões, que depois se fundiu com a General Motors  em 1922.

No campo da vida pública e da atividade comercial e industrial, Alexander Timothy Brown foi contado entre os principais cidadãos influentes de Siracusa, e entre os "capitães da indústria" na cidade. 

Brown pertencia a um pequeno grupo de homens de negócios "distintamente representativas" que foram os pioneiros, inaugurando e construindo as principais indústrias em Central New York . Ao longo de sua carreira, estave ligado com muitos interesses comerciais, extensos e importantes.
1929
Morre em 31 de janeiro deste ano, Alexander Timothy Brown  em Syracuse, Onondaga Country, EUA.
Christopher Lathan Sholes 
1819
Neste ano, em 14 de fevereiro de 1819, no Condado de Montour, Pensilvânia, o inventor da máquina de escrever, a typewriter - Christopher Lathan Sholes. Faleceu em 17 de fevereiro de 1890, com 71 anos em Milwaukee, onde foi enterrado no Forest Home Cemerety.

1845 
Christopher L. Sholes, mudou-se para Kenosha, onde foi editor do Wisconsin Enquirer por curto período; em seqüência, trabalhou como editor e publisher da Southport Telegraph, onde permaneceu por 17 anos.
1848-1849 
Era o irmão mais novo, de Charles Sholes (1816-1867), diretor de jornal e político, tendo atuado em ambas as casas do legislativo de Wisconsin e também foi prefeito de Kenosha. Christopher Sholes também se envolveu na política, servindo no Senado do Estado de Wisconsin no período descrito e depois entre 1856 a 1857.
1852 a 1853 
Atuou na Assembléia do Estado de Wisconsin, onde liderou a campanha, sendo pessoa fundamental para o sucesso de abolir a pena de morte em Wisconsin. Seu jornal, The Kenosha Telegraph informou detalhadamente sobre o julgamento de John McCaffary em 1851.
1856 a 1857 
Sholes serviu como “postmaster” em Milwaukee durante um  ano na Guerra Civil; mais tarde trabalhou como coletor de porto e comissário de obras públicas. 
1864
Neste ano, inventou uma máquina de endereçamento para jornal. Sholes é conhecido como um inventor ativo e inovador, desenvolveu vários dispositivos no período de sua carreira jornal, com um dispositivo de paginação/numeração. Foram destes dispositivos que saiu a idéia para desenvolver a primeira máquina de escrever prática em 1867.
1867
Sholes, neste ano trabalhou em estreita colaboração com Carlos Glidden e Samuel W. Soules com idéia fixa de adaptar uma máquina de numeração para imprimir letras alfabetas, segundo artigo de uma revista, idéia de um mecânico de Londres, Inglaterra

Nascia não só, a vontade criar a máquina de escrever mecanizada, porém uma máquina que superasse todas que até então, não apresentavam bons resultados como circulavam as notícias, de tentativas frustradas, a fim de conceber tal aparelho de escrita.
Em setembro de 1867, Sholes tinha concluído, um modelo de teclado com alfabeto, números e sinais de pontuação; uma chave foi tirada e modificada, de um telégrafo para imprimir a letra "W". O invento foi principalmente projetado por Christopher Lathan Sholes com participação dos demais. Seria dali para diante, o primeiro sucesso comercial e técnico, deste equipamento na sua história.

Numa pequena oficina de artesãos, que eram imigrantes alemães, em Milwaukee, os quais trabalhavam com metal e bronze, rodízios, gravadores, fabricando estêncil e reparação de máquinas de costura, foi neste ambiente aonde o trio de inventores amadores, se reuniu no verão de 1867. Junta-se ao grupo, Mathias Schuwalbach, relojoeiro alemão, contratado para ajudar na manufatura do invento. 

A máquina em sua concepção, incorporou elementos fundamentais: um cilindro (placa cilíndrica); quatro fileiras para o teclado QWERT, escape regulando o movimento de passo dos caracteres; martelos adaptados do piano. Havia deficiências mais surgia um padrão para industrializar. As inovações iriam surgir nos modelos posteriores, a n° 1.
1868 




Em 23 de junho de 1868, o aparelho foi patenteado, como primeiro modelo (foto) recebendo o nome dos sócios: “Sholes, Glidden e Soulé”.  Concedida a patente para este dispositivo, a primeira “Typewriter”, mesmo com falhas, dispositivos a serem aperfeiçoados, inacabada em funções. Através deste modelo, o trio, escreveu numerosas cartas propagando o novo equipamento de escrever e, enviou-as a inúmeros homens de negócios.  Na foto à esquerda, o máquina de escrever apoiada numa mesa de máquina de costura.

James Densmore, se incumbiu de levar uma máquina até Ilion, Nova Iorque, para apresentar aos “Remingtons”. Após algumas reuniões, em 1º de março de 1873, assinam contrato de simples fabricação pela Remington de mil máquinas de escrever, com opção de produzir outras 24 mil. A fabricante receberia pelo acordo, US$10.000 + royalties.

Assim esse novo e inovador invento chegou a “Remington And Sons”, fabricante de armas, instrumentos agrícolas e máquinas de costuras. A fábrica capaz de manufaturar o equipamento de escrita em modo industrial sem o “artesanato praticado até o presente".

Um fato é concreto, surgia 154 anos depois de Henry Mill, o padrão da máquina de escrever, não mais, um aparelho de escrita. Graças as habilidades, encontros, tentativas, ímpetos mecânicos e a principal persistência de Sholes, o desenvolvimento da primeira máquina de escrever prática despontava em 1868.


Aspectos das máquinas de escrever, Sholes e sua filha Lilian
1874 
Até dezembro deste ano, foram vendidas 400 máquinas de escrever. Seu preço era elevado: o preço de uma máquina era de US$ 125, correspondia a renda anual média de uma pessoa. As empresas demoraram à adotá-la. Autores, clérigos, advogados, editores de jornais, que seriam os prováveis compradores, também não despertaram interesse. Indivíduos, em sua maioria em geral, não escreviam o suficiente para justificar tal aparelho. Além do que, havia pouca confiabilidade de sua necessidade.

A máquina de escrever modelo “Sholes & Glidden Typewriter”, foi exibida na Exposição do Centenário em 1876. Nessa exposição industrial, foi lançado o telefone por Alexander Graham Bell. Teve na figura de D. Pedro II, Imperador do Brasil, o seu melhor patrocinador. A máquina de escrever não despertou interesse público.

Christopher Lathan Sholes continuou em busca de melhorar e aperfeiçoar a máquina de escrever, agora com a ajuda de seus dois filhos, compartilhando cada sucesso dos resultados com Remington e recebeu sua última patente da máquina de escrever em 1878.


Este modelo foi projetado por Zalmom Gilbert Sholes, após a morte do pai.
Os filhos de Christopher Lathan Sholes deram de certo modo continuidade no negócio de máquina de escrever de diversos modos. Participaram de diversas patentes de aperfeiçoamento, como fez Louis L.  Sholes. Ainda um novo desenho, feito pelos irmãos Louis e Frederick. 

Zalmom Gilbert Sholes, também filho de Sholes (falecido em outubro 1917) se uniu a Franklin Remington, um dos três filhos da família Remington, que formaram os proprietários da E. Remington & Sons um empresa para fabricar máquinas de escrever graças as patentes que uniam a ambos. A empresa durou curto tempo, mas produziu um novo  modelo. 
1890
Christopher Lathan Sholes durante toda sua vida, teve constituição delicada. Desenvolveu tuberculose em 1881, morrendo nove anos depois, em 17 de Fevereiro de 1890, em Milwaukee, a cidade destacada por seu importante invento: a máquina de escrever.

George Washington Newton Yost

1831
Neste ano, em 15 de abril de 1831 nasceu em Starkey, Condado de Yates Nova Iorque, EUA,  e faleceu em 26 de setembro de 1895 em Manhattan, Nova Iorque, EUA.  

George Washington Newton Yost, figura muito importante nos primeiros anos da máquina de escrever, colaborou com a invenção ao convencer os proprietários da Remington Arms Co. a produzir a primeira typewriter.


1867
George Washington Newton Yost, foi o último a entrar nesse grupo que formatou de modo definitivo o padrão de uma máquina para escrever mecanicamente. O grupo era composto por Christopher Lathan Sholes, Samuel W. Soulé, Charles Glidden e o  relojoeiro alemão Mathias Schuwalbach. Com a saída de Samuel Soulé entrou no grupo: James Densmore.

1873
Após a fabricação, não mais artesanal, mas por intermédio de uma indústria a - Remington and Sons um fabricante de armas (ver ABA Historiografia), James Densmore e George W. N. Yost formam uma empresa de marketing, tornando essa empresa, agentes exclusivos, autorizados pelas vendas dessas primeiras máquinas, fabricadas com a marca Sholes & Glidden, posteriormente recebeu a marca de Remington modelo 1.

1881
Neste ano George W.N. Yost, com conhecimento dos detalhes e a utilização prática das máquinas de escrever decidi que também iria fabricar as suas “typewriter”, com estilo e formato próprio. Ao lado a Yost n°1.
1887
Neste ano, Yost um vendedor persuasivo, resolveu fundar a American Writing Machine Company, para produzir máquinas de escrever e concorrer com a Remington, com a máquina de escrever CaligraphA primeira máquina de escrever que carrega o nome Yost saiu em 1887.

Mesmo sendo um homem de negócio muito astuto, Yost tinha uma outra faceta: acreditava na existência de um mundo espiritual. Este seu aspecto aparentemente em confronto com o de um homem de negócios, não impedia de ter uma tendência natural à especulação e aos estudos metafísicos.



Foi um espírita estudioso e dedicado.  Formou uma grande amizade com Dr. Rogers, de Chicago, médico e espírita, dedicado as possibilidades de comunicação com os espíritos dos mortos. Também foi amigo de Elena Petrovna Blavatskaya ou simplesmente Madame Blavastsky fundadora da Sociedade Teosófica. (foto à esquerda)

Junto com o Dr. Rogers acreditavam ser possível gravar essas possíveis conexões com o mundo espiritual, isto é, as conversas e entrevistas com a máquina de escrever.



1895

Foi um inventor muito criativo, e criou uma máquina de escrever interessante "com duplo teclado" com maiúsculas e minúsculas com um jogo de tipos também duplo.

Em 26 de setembro de 1895,  morre em Manhattan, Nova Iorque, EUA, George Washington Newton Yost. Sua crença no Espiritismo em geral perdurou até o último momento de sua vida. Depois de sua morte foram fabricados outros modelos como: New Yost (1889), nº 4 (1895), e nº 10 (1902). 

Giuseppe Ravizza
1811

Giuseppe Ravizza, nasceu em 19 de março de 1811, em Novara, Itália, numa família abastada e tradicional. Um dos seus antepassados foi  Bento Cortesella , um dos chefes da Lombardia na Primeira Cruzada. Teve que agradar seu tutor, formando-se em direito, por vontade pessoal, gostaria de ser engenheiro.

Nos primeiros anos advogou em Novara. Na política, chegou a prefeito de Nibbiola. Com cerca de vinte e poucos anos, começou curioso, o estudo de construção da máquina de escrever.

1823
Naquele ano, soube que um certo “Conti”, estudava a possibilidade de inventar uma máquina capaz de escrever mecanicamente. Era o italiano Pietro Conti (1796-1856), da cidade de Cilavegna que construirá o tacógrafo, o primeiro aparelho escritor com botões e alavancas escrevendo pelo teclado. Este aparelho foi  patenteado na França, com demonstração na Academia Francesa aonde foi aprovado.
1835
Ravizza depois de conhecer Conti, implantou em casa, um laboratório para projetar a máquina de escrever.

1837

Giuseppe Ravizza,  começou a construir o primeiro protótipo do “escriba cravo”, ou cembalo scrivano. Este nome deriva da forma de chaves, semelhantes a um instrumento musical, presentes no invento através de chaves e teclas de piano.


1855
Neste ano, patenteou uma invenção melhorada, com 32 teclas pintadas, que recebeu o nome de cembalo scrivano (cravo de escrever). Ravizza, passou quase 40 anos de sua vida, obcecado na tentativa de inventar a máquina de escrever. Construiu 17 modelos melhorando cada vez mais. Não registrou a patente em outros países, mas também a evolução do equipamento não foi além de modelo artesanal.
1858


O modelo de sua exclusiva autoria, recebeu a Medalha de Ouro na Exposição de Turim, em 1858.

Foi produzido em poucas unidades, com sucesso devido à disposição das letras no teclado, de fácil manejo da grafia e de tamanho reduzido.

Como muitos inventores, sua invenção estava subestimada e a construção da máquina de escrever, era ainda considerada como um mecanismo desnecessário em seu tempo.

Ao lado esquerdo: Ravizza, a mulher e a filha
Seus amigos e familiares não suportavam vê-lo perder o seu tempo, sujar as mãos e roupas e gastar grandes quantias na tentativa de produzir tal invenção. Calculou ter gasto cerca de mais de £100.000.





1884
Ravizza cansado e doente, morreu aos 74 anos de idade, em Livorno, Itália em 30 outubro, sem ter atingido seu grande sonho, tentado por tantos outros.

FAMÍLIA OLIVETTI
 Camillo Olivetti, Adriano, Roberto e Dino
Os membros da família Olivetti, de contribuição inestimável ao ramo

Camillo Olivetti
1868
Nasceu neste ano, em 13 de agosto de 1868, em Ivrea, Itália - Camillo Olivetti, numa família classe média de origem judia. Filho de um pequeno agricultor e corretor de terra, do qual legou a vontade de progredir; de sua mãe Elvira, filha de antigos banqueiros de Modena, que falava quatro línguas, herdou o interesse pela cultura e, em conhecer idiomas.

A origem da família rica e de origem judaica, que chegou a Ivrea da Espanha no século XVII. Com apenas um ano de idade, perdeu o pai. Sua mãe, foi obrigada a colocá-lo no internato Colégio “Casts Taeggi” de Milão.

O jovem Camillo possuía espírito empreendedor. Almejava com vigor o progresso, aspectos passado por parte paterna, intento levado por toda sua vida. Ao término do ensino médio, matriculou-se no Real Museu Italiano Industrial, (em 1960, foi renomeado: “Instituto Politécnico de Turim”) na Escola Superior de Tecnologia Aplicada. Lá iniciou os cursos de engenharia elétrica, ministrados por Galileo Ferraris.
1891
Em 31 de dezembro deste ano, formou-se em Engenharia Industrial, com licenciatura em Engenharia Elétrica. Viveu em Londres por mais de um ano, para aprimorar o inglês e ter a experiência de trabalho num lugar aonde a Revolução Industrial estava mais adiantada. Este feito, lhe daria uma experiência útil e promissora.

Empregou-se uma indústria fabricante de equipamentos elétricos, também exercendo a função de mecânico. Também aderiu ao Partido Socialista, com interesses específicos para o federalismo, a autonomia local, reformas institucionais democráticas.
Retorna a Turim aonde passa a ser assistente do antigo professor Ferraris. Turim era um ambiente intelectual afetado por fortes influências positivistas, como pelo antropólogo Cesare Lombroso.

A comunidade judaica em Turim não era muito numerosa, mas intelectualmente feroz: pequenas e médias classes sociais, altamente educada. A cidade não tinha uma vocação industrial, predominava no ambiente, um socialismo heterogêneo, romântico, mal organizado.

Turim longe de ser industrializada, sofria sem ter desenvolvido uma verdadeira vocação industrial. A classe operária de Turim, era dócil, não tanto no partido, como nas sociedades de ajuda mútua aos operários. (Acima, vista da cidade de Turim, com seus castelos; ao lado em marron, localização no mapa italino). 

O ambiente era de socialismo heterogêneo, mal organizado, espelhando a realidade econômica da cidade. O socialismo predominante, era sonhador, romântico e humanitário, principalmente por Edmondo De Amicis.

Camillo, conheceu o socialismo organizado após a graduação, durante sua estadia na Inglaterra, país aonde não se organizaram partidos socialistas, mais havia um movimento sindical forte, e fôra o alicerce anos depois, do Partido Trabalhista. Entre seus amigos e colegas estavam: Claudio Treves, Donato Bachi, Gustavo Balsamo Crivelli, Graf César, muitos de família judaica.
1893
Neste ano, acompanhou como assistente, em viagem aos Estados Unidos, seu mestre Galileo Ferraris, convidado para dar uma palestra no Congresso Internacional de Engenharia Elétrica de Chicago.

Camillo Olivetti tornou-se seu intérprete e teve oportunidade de conhecer os Estados Unidos. Juntos visitaram os laboratórios de Thomas A. Edison, em Llewellyn Park, New Jersey, aonde se encontraram pessoalmente o brilhante inventor americano. Após este encontro, escreveu de Chicago ao irmão Charles :

13 de agosto de 1893.
(...) Agora que eu te dei alguma impressão da cidade, eu vou te dizer como eu gasto meu tempo. (...) O Sr. Martelo nos levou a Llewellin Park, num trem de meia-hora de Nova York para ver o laboratório Edison.

O próprio Senhor Edison veio nos receber, nos deu um pouco de conversa e nós executados no seu fonógrafo algumas peças de música. Como você pode ver eu logo comecei a fazer conhecimento com pessoas famosas. Edison Park Llewellin é um enorme edifício, como a maioria dos edifícios industriais privado é de madeira.

Há uma bela biblioteca e um armazém onde ele mantém um pouco "de tudo tem um grande laboratório, com um trator setenta e cavalos de potência, máquinas, dínamo elétrico, tornos, máquinas-ferramentas, um armário cheio de física e um de química, um gabinete e até um teatro onde está passando, parece estar passando até cinema.

Ele é ajudado por um grande número de assistentes e qualquer coisa que salta à mente para construir pode ser feito sem dificuldade. Edison é um homem bonito, alto e corpulento do rosto de Napoleão. É bom, mas sendo um pouco surdo, e por outro lado não ser, o prof. Ferraris, por enquanto não compreender nem explicar muito em Inglês, a conversa não estava muito animado. (...)”

Camillo continuou sozinho a viagem de Chicago até São Francisco, observando todas as novidades que descobria sobre os Estados Unidos. Visitou cidades, fábricas e laboratórios para entender o dinamismo industrial americano. Se já havia conhecido a situação industrial inglesa e seu estágio atingido, encontrou a realidade americana muito maior, não só do ponto de vista da indústria, mas também do social. Passou alguns meses em Palo Alto, e ainda, buscou conhecimento sobre as universidades americanas.

