Toda essa
operação era feito de modo manual. Jacquard considerava tarefa exaustiva
e interminável. Tinha que mudar o novelo, conforme as determinações do desenho
contratado pelo cliente.
Toda as informações
perfuradas no cartão eram lidas numa máquina tabuladora que dispunha de estação
de leitura equipada uma espécie de pente metálico, cada dente conectado a um
circuito elétrico.
A descrição deste Sistema Elétrico Tabulador foi
enviado por Hollerith em 1889, para a Universidade
de Columbia como sua tese de doutorado. Está reproduzida nos registros da
universidade e no livro de Randell. Recebeu a patente
americana sob n° 395.782, concedida
em 8 de janeiro de 1889. Esses cartões perfurados foram precursores do
sistema de memória usada em computadores.
Um informação curiosa,
mas não confirmada seria que "os
cartões perfurados originais tinham o tamanho das notas de um dólar",
e que tal escolha deste tamanho, deu-se para que os cartões pudessem ser
levados nas carteiras dos recenseadores.
Hollerith fez inicialmente negócios em seu próprio nome, como A
Hollerith Elétrico Sistema Tabulating, especializada em equipamentos de
processamento de dados em cartões perfurados, tendo construídos sob contrato
para o escritório do censo americano,
que os usou para o censo de 1890.
1880
O censo deste ano demorou oito anos para ser totalmente auferido, isto provocou uma busca para muitas mudanças no censo seguinte, quer por ter os EUA, população
maior, itens de dados coletados, maior número de funcionários do Census Bureau
já sentidos durante a medição desta contagem.
1890
Neste censo, as publicações programadas e o uso dos
tabuladores eletromecânicos de Herman
Hollerith reduziu o tempo necessário para
processar o todo censo, em dois anos e meio, mesmo com dados mais aprimorados.
Guerra das Correntes
Todas invenções que estavam se concretizando no decorrer deste ciclo mágico, necessitavam de um elemento essencial: energia. As indústrias precisando mover a maquinaria com maior força e ação. A vida citadina avançava além dos limites impostos pela claridade solar, mesmo a vivência doméstica ganhava novos elementos. Iniciava a produção de mecanismos para facilitar o trabalho, para divertir momentos de folga, de lazer e recreação. Enfim, uma série de novidades nascia e só foram facilitadas ou existiram pela vinda da eletricidade.
O princípio do conceito da eletricidade é localizado na
Grécia Clássica. Longos avanços foram conseguidos nos séculos XVII e XVIII até
chegarmos num ponto crucial. A vida aglomerada das grandes cidades nascidas da Revolução
Industrial em diante, trouxe um padrão de necessidades básicas no convívio das multidões.
Como alimentar com um sistema de energia e luz melhor?
Iluminar ruas,
ambientes aglomerados de atividades com indivíduos, salões de reuniões e residências em geral, era um
grande desafio. Existiam alguns recursos, como a iluminação à gás (famosos
lampiões de gás) ou o arco voltaico, ambos com inúmeros problemas.
As pesquisas no
campo das atividades magnéticas e elétricas haviam prosperado em várias
vertentes. Empresas fabris queriam uma energia capaz
de aumentar a produtividade. Após descobertas de inúmeros efeitos
eletro-magnético, houve um momento chave de
transformações profundas: o entrave na chamada “guerra das correntes”.
Guerra entre Edison, Tesla e Westinghouse
A Guerra
das Correntes ou Batalha das
Correntes, ocorreu em vista da disputa entre George
Westinghouse e Thomas Edison nas duas últimas décadas do século XIX.
Essa
rivalidade entre estes dois “monstros da
evolução tecnológica humana”, deriva de diversas explicações e interesses
conflitantes relatados abaixo.
Thomas
Edison não era matemático, mas um experimentador voraz. O conhecimento
fundamental para entender a corrente alternada descoberta por
Nikola Tesla carecia de conhecimento
substancial de matemática e domínio das leis da física.
Tesla
trabalhava na grande equipe de Thomas Edison que subestimou suas
idéias a respeito da transmissão de energia
por corrente alternada. Recusou-a afirmando: "As idéias de Tesla são magníficas, mas não são nada práticas!”