Camillo, de novembro de 1893 a abril 1894, fez cursos de física, atuou como assistente de engenharia elétrica na Universidade de Stanford. Teve oportunidade de conhecer e experimentar em laboratório, todo potencial e as várias aplicações do uso da eletricidade. Essa viagem foi decisiva sob muitos aspectos.

Retornando à Itália, juntou-se num tempo muito curto, ao Partido Socialista, como consta na informação da prefeitura, que Camillo, participou do Congresso de Florença, como uma espécie de representante socialista, para o Canavese e Val d’Aosta. Escreveu sobre o clamor do povo, no jornal socialista de Turim, dirigido por Claudio Treves e num periódico de Milão, de crítica social dirigida por Filippo Turati.
Olivetti - primeira fábrica 1895
1896
Associou-se com dois ex-colegas para importar máquinas de escrever e bicicletas, as novidades industriais da época. Seguidamente concebeu a idéia de fundar uma empresa, para produzir e comercializar instrumentos de medição elétrica, principalmente para laboratórios de pesquisa, percebendo que este seria o ramo lucrativo da atualidade.

Assim nasceu em Ivrea"C. Olivetti & C. ". No início, essa atividade industrial não foi promissora. Camillo, mudou o foco do mercado, deixou os laboratórios de pesquisa e direcionou seus objetivos para a indústria elétrica.

Ao lado aspectos da cidade de Ivrea.


1898
Participou da revolta em Milão, conhecida na história como o "Protesto do Estômago”, contra o aumento absurdo do preço do pão. Nesse protesto, o general Bava Beccaris  disparou tiros de canhões contra os manifestantes produzindo centenas de mortos. Para Camilo foi uma momento decisivo de mudança na política, levando-o a duvidar da capacidade do socialismo revolucionário organizado.
1899
Camillo casou-se um Luisa Revel, filha do pastor valdense de Ivrea e, dessa união tiveram seis filhos: Elena, Adriano, Massino, Silvia, Laura e Dino. Camillo narrou esses acontecimentos de 1898, uma década mais tarde, numa carta que escreveu na terceira viagem à América, com sua esposa Luisa Revel:

Em 98 de maio eu fui para Milão com a intenção de tomar parte em uma revolução. De acordo com que Ivrea esperava, muito melhor do que os homens que estavam no local, algo que tinha que acontecer. Turati e muitos outros, que foram à frente do partido, eles teriam sido capazes de conduzir as massas e estabelecer um novo regime.

Você sabe que o dia em que fui a Milão cheguei a sua casa com o pretexto de falar all'Anita mas com a intenção real para cumprimentá-lo. Em Milão, não aconteceu nada do que eu esperava, pelo menos por parte dos líderes que não entendiam nada e não sei como vai freio para controlar o movimento. O resultado foi de 500 mortos e milhares de anos de prisão distribuído. Dessa vez eu escapei bonito! Tendo em conta que em Milão não havia nada a fazer, fui a Turim, e eu estava tão animado!
1903
Muda a fábrica para Milão e ano seguinte para Monza, com nome de CGS (das iniciais centímetro-grama). Entrou nesse empreendimento como resultado da Edison, o maior fabricante italiano de energia, mas em verdade, só um grande banco de investimento.

Logo Camillo Olivetti percebeu ser “prisioneiro dos seus parceiros financeiros”, o que não lhe permitia realizar, em paralelo com a produção, a atividade de pesquisa que considerava indispensável para seu progresso. Essa foi a última vez que Camillo, não tinha a maioria absoluta das ações de uma empresa, uma lição que lhe serviu para si e seus descendentes.
1908
Deixou a cidade de Milan com quarenta trabalhadores, de volta a Ivrea, aonde fundou em 29 de outubro de 1908, a primeira fábrica na Itália de máquinas de escrever: IngC. Olivetti & C. acrescida do nome a frase “a primeira fábrica nacional de máquinas de escrever".


A pequena fábrica com estilo próprio feita concreto coberta de tijolos canavesani vermelhos, trouxe um novo estilo de empresa, resultado do aprendizado nos países visitados. Os funcionários foram selecionados, treinados para desenvolver suas capacidades, executivos talentosos e criativos, a preocupação de valorizar seu quadro, demonstrava a vontade de ir longe. Um grupo de vinte pessoas, treinados até por Camillo Olivetti.
1908
Camillo Olivetti, vez mais duas viagens aos EUA, onde comprou algumas máquinas de escrever e se pôs ao par do mercado americano, nesse ramo mecanográfico.

Os primeiros anos da fábrica foram difíceis em termos financeiros, uma vez que por três anos, foram produzidos apenas protótipos. O primeiro modelo de carro removível veio com a Olivetti M1, inteiramente projetado por ele, juntamente com algumas máquinas-ferramentas para a produção das partes.

A idéia de “patrimônio líquido não-invasivo”, surgiu com as primeiras encomendas, graças a apresentação na Exposição Universal de Turim de 1911, celebrando o qüinquagésimo aniversário de Unificação da Itália. Nessa exposição, além da apresentação do modelo M1, apresentou-se as condições de funcionamento de oficina Olivetti em Ivrea. Era o momento de entrar em plena produção.

Entretanto, foi a Primeira Guerra Mundial o ponto de transformação comercial para os super-lucros pela produção tecnológica avançada de peças para a aviação britânica, fabricados pela Olivetti. Não deu para fazer a fortuna dos Olivetti, mas melhorou muito seus aspectos de fábrica.

(ao lado soldados em uma região da França)

No período do pós-guerra, nasceu o modelo M20 da Olivetti, uma máquina de escrever muito mais aperfeiçoada. Este modelo, proporcionou o sucesso que permitiu a Camillo Olivetti implementar um plano de negócios arrojado, baseada na assistência aos clientes, por intermédio de sucursais. A primeira filial foi em Milão, seguida por outras cidades italianas e mesmo algumas no estrangeiro.

A nova estratégia comercial permitiu-lhe vencer a concorrência internacional, principalmente das máquinas de escrever produzidas por americanos e alemães, valendo-se  da qualidade, não apenas no preço. Camillo, tornou-se figura típica em Ivrea, eclético, brilhante, enérgico e criativo, por vezes autoritário, porém cheio de inteligência e imprevisíveis explosões, sempre atento e preocupado com os problemas sociais do ambiente de trabalho.
1925
Camillo Olivetti completava 57 anos; já preocupado sobre a sucessão na empresa, escolhe Adriano, segundo dos filhos, que ingressa neste ano, na Olivetti para gerir no futuro seus destinos.
1932
Neste ano morreu de repente, Domenico Burzio, amigo deste a universidade, que se tornou o primeiro diretor técnico da Olivetti. Numa homenagem, ao fiel companheiro, presente desde o início da empresa, motivou Camillo a criar o “Fundo Domenico Burzio”. A fundação sistemática de assistência social e econômica, em favor dos trabalhadores e suas famílias, a fim de garantir seguridade social. Em 1960, passa a chamar “Fundo de Solidariedade Interna Domenico Burzio.” (Foto ao lado com companheiros da Fundação)
1938
Camillo Olivetti, com 70 anos, deixa a empresa, substituído na presidência pelo filho Adriano, então com 37 anos, também mantido na gestão das máquinas ferramentas.

Na política, Camillo Olivetti tinha preferência pelo liberal socialismo. No debate político, contribuiu pessoalmente para a divulgação desse conceito, com vários escritos. Anterior ao advento do regime fascista, deu seu apoio em favor  das leis de proteção raciais.

Na cidade de Ivrea, foi um empresário capaz, ousado e corajoso. Liderou sua indústria com inteligência até o ponto de criar, um dos primeiros sucesso de empresa, nos mercados mundiais da mecanografia, mesmo tendo enfrentado duas grandes guerras mundiais, a última um obstáculo quase insuperável.
1943
Morre Camillo Olivetti em 4 de dezembro deste ano.
A Segunda Guerra Mundial, trouxe momentos dramáticos para o país, para a empresa e família Olivetti. Camillo escreveu e publicou panfleto clandestino propondo mudanças radicais no âmbito social, financeiro, industrial e político. Em 8 de setembro de 1943 ocorreu o armistício. Muitos foram buscar refúgio em Ivrea e Biella.

Nazistas tentaram destruir a fábrica, uma vez que era a sede do Comitê de Libertação Nacional na luta contra o fascismo e o nazismo. Camillo se opôs ao regime fascista, participou com os amigos Carlo Rosselli, Ferruccio Parri e Sandro Pertini na libertação de Filoppo Turati. Teve que fugir para a Suíça de onde mantinha contatos com a resistência italiana.

Muitos funcionários da Olivetti pereceram nessa guerra. A perda de pessoas importantes ligados à sua empresa e as finanças, atacada em decorrência da guerra, provavelmente afetou a moral e a saúde, precária já a algum tempo do fundador da Olivetti.

Camillo Olivetti morre aos 75 anos, no Hospital de Biella. Enterrado no cemitério judaico, da mesma cidade, seu féretro foi acompanhado por um multidão, que mesmo diante de tanta chuva, chegou de todos os cantos do país, com o risco conseqüente do estado de guerra.

Camillo Olivetti, deve ser lembrado, como um industrial de sucesso, por envolver-se constantemente na política. Apesar de ainda não existir a nível nacional, de forma organizada o Partido Socialista, teve a fé de liberal socialista. Divulgou o debate político em periódicos, como também, contribuiu pessoalmente com vários escritos. Na Universidade de Sabóia, o industrial influenciou o ambiente e as amizades, ajudou diligentemente o Museu Real,  tornado em 1906, o prestigiado Politecnico di Torino.

Adriano Olivetti 
1901  Adriano Olivetti, nasceu em 11 de abril.
Filho de Camilo Olivetti (fundador da Ing. C. Olivetti & C, primeiro fabricante italiano de máquinas de escrever) e de Luisa Revel, nasceu nas colinas de Monte Navale, perto de Ivrea, em 11 de abril de 1901 e faleceu em Aigle em 27 de fevereiro de 1960

Consta que embora filho de duas influências religiosas, da parte do pai judaica e pela mãe valdense, Adriano não recebeu nenhuma educação religiosa. Tinha uma certidão de batismo valdense, mas converteu-se ao catolicismo. Além de empresário de sucesso, também foi político. 
1924 
Adriano, neste ano formou-se na Politecnico de Torino, como engenheiro químico. Anteriormente fizera um período de estudos nos Estados Unidos junto com o Diretor Técnico da Olivetti e amigo do seu pai, Domenico Burzio. Neste período, Burzio o colocou ao par das práticas empresariais e da organização da Olivetti
1925
Adriano, ingressa neste ano, na empresa familiar – a Olivetti.  
Camillo Olivetti, então com quase 60 anos, preocupado com a sucessão da empresa, trouxe seu segundo filho, Adriano, para dar continuidade aos destinos promissores da Olivetti. Seus outros dois filhos Dino, o caçula e Massino, cuidavam da fábrica de estanho.
1926
Nasce a OMO “Officina Meccanica Olivetti” com fundições, para produzir as próprias máquinas-ferramentas e os parafusos para a própria Olivetti.  Mais tarde, funcionou como unidade independente atendendo outros clientes. A família Olivetti, sempre buscou na produção própria do seu material e equipamentos, para facilitar a fabricação de seus produtos.
1931
O jovem Adriano Olivetti era tido como subversivo, pela sede da polícia de Aosta. Por causa das origens judaicas do pai, precisava ter a certificação de ser membro da raça ariana.
1933
Um ano antes em 1932, tornou-se diretor da empresa; começou a substituir o pai Camillo assumindo diversas funções do processo industrial e comercial, da Olivetti de onde nasceu o Centro de Formação de Mecânica, chamada de “escolas de fábrica”.  
1937/1938
Em 1937, participou de uma série de estudos sobre um plano para o Valle d'Aosta; no ano seguinte, assumiu a  presidência da Olivetti.
1944/1948
Soldados Brasileiros do 3° Escalão Duque da FEB embarcando à Italia, onde foram decisivos
Em 1944, conheceu Altiero Spinelli um defensor do federalismo europeu, e simpatizou com essas idéias. Neste período, por causa de suas atividades anti-fascistas, foi obrigado a  exilar-se na Suíça.

No final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, as atividades de Adriano Olivetti como editor, escritor e homem de cultura se intensifica. 

Antes mesmo do término da guerra, auxiliado por um grupo de jovens intelectuais, fundou a editora NEI (Novas Edições Ivrea). Um projeto que se transformou, em 1946, nas edições mais famosos da “Comunidade”. Expressou sob essa base teórica, a idéia federalista, notadamente, ao publicar o livro "A ordem política da comunidade".

Era baseada nos conceitos de comunidade, mais precisamente nas unidades territoriais, culturalmente homogêneos e economicamente autônomas. Algo para superar a divisão, entre indústria e agricultura, entre produção e cultura  Em função disso, a fim de materializar suas opiniões, em Turim (1948) fundou e deu todo apoio ao Movimento Comunitário

O trabalho, é uma proposta política global, destinada a criação de novos laços políticos, sociais e econômicos, entre os governos central e local. No mesmo ano, passou a fazer parte do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Planejamento Urbano, onde ingressara em uma década antes. 

Adriano, durante seu exílio na Suíça (1944-1945) completou a redação de sua obra mais importante: A ordem política da comunidade, publicado no final de 1945, citado acima. O livro expressa as idéias que formam a base da programação do Movimento Comunitário
1949
Neste ano, Adriano Olivetti converteu-se ao catolicismo, por convicções próprias de sua teologia superior". 
1950
Depois da Segunda Guerra Mundial, o ímpeto empresarial de Adriano conduziu a Olivetti, a posição de liderança na área de equipamentos e máquinas de escritório.

O desenvolvimento industrial permitia unir seus ideais de direitos do ser humano, assistência e democracia participativa, tanto dentro como fora de sua fábrica.

Com sua liderança e sob o impulso pessoal, usou os lucros obtidos por sua empresa a Olivetti, a serviços de seus ideais na Comunidade Ivrea quando reuniu uma quantidade extraordinária de intelectuais que trabalhavam em diferentes disciplinas, para dar continuidade do projeto “Movimento Comunitário”, uma síntese criativa entre cultura técnico-científica e humanidades. Além disso, mostrou sua visão de liderança em assuntos políticos e Planejamentos Urbanos. O planejamento foi mais uma das muitas paixões de Adriano, além de ser interessado por história, filosofia, literatura e arte. 

Em 1950, foi pessoalmente responsável pelo renascimento da revista "Urban". Juntou-se com Guido Nadzo, um dos líderes da  “Nações Unidas de Socorro e Administração de Reabilitação”, onde tentou operar em termos de planejamento urbano de forma prática.

Tornou-se o promotor de um estudo sociológico “Sassi de Matera” que resultou na construção da aldeia “La Martella” (O Martelo). (foto esquerda Adriano Olivetti recebendo prêmio sobre urbanismo e comunidade)

1953
Abriu uma fábrica de máquinas de somadoras em Pozzuoli, oferecendo empregos com salários acima da média. Além da já tradicional, assistência para as famílias dos trabalhadores. A produtividade nesta planta superou a produção dos funcionários da fábrica em Ivrea.
1955
Neste ano, Adriano funda o - Instituto de Renovação Urbana e Rural Canavese objetivando promover novas atividades industriais e agrícolas da região: cujo objetivo foi combater o desemprego no Canavese; evitar que a urbanização da população em Ivrea resulta-se em problemas de fuga para o meio urbano; oferecer condições de permanecerem no setor agrícola. 

Na segunda edição do prêmio Compasso d'OroAdriano Olivetti é premiado com o primeiro "Grande Prêmio Nacional", um prêmio que o consagrava por sua influência positiva nas atividades industriais e pela primorosa valorização do desenho industrial italiano .
1955
Nesse período, Inglaterra e principalmente os Estados Unidos, trabalhavam buscando tecnologia para desenvolvimento de grandes computadores. Adriano Olivetti teve uma grande visão estratégica nacional: projetar computadores com pequenas dimensões, para aplicações civis, técnicas e científicas. Seu filho Roberto, fica encarregado de levar avante este projeto inovador, algo inédito na Itália.

1956/1959 Adriano foi eleito prefeito de Ivrea; 
Em 1957, a Associação Nacional de Gestão de Nova York, reconheceu com premiação a gestão da empresa internacional Olivetti, por suas atividades inovadoras. Em 1958, foi para o Parlamento como deputado e fundador do Movimento Liberal. Sua participação política, era de um ativo anti-fascista, cujo desempenho foi importante para o governo de Fanfini
1959
Neste ano, a Olivetti compra seu maior e principal concorrente mundial -  a Underwood americana - que então contava com 11.000 funcionários.  
1960
Num acidente em trem, morre em 27 de fevereiro de 1960Adriano Olivetti
Adriano Olivetti havia tomado o trem na estação de Arona, Milão passando por Sempione com destino a Lausanne, Suíça. Depois da fronteira com a Itália, perto de Aigle, Suíça sofreu repentinamente  uma hemorragia cerebral. Os esforços de socorro para salvá-lo foram inúteis. 

Adriano morreu justamente quando se dirigia em busca de fundos de empréstimos em bancos suíços, com finalidade de impulsionar a empresa diante de um novo rumo, e tornar a nova aquisição, a Underwood, uma marca ainda mais forte.

O que mais acrescer nessa pequena biografia do maior empreendedor mecanográfico, o mais importante de todo o ciclo dessa atividade?

Adriano Olivetti, teve uma relação dialética com seu pai Camillo. Viveu a rebelião típica do período dos jovens inteligentes, o confronto com os pais é quase inevitável de uma geração para outra. Entre ele e o pai, havia pontos de vista idênticos, em linhas gerais, na política e na valorização humana. 

Adriano foi capaz de ter sua autonomia, por sua personalidade, conduta intelectual; no campo estritamente pessoal, numa rebelião contra a vontade do pai, desejoso em torna-lo um engenheiro mecânico, optou pela licenciatura em Engenharia Química; suas inclinações, eram mais próxima das ciências humanas, do que para exatas.
Entretanto, no pós-guerra, numa Itália devastada e perdedora, vinda de um período repressor, fascista, foi capaz de criar a única experiência de fábrica nova num mundo no qual a história européia, fora marcada pelo enfrentamento de duas grandes guerras, dividida posteriormente entre duas potências de poder: o capitalismo e comunismo . 

Ao criar uma fundação, constituída por diferentes forças da comunidade com: acionistas, agências governamentais, universidades e representantes dos trabalhadores, demonstrou estar a fim de eliminar as diferenças econômicas, ideológicas e políticas. Tinha o sonho de expandir este projeto para todo o país, como objetivo final: o sentido de comunidade. Na foto acima, Adriano na linha de produção com um engenheiro.

Adriano Olivetti  tinha a crença de ser possível, obter equilíbrio entre solidariedade e lucro social, para que a organização do trabalho desfruta-se da idéia de felicidade coletiva gerando eficiência.

Os seus trabalhadores viviam em melhores condições do que outras grandes fábricas italianas: recebiam salários mais altos; havia creches; casas perto da fábrica; se beneficiavam com convenções regulares. Dentro do ambiente da fábrica, durante os intervalos os funcionários poderiam usar a biblioteca, ouvir concertos, participar de debates; não havia uma clara divisão entre engenheiros e operários, para que todos pudessem partilhar do conhecimento, e isso resultava no fato de que as habilidades estavam ao alcance de tudo. 

Olivetti, operou pioneira com aqueles que aparentemente nada tinham a ver com sua produção de máquinas e equipamentos de escritório. 

O empresário Adriano Olivetti partilhava da idéia comunitária, via numa atividade fabril, não apenas a precisão de técnicas, mais ainda, a convivência junta com pessoas que poderiam enriquecer o trabalho, demonstrando suas criatividades e sensibilidades. Desse modo, artistas, escritores, desenhistas e poetas, freqüentavam suas fábricas de inúmeras formas.   

Suas habilidades gerenciais, levou a Olivetti de ser a primeira empresa no mundo na área de produtos de escritório, ele se juntou a uma sede implacável para a investigação e experimentação sobre como podemos harmonizar seres humanos. 

Os seus projetos industriais inovadores, baseados no princípio de que o lucro das empresas devem ser reinvestidos em benefício da comunidade, a respeito a beleza do ambiente e a satisfação de todos, eram suas balizas mestres. Sua morte prematura marcou o fim do Movimento Comunitário.

Olivetti, não era só a maior fabricante de máquinas e equipamentos para escritório, mas um modelo cultural, social e de política empresarial de grande complexidade, indissociavelmente integrados em um território, de comunidade harmoniosa. Houve ainda, a hipótese da morte ter ocorrido, devido a um complô de lobbies americanos.
A morte súbita, de Adriano Olivetti, deixou uma empresa órfã do seu cérebro, que contava aproximadamente com 36 mil empregados nesta data, mais da metade fora do país, presente em todos os principais mercados internacionais. 


Roberto Olivetti
1928
Em Turim, neste ano a 18 de março, nasceu Roberto Olivetti, o primeiro filho do casal Adriano Olivetti e Paola Levi. Além do primogênito, o casal teve mais três filhas: Lídia, Anna e Laura
1938
Neste ano, período da Segunda Guerra Mundial, quando o pai Adriano vivia  em exílio na Suíça, Roberto, com dez anos, e as irmãs viviam sob os cuidados da mãe. Nessa época, freqüentou a escola secundária no Instituto de Pais Piarists depois estudou na Badia Fiesolana.
1952
Em 28 de junho, formou-se pela Faculdade de Economia e Negócios na Universidade Luigi Bocconi, de Milão. Após completar os estudos, assumi o setor comercial da Ing. C. Olivetti & C., Ivrea em Turim
1954/1958
Em 1954, vai para os Estados Unidos fazer um curso de Administração de Empresas na Universidade de Harvard em Boston. Na volta, em 1955, retorna para o cargo de Assistente de Direção Administrativa Geral; em 1958 é nomeado Gerente Geral da Administração da Olivetti. 

Em 1955, seu pai Adriano deixa a Roberto Olivetti  a missão de colocar a Olivetti que tinha cerca de 50.000 funcionários, num novo universo. Roberto, desempenha papel importante na implantação do primeiro laboratório italiano de buscas eletrônicas, com a colaboração da Universidade de Pisa, para criar o EPCEletronic Calculator Pisana. Decide lançar o projeto para produzir processadores eletrônicos para fins comerciais. Foi a entrada da Olivetti na Era da  Computação.

Este canal para a via do mundo eletrônico, garantiu à Olivetti um extraordinário avanço. Muitas dessas descobertas, utilizadas em impressoras, computadores, automação bancária, foram frutos desse empreendimento. Manter uma divisão de eletrônica, de alto custo, na década de 60, mesmo numa empresa como a Olivetti, produz problemas financeiros. A Olivetti teve que vender essa divisão para a General Electric, a Fiat e a Pirelli, alguns anos  mais tarde, como citaremos adiante.

1955/1959
Em novembro deste ano, em Barbaricina, perto de Pisa, é fundado o “Laboratório de Eletrônica de Investigação” (LRE). Roberto ajudou a desenvolver o padrão industrial e cultural, típico de seu pai Adriano

Desse modo, num ambiente autônomo da fábrica em Ivrea, profissionais escolhidos pelos perfis, cuidam em inovar um investimento de longo prazo em futuros produtos. Entre os profissionais qualificados, na direção técnica o engenheiro Mario Tchou, filho de um embaixador da China, em Roma juntamente com Giorgio Sacerdoti.

Compunham ainda a equipe, outros engenheiros, um certo número de especialistas físicos e industriais. Tchou, nos ensaios propôs válvulas com transistores mais rápidos e mais baratos, essa substituição foi um sucesso. A harmonia do trabalho em equipe, ficou por conta da personalidade, discreta e compreensiva de Roberto Olivetti
1957
Casou-se Vittoria Beria, da qual se separou no ano seguinte (1958). 
Neste ano, a Olivetti em conjunto com as empresas a Telettra italiana e a Fairchild americana, fundam em Milão: a SGS (Sociedade Geral Semicondutores), para a produção nacional italiana de componentes de eletrônicos. 
1959
No ano de 1957, o Laboratório de Eletrônica chegou a construir um protótipo. Porém neste ano, a classe de computadores ELEA (Aritmética Computador Eletrônico), no primeiro lançamento, foi colocado no mercado nacional com os modelos “Elea 9003”, seguido pelos modelos 6001 e 4001. Todas com versões de gestão  técnico-científica.  

Liderado por Roberto, a Divisão eletrônica Olivetti com seu laboratório, foi transferido para Borgolombardo em Milão. O nome de Roberto Olivetti é umbilicalmente marcado no desenvolvimento e progresso da eletrônica, tanto na Itália como em toda Europa.
1960

Com a repentina morte do pai Adriano Olivetti, em 27 de janeiro, Roberto assume o comando da Olivetti, e casou-se mais uma vez, em Londres, com a atriz Anna Nogara. Em 1961, outra grande perda: em 9 de novembro de 1961 morre Mario Tchou. (foto à esquerda, os grandes amigos: Roberto e Mário Tchou, com muitos projetos na área de mecanografia que poderiam ter mudado a história desta atividade)  

O capital da empresa Olivetti foi inventariado e dividido entre seis ramos da família Olivetti. Roberto, profundamente perturbado com a situação, tendo que assumir os compromissos, substituições e as responsabilidades das atividades da Olivetti, incluindo a indústria de eletrônicos. Surge as primeiras dificuldades econômicas, apontada com uma crise do balanço da empresa, principalmente pela transferência do capital empresarial para fins particulares dos inventariados.
1977
Lançado pela Ing. C. Olivetti & C., a Fi.Me (Sul Financeira, Roma), criada para apoiar projetos de desenvolvimento industrial nas regiões sul italiana. Tornou-se seu  Gerente Geral, até meados de 1981, quando foi substituído por Carlo De Benedetti.
1962 
Roberto Olivetti, neste ano foi presidente da Trienal de Milão. Por ser pessoa ativa em diversas instituições culturais, incluindo sua contribuição de idéias para a fundação da editora Adelphi. Neste mesmo ano, a consenso dos familiares, amigos e colegas de trabalho cria a Fundação Adriano Olivetti com finalidades cívica, social e política para preservar o pensamento do patrono.

Nasce neste ano de 62, a primeira calculadora programável a P101, um projeto desenvolvido as escondidas pelos técnicos da empresa, por não contarem mais com a divisão eletrônica. A P101 foi comprada pela NASA, exército americano e inúmeras grandes empresas americanas. 

Nomeado CEO da Olivetti,  Roberto Olivetti vai em busca de alianças com empresas de eletrônicos na Europa, para encontrar uma solução para não vender a Divisão de Eletrônica Olivetti.
1963
Em 06 de junho nasceu que sua filha, Lavínia
A Olivetti nesta altura era uma gigante industrial, a gestão deste colosso era difícil desde seu crescimento mundial, à aquisição da American Underwood Typewriter Company, já estava com a dívida da compra alargada. Tudo isso, acrescido com a estagnação do mercado. As despesas da Divisão Eletrônica e as concorrências das empresas, vindas de países dominantes com as novas tecnologias, conduziram a família Olivetti a tomar a decisão de abrir seu capital para acionistas.  

Roberto ainda viajou para visitar grandes empresas de material eletrônico pela Europa, para acordos e criar o embrião de um pólo europeu.  As respostas para este objetivo, mesmo os laços com políticas militares estratégicas, que poderiam alavancar o setor eletrônico, através da Divisão Eletrônica, ou foram canceladas, ou sem resultado positivo. 

Olivetti, apesar de dominar 25% do mercado italiano de computadores, graças ao modelo ELEA 9003, não tinha a preferência da maioria dos bancos, indústrias e administração pública que optavam comprar produtos americanos.  
1964
Como acontece com quem tem visão inovadora, o projeto de direção da empresa, sofreu críticas, oposição nos negócios confronto com grupos, principalmente dos representantes dos novos acionistas, vindos da Fiat, Pirelli, Mediobanca, Banco IMI, La Centrale e, ainda parte da família, dificultavam parte da política empresarial e seu aspecto institucional.

O papel de Roberto Olivetti e seus antecessores, isto é, seu pai Adriano e seu avó Camillo, que até aquele estágio de construção do Grupo Olivetti, desempenharam com indiscutível sucesso, fizeram a Olivetti, sair de uma pequena oficina e fábrica e se agigantar no mercado mundial.  Com a entrada dos novos acionistas, tornou-se cada vez mais marginal, a presença familiar, mas mesmo assim, por alguns anos, o papel de Roberto Olivetti continuará a ser central e decisivo. 

30 de abril de 1964
Declaração do representante do Mediobanca, Sr. Vittorio Valletta, responsável pela  montagem de entrada da capital na Olivetti: 

"A empresa de Ivrea (Olivetti) é estruturalmente sólida, vai passar sem muita dificuldade o momento crítico em seu futuro. Mas pendurar uma ameaça, uma toupeira deve ser erradicada: a indústria eletrônica, para o qual precisamos de investimento que nenhuma empresa italiana pode enfrentar ".

A tentativa de enfrentar essa crise de capital fracassou, os novos acionistas entregaram o cargo de CEO para Aurélio Peccei. Os problemas financeiros foram resolvidos pela intervenção do Conselho de Administração do grupo de acionistas, monopolizado pela Fiat, decidindo a venda em 31 de agosto de 1964 da Divisão Electronics. Foi formada uma joint venture, Olivetti-GE, com 75% da americana General Electric, a GE e os 25% ficaram com a Olivetti.
1967
Vencida a crise financeira, houve a nomeação no mesmo ano, como CEO da Olivetti do competente Roberto Olivetti. Sua intuição era mover o centro de gravidade da empresa, sua cultura e organização, saindo da mecânica para a eletrônica. 
1968
O desenvolvimento de produtos eletrônicos, iniciado por Roberto Olivetti, com visão de futuro da família, nascido em 1957 na Itália, obteve contornos definidos quando assumiu a presidência da SGS Sociedade Geral de Semicondutores. Desse empreendimento, surgiu em 1968, com algumas transformações, a corporação multinacional STMicroelectronics, com capital franco-italiano. Sem ele, a indústria de eletrônicos italiana dissolveu-se completamente.
1970
Olivetti se lança no negócio de máquinas de controle numérico (CNC)
Entre 1973 e 1975 foi desenvolvido o sistema operacional Cosmos .
1982
Fabrica o primeiro computador europeu.
Nessa década, a Olivetti, atingi a qualidade de ser uma das dez primeiras empresas de informática do mundo.
1982
Neste ano, casou-se pela terceira vez com Elisa-Maria Bucci Casari. 
Roberto Olivetti ainda desenvolveu questões da “comunidade” dando prosseguimento ao pensamento do pai, Adriano, provendo iniciativas e atividades culturais e editoriais. Reformulou a parte educacional da Fundação Adriano Olivetti e foi seu presidente até 1982, pouco tempo depois faleceu.

1985 - morre aos 57 anos Roberto Olivetti.
Em 27 de abril de 1985, em Roma, quase um mês após completar 57 anos, morreu um empreendedor arrojado, pessoa culta, sensível, de visão e natureza inovadora. Morria o último dos Olivetti, das “máquinas mecanográficas”, sete anos após ter na presidência de nome familiar, a marca mundial – OLIVETTI. Com importantes projetos inacabados, notadamente na área da eletrônica.

Muitas vezes, foi obrigado a limitar sua amplitude comercial, por oposição e críticas de acionistas, dentro destes familiares. A intuição, de não ter sócios nos negócios da empresa, do velho Camillo, se confirmou. Aos poucos, a Olivetti foi perdendo seu foco e com ela (Olivetti) o ramo mecanográfico foi sendo substituído por outro segmento.

Oposição que, no cômputo geral, atrasou a transição, tanto da Olivetti, da Itália, da Europa e mesmo do mercado mecanográfico para novas e diferentes tecnologias eletrônicas com outro rumo, principalmente no tocante a impressão. 

A criatividade e desempenho que o trio familiar Olivetti, soube sabiamente direcionar, especialmente do desempenho do ramo de equipamentos mecanográficos, em seu uso geral e particular, deixou de existir. No momento em que digito - não datilografo - este memorial profissional, sabemos de rumo incerto. 
1978/1998 
Assumiu neste período a direção da Olivetti, Carlo De Benedetti
Entrou como um grande acionista e logo se tornou presidente. Uma empresa com estrutura poderosa, uma marca mundialmente conhecida, com dívidas em razão da divisão acionária. Seu futuro

Dino Olivetti
1912
Nasceu em 22 de julho deste ano, o sexto e último filho do casal, Camillo Olivetti e Luiza RavelDino Olivetti em Ivrea, no antigo Convento de São Bernardino, onde a família residia. 

Dino, estudou na faculdade valdense Torre Pellice, depois na Politécnica de Milão. Ao prestar o Serviço Militar foi enviado para a África para a campanha de guerra na Etiópia
1937
Ao retornar da guerra, embarcou de Nápoles para Boston para cursar estudos no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Camillo, pai de Dino Olivetti, comentou essa viagem aos EUA, numa carta de  onde afirmou: 
Enviei meu Dino à América não somente para aprender mais sobre engenharia... mas porque eu queria que ele freqüentasse um ambiente diferente do que os jovens de hoje encontram..” 
1938
Foram as leis anti-semitas uma boa razão para Dino, não retornar à Itália. No Instituto de Tecnologia de Massachusetts, obteve licenciatura em Engenharia Geral, e consegue trabalhar como assistente no Laboratório do MIT
1940
Ocorre o casamento com a americana Rosemond Castle, nascida em 9 de novembro de 1911 em Quincy, Illinois apelidada de Posy. Com o  casamento, passa a chamar-se Rosemond Olivetti.  Em seguida muda-se para Guarulhos em São Paulo, aonde Dino vai para comandar a filial “Olivetti do Brasil”. 
1941
Saindo em viagem do Brasil aos Estados Unidos, este ano, em plena Segunda Guerra Mundial, Dino por ter nacionalidade italiana, é detido pelas forças aliadas e conduzido a um campo de prisioneiros em Trinidad.
1942-1945
Passou um certo tempo como prisioneiro até provar, não ser do lado fascista. Retorna aos EUA e lá vai trabalhar na aviação norte-americana, em Kansas City, Missouri. Entre os anos de 1945/46 entra para Instrument Company Wakefield, em Massachusetts.
1946 
Neste ano, retorna para Ivrea, para colaborar com a empresa da família, a Olivetti, aonde seu irmão Adriano desenvolve uma excelente trabalho; Dino Olivetti, assumiu os cargos de Diretor Geral e presidente da Officine Meccaniche Olivetti. 
1950
Neste ano em fevereiro, retorna aos EUA, em New Canaan para assumir o cargo de presidente da subsidiária americana da Olivetti Corporation of America (OCA) onde participa ativamente até 1958.
1960
Neste período, organiza e promove as primeiras tentativas de penetrar no mercado norte-americano, com “as primeiras máquinas de computação” a Divisumma 14 depois com os excelentes modelos, a Lexikon 80 e a Lettera 22.
1964
Neste ano, deixou as funções operacionais da Olivetti e seguiu para novas iniciativas pessoais. Entre 1964 e 1968 preside a Arch Spa, fábrica de componentes eletromecânicos.

1968 preside a Arch Spa, fábrica de componentes eletromecânicos.

1967
Dino junto com Remo Galletti, em Milão, fundam uma empresa para pesquisa e desenvolvimento de equipamentos eletrônicos. 

1968
Funda em Aprilia, a DOSPA Dino Olivetti SpA uma das principais empresas de componentes eletrônicos, e entre as primeiras a realizar os primeiros experimentos com circuitos hídricos. 

1976
Em 24 de dezembro de 1976 aos 64 anos, Dino Olivetti, morre de ataque cardíaco em Milão, assim como faleceram, os seus irmãos Adriano e Massimo. O último dos legítimos mecanógrafos Olivetti não assistiu nem participou das inovações que viriam na década de 1980 em diante.

Franz Xaver Wagner
1837
Neste ano, em 20 de maio, nasceu Franz Xaver Wagner em Heimbach, Alemanha. Era filho de Simon Wagner e de Maria Wagner, nascida Wertgen. Aos sete anos de idade Wagner perdeu sua mãe Maria e aos 12, seu pai Simon.  

Aos 18 anos, estava em Neuwied, aprendendo mecânica e em seguida, saiu desse local para aprofundar seu conhecimento nesta profissão, em crescente evolução e útil para uma pessoa que ficará órfã, tão cedo na vida. 

1860
Na cidade alemã de Stuttgart, desenvolveu seu invento de uma máquina de costura, que produziu e vendeu-a a uma fábrica. Tornou-se engenheiro e inventor.
1864
Neste ano, emigrou para a América indo para os EUA, onde trabalhou como mecânico e conseguiu evoluir suas aptidões profissionais com maior vigor, como seu lado inventivo. Casou-se com Sophia Wagner e deste enlace nasceram cinco filhos: Annie em 1866; Hermann em 1870; William em1871; Frank em 1874 e Sophia em 1876.