George
Westinghouse se mostrou interessado pelos avanços obtidos por Nikola
Tesla, como melhoria na eficiência dos dínamos, na Companhia Continental Edison, em Paris, ou ainda, pela demonstração
da capacidade da energia alternada se
aplicada em suas linhas férreas.
Ferrovias movida a eletricidade seria uma revolução, uma supremacia
para os negócios ferroviários de Westinghouse.
1878
Neste ano, aos
31 anos, Thomas Edison propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir
da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas.
Faltava detalhes técnicos e material adequado.
1879
Neste ano, uma
lâmpada inventada por Thomas Edison conseguiu brilhar
durante 48 horas contínuas. Nas comemorações de fim deste ano de 1879, uma rua inteira, próxima ao seu laboratório, foi totalmente
iluminada para demonstrar a utilidade pública desse invento. (abaixo Thomas Edison no laboratório)
Durante os primeiros anos, o fornecimento padrão de
eletricidade nos Estados Unidos, era
derivado da corrente contínua de Thomas
Edison que consistia num sistema de distribuição com
centrais de geração e alimentação,
conduzida por condutores destinada ao consumo doméstico de iluminação.
Todo o sistema
operava à mesma tensão, com lâmpadas de 100
volts para o consumo doméstico, conectadas a um gerador de fornecimento de
110 volts, prevendo possível queda de tensão pela resistência entre o gerador e
o ponto de iluminação.
A tensão
escolhida para as lâmpadas incandescentes de
filamentos de carbono de alta resistência, tinha preferência
clara, por alguns motivos:
- 100 volts
não constituía grave perigo de eletrocussão;
- as lâmpadas responsáveis
pela maior parte do consumo diário, tinha baixo custo, com condutores de
cobre utilizados num sistema de três fios para a distribuição;
- o nível de tensão foi escolhido por conveniência
na fabricação das lâmpadas, para resistir a 100 volts, fornecer iluminação
econômica comparável à iluminação a gás.
-
um medidor permitia a cobrança proporcional ao consumo, com medidor funcionando
apenas em corrente contínua.
-
o motivo principal dessa preferência: as lâmpadas eram fabricadas pela empresa
de Thomas Edison;
Os
geradores de corrente contínua também podiam ser associados em paralelo,
permitindo economia de energia, através de dispositivos menores, durante os períodos
de alto consumo elétrico, além de melhorar a confiabilidade.
1882
Até
este ano, estas eram as vantagens técnicas significantes, para uso do sistema
de corrente contínua. Entretanto, esse sistema inviabilizava qualquer motor de corrente alternada.
Como era produzida essa energia contínua?
A produção de corrente
contínua era obtida através de geradores alimentados por motores movidos a
petróleo. Portanto, de limitação concreta, usufruindo do baixo preço do
petróleo no início do século XIX, mas de futuro duvidoso. Fato, fora do contexto,
naquela ocasião.
A corrente contínua podia ser diretamente
utilizada em baterias de armazenamento, promovendo reservas
energéticas para ser utilizadas durante possíveis interrupções do funcionamento
dos geradores. Essa produção por
meio de geradores, atendia a um certo e limitado, número de consumidores.
A corrente contínua para ser alterada a
tensão menor ou maior, carecia de estudos específicos e detalhes técnicos para
cada caso. Ou seja, um tipo para iluminação, outro para motores elétricos.
Este fato,
significava instalar linhas elétricas separadamente, a fim de prover energia
adequada para aparelhos de diferentes tensões. O resultado desse complicado
sistema levou um aumento do número de cabos para instalar e sustentar as linhas
de transmissão, aumentando custos e ampliando riscos.
Neste ano, George
Westinghouse (foto ao lado esquerdo) fundou a Westinghouse
Electric & Manufacturing Company, em Pittsburgh,
Pensilvânia - renomeada para Westinghouse Electric Company em 1889, para operar no campo de produção e
transmissão de eletricidade.
1887
Neste ano, Nikola Tesla fez parceria com George
Westinghouse um grande investidor, com fins
de comercializar o sistema de
corrente alternada para distribuição
de energia elétrica, contrariando
interesses de seu antigo empregador Thomas
Edison.