Desenvolveu um medidor de fluxo de água, ou seja, um metro de água . Tornou a mexer na sua oficina em melhorias mecânicas, para tempos ainda imperfeitos, complicadas na vida de um assalariado, nas máquinas de escrita mecânica, as futuras typewriter.
1880/1889
Franz Xaver Wagner buscou registro em 28 de janeiro de 1880 do invento de uma máquina de escrever com um tipo de tambor e obteve a patente de n° 364556 em 07 de junho de 1887. Outro invento, da máquina de escrever em que os tipos obedecem um padrão angular foi pedido em 19 de janeiro de 1889 e concedido patente em 23 de junho de 1891 sob n° 454692.
1890
Franz Xaver Wagner, um inventor alemão (residindo nos EUA) possuía uma pequena empresa Wagner Typewriter Co. Idealizará também projeto para fabricar máquinas de escrever, que naquela época, já ganhava espaços de preferência. Porém, não tinha recursos financeiros para a produção em série, ofereceu o projeto para John Thomas Underwood, o mesmo interessou-se de imediato, comprando o projeto. Os “Underwoods” que sabiam do futuro da máquina de escrever, viram chegar em boa hora essa oferta.

Wagner juntamente com seu filho Hermann, alcançaram um avanço modificador da mecanografia: o invento da chamada engrenagem Wagner. Um tipo de alavanca para máquina de escrever que transmite a potência pressionada por meio de uma combinação de alavancas e hastes, funcionando em balanço na alavanca de tipo no segmento oscilando em torno de 90 °, da horizontal para a vertical, ao bater o tipo no cilindro de impressão. Foi uma invenção que trouxe velocidade angular na impressão.

A empresa de Franz Xaver Wagner, "Wagner Typewriter Company" fabrica essas máquinas de escrever para Underwood com as várias datas de patentes entre 1890, 1891, 1894 e 1896 correspondentes as modificações e aperfeiçoamentos feitos gradualmente. 
1895


Neste ano, foi fundada a empresa Underwood Typewriter Company seguindo a produção das invenções de Franz Xaver Wagner que continuou as inovações para melhora nas máquinas de escrever sob os registros:

Patente n° 497560 submetida em 27/junho/1892 e concedida em  16/maio/1893;
Patente n° 523698 submetida em 27/abril/1893 e concedida em  31/julho/1894;
Patente n° 559345 submetida em 10/abril/1894 e concedida em  28/abril/1896;
Patente n° 633672 submetida em 07/julho/1897 e concedida em  26/set/1899.


1904
Neste ano, Franz Xaver Wagner visitou pela última vez antes de morrer, sua casa em New York.
1907
Neste ano, em 8 de março, na cidade de Nova York  morreu aos setenta anos Franz Xaver Wagner e um ano depois também faleceu seu filho Hermann com apenas 27 anos. Seu túmulo foi perdido e quaisquer descendentes não podem ser encontrados.

Devido às suas inúmeras invenções Franz Xaver Wagner, pode ser nomeado como um dos mecânicos mais engenhosas de seu tempo. Suas idéias brilhantes lhe trouxe antes da fama, a perfeição  das máquinas de escrever em toda sua história.  

As máquinas de escrever com toda sua evolução somente puderam ser consideradas prontas entre as décadas de 1940/1950 e os inventos do chamado Sistemas Wagnerforam base desses aperfeiçoamentos.

Heimbach-Weis
Nesta cidade alemã, terra natal de Franz Xaver Wagner na rua principal 92 existe uma placa com referência regional para o Landesmuseum Koblenz  cuja missão é construir uma coleção com o desenvolvimento da máquina de escrever como equipamento técnico e a contribuição do ilustre filho desta região.

Hans Rasmus Malling-Hansen
1835
Hans Rasmus Malling-Hansen, nasceu na em 5 de setembro de 1835 em Lolland, Dinamarca. Sua existência foi profícua, sempre em busca de novas idéias e soluções práticas para as impossibilidades da natureza humana.
1852
Neste ano, Hans Rasmus, passou a trabalhar ao extremo por toda sua vida, a partir do momento em que participou da escola para professores Jonstrup, durante a sua educação teológica.
1865
Neste ano, casou-se com a filha do ex-diretor do Instituto, Cathrine Heiberg, tornando-se, o pai somente de filhas. Sua primeira esposa, ao dar à luz a meninas gêmeas em 1876, morreu de parto.
1870/1880
Neste período desenvolveu sua invenção mecanográfica com afinco, projetando algo interessante, conhecido como “a bola de escrever hansen”, de características muito próprias. Inventou ainda a máquina de escrever mais rápida,da época, a ser usada em estenografia: a Takigraf.  Existe o pedido de patente para esta máquina, como também fotos, mas ninguém sabe onde foi parar esse equipamento.

Malling-Hansen foi também a primeira pessoa a descobrir as possibilidades únicas de utilizar o papel carbono azul, desenvolvendo uma técnica de cópia que chamou de  - Xerografi - a técnica de cópias nomeadas  Este equipamento, produzia num tempo relativamente curto, até cem cópias de cartas e desenhos.
1872



Neste ano, esse dinamarquês, deu sua contribuição ao “aparelho de escrita”. Recebeu o primeiro prêmio, uma medalha na Grande Exposição Industrial em Copenhagen, e prêmios nas exposições mundiais em Viena em 1873, bem como, em Paris em 1878.




1874
Hans R. Malling-Hansen, com este modelo, encontrou a solução para o movimento mecânico do papel, patenteou um novo modelo de cilindro, mas sua “bola de escrever” vendida em vários países da Europa, provavelmente, devido ao seu alto preço, nunca foi um sucesso comercial. Embora tenha sido, um grande sucesso em diferentes exposições.
Um ano depois, “a bola”  encontrou sua forma de escrever adequadamente.
Vista do diagrama do invento 
1880
Hans R. Malling-Hansen, se casou novamente neste ano, com uma mulher que conhecia desde a juventude, Anna Steenstrup.
1865/1890
Este período, foi de mudança e novas idéias. Malling-Hansen muito em breve compreendeu que o ensino de surdos-mudos era ineficaz por causa da grande variação das habilidades dos alunos.

Por ter está compreensão, foi um reformador educacional, criou métodos para educar surdos-mudos; atuou como diretor e ministro do Instituto Real para Surdos-Mudos de Copenhagen, por vinte e cinco anos; contribuiu com estudos sobre os fenômenos de períodos de crescimento das crianças e o calor do sol (vitamina D); foi pastor evangélico; maçom - possuidor de todos os graus e cargos. Líder local e um pai dedicado de suas sete filhas.

Um dos pioneiros do século XIX, nessa questão da deficiência humana deixando seu legado às gerações futuras em seu trabalho no Instituto, e com suas invenções e estudos científicos. Era conhecido por ter sempre uma porta aberta para todos que queria vê-lo, pois ele era um homem de um coração bom e amigável.

Um dos mais famosos proprietários desse equipamento foi o filósofo Friedrich Nietzsche, que nos anos de sua vida fez uma poema para a máquina:
Reportagem de bola é um objeto como eu, ferro. Mas ainda assim fácil de distorcer, mesmo durante a viagem. É preciso ter paciência e tato em abundância e dedos finos para usar”.
1890
Neste ano em 27 de setembro veio a falecer na cidade de Copenhague como um inventor e cientista internacionalmente conhecido. Morreu no caminho para casa, após uma reunião em sua Loja Maçônica, numa noite escura do outono.

Uma das filhas de Malling-Hansen, Joanne Agerskov junto com seu marido, Michael Agerskov, em 1920 publicou um livro religioso, ético e filosófico, chamada:  Em direção à luz.

Herman Hollerith
1860
Nasceu em Búfalo em 29 de fevereiro de 1860, estatístico e empresário norte-americano e principal impulsionador do leitor de cartões perfurados, instrumento essencial para a entrada de informação para os primitivos computadores.

1875
Neste ano, Herman, filho do imigrante alemão, o Prof. Georg Hollerith entrou para o City College de Nova York 
1879
Aos 19 anos, formou-se na Escola de Minas da Universidade de Columbia com graduação de Engenheiro de Minas.  
1880
Herman Hollerith, torna-se funcionário do United States Census Bureau
1882 
Neste ano, entrou para o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde ensinou engenharia mecânica e pode realizar suas primeiras experiências com cartões perfurados.

Herman Hollerith, também foi inventor de diversas máquinas elétricas para soma e contagem de dados, representados sob a forma de fitas de papel perfuradas. Através dessas perfurações, os dados que elas representavam podiam ser computados de uma forma rápida e automática, através de circuitos elétricos.
1887
O sistema foi patenteado em 8 de junho deste ano. A máquina fazia a leitura de cartões de papel perfurados em código BCD (Binary Coded Decimal) contando as informações referente à respectiva perfuração. A posição dos furos nos cartões fornecia informações adicionais, como idade, sexo, profissão e outros dados adicionais do entrevistado.

A leitura desses dados era feita com agulhas metálicas na medida que encontrava os furos do cartão; cada cartão era colocado sobre uma taça com mercúrio e conectada ao mesmo circuito elétrico do pente; ao ser colocado sobre o cartão, os dentes do pente atravessavam as perfurações, fechava o circuito elétrico e acionava os respectivos contadores.

Essa informação perfurada no cartão, era lida numa tabuladora acoplada e uma estação de leitura, equipada com contador que visualizava o resultado da acumulação pelo deslocamento de um ponteiro sobre um mostrador.
1889
Herman Hollerith, inventou uma máquina de contar com recursos que é considerada a precursora do atual sistema de processamento de dados. Sua idéia inicial partiu dos conceitos de Babbage, mas usando cartões perfurados.

A "Máquina do Censo" - foto ao lado - foi aprovada com sucesso num teste em Saint Louis. Este fato, conduziu o governo americano a contratar Hollerith, para processar os dados do Censo Geral de 1890.


1890
Neste ano, Herman Hollerith entrou com pedido na Universidade de Columbia, e foi agraciado com o título de Ph.D pelo desenvolvimento do Sistema Elétrico de Tabulação, baseado no princípio de cartões perfurados para tecelagem, inventado pelo francês Joseph-Marie Jacquard para controle de tear automático. Abaixo, uma réplica da máquina de Babbage e suas engrenagens acopladas.

Hollerith construiu em apenas um ano, sob encomenda do United States Census Bureau, máquinas para calcular e tabular apenas cartões do censo de 1890, graças ao entusiasmo havido pelo governo com o processamento dos dados do censo geral deste ano. Foi usado o tabulador 1906 Type I, que possuía um painel de fios para executar diferentes trabalhos, sem ser preciso reconstruir, facilitando os primeiros passos de programação de processamento das informações.

Ao invés de durar sete dias para apuração geral, consumiu somente dois dias, este sistema de apuração de dados elétricos. O censo constatou haver nos EUA, 62 milhões de habitantes e não 75 milhões, como  se acredita. O censo de 1880 havia demorado sete anos, mas os resultados do Censo de 1890 foram fornecidos três anos depois, economizando-se vários anos de trabalho.
1896
Herman Hollerith neste ano, fundou a Tabulating Machine Company começando seu próprio negócio de futuro revolucionário mundial dum sistema inédito e avançado. Introduziu inovações nos equipamentos, substituindo a fita de papel por cartões. Estes viriam a ser o elemento básico das máquinas IBM de processamento de dados de algumas décadas posteriores. O pioneiro mecanismo de cartões perfurados, permitia um operador treinado, processar seu sistema de 200 a 300 cartões por hora e um tabulador. Foto: tipos de cartões IBM

Os maiores centros de censo do mundo, alugavam ou compravam seus equipamentos e cartões. Assim também, empresas comerciais, companhias de seguros. Este sistema viria a ser o elemento básico das IBM de processamento de dados e da futura empresa líder de computadores de alta performance.
1911
Neste período, as empresas, a International Time Recording Co., de registradores mecânicos de tempo; a Computing Scale Co. de instrumentos de aferição de peso e a Tabulating Machine Company, de Herman Hollerith, uniram-se por sugestão do negociante banqueiro Charles R. Flint, formando a Computing Tabulating Recording Co. a CTR

No início do século XX, a IBM era a única empresa do mundo que dispunha da tecnologia de cartões perfurados, aplicado em quase todas as áreas que utilizavam máquinas para cadastro, identificação, arquivo e regulação de informações.
1914
Neste ano, a presidência da organização foi assumida por Thomas John Watson, um dos homens mais preparados em vendas, formado pela NCR, aonde se projetou e ficou conhecido por suas inovações na área de vendas, conforme consta na ABA, Registros & Contábeis. Naqueles tempos, a CTR contava com cerca de 1400 funcionários.

Watson, percebia que os produtos mecanográficos ganhavam maior qualidade, graças as constantes pesquisas de engenharia, resultando na criação e aperfeiçoamento de novas máquinas de contabilidade, devido ao rápido desenvolvimento industrial. Desse modo, surgiam novos escritórios exigindo novas máquinas e, dessas melhores vendas, mais vendedores.
1924
Neste ano em fevereiro, a CTR muda seu nome para INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES, hoje mundialmente conhecida pelo seu acrônimo, IBM. Foram estabelecidas na empresa, normas de trabalho absolutamente inovadoras para a época. Aquele pequeno grupo de homens haviam aumentado e diversificado muito suas experiências. A sigla IBM passou a ser, desde então, a fórmula para que a indústria e o comércio continuassem a resolver seus problemas de crescimento e desenvolvimento.

Herman, mudou-se para Washington, DC, vivendo numa casa da 29th Street em Georgetown. No edifício comercial na 31st Street. existe um placa comemorativa instalado pela IBM homenageando seu fundador.

1929
Neste ano em 17 de novembro, faleceu de ataque cardíaco - Herman Hollerith em Washington D.C. aos 69 anos.

1949
Neste ano, em decorrência do constante e rápido desenvolvimento, a International Business Machines Corporation criou a IBM World Trade Corporation, uma subsidiária inteiramente independente, cujo objetivo era aumentar vendas, serviços e produção, fora dos Estados Unidos.


James Bartlett Hammond
1839
Neste ano, em 20 de abril de 1839 nasceu em South 
Boston, Massachusetts, EUA, 
James Bartlett Hammond, 
o inventor das máquinas de escrever Hammond.

James, foi o segundo filho do casal, Thomas 
Hammond (1810-1879) e Harriet Walker Trow 
Hammond (1816-1898) que lhe deram nove irmãos: 
Willian Augustus Hammond (1837-1904); Harriet
Walker Hammond Philipps (1841-1933); Martha
Anna Hammond Raynes (1843-1895); John Hammond
Trow (1845-1907); Henry W. Hammond (1847-1893);
Jane Swan Hammond (1849-1929); Thomas
Francis Hammond (1852-1924); Mary E. Hardy
(1854-1945) e George Frederic Hammond (1857-1884).




Formação Educacional
Estudou na High School de Boston; na Boston Latin School Pública; na Phillips Academy de Andover, e na Union Theological Seminary, por fim graduou-se na Universidade de Vermont. Estudou filosofia e ciências, na cidade de Halle, na Universidade do mesmo nome, na Alemanha. 

James B. Hammond foi correspondente do Nova York Tribunee correspondente para vários jornais, durante a Guerra Civil Americana.
Guerra Civil Americana

Durante a cobertura da Guerra Civil Americana, James B. Hammond percebia as dificuldades dos operadores de telégrafo quando tinham 
que passar as informações para a redação. 


Foi um inventor precoce, passou grande parte de sua vida no campo 
de experimentos mecânicos, e a máquina de escrever mecanizada 
estava no auge do interesse nacional e nas tentativas de aperfeiçoar 
esse equipamento. Portanto, também participou deste desenvolvimento.
Ao lado esquerdo, uma "Hammond" e seus detalhes, como os tipos 
numa aro circular, a madeiras envernizada e polida da estrutura.


1880
Neste ano, conseguiu a patente de sua invenção – a máquina de escrever Hammond, composta de teclado próprio e específico, com um bom alinhamento. A Hammond entrou em concorrência direta com a já tradicional Remington e Caligraph.
1884
Neste ano, participou com um modelo de máquina de escrever, na Exposição Industrial Universal em Nova Orleans, onde ganhou a medalha de ouro. Segundo alguns relatos, a invenção de seu aparelho de escrever, foi inspirada ou baseada, no Pterotype de John Pratt.

Fundou e foi presidente da Hammond Typewriter Company. Era casado com Jeannette Maxwell. Ao lado esquerdo, uma notícia sobre o "iate" comprado por Hammond e seu intento que infelizmente não se concretizou.
1913
Neste ano, morreu em 27 de janeiro, perto de Santo Agostinho na Flórida, enquanto passeava com seu iate. Em vida, dedicou muitos anos para experimentos mecânicos.  Ganhou as mais altas honras em competições. Colaborou na tradução americana de "Comentário de Lange sobre os Salmos".

Acima imagem da fábrica "The Hammond Typewriter Co.

Lucien Stephen Crandall
1844
Neste ano, nasceu em 4 de maio, Lucien Stephen Crandall, em Portlerane, Broome County, New York. Foram seus pais, Willian Pierce e Emily (Bennett) Crandall, descendente de Joseph Warren. 

Casou com Carrie Minturn (1851-1867) de quem ficou viúvo. Depois uniu-se em segunda núpcias com Mary E. Root; em terceira com Catharine Shercliffe e por último com Florence M. Tallman. Teve os seguintes filhos: Abbie Maio Crandall, Carene Crandall e Hazel M. CrandallServiu por três anos durante a Guerra Civil Americana , sobrevivendo a doze grandes batalhas sem ferimentos.
1873 
Crandall foi contratado, por James Densmore e George W. Yost, da cidade de Nova York, como vendedor das máquinas de escrever fabricadas pela E. Remington and Sons, sob licença da “Sholes e Glidden”.

Era o princípio das vendas (e de tudo) de máquinas de escrever com um padrão novo e promissor. O vendedor aprendia, além do funcionamento para seu uso geral, obtinha conhecimento sob os mecanismos e a certeza de uma nova ferramenta para acelerar a escrituração. Desse modo, Lucien Stephen Crandall entrou em contato com os instrumentos necessários para entender esse novo equipamento: a máquina de escrever.

Por possuir qualidade inventiva, estudou a novidade, como  resolveu participar do aperfeiçoamento do novo equipamento, ainda com muito detalhe a ser definido. Crandall  logo demonstrou suas qualidades: inventou um mecanismo oscilante a ser aplicado no funcionamento da barra de tipos. Teve êxito e obteve uma patente que consistia deslocar o cilindro para imprimir os caracteres minúsculos. Mais tarde, sua invenção foi usada em máquinas de escrever Remington.

Crandall atribuiu metade da sua patente para Densmore e Yost, pois com certeza houve a colaboração destes no invento. 

Crandall foi além, deixou a empresa para também inventar sua própria máquina de escrever. Iniciou negociações com a E. Remington and Sons para a venda da outra metade da sua patente e com intuito de usar essa fabricante para produzir suas próprias máquinas. 
1875
Neste ano, Crandall recebeu uma patente para máquina de escrever para os cegos.
1879
Neste ano, foi concedida outra patente para nova máquina, muito parecida com o que ele introduziu em 1884 em sua escola para aprendiz do uso deste equipamento: a Crandall Datilografia Company. Talvez a primeira do gênero.

Densmore soube desse intento, escreveu uma carta para a Remington, a fabricante das máquinas de Sholes, denunciando Crandall como um "mentiroso, canalha, um homem desonesto e imoral". Óbvio além de ser aproveitador dos princípios desta invenção. 

Crandall interpôs um recurso contra Densmore por difamação, no valor de US$ 100.000 alegando que “a carta prejudicou suas negociações com a Remington”. Na defesa, Densmore buscou provar que as acusações feitas na carta eram tudo verdade. 
1881
Neste ano, Crandall conseguiu patentear sua marca de máquina de escrever e fabricá-la pela Crandall Machine Company na cidade de Groton, Nova Iorque.  Utilizou um teclado de duas linhas, com facilidade de trocar os tipos, montados obliquamente no primeiro modelo. Foi chamada de "a primeira máquina de escrever americana visível". 
1885/1887
Neste período, surge em 1885 um modelo atualizado, uma máquina reformulada nomeado o New Model. Produzidas a partir de 1887 na fábrica Crandall Machine Company, em Groton. As alterações mais significativas do modelo anterior: era ligeiramente curvada, o teclado com duas linhas de 28 teclas, tipo vertical, cilindro, com 6 linhas de 14 caracteres. Vendida a partir de 1886 em diante, na Europa por um agente em Amsterdã. 

Os exemplares posteriores deste modelo, foram ricamente decorados, rosas pintadas,  arabescos de ouro e embutidos de madrepérola. O Novo Modelo Crandall, foi certamente a máquina de escrever fabricada com decoração mais extravagante, sendo considerado na época como a mais bela de todas as máquinas de escrever. 

A reputação justificada pelo efeito elegante, das flores pintadas com embutidos de madre-pérola acima do teclado, as riscas douradas de filigrana, e os motivos florais que são encontrados até mesmo na parte de trás do quadro.
1893
Neste ano, surgiu o modelo Universal Crandall n° 3, construída sobre os mesmos princípios que do “New Model”.  Crandall adicionou um teclado QWERTY com três fileiras em linha reta. O modelo n° 4, oferecia a alternativa do sistema bicolor, permitindo fita com duas cores. 
1895
Neste ano, resolveu trazer um modelo de Crandall melhorado, completamente diferente das anteriores, porém nunca entrou em linha de produção.

Lucien Stephen Crandall também estava envolvido no desenvolvimento de várias máquinas, projetou, deu seu nome a vários modelos máquinas de escrever. Auxiliou no projeto de produzir as Hammond na fábrica da Remington, como mais tarde, outra máquina de escrever a: International.
1889
Lucien Stephen Crandall morreu neste ano, como um inventor de máquinas de escrever, de somar e dispositivos elétricos, muito criativo e com sua incontestável contribuição mecânica para a mecanógrafia. 


Peter Mitterhofer "carpinteiro da máquina escrever"
1822

Neste ano, em 20 de setembro nasceu no Império Austro-húngaro, em Partschins, South Tyrol, o carpinteiro da máquina de escrever” - Peter Mitterhofer. Sua mãe Anna, nascida Gschwenter, seu pai era carpinteiro e agricultor nascido na serra da comunidade Parcines.


Peter Mitterhofer, freqüentou a escola da aldeia local e aprendeu em 
casa com seu pai, o ofício de carpinteiro. Gostava muito de música, 
como não havia recursos, construía seus próprios instrumentos, 
inventando alguns, como o típico “Glachter hölzerne”, de som estridente.




1849/1860
Em 1849, depois de trabalhar muito tempo em casa saiu para conhecer diversos lugares. Em 1860, retornou para Parschins, após ter viajado pela Áustria, Alemanha, Suíça e França. No retorno, habitou na Teisenhaus, o que lhe valeu o apelido que ganhou: Teisenpeter.
1862
Neste ano, casou-se com a viúva de 46 anos, Marie Steidl.

Peter Mitterhofer  carpinteiro e inventor
Inventou um  carrinho de mão  que se convertia em uma mochila, como ainda, uma  máquina de lavar roupa. Além dos diversos modelos de máquina de escrever, sem qualquer orientação, usando principalmente algum tipo de madeira, valendo-se da sua qualidade de carpinteiro.

Desenvolveu cinco modelos de máquina de escrever entre 1864 e 1869, em madeira e metal, em processo artesanal, descritos abaixo:
1864 – Modelo 1, chamada de Viena
Essa foi sua primeira máquina, o modelo Viena, com 30 teclas. Letras maiúsculas formadas por pontas de agulhas perfurava o papel. Este aparelho serviu apenas de teste. Foi comprado em 1905 por Franz Innerhofer, diretor do Museu de Meran, através dos herdeiros do inventor. Em 1913, foi doada ao Museu de Tecnologia de Viena. Uma réplica se encontra no Museu Typewriter em Partschins e na Associação dos Taquígrafos de Treysa em 1925.
 1865 – Modelo 2, chamada de Dresden
O segundo modelo, “Dresdner Modell”, foi descoberto num compartimento secreto do sótão da casa de Peter Mitterhofer em 1911. Fabricado principalmente em madeira com o cesto dos tipos de metal, com as mesmas características de desenho do modelo um, isto é, os tipos eram fabricados com agulhas quebradas que perfuravam o papel para imprimir. O “Deutsches Museum” de Munique possui uma réplica.
 1866 – Modelo 3, chamada de Iost
O terceiro modelo, Iost, foi construído neste ano, e obteve do Imperador Francisco José I, da casa real de Viena, um prêmio de 350 florins a fim de aperfeiçoar o invento. No pedido para conseguir os recursos, a máquina foi descrita como: “ aparelho de formato retangular, comprimento de 30cm, largura de 14cm e altura de 11 polegadas; com revestimento exterior de madeira...”
 1866 – Modelo 4, chamada de Merano
O terceiro modelo, Merano, foi construído no final de 1866. Fabricada em metal com grandes e pequenas letras, mais os números. Adquirido por Franz Innerhofer, foi doado ao museu da cidade de Viena.
1869 – Modelo 5, chamada de Viena
O quinto e último modelo, Viena, foi construído de modo mais aprimorado. Com teclado completo com 82 teclas de caracteres maiúsculas e minúsculas, números e sinais especiais distribuídos em sete fileiras.  Peter Mitterhofer, em agosto de 1869, escreveu uma carta para Francisco de Goldegg sobre as qualidades da máquina.


Peter Mitterhofer e o Imperador 
Em duas viagens à Viena, com os modelos 3 e 5, foi a casa real de Viena e tentou convencer o Imperador da utilidade do seu invento. Porém os avaliadores imperais não reconheceram o valor de sua invenção. Mas a máquina foi comprada por 150 florins e dada de presente ao Imperador Francisco José I. Atualmente é parte da coleção do Instituto Politécnico.

Peter Mitterhofer depois dessa tentativa, ficou tão amargurado que perdeu o interesse no desenvolvimento da aparelho de escrever mecanizado. Não fez mais, nenhuma tentativa de comercializar sua invenção.
1893
Neste ano, em 27 de agosto faleceu sozinho em sua aldeia, no Tyrol. Sua sepultura, junto com a esposa, anteriormente falecida, está localizada na parede oriental da igreja local. Viveu para saber do sucesso desse tipo de equipamento que tentou aperfeiçoar com seus esforços individuais.
1911
Neste ano, os modelos construídos, tinham sido escondido em sua casa, mas foram finalmente encontrados O segundo modelo da máquina de escrever, chamada Dresdner Modell 1865”, foi descoberto em um compartimento secreto no sótão da casa de Peter Mitterhofer.
1924
Passados 30 anos, o Prof. Rudolf Granichstaedten-Czerva, fêz sua biografia e fez constar em seu túmulo a lápide a frase: “Os outros, aprendeu com ele e foram autorizados a colher os frutos do seu talento

A cidade de Parschins, conta com uma trilha cultura, um hotel, uma escola de economia e turismo, 
o “Typewriter Museum Peter Mitterhoferconstruído em 1998 pelos arquitetos Luciano Delugan e 
Georg Mitterhofe, em honra ao nome do carpinteiro inventor. Foto abaixo....
Ainda há um busto, fora do museu homenageando seu gênio. Para que não fosse esquecido, foi-lhe conferido a inúmeras ruas, praças de diversas cidade o seu nome a estes logradouros.  

Com certeza, é salutar incluir Mitterhofer, como um dos inúmeros inventores, como o padre brasileiro, agentes que contribuíram em diferentes lugares, para um aparelho de escrita mecânica.

Wellington Parker Kidder

Wellington Parker Kidder, nasceu em 19 de fevereiro de 1853, em Norridgewock, Maine, EUA, filho do fazendeiro Wellington Kidder, inventor de várias melhorias em implementos agrícolas. O jovem Wellington P. Kidder, freqüentou a escola do distrito, depois foi para a escola preparatória em Baton Norrifgewock, Maine, onde ficou por três anos.
1868
Aos 15 anos, Kidder demonstrou sua capacidade inventiva: patenteou melhoria em  motores a vapor rotativos. Estudou desenho aplicada a mecânica em Boston.
1874
Neste ano, voltou seus interesses e curiosidade pelas máquinas de impressão. Inventou uma prensa de impressão automática ajustável.
1878
Foi diplomado pelo Massachusetts Mecânica Charitable Association.
1889
Sua primeira patente concedida foi arquivada, após dias anos, para ser produzida pela Tilton Manufacturing Company. Porém foi vendida e produzida, através de outra empresa: a Franklin Typewriter Company, como relatamos à seguir.
1891
A Franklin inventada por Wellington Parker Kidder, fabricada neste ano, foi uma das máquinas de escrever mais marcantes na história, com curiosa história, como tantas outras, saídas da mente fértil, desse criativo inventor.
1892
A patente da máquina inventada por Wellington Parker Kidder, neste ano, foi repassada para produção e venda, através da Franklin Typewriter Co, na cidade de Boston, EUA, sob série n° 2183, patenteada em 8 de dezembro deste ano. A produção começou no mesmo ano, em que foi batizada com o nome de “Franklin”.
The Franklin modelo 6, vista em lateral

É a primeira máquina de escrever a usar a ação da engrenagem para trazer o tipo para baixo ao golpear como uma chave. O teclado dá um perfil único e inconfundível. Como mostra alguns dos modelos construídos, as diferenças mecânicas entre os diferentes modelos das “Franklin’ são muito pequenas e há maneiras de distingui-las.

Depois veio o tipo II da “The Franklin”. Tinha uma placa de níquel do fabricante no centro sob o teclado e decorada com decalque elaborado, o primeiro do gênero. É extremamente rara. O tipo II, foi seguido pelo modelo “New Franklin” ou modelos 5 e 6.

A Franklin Typewriter Co., somente após o lançamento da Franklin 7, começou a numerar seus modelos. 

Parker deixou o projeto da Franklin, para criar seu próprio modelo, chamada a The Wellington, também vendida para terceiros. Isso resultou na autorização de uso de patente para a Alemanha, a qual serviu por base das primeiras máquinas de escrever européias, chamadas: Adler.
1898
Passou vários meses viajando pela França, Alemanha e Inglaterra, investigando a comparação entre os desenhos dos veículos destes países, com o que era produzido nos  EUA.
Dessa troca de experiências, Kidder inventou melhorias em automóveis e caminhões pesados, e também a engrenagem coberta e direta montada por mola, eliminando a corrente e o pinhão.
1921

W. Parker Kidder (foto à esquerda em 1853) iniciou neste ano, a última invenção, a máquina de escrever portátil “Noiselles”


O belo e delicado projeto vendido para a Remington, junto com seus planos para criar a menor máquina de escrever. Enfim a “Noiselles” foi fabricada em 1924.

Wellington Parker Kidder, havia chegado num ponto da vida, no qual poderia finalmente gozar de merecido descanso, embora tivesse planos de criar a menor máquina de escrever.

Contribuiu ainda, inventivamente, na adaptação de impressão consecutiva, de numeração dos bilhetes em rolo contínuo, destinado ao uso das ferrovias.
1924
Em 2 de outubro deste ano, faleceu aos 71 anos, Wellington Parker Kidder um dos mais criativos inventores da mecanógrafia. Sua máquina era de um perfil único e inconfundível, teclado curvo, uma placa frontal de identificação oval com o nome ‘The Franklin”

Abaixo, imagens de um grupo de máquinas de escrever portátil projetadas por Kidder. Parte desse relato encontra-se nas ABAS Escrita Mecânica e Marcas, nos textos das máquinas de escrever alemã, Adler

William Austin Burt
William Austin Burt, (13/junho/1792-18/agosto/1858), nasceu em Petersham, Worcester Country, Massachusetts, EUABurt nasceu na fazenda de seu pai, e foi o quinto dos nove filhos.

De ascendência escocesa e inglesa, seus antepassados emigraram para a América, em 1699. 
1802
Dificuldades econômicas afetou a família, que foi obrigada a vender a fazenda, e mudar-se para Freehold, Nova Iorque. No ano seguinte, (1803), a família muda-se novamente, para Broadalbin, no mesmo Estado.

Próximo aos quatorze anos, foi estudar na “escola do distrito”. Em três semanas, iniciou os estudos de aritmética, se saiu muito bem, pois até nos momentos de lazer realizava estudos por conta própria. Ao mesmo tempo, seu pai lhe deu um livro apaixonante sobre a navegação, publicado em 1779. 

O adolescente Burt, demonstrou interesse nesse campo, desejou num futuro, tornar-se “mestre de um barco”. Desenvolveu habilidades mecânicas; motivou-se em aprender a tabela transversal; o método de determinação latitude; e isto lhe permitiu construir um instrumento quadrante. 

Dessa descoberta, determinou a latitude da casa de seu pai, com um bom grau de precisão, mesmo sem nunca ter visto antes, um instrumento náutico. Aos quinze anos, amplia o gosto pelo estudo de astronomia, almanaques e navegação, ao mesmo tempo, intensificou os estudos de matemática, filosofia natural e astronomia. 

Sua paixão por conhecimento nos assuntos científicos e matemáticos, perdurou por toda sua vida, de tão interessado buscava livros emprestados nas referidas áreas. Aos dezesseis anos, seu pai o inscreveu numa escola por seis semanas, a fim de se aprofundar em ciências e matemática, prazer que mantinha, junto aos deveres de casa e da fazenda, comuns a tantos outros meninos da sua faixa etária. Em sua vocação imaginava como seria útil para a humanidade.

Burt, perdeu o pai no mar. Muito influenciado pelas virtudes de sua mãe, e ela por todos os meios, o desencorajou de ser comandante de navio. Em vez de se tornar um certo capitão de navio, aos dezoito anos, comprou uma bússola de levantamento quebrada: consertou-a e logo examinou a proximidade de sua casa. 
1812 
Se alistou no exército dos Estados Unidos; em 4 de julho de 1813, aos 21 anos de idade, casou-se com Phoebe Cole. Morando em Erie County, ocupou vários cargos públicos: juiz de paz, chefe postal, Conselho Topográfico. 
1817 
Ainda com 25 anos, fez muitas viagens, a cavalo, em pequenos barcos, mas principalmente, a pé realizando levantamentos, desde Erie County passando por Pittsburgh, Cincinnati, e St. Louis. Tomou a rota norte, através de Illinois e Indiana para Detroit, chegando de barco até Búfalo. Essas viagens preparatórias seriam importante mais tarde. 
1822 
Mudou-se para  o Michigan, onde viveu até sua morte, em 1858. Burt, preferia a vida no campo para sua família, composta da esposa e quatro filhos. Aos 41 anos, foi nomeado vice-inspetor de topografia dos Estados Unidos, resultado das viagens e pesquisas feitas anteriormente. 
1833
Os três filhos (John, Alvin e Austin) estavam com idade suficiente para trabalhar, como assistentes, a fim de aprender o ofício do pai. Passados 18 anos, cinco filhos de Burt, John, Alvin, Austin, Wells e William foram também vice topógrafos dos Estados Unidos. Treinou dezenas de outros meninos na área de Mount Vernon, Macomb Country. Burt passou duas temporadas de levantamento em Iowa
1836-1837 e 1842-1843
Entre esse período, havia disputa nos Estados Unidos, sobre linhas de fronteira, entre vários estados americanos e interesse sobre o transporte ferroviário. William Austin Burt foi a pessoa selecionada para resolver problemas tão intrigantes, fazer uma nova vistoria nas fronteiras e definir as linhas de divisões entre estados. 
1836
Burt usou pela primeira vez, um dos seus inventos: a bússola solar. Definiu o curso do quinto meridiano principal em Iowa.  Em seguida, um de seus filhos, Alvin, pesquisou e definiu a linha de fronteira entre os estados de Iowa e Minnesota, com este mesmo instrumento. Suas notas geológicos de tão precisas foram usadas até após sua morte.

Obteve excelente reputação por suas realizações de levantamento, ganhou elogios e proeminência pelo trabalho preciso, não só em Michigan, mas na nação em geral. Foi o primeiro inspetor linear Estados Unidos, na península superior de Michigan

Era “um democrata adepto de Jefferson”, porém não participou ativamente nos assuntos políticos nacionais. Foi membro do Legislativo Territorial Michigan, em 1826-1827. Serviu em Mount Vernon, como primeiro chefe postal, entre 1832 a 1856, em Michigan; juiz em 1833; deputado estadual em 1853; foi nomeado juiz de um Tribunal Territorial Michigan, a partir de então era referido como "Juiz Burt.

Era irmão da fraternidade maçônica; um dos fundadores e o primeiro venerável mestre da terceira Loja Maçônica organizada em Michigan; Além de legislador, topógrafo e construtor de moinhos, foi também inventor. 