Isto gerou uma
enorme rivalidade. Thomas Edison defendia o uso de
corrente contínua, em contraste com a
corrente
alternada, capaz de conduzir alta tensão, defendida por Westinghouse.
Os dois grandes empresários, homens de negócios de muito
sucesso, tornaram-se ferrenhos adversários, alimentado em campanhas publicitárias, levada aos últimos fins, por Thomas Edison, defensor da utilização da corrente
contínua a ser distribuída aos consumidores de eletricidade. Edison passou a difundir inverdades
quando ao uso do sistema opositor.
George Westinghouse, se contrapunha argumentando ter a corrente alternada, melhores condições técnicas para distribuir energia elétrica.
Grandes falhas da corrente contínua
Thomas Edison e seus sócios, se beneficiaram
amplamente construindo um grande número de usinas elétricas, para introduzir
eletricidade em várias comunidades. Entretanto em zonas rurais era uma solução
dispendiosa. Construir de uma estação geradora local ou pagar, uma grande quantidade
de grossos fios de cobre para conduzir a longa distância, era uma operação dispendiosa
e de difícil manejo.
1888
Neste
ano, na Grande Nevasca ocorreu um número considerável de mortes, devido
ao desabamento dos cabos suspensos de energia na cidade de Nova York.
1890
Neste ano, em 6
de agosto a cadeira elétrica foi utilizada pela primeira vez nos EUA, na pena de
morte de William Kemmler. Os técnicos encarregados da execução, não
souberam calcular a tensão necessária para eletrocutar o condenado. O
primeiro choque elétrico não foi suficiente para matá-lo, apenas feriu
seriamente o condenado.
O processo foi
repetido mais vezes provocando uma cena horripilante e grotesca. Um repórter
presente, comentou a cena como : "um terrível espetáculo, muito pior que
enforcamento." George Westinghouse foi enfático: "Teriam feito melhor se tivessem usado um machado".
No sistema de Thomas Edison utilizava a baixa tensão e, acabou
perdendo para dispositivos de corrente
alternada, inicialmente proposto pelos seus colaboradores: primeiro por Nikola
Tesla, e depois por Charles Proteus Steinmetz – que trabalhava em Petersburgo, para Westinghouse em 1888.
1887/1891
Neste período, há o desenvolvimento de um conjunto
extenso de inventos relacionados com a produção e o uso da eletricidade, quando se registra uma
centena de patentes.
Entre elas: sobre o motor elétrico; motor assíncrono de campo giratório; acoplamento
de dois circuitos por indução mútua, um princípio adotado nos primeiros geradores
industriais de ondas hertz; o princípio e metodologia como criar energia corrente alternada, através de campo magnético rotativo.
Entre outros, a invenção da
corrente polifásica; comutadores elétricos; ligação em estrela; novos tipos de
geradores e transformadores; a
lâmpada fluorescente e protótipos de transmissão de energia.
No entorno desses
inventos Nikola Tesla também descobriu o controle
remoto por rádio e a comunicação
sem fio, o “nosso wireless”. Tesla acreditava ser possível enviar o
potencial gerado em energia elétrica, através de torres em alta tensão, em
cadeia de uma para outra torre.
|
Nikola Tesla provando a segurança e proteção da corrente alternada |
George
Westinghouse tinha antecipado a compra dos direitos das patentes do
sistema polifásico de
Nikola Tesla, além de outras patentes
de
transformadores
de corrente alternada,
de Lucien
Gaulard e
John
Dixon Gibbs. Dessa forma, driblou o monopólio de
patentes reivindicado por
Thomas Edison.
Nikola
Tesla ao desenvolver seu trabalho
com campos magnéticos rotacionais, permitiu o
desenvolvimento do sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica
proveniente de corrente alternada.
1891
Neste ano,
ocorreu a Exibição Eletro-Técnica
Internacional, marcada pelo primeiro evento de transmissão a longa
distância de corrente elétrica trifásica a alta potência, realizada entre o
período de 16 de maio e 19 