Inventou a bússola de energia solar e ainda, Burt, inventou e também projetou, o Sextante Equatorial (foto ao lado) para auxiliar a navegação com precisão na localização dos navios em alto mar. Os capitães dos navios usavam a posição da Terra pelo princípio do norte magnético da bússola, muitas vezes afetados por quantidade de minérios, no caminho dos navios. 

Aplicou no sextante, os princípios de sua anterior invenção, o compasso solar, conseguindo com precisão, a leitura fora dos azimutes, altitude, tempo e declinação usando como ponto de referência o sol.

A nossa biografia resumida serve de homenagem a lembrança do inventor que contribuiu para a definição da máquina e escrever. 
1857
Mudou-se de Mount Vernon, Michigan para Detroit, vindo a falecer no ano seguinte, aos 66 anos de idade. Foi enterrado em Elmwood Cemetery. Em sua homenagem a Associação Nacional de Taquigrafia de Detroit, em 22 de agosto de 1919, votou por unanimidade colocar uma coroa de flores de bronze, no monumento sobre o túmulo de Willian Austin Burt como o título "O inventor da primeira máquina de escrever."

Charles Xavier Thomas

1785
Charles Xavier Thomas, nasceu neste ano em 5 de maio, na cidade de Colmar, França e faleceu em 12 de março de 1870, em Paris. Em vida, foi um inventor e matemático francês. (foto à esquerda)
1809/1813
No ano de 1809Charles Xavier Thomas depois de curta experiência na administração francesa, alistou-se no exército francês, onde atingiu o nível de Gerente Geral de Loja responsável pelo fornecimento dos exércitos franceses instalados na Espanha em 1813.

Algum tempo depois, recebeu promoção para Inspetor de Abastecimento de todo exército francês. Durante esse tempo, como Intendente, tinha grande quantidade de cálculos para efetuar. Passou a conceber a idéia de inventar uma máquina de cálculos a fim de facilitar o penoso trabalho de suprir adequadamente a gigantesca tropa napoleônica.
1812
Neste ano, casou-se em Sevilha com Francesca Garcia de Ampudia Alvarez.  
Francesca veio para o casamento com um velho cavalo real andaluz. O casal teve dez filhos, entre estes: Joseph Thomas d'Alvarez, Charlotte, condessa de Rancy; Louis Thomas que se casou com Lívia Carafa, duquesa de Bojano; este tomou o sobrenome da família da esposa, passando a chamar-se: Thomas de BojanoFrasquita ou Sra. Soultzner d'Enschwyl e Henriette, condessa de Dalmas.
1819
Neste ano, volta-se as atividades civis, entra como co-fundador da Companhia de Seguros de Fogo Phoenix, mas saiu rapidamente por falta de apoio em suas novas idéias, dos seus parceiros e acionistas. 

1820
Neste ano, Thomas, projetou e patenteou o equipamento que o tornou mais conhecido: uma das primeiras calculadoras, o Arithmomètre, (foto ao lado esquerdo) um aparelho que capaz de somar, subtrair e multiplicar. Nas divisões, executadas por um modo complexo só funcionava com  ajuda de regras seguidas por um operador.
1821
Neste ano, Charles Xavier Thomas, recebeu o título de Cavaleiro da Legião de Honra por sua invenção do Arithmometer. A partir desta honraria, ele mudou o sobrenome de M. Charles Xavier Thomas" para "M. le Chevalier Thomas, de Colmar" acresceu ao sobrenome, sua cidade natal, passando a chamar-se: Charles Xavier Thomas de Colmar, mais tarde simplesmente "Thomas de Colmar".
1829
Dez anos após ter iniciado em empresa seguradora, resolveu fundou a companhia de seguros: Le Soleil, uma empresa que cresceu em fusões e aquisições até sua morte. 
1843
Neste ano, Thomas de Colmar fundou duas companhias de seguros: a “L 'Aigle Incendie",  usando o símbolo de Sol em homenagem aos anteriores reis da França Aigle, a Águia lembrando Napoleão. Com essas empresa, em pleno no século XIX, tinha as bases de cobertura para atender ampla gama de clientes em território da França. 
1851
Neste ano, Thomas retorna ao sonho das calculadoras. Durante mais de trinta anos, empenhou todo seu tempo e energia nos negócios de seguros. Houve então, um hiato do primeiro modelo da Arithmometer introduzido em 1820 e o retorno para sua comercialização em 1852.

Arithmometer foi adaptada a capacidades de fabricação atual com melhores recursos. Thomas pode fabricar  sua máquina robusta e confiável. O Arithmomètre foi produzida por noventa anos pelo próprio inventor e seus descendentes, com cerca de 5000 exemplares entre 1851 e 1914.
1857
Neste ano, Thomas recebeu o título de cavaleiro da “Légion d’Honneur”  também por sua invenção. Comprou o Château de Maisons-Laffitte, que preservou e posteriormente foi transformado posteriormente em patrimônio histórico francês.
1870
Neste ano, Charles Xavier Thomas de Colmar faleceu e está enterrado no Cemitério do Père-Lachaise.

No período de sua morte, o grupo de seguros “Aigle Soleil” era o maior negócio de seguros na França com 81% de participação no mercado. 
1946
Oitenta anos depois, o grupo foi nacionalizado. Em 1968, fundiu-se com "La Nacional" e tornou-se a empresa GAN que opera atualmente nesta atividade.

Dorr Eugene Felt

1862
Neste ano, nasceu a 18 de março, Dorr E. Felt e cresceu em Beloit, Wisconsin EUAna fazenda da família. Seu pai, Eugene Kicaid Felt , era membro da Assembléia do Estado de Wisconsin, sua mãe Elizabeth (Morris) Felt.

Dorr Eugene Felt, foi inventor e industrial, ficou mais conhecido por ter inventado o Comptograph, a primeira máquina de adição com um sistema de impressão. Portanto trouxe uma inovadora forma de registros com comprovação.

1876/1878
Neste ano, aos 14 anos, deixou a vida da fazenda para procurar emprego. Aos 16 anos, já tinha a mente inclinada para mecânica, procurou trabalho numa loja de máquinas em Beloit, onde na primavera, encontrou o primeiro emprego.
1880
Neste ano, aos 18 anos, começou a aprender o idioma francês e pode usá-lo  fluentemente no futuro.
1882
No início deste ano, aos 20 anos, chegou a Chicago, onde trabalhou na empresa Ostrander e Huke  como capataz de um laminador, com produção diária no valor de US$ 2.000.
1884
Neste ano, durante os feriados de Ação de Graças, Felt começou a construir o protótipo de uma nova máquina de calcular na qual havia planejado. O jovem maquinista, ao trabalhar com uma plaina, ferramenta para moldar superfície de metal e outros materiais, percebeu como a oficina da máquina, variava profundidades de corte.

Ao assistir esse movimento de avanço de catraca, percebeu a solução final o invento de calcular, aquela solução foi um conceito original para as máquinas somadoras e calculadoras. Um detalhe é de máxima importância: o jovem Dorr E. Felt não conhecia as máquinas de calcular anteriores.

O jovem Dor Felt, limitado em recursos financeiros, concebeu por meses o invento e resolveu construiu um modelo de madeira, com uma caixa de macarrão para a caixa exterior, com elásticos em bandas de borracha para o mecanismo interior, fazendo a função de molas, espetinhos de carne, fios, grampos. Terminou este protótipo, após o Dia de Ano Novo de 1885, que foi chamado amistosamente de “caixa de macarrão”, que atualmente se encontra no Smithsonian Institution, em Washington, DC, EUA .
1889
Neste ano, Felt  foi condecorado com a Medalha John Scott de The Franklin Institute.
1891
Neste ano casou-se com Agnes McNulty com quem teve as filhas: Virginia, Elizabeth, Constance e Dorothea.

Dorr E. Felt tinha duas predileções: viajar pelo mundo e obter muito conhecimento. 
Foi o primeiro embaixador para o Departamento de Comércio Americano, instalado após a Primeira Guerra Mundial para ampliar as relações exteriores. 
O conhecimento da língua francesa lhe foi útil neste período. Era excelente fotógrafo, no pós-guerra muitas de suas fotos foram utilizadas pelo governo.
1919
Neste ano, Dorr E. Felt, atraído pela beleza intocada do litoral West Michigan,  adquiriu algumas centenas de acres do Lago Michigan  entre as dunas ondulantes de Holanda e Saugatuck.
1925
Felt começou neste ano, a construção de sua "Big House" para sua esposa, Agnes. A luxuosa moradia de verão, grande o suficiente para acomodar suas filhas casadas e suas famílias. Nomeou a propriedade de "Shore Acres Farm”, também conhecida  Midwest Riviera.
Familiares "FELT" em frente à mansão
1928
Concluída neste ano, a mansão de 12.000 pés quadrados, composta com 25 quartos, um salão de baile e outras acomodações  nos três andares. Infelizmente, Agnes morreu em agosto de 1928, seis semanas após a família mudar-se.
1930
Dorr Eugene Felt, morreu em 7 de agosto de 1930 de acidente vascular cerebral em Chicago aos 68 anos, um ano e meio depois do falecimento da esposa Agnes.
1949
A mansão de FELT
Até este ano, a família manteve a casa. Entretanto após a Segunda Guerra Mundial, seus descendentes realizaram um grande leilão, vendendo muitos dos itens originais da mansão e jardins. 

A casa de verão em Laketown Township, Michigan, onde está localizada a Mansion de Felt  está registrada na lista dos Lugares Históricos Nacionais.




William Seward Burroughs

O inventor William Seward Burroughs, nasceu em 28 de janeiro de 1857, na cidade de Rochester, Nova York (outras fontes, afirmam, o ano de nascimento ser 1855). 

Seus pais foram: Edmund Burroughs, um mecânico e Ellen Julia Burroughs, dona de casa. O casal teve quatro filhos: uma filha e um filho mais velhos, depois veio  Willian e por fim, a irmã mais nova.


O pai Edmund Burroughs, era um fabricante de peças fundidas, com conhecimento profundo de mecânica, criativo, talento inventivo, se dedicava a tentar novas invenções, sem nunca ter insistido em alguma criação especial, por questões financeiras. A família era pobre.

William Seward Burroughs, ainda era pequeno, quando os pais resolveram mudar para Auburn, New York. Foi nesta cidade, onde William e os irmãos, foram educados em escolas públicas. 
1870
Burroughs nesta década, ainda menor de idade, começou a ganhar seu próprio sustento. Em um primeiro momento trabalhou em lojas e armazéns de madeira. Por volta de quinze ou dezeseis anos, cumpriu a vontade do pai que desejava ao filho mais moço, uma profissão de cavalheiro. Assim Burroughs, conseguiu emprego no Cayuga County National Bank em Auburn, Nova Iorque, como caixeiro.

Como funcionário bancário, passava longas horas sob os livros de anotações bancárias, em busca de erros, igualmente outras longas horas, se dedicando a prevenir tais erros. Com o banco aprendeu: nove décimos do trabalho feito dentro de casa tinha a ver com números, porém, quase a outra totalidade deste trabalho, era ligada a estes resultados. (Ao lado Burroughs aos 18 anos.)

Burroughs, também encontrou no trabalho diário de manipulação das contas a conclusão de que metade do seu tempo fora gasto em proteção contra os erros, a maior parte da outra metade, também gasta na caça de erros. 

Este padrão de trabalho, convenceu haver muitos outros escrivães e contadores com a mesma dificuldade.  Essa penosa e cansativa atividade, além de pensar nos outros da mesma faina, trouxe-lhe a inspiração para resolver essa questão: criar uma máquina de adição e listagens. Sua experiência de mecânico, fê-lo pensar: como o problema poderia ser resolvido?
1879
Neste ano, em Groton, Nova York, William Seward Burroughs casa-se com Ida E. Selover Burroughs, nascida em 1859, filha de Perry Hazard Selover e Mary Ann Allen. Tiveram quatro filhos: Jennie, Mortimer, Horace e Helen. 

O filho mais novo de Mortimer Perry Burroughs (16 de junho de 1885- 5 de janeiro de 1965) e Laura Hammon Lee (5 de agosto de 1888 - 20 outubro de 1970) recebeu o nome de William Seward Burroughs II (1914-1997) numa homenagem ao avô inventor. 

Ao lado esquerdo, o escritor em avançada idade.

Tornou-se figura notável em letras americanas, foi um escritor talentoso e reconhecido romancista do século XX. 

Os Burroughs formaram uma das famílias mais proeminente em St. Louis, Missouri.
Década de 1880
A vida bancária influiu na saúde de Burroughs ao ponto de seus médicos, recomendar um ambiente de clima mais quente e ocupação mais ativa.
1882
Neste ano, com quase 10 anos em ofício de bancário, diagnosticado com tuberculose, William S. Burroughs mudou-se para Saint Louis, Missouri. Seu pai Edmund, já no final de 1870 mudará a loja para Saint Louis, Missouri, procurou ajudar o filho a começar carreira em mecânica e engenharia. 
Anos 80
Neste período, conseguiu emprego numa oficina, a Boyer Machine Company. A intenção de fabricar seu projeto, ganhou força quando William Seward Burroughs numa pequena área da loja, colocou em prática seus conhecimentos. 

Buscou solucionar a função rotineira, tão impregnada em executar cálculos manualmente dedicando-se a criar a máquina de adição para suavizar a vida de quem trabalha com somatórias, um sonho de funcionário bancário. 
Ao lado, o pessoal da Boyer 1887



1885
Neste ano, Burroughs com a familiaridade que tinha com bancos e balanços, usou essa capacidade colocando-se a produzir a primeira máquina de escritório para adicionar somatórias, e assim patenteou o primeiro mecanismo viável de adição e de listagem, em St. Louis, Missouri.

As primeiras máquinas de somar, foram grandes protótipos. Nas mãos de usuários inexperientes, ou por ser novidade, o inventor obtém respostas ultrajantes: o mecanismo não foi aprovado.

Burroughs, percebeu o desafio, através de nova uma concepção, em poucos dias, projetou um sistema de alavanca, permitindo puxar e retornar ao mesmo ponto, a alça da máquina de somar.
1886
A Burroughs Corporation é fundada neste ano, como The American Arithmometer Co., em St. Louis no Missouri, com intenção de produzir e vender as máquinas de somar inventada por William Seward Burroughs.

Burroughs, com a idéia central, reuniu-se com mais três amigos - Thomas Metcalfe, R M Scruggs e W C Metcalfe e juntos formaram em 20 de janeiro de 1886 uma empresa. Cada qual com seu papel definido: Thomas seu primeiro presidente, Burroughs foi nomeado vice-presidente, Scruggs tesoureiro, WC Metcalfe, secretário. 

Assim com este quadro de sócios, nasceu a The American Arithmometer Co. com uma única linha de produtos, da qual consistia um único modelo: a máquina reta de adição e listagem, vendida por US$ 475.
1888
Após vários anos de dedicação como inventor, Burroughs, solicitou patentes que lhe foram concedidas, as primeiras obtidas nos EUA, permitindo fabricar somadoras ou calculadoras (calculating-machine) emitidas sob:

- n° 388 116, arquivada em janeiro de 1885; patente emitida em 21 agosto de 1888;
- n° 388 117, arquivada em agosto de 1885; patente emitida em agosto de 1888.
- n° 388 118, arquivada em março de 1886; patente emitida em agosto de 1888.
- n° 388 119, arquivada em novembro de 1887;patente emitida em agosto de 1888.


A The American Arithmometer Co., de St. Louis no Missouri, tinha o desafio de convencer, bancos e empresas, da necessidade deste novo equipamento. Nada foi  surpreendente e não foi fácil, fazer enxergar a facilidade demonstrada pelo inovador invento de somatória. 

A empresa americana Arithmometer, contratou vendedores dobrando o Departamento de Serviço, pois havia estabelecido a necessidade de adicionar uma nova máquina para escritórios modernos no final do século XIX. 

Nos primeiros dez anos, como previam seus fundadores, a empresa cresceu, ao ponto de incluir na fábrica e escritório, uma equipe com 65 funcionários e três vendedores no campo. 
1891
Já em 1890, a saúde de Burroughs continuava a agravar-se, obrigando-o a deixar os destinos da empresa. Assume a presidência da The American Arithmometer Co., o segundo presidente: Charles E. Barney. Em 1893 Barney  é sucedido na empresa por J H Wyeth.
1896
William S. Burroughs, perde a esposa Ida E. Selover Burroughs falecida neste ano, entretanto neste ano, casou-se com sua enfermeira Nina F. Keltner. Também neste ano, desligou-se definitivamente da empresa, mudando-se para Citronelle, Alabama, na esperança de que, ao mudar para região de melhor clima, a tuberculose fosse superada. 
1898
William Seward Burroughs, vislumbrava já o início do fenômeno de automação de escritório, aumentando cada vez mais. Aposentou-se sem desfrutar ou dar sua parcela de contribuição ativa na empresa, faleceu muito moço, aos 41 anos, em 14 de setembro de 1898 em Citronelle, Alabama e foi enterrado no Cemitério Bellefontaine, bloco 37, lote 3938 em Saint Louis City Missouri, EUA.

A máquina de adição e listagem usando cartões perfurados, inventada por Burroughs foi usado com mesmo princípio, por Herman Hollerith para elaborar o sistema de processamento de dados do senso demográfico americano em 1896.
1902
Um outro empresário e fabricante de St. Louis, Joseph E. Boyer, um daqueles que tinha encorajado e apoiado os esforços de William Seward Burroughs por muitos anos, entra para impulsionar o negócio, e tornando-se presidente da empresa. 

Joseph Boyer  foi o terceiro e último presidente, da The American Arithmometer Company.

1904
Seis anos após a morte de Burroughs, a empresa que começou em St. Louis, Missouri, transferiu suas operações inteiras para Detroit, Michigan.

Construiu uma fábrica de 70,304 pés quadrados, num milharal comprado dessa propriedade da Ferry Seed Company. O local nos limites da cidade, é rodeada pela segunda e terceira avenidas no leste e oeste, e pela avenida Burroughs e Amsterdam ao norte e sul. Todos os funcionários e suas famílias foram transferidas de St. Louis para Detroit em trem especial em apenas: um dia. 

1905
Neste ano, a empresa totalmente estabelecida em Detroit, mudou seu nome para: Burroughs Adding Machine Company, em honra e numa justa homenagem ao idealizador de equipamentos mecanográficos tão sólidos: William S. Burroughs, que havia morrido em 1898. As vendas deste ano totalizaram 7.804 máquinas, com um quadro de 1.200 empregados. Como se pode perceber uma produção pequena para um quadro funcional grande.
1947 
A Burroughs finalmente adota uma marca efetiva, com destaque para a letra "B". Certamente, como mais uma homenagem póstuma ao dedicado e inovador inventor preocupado em facilitar as atividades exaustivas que o levaram a adquirir a tuberculose, doença terrível, contagiante de sua época e com raras perspectivas de melhora de saúde.

William Seward Burroughs, foi postumamente introduzido no National Inventors Hall of Fame, um reconhecimento justo por tanta contribuição nas facilitações das atividades humanas de escriturações.



Willgodt Theophil Odhner (em cirílico, Вильгодт Теофил Однер)



Nasceu em  10 agosto de 1845 em Dalby, Varmland, Suécia e  morreu em 15 de setembro de 1905 em São Petersburgo, Rússia.

Tornou-se mundialmente famoso como W. T. Odhner, engenheiro e empresário sueco, o inventor do “Odhner Arithmometer”, um tipo popular de portátil calculadora mecânica da qual se originou a maioria das calculadoras mecânicas, devido ao seu princípio, estilo “catavento” de funcionalidade para cálculos.

1864-1867
Estudou neste período no Instituto Real de Tecnologia em Estocolmo, de  onde saiu antes de se formar.
1868
Com 23 anos, mudou-se para São Petersburgo, Rússia, embora não soubesse falar russo. Assim que ele chegou, procurou o consulado sueco, onde conseguiu emprego numa oficina mecânica. Meses depois, foi para a fábrica mecânica de propriedade do sueco, chamado Ludwig Nobel (1831-1888), irmão de Alfred Nobel,  famoso inventor da dinamite e criador do Prêmio Nobel. 
1871
W T Odhner se casou com Alma Skånberg, filha de Fredrik Skånberg, um colega de trabalho. Teve com Alma, sete filhos, e destes infelizmente o segundo Emilia, morreu aos 2 anos de idade em 1877, no  mesmo ano em que Alma, lhe deu o terceiro filho.

Também neste ano, Odhner teve oportunidade de conhecer um equipamento que mudaria seu destino: consertar uma máquina de calcular Arithmometer Thomas. Ao conhecer este mecanismo de calcular, concluiu que teria capacidade de melhorar,  fazer uma máquina  mais simples para realizar cálculos.
1873


Neste ano após desenhos e estudos, Odhner, desenvolveu a primeira versão de sua calculadora mecânica. Substituiu os pesados e volumosos cilindro do tipo “Leibniz” por um tambor menor com discos e pinos, com precisão de 8 casas para calcular.

O dispositivo da calculadora baseada num conjunto de rodas com pinos giradas por uma alavanca que a cada giro promovia cálculos. O equipamento ficava alojado numa caixa de madeira retangular. Desse modo, foi desenvolvida a primeira versão da calculadora mecânica com o nome de Odhner Arithmometer, a junção dos dois equipamentos, resultou num nome híbrido.

1875
O protótipo foi terminado no final de deste ano. Não importa quando Odhner iniciou sua arithmometer, ou algumas controvérsias sobre a invenção do mecanismo, se dispositivos ou princípio foram retirados de modelos existentes, sem dúvida - a idéia central de calcular em modo mecanizado partiu da “pascalina”, as demais usaram a mesma idéia central, porém Odhner foi além.

W T Odhner, foi o responsável em criar um invento original, um modelo simplificado, qual à posterior, vastamente copiado por centenas de outros fabricantes.

Em 1875, foi o marco zero das calculadoras mecânicas como modelo prático, ágil e aceito mundialmente, por quem se interessou em promover seus cálculos rapidamente. Ao lado esquerdo, o modelo de 1878.
1876
No final deste ano, Odhner procurou seu patrão, “Ludwig Nobel” para iniciar a produção da calculadora. Desse acordo, Nobel garantiu os custos iniciais do negócio com ambiente apropriado à produção. As partes compartilharam da receita, despesas e divisão pela metade dos lucros. Desse negócio, entre Nobel e Odhner, significou a produção das máquinas fabricadas com um segundo protótipo.
1877
Odhner usou a pequena parte da fábrica para trabalhar. No meio deste ano, ficaram prontas as 14 calculadoras. A capacidade dessas máquinas, ficou de 10, ao invés de 9 casas de precisão, conforme o primeiro modelo. Nobel após a feitura dessas máquinas, perdeu o interesse e a produção foi cessada. 
1878

Neste ano, Odhner recebeu a patente US № 209416, com alterações no seu pedido de patente.

Houve algumas reivindicações, por ter seu projeto, conflito com registros antecipados, como da patente de Baldwin e de Alonzo Johnson, titular da patente № 85229 de 1868 concernente a dispositivo similar.  

Odhner ficou trabalhando na fábrica do sueco Nobel, um ano após a primeira produção de calculadoras. 

1885
Odhner começou a trabalhar na “Expedition” uma grande fábrica de construção de máquinas para produção de alta qualidade, destinadas as empresas do local. Um de seus maiores projetos foi o de fabricação de prensas de impressão. Também fez máquinas para fabricação de cigarros, de papel e instrumentos científicos. Ficou trabalhando até 1892. Enquanto estava nesta fábrica, Odhner começou a sua própria oficina. 
1890
Neste ano, em São Petersburgo,  iniciou-se oficialmente a produção em série das calculadoras “Odhner Arithmometer”. Nesse início, teve apoio financeiro de um sócio: o Sr. F N Hill, um cidadão britânico, que ficou na sociedade por sete anos.

Houve melhoria da versão original, da máquina inventada dezessete anos antes, na Rússia por W T Odhner, imigrante sueco. A máquina de calcular, foi patenteada em vários países, tornando-se muito popular e produção perdurando por 30 anos. Essa fábrica foi fechada e nacionalizada durante a revolução russa de 1917, por óbvios motivos ideológicos. 
1891
Odhner abriu uma filial na Alemanha, porém vendeu-a no ano seguinte para Grimme, Natalis & Co. por dificuldades de manter duas instalações fabris tão distantes.

(ao lado esquerdo uma dos primeiros modelos)

A Grimme, Natalis & Co. iniciou a produção em Braunschweig. Essas máquinas foram bem sucedidas em vendas a marca Brunsviga, nome latino dessa cidade.

1892
Deste ano, até meados do século XX, diversas empresas independentes, como a Brunsviga, Triumphator, Schuber, foram criadas em todo o mundo para fabricar autênticas cópias da Original Odhner. Na década de 60, do nosso século, milhões de calculadoras desse tipo, com modelos dos mais variados, seguindo o mesmo padrão, foram vendidos, tornando um dos mais bem sucedidos projetos de calculadora mecânica. 
1892 em diante 
Após a saída do sócio até sua morte, Odhner foi o único proprietário de sua empresa de calculadoras mecânicas.
1905
Willgodt Theophil Odhner, ou como ficou conhecido, W T Odhner morreu de ataque cardíaco em 15 de setembro de 1905, calendário gregoriano, em São Petersburgo, Rússia

Após sua morte, seus filhos Alexander e Georg, deram continuidade e produziram cerca de 23.000 calculadoras até 1918 quando a fábrica foi forçada a encerrar as atividades por ter sido nacionalizada pela Revolução Russa e sua filosofia ideológica de estatização de empresas. 
Em 1924, a unidade de produção é levada para Moscou pelo governo russo. A calculadora recebeu a marca de  Felix Arithmometer sendo comercializada até 1970. Abaixo um desses modelos ...
1917
No final deste ano, a família Odhner retorna à Suécia e reinicia a produção da calculadora, sob o nome Original Odhner.

George Canfield Blickensderfer

1850
Neste ano, em 13 de outubro, nasceu na cidade de Erie County, Pensilvânia, EUA. George, filho de Nathan Blickensderfer (1823-1901) e Catherine Mary Canfield Blickensderfer (1826-1892).

O casal teve quatro filhos: James Clark Blickensderfer 1847-1916; George Canfield Blickensderfer 1850-1917; William Jacob Blickensderfer 1853-1934 e Charles E. Blickensderfer 1858-1932.

1860
Aos dez anos, George C. Blickensderfer, estava as voltas com o pensamento de tentar construir uma máquina voadora. O tempo passou e o menino persistia com sonhos de projetos mecânicos.

George, trabalhando numa loja de grande porte, pôs em ação um dos seus primeiros inventos: criou um modo de transportar, pacotes e dinheiro, de diferentes balcões para uma estação central de embalagem que ficava nos fundos dessa loja. Um tempo mais tarde, Blickensderfer, vendeu os direitos dessa patente a Lampson Company.

George Canfield Blickensderfer, trabalhou muito tempo viajando de trem. Meditando sob todos aqueles homens que usavam este meio de transporte, tão comum à época, sentiu haver a necessidade duma máquina de escrever mecanizada, que fosse pequena, de peso leve, para empresários viajantes utilizarem, fosse num trem, hotel ou aonde a disponibilidade permitisse para tirar notas fiscais apresentáveis, fazer orçamentos, passar uma relação de preços, mandar cartas, etc., tornando útil um tempo ocioso dos vendedores viajantes, em prol em algo importante.
1879
Neste ano, casou-se com Nellie Irene Smith  Blickensderfer, nascida em 29 de janeiro de 1858 em Vermont, EUA, filha de Hervey Smith (1830-1910) e Mary Smith (1826-1928) quando o casal mudou-se para Stanford, Connecticut. Foi a partir dessa época, que começou a projetar sua primeira máquina de escrever, numa pequena oficina, atrás de sua casa em 88, Bedford Street. Dez anos depois George, conseguiu uma patente para construir e comercializar a invenção básica de máquina de escrever  “typewheel”.



Este invento, tratava-se de um equipamento que funcionava com teclado diferente, com o sistema typewheel eliminando tipos, barras de tipos e os diversos mecanismos individualizados para imprimir um caracter.

No typewheel os tipos, ficam fixado num bloco circular, tipo bola de golfe da IBM. Este conceito, economizou muito, diminuiu o peso da máquina, num quarto do peso das demais máquinas da época.

George Canfield Blickensderfer, embora fosse uma pessoa muito ocupada com suas atividades comerciais, nas quais dispendia, intensa concentração, também gostava de períodos de lazer. Um dos seus prazeres favoritos, era ir aos confins do Canadá, para praticar esportes de pesca e caça. Chegou mesmo a possuir um iate, onde passava momentos despreocupados navegando nas águas do Atlântico.

1ª Guerra Mundial
A deflagração da Primeira Guerra Mundial, tornou a exportação para o continente europeu, muito difícil. A empresa de George Canfield Blickensderfer sentiu os primeiros entraves dessa guerra.

Novamente, a mente criativa funcionou, aproveitando-se dessa situação beligerante e insólita: inventou um dispositivo para alimentar cartuchos de metralhadora através de uma correia. George Blickensderfer, obteve um grande pedido de vendas do novo invento, através de contrato de exportação para o governo francês por vários anos, conseguindo com este negócio evitar problemas financeiros. 
1915
Neste ano, Nellie Irene Smith  Blickensderfer morreu com 65 anos. O casal teve somente uma filha, Elsie Canfield Blickensderfer nascida em 1882 e falecida em 1897, com apenas 15 anos.
1916  
George, casou-se neste ano, pela segunda vez com Katherine Cochran Blickensderfer que viveu 78 anos entre 1856-1934, mais ficou casado somente por quase um ano.
1917
Neste ano, após período de longa doença, na origem sob problemas renais, agravada com outras complicação, mesmo diante das possíveis tentativas para aliviar seus sofrimentos, George Canfield Blickensderfer finalmente dá seu último sopro na manhã de 15 de agosto às 6 horas, na sua residência em  Sound Beach, Connecticut, EUA.

Foi enterrado no Cemitério da Floresta, numa colina, à sudoeste, final do campo santo,  no Mausoléu Blickensderfer. Há uma passagem de trinta pés levando ao mausoléu familiar, que foi construído em estrutura de granito cinza, ladeados por grandes colunas dóricas, duas portas de entrada em  bronze, ricamente decoradas, vidros adornam portas e janela traseira.
Máquinas projetadas pelo inventor, diferenciadas por detalhes percebidos no visual

James Henry Rand

1886
Neste ano nasceu, James Henry Rand Jr, a 18 de novembro, em North Tonawanda, Niágara, New York. Era seu pai, James Henry Rand e sua mãe, Mary Jameson Rand, (sobrenome de solteira Scribner). Foram seus irmãos: Philip Scribner Rand, Adelaide Almira Rand, Mary Scribner Rand, Mabel Rand.
1898
O Sr. Rand fora um banqueiro durante muitos anos. Percebia que os sistemas de cartões de índice, usados ​​por funcionários nos bancos eram ineficientes; acreditava ser necessário, um sistema mais racionalizado, usando divisórias, separadores de ficheiros, etiquetas, a fim de ter um controle mais preciso.

Tanto pesquisou e estudou que inventou um sistema de arquivamento, com base em novos conceitos, quando James Henry Rand Jr. estava com 12 anos, seu pai fundou a “Rand Ledger” uma empresa para fabricar o seu sistema de indexação, chamado de Visible Ledger.
1908
Neste ano, James Rand, formou-se na Universidade de Harvard e foi trabalhar com seu pai no negócio da família, a Rand Corporation  Ledger, onde ficou por sete anos. Também serviu por três anos na Guarda Nacional de NY.
1910
Neste ano, casou-se com Mirian Smith, com quem teve uma filha, Mirian nascida em 1911; os gêmeos nascido em 23 de fevereiro de 1913, Marcell Nelson falecido em 1° julho de 1979 com 66 anos e James que faleceu em novembro de 1978. Sua esposa Mirian faleceu em 1927.
1915
Neste ano, depois de um desentendimento com seu pai, no âmbito comercial, James Jr. resolveu criar uma nova empresa para fazer negócios mais simples: a American Kardex, um sistema de arquivamento, índice e material de escritório, direcionada principalmente para consultórios médicos. Ao lado, um arquivo gaveteiro com fichas Kardex.
1920
Durante cinco anos, a American Kardex cresceu tanto, tornou-se uma grande empresa, passando a ser uma das principais empresas de fornecimento para escritórios nos Estados Unidos.

Em 1920, a American Kardex tinha mais de US$ 1 milhão em vendas brutas. Os produtos da empresa, amplamente utilizados na área de saúde. Um Kardex preenchido tornou-se a nomenclatura comum para a inserção de dados no prontuário dos pacientes, como o modelo exemplificado abaixo.

A procura pelo Kardex, um instrumento de organização funcional, foi tão forte que  logo, vários países europeus, passaram a comprar em larga escala esses produtos, que a Rand resolveu construir uma fábrica na Alemanha. Durante a década de 1920, James Rand Jr. se envolveu com barcos de velocidade.
1925
A American Kardex durou até este ano e, neste mesmo ano, James Rand Jr. comprou o Rand Corporation Ledger ficando seu pai presidindo a nova empresa. Ambas obtinham receitas mais ou menos iguais e as duas empresas dominaram facilmente o mercado americano de materiais de escritório. 
1927
Neste ano, James Rand Jr. comprou a Remington Typewriter Company que já tinha a máquina de escrever silenciosa desde 1909 e máquinas de escrever elétricas em 1925.

A fusão das duas empresas formou a nova Remington Rand Co. para continuar a fabricação das typewriter. A Rand Kardex Bureau, continuava a fabricar equipamentos de escritório. Com a incorporação surgiram duas gigantes, servindo fontes variadas de compradores como: bancos, empresas, bibliotecas, companhias de seguros e agências governamentais.

Certicado de 1927
1927 a 1929
Entre estes anos, James Rand Jr. adquiriu e fundiu diversas empresas similares, incluindo empresas de fabricação de papel carbono, pastas, máquinas de calcular, armários e cofres de escritório.
1929
Neste ano, casou-se novamente, agora com  Evelyn Huber nascida em 1890 e falecida em 1934 aos 34 anos.
1931
Neste ano, e nesta década, com a Grande Depressão Americana, James Rand Jr. foi Presidente e Presidente do Conselho da Remington Rand Inc. que passava economicamente por dificuldades em razão daquela situação. 

James Rand trabalhou com muitos bancos e agências federais para promover a economia, incentivou o governo dos Estados Unidos para sair do padrão-ouro. Ele tinha muita influência e grandemente ajudou a definir a política econômica federal durante a década de 1930.
1936/1937
Nestes anos, James Rand Jr. (ao lado foto de 1937) passou por entraves e disputas sindicais, envolvendo trabalhadores, com greves nas fábricas Remington Rand. 

No ano de 1937, a companhia Remington Rand desenvolveu a máquina de barbear Remington, um dos principais produtos para a empresa.
1939
O interesse de Rand em barcos de alta velocidade ajudou a salvar três vidas em Long Island Sound. James Rand Jr. aos 53 anos, encontrou um pequeno barco naufragado com três mulheres que estavam quase afogando após o naufrágio. Rand socorreu com o seu barco, pulou na água, ajudou a puxar as mulheres e as acolheu com segurança. Foi muito elogiado por salvar pessoalmente essas vidas.
1940
No período da Segunda Guerra Mundial, os EUA teve participação decisiva, transformou a Remington Rand Inc. em uma grande empresa de defesa, fabricando peças bélicas como: hélices, equipamentos de carga, armamentos para militares americanos, incluindo fusíveis, bombas, miras de bomba e a famosa pistola M1911. 
1944
Neste ano morreu seu pai - James Rand, o fundador da primeira empresa familiar.
1950
Neste ano, a Remington Rand Inc. comprou a Eckert-Mauchly Co. uma das primeiras empresas a desenvolver computadores em 1947.
1952
Neste ano, foi nomeado para Presidente do Conselho de Remington Rand Inc. o General da Reserva Douglas Mac Arthur.

Ao longo de mais de vinte anos, a empresa cresceu em vendas, de US$ 5 milhões por ano em 1927 para US$ 500 milhões em 1954. Um crescimento assombroso, mesmo nos padrões americanos.
1955/1978
Em julho de 1955, a Sperry Corporation uma das maiores empresas e mais antigas na fabricação de computadores nos Estados Unidos, adquiriu ações da Remington Rand Inc. e dessa fusão formou uma nova marca, a Sperry Rand.

A Remington Rand permaneceu como uma marca distinta e nome de algumas divisões,  como  a Divisão Remington Rand Sistemas responsável com sistemas de arquivamento e produtos associados, como pastas de arquivos, materiais para armazenamento de dados físicos e sistemas de manuseio, incluindo o conceituado Kardex.

Em 1958, James Rand Jr. deixou o controle completo da empresa para Kenneth R. Herman como presidente da empresa. Seu filho, Marcell N. Rand entrou na empresa familiar, como Vice-presidente Executivo e Gerente Geral da Remington Rand Inc.
1968
Neste ano, morreu a 3 de junho, James Rand Jr. em Freeport Commonealt, Bahamas com 81 anos.

Deixou imensa contribuição ao mundo dos negócios, por décadas, tornando o trabalho e a organização, mais fácil para usar as ferramentas certas. Doou uma boa parte da riqueza da família para fins beneméritos a várias pessoas.

James Rand Jr, foi quem verdadeiramente tornou a marca REMINGTON um padrão mundial, ao adicionar seu próprio nome, como complemento da marca: "Remington Rand". Anteriormente, a Remington And Sons, tratou as máquinas mecanográficas como um segundo, terceiro ou outro item, a mais. Foi James Rand Jr. com a Remington Rand quem prorrogou a marca, um sinônimo de máquinas de escrever, ou conforme o termo inglês, a typewriter.


Jack St. Claire Kilby

Jack St. Claire Kilby nasceu em 8 de novembro de 1923 em Jefferson City. Foi físico e engenheiro eletricista americano que de certo modo contribuiu para a atividade mecanográfica, uma vez que sua invenção alterou completamente a vida moderna.
1947
Neste ano, Jack St. Claire Kilby terminou sua formação na Universidade de Illinois. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou para o Office of Strategic Services (OSS).
1950
Neste ano, graduou-se novamente em engenharia eletrônica pela Universidade de Wisconsin. Também mudou-se para Milwaukee, no Wisconsin, para trabalhar na Centralab, uma das primeiras a fabricar transistores, que era uma divisão da empresa Globe-Union Corporation.
1958
Neste ano, foi contratado para trabalhar na empresa Texas Instruments, Inc., onde se tornou responsável pela pesquisa no campo de componentes eletrônicas.
Abaixo, à esquerda o protótipo do primeiro circuito integrado.

Kilby buscava de mil maneiras miniaturizar os componentes, simplificar sua fabricação, projetando um meio de colocar diversos destes numa mesma lâmina de silício. Em julho de 1958, deixou escrito em seu caderno de pesquisa:

A miniaturização extrema de muitos circuitos elétricos pode ser alcançada fazendo-se resistores, capacitores, transistores e diodos em uma única lâmina de silício.”

Desenhou em cinco páginas como isso poderia ser feito. No final de agosto, uma versão simplificada de seu circuito já estava disponível, mostrando que era possível produzir transistores, diodos e resistores num único bloco semicondutor e interconectá-los em série numa placa de circuitos.

Neste mesmo ano, Kilby projetou o primeiro circuito integrado, num chip de cristal conseguiu agregar transistores, resistores e diodos. Estes componentes, funcionavam somente separados, este invento foi demonstrou no Laboratório da Texas em 12 de setembro.

Entretanto, ao mesmo tempo, numa outra empresa, a Fairchild Corporation, Robert Noyce desenvolvia um projeto similar. Jack St. Claire Kilby é considerado "co-inventor" do componente eletrônico agregado num circuito integrado, resultou no processo da miniaturização dos componentes.
1960
Em meados desta década, Kilby trabalhou no setor bélico, criou circuitos integrados para o míssil balístico intercontinental, chamado Minuteman.
1970
Já no princípio desta década, continuavam os projetos para ampliar a eficiência do circuito integrado, tornando-o cada vez menor, com processamento de dados, mais rápido e uso menor de energia.

A primeira aplicação do circuito integrado, foram largamente usados nos projetos das calculadoras eletrônicas de bolso, desenvolvidas à partir desta década e intituladas como “minicomputadores”.
(ao lado calculadora de Kilby de 29 março de 1967).

Depois das calculadoras eletrônicas, surgiram outros equipamentos mecanográficos como: fax, máquinas de escrever eletrônica, de preencher cheques e outros equipamentos, todos em função desse invento.
1978
Neste ano, Jack St. Claire Kilby  que em 1970, fora promovido a consultor da Texas Instruments, Inc. começou a ministrar aulas na Texas A&M University, porém nunca abandonou suas pesquisas inventivas, e graças a este ímpeto, tem mais de 60 patentes registradas para tecnologias nas áreas ligadas a fins militares, industriais e comerciais.
2000
Neste ano, em outubro foi atribuído o reconhecimento, como precursor de novas tecnologias ao engenheiro inventor Jack St. Claire Kilby junto com Zhores Alferov e Herbert Kroemer. Todos também premiados como ganhadores do Nobel de Física, pela contribuição ao desenvolvimento das tecnologias da informação.
2005

Jack St. Claire Kilby, acometido por um câncer, veio falecer em 20 de junho, em Dallas, aos 81 anos.



Tadao Kashio ( 忠雄)

1917
Neste ano em 26 de novembro, nasceu Tadao Kashio, em Kureta-Mura agora Nankoku City, Kochi, Japão.  Foi o segundo filho a nascer do casal Shigeru Kashio, seu pai  e Kiyono Kashio, sua mãe. Tadao teve mais três irmãos: Kazuo, Toshio e Yukio.
1923
Até este ano, todos da família Kashio viviam na aldeia, cultivando os campos de arroz, como meio de renda e sobrevivência. Porém, em setembro deste mesmo ano, ocorreu O Grande Terremoto de Kanto, que devastou Tóquio, matando mais de 100.000 pessoas.

A família de Tadao Kashio recebeu convite de um tio para vir à Tóquio, pois haveria muito trabalho na reconstrução das ruínas causadas pelo grande terremoto. A família Kashio, juntou seus humildes pertences, mudou-se da região agrícola para a cidade, em busca de uma vida melhor.

Havia a esperança de seus filhos obterem uma educação qualificada que lhes dessem um futuro promissor. Assim o pai de Tadao Kashio deixou a vida dura e difícil de agricultor e foi trabalhar na construção civil. No entanto, a vida da família Kashio, não viveu um mar de rosas, pois também encontrou muita dificuldade na grande capital japonesa.

Quando Shigeru Kashio, foi receber o primeiro mês de trabalho, deparou com um baixo salário e viu seus sonhos reduzidos. Para poupar algum dinheiro, sobrar algum recurso, a fim de obter numerário à educação dos filhos, só existia um único meio: reduzir despesas com o transporte público. Deste modo, todos os dias, o velho pai, ia à pé para o trabalho, num trajeto de cerca de cinco horas.
1929
Neste ano, Tadao, graduou-se no nível de educação elementar escolar, levando sempre em conta o  sacrifício passado pelo exemplo paterno, esmerou-se ao máximo no aprendizado. 
1931
Neste ano, graduou-se no nível escolar médio e foi o melhor aluno da classe. Logo após essa graduação, Tadao conseguiu emprego numa empresa de reciclagem de latas de óleo. Depois arrumou outro emprego, agora em empresa produtora de medalhas militares. O desempenho e a dedicação nessa empresa, causou boa impressão no proprietário que Tadao passou para aprendiz de torneiro mecânico na máquina-ferramenta da fábrica de Enomoto. 

Tadao mostrava firmeza e vontade de vencer, apesar de tudo. Desde o primeiro dia de trabalho foi o primeiro a chegar na fábrica na parte da manhã e o último a sair. Fez disso uma rotina. Sua diligência e inteligência chamou atenção até do proprietário da fábrica, Hiroshi Enomoto.

Tadao Kashio por estímulo do seu patrão, conseguiu entrar na Escola do Trabalhador de Waseda, (que veio a ser a Universidade de Waseda) para melhor se qualificar e aprofundar seus conhecimentos profissionais, enquanto continuava trabalhando na fábrica.

Ao terminar a Escola do Trabalhador de Waseda, Tadao trabalhou numa fábrica de válvulas de rádio onde também mostrou-se, um gerente hábil e um criativo inventor. Era incansável, ficou tão exausto e esgotado pelo tempo dispensado na rotina do trabalho que adquiriu uma tuberculose.

Com a saúde debilitada foi reprovado para o serviço militar do exército. Este fato, para um homem japonês de seu tempo era uma lástima. Por longo tempo, Tadao ficou muito envergonhado sem conseguir olhar seus pares nos olhos.
1942
No verão deste ano, em meio a Segunda Guerra Mundial, a família Kashio depois de muitos anos, puderam fazer uma bela festa, com o estoque em dobro do arroz japonês, não arroz barato chinês. Tal comemoração extraordinária marcou o início da pequena produção privada de componentes para aeronave, iniciada por Tadao Kashio. 

Tadao, comprou um torno barato da fábrica onde havia trabalhado. Este torno foi instalado num galpão construído no quintal da casa. Era um mínimo de equipamento necessário, mas suficiente para a família unida e determinada, começar essa pequena produção.

A produção de detalhes para aeronaves militares, obteve sucesso, quer pelas habilidades técnicas e profissionais, além das boas relações com clientes potenciais. Logo Tadao, liquidou o empréstimo conseguido no banco, ainda ganhou dinheiro suficiente para o casamento. Era incomum obter um tostão de empréstimo bancário no Japão, sem ser casado, mas Tadao conseguiu este feito.
1943
Neste ano, Tadao Kashio, casou-se com Shige Noguchi, noiva a vários anos, que fora escolhida por sua mãe, Kiyono Kashio, como impunha o costume japonês.  Tadao e Shige tiveram três filhas e um filho.
1944/1945
Por este período o Japão foi largamente bombardeado pelos americanos, num desses ataques, destruiu a casa dos Kashio. A produção da pequena fábrica danificada e os bens de uso militar deixou de ser encomendado.
Pós-guerra
Tadao Kashio, teve a oferta de compra de uma máquina de trituração extremamente barata. Com este equipamento, poderia produzir utensílios domésticos úteis, como frigideiras, fogões, aquecedores e outros de extrema demanda, naquele tempo de pós-guerra. 

Havia um problema: a máquina de trituração (moagem) estava num armazém num lugar de difícil acesso, a cerca de 300 km de Tóquio. Naquela época, era quase impossível encontrar um meio de transporte. 

Shigeru Kashio, o pai de Tadao, encontrou a solução do problema, embora com sacrifício heróico, despendido mais uma vez, em favor dos filhos. Conseguiu emprestado de um amigo, um carrinho de duas rodas no qual atrelou uma bicicleta. Através deste meio tosco de transporte, Shigeru Kashio carregou o equipamento que pesava cerca de 500 kg até a estrada. Esse processo levou várias semanas com difícil esforço. 

Assim era a presteza de Shigeru Kashio quando se tratava no bem estar familiar. Esse amor e saber paterno nutriu com elevados valores Tadao Kashio e seus irmãos e, foram transmitidos para a grande empresa futura dos Kashios. Os irmãos de Tadao que retornaram do exército, no pós-guerra não encontraram empregos. Restou o negócio familiar, assim estes, também foram trabalhar nessa pequena empresa. 
1946
Neste ano em abril, Tadao Kashio fundou a empresa Kashio Seisakujo (a futura Casio Computer Company), para produzir diversas peças e mecanismos simples, com a máquina de trituração e outros equipamentos.

Tadao Kashio convidou seu irmão, Toshio Kashio, para participar desta empresa. Toshio ganhara conhecimento de elétrica, como ainda de eletrônica, trabalhando no Ministério das Comunicações  NTT.  Decidiu deixar o emprego a fim de buscar inovações junto ao projeto familiar.

Tadao e Toshio, construíram também no quintal de casa, uma mini-usina e começaram a projetar coisas muito simples, dentre estas, um anel de dedo com um tubo chamado de “yubiwa” para segurar um cigarro, dispositivos para assar biscoitos de milho e outras peças. A idéia diferente e interessante do “yubiwa” trouxe pelo ineditismo, algum recurso aos irmãos. Porém, o cigarro era um produto muito caro no Japão do pós-guerra.
1949
Neste ano, Tadao foi assistir em Ginza, Tóquio, a um “Business Show”, organizado num dos teatros da capital japonesa. Havia no palco uma competição de contagem em velocidade: um soldado americano equipado com um enorme calculadora elétrica tendo como adversário, um contador japonês com seu ábaco clássico japonês.

O público assistente apoiando abertamente o soldado americano já demonstrava numa mudança radical: havia o desejo de tornar o Japão uma nação poderosa e conhecida pela fama de inovação e domínio do progresso técnico e científico. Após esse show, Tadao Kashio foi motivado pela idéia de produção em massa de calculadoras elétricas. 

1950

Em janeiro deste ano, convenceu seu irmão, Toshio Kashio que deveriam começar a desenvolver um modelo original de calculadora compacta totalmente elétrica, não bastava ter a própria fabricação era preciso também  perseguir algo diferente e inovador.

1954

Durante anos trabalharam duro. De dia, para ganhar recursos a fim de realizar os gastos do projeto; à noite, eles trabalhavam na melhoria da calculadora elétrica. Sem condições financeiras de contratar especialistas, ou profissional melhor qualificado, os irmãos Kashios foram aperfeiçoando essa calculadora graças ao conhecimento de eletrônica que Toshio possuía.

Enfim neste ano, surgiu o projeto de uma calculadora utilizando "solenoides" do tipo “desk-sized”. Foi a primeira calculadora eletro-mecânica japonesa, com uso de algumas inovações, que seriam uma preparação para o que seria no futuro próximo "as verdadeiras calculadoras eletrônicas". Como inovação adotou o teclado de 10 teclas numéricas. Naquele período, muitas calculadoras usavam teclado completo.

Depois de testar dezenas de protótipos, finalmente chegaram a primeira calculadora elétrica do Japão. Procuraram a Bunshodo Corporation, uma empresa japonesa vendedora de máquinas e material de escritório. 

No entanto, a Bunshodo Corporation não gostou do produto, considerou ultrapassada, faltava a função de multiplicação e necessitava de melhores desenvolvimento.

Tadao Kashio, não desistiu com essa negativa, tomou empréstimo numa agência bancária e os irmãos Kashio puderam continuar o desenvolvimento de um novo modelo. Descobriram na redefinição do projeto, que não só as capacidades básicas do equipamento estavam atrasados, como também o princípio de trabalho. (à esquerda, os irmãos Kashio)

Eles alteraram o projeto, adotaram um sistema de revezamento mais moderno e ainda os irmãos mais novos, Kazuo e Yukio, entraram na equipe da Kashio Seisakujo. 

Os irmãos Kashio, foram divididos, cada um com sua própria área de responsabilidade: Tadao e Kazuo responsáveis ​​pela produção; Toshio por novas idéias e Yukio, por ter estudado engenharia mecânica na Universidade, cuidaria dos projetos.

1956

No final deste ano, Tadao Kashio e seus irmãos, decidiram apresentar a invenção em Sapporo. A calculadora iria ser transportada em avião do aeroporto de Haneda até Sapporo. Porém se constatou que o tamanho da calculadora excedia o limite permitido no avião.

Os funcionários do aeroporto indicaram ser preciso, separar a parte superior da calculadora a fim de ser possível o transporte. De nada adiantou explicar ao pessoal do aeroporto, que tal procedimento poderia danificar o equipamento.

A parte superior foi retirada e na chegada em Sapporo, recolocada no seu devido lugar. Entretanto, a calculadora parou de funcionar. Feitas inúmeras tentativas para repará-la, os Kashio perceberam ser impossível fazer a máquina funcionar. Mas, eles tiveram uma solução criativa: fazer a apresentação do produto com slides.

Após essa demonstração, retornaram para casa sem muita esperança. Entretanto um representante da Uchida Yoko Co. Ltd., encontrou em contato com Tadao Kashio solicitando vir ao seu escritório para demonstrar esse dispositivo inovador que haviam projetado, pois souberam do produto pelo Gerente da Agência que havia assistido a apresentação por slides em Sapporo.

Uchida Yoko estava familiarizado com a empresa Kashio Seisakujo, confiavam na reputação dos irmãos. Tadao Kashio fez a apresentação e Uchida Yoko se mostrou interessado na nova perspectiva do produto no mercado, assinando um contrato de concessão exclusiva com os irmãos. Estava lançado o futuro da “Casio”.

1957

Neste ano, em 1° de junho, o nome da empresa foi mudado para Casio Computer Co. Ltd., alterando a pronúncia japonesa Kashio para língua inglêsa “Casio”, com finalidade de atingir principalmente o grande mercado mundial. Foi também lançado o primeiro modelo o 14-A em larga produção.

1965

Neste ano em setembro, a Casio Computer lançou um produto novo e inovador, aonde os engenheiros da empresa haviam projetado um modelo com placa com circuito integrado e os componentes necessários. Surgia a calculadora eletrônica modelo Casio 001 com memória. Tadao Kashio demonstrava o quanto estava revolucionando o mercado mecanográfico e todo ramo da eletrônica de modo global.
A Casio trazia o marco inicial de uma nova era: as calculadoras composta de componentes eletrônicos com a retirada dos mecanismos mecânicos. Ao mesmo tempo, a Casio lançava o termo "calculadora eletrônica" comumente usado a partir desse período. 

Tadao Kashio trabalhou muito planejando o destino da  Casio Computer Co. Ltd., a reputação da empresa ganhou notoriedade mundial, graças aos muitos anos de empenho junto com seus irmãos Kazuo, Toshio e Yukio.

Em resumo, Tadao Kashio presidiu a Casio entre 1960 a 1984, neste período, citamos a contribuição com os principais momentos:
1965
Setembro: é lançado o modelo 001, uma calculadora eletrônica com memória;
1967
Outubro: é lançado o  modelo AL-1000 a primeira calculadora eletrônica do mundo programável;
1972
Agosto: é lançado a Casio Mini, primeira calculadora pessoal de bolso do mundo;
1974
Maio: é lançada a calculadora de bolso científica modelo fx-10;
Novembro: é lançado o primeiro relógio calendário eletrônico de pulso, o Casiotron;
1983
Neste ano, a Casio desenvolveu e lançou a “menor e mais compacta de todas calculadoras ”, o modelo SL-800, com 0,8 mm de espessura, tão fina quanto um cartão de crédito.
1993
Neste ano, em 4 de março, morreu em Tóquio, Japão, aos 76 anos Tadao Kashio. Graças a essa mente brilhante, persistência e tenaz, a humanidade pode desenvolver equipamentos mais precisos, úteis e facilitadores das atividades em todos os setores de organização.

Em especial, o ramo da mecanografia, pois as calculadoras eletrônicas, como projetada pelos irmãos Kashio,  dividida por setores, permitia a interferência técnica. Além de que foi mais um produto de atividade mecanográfica.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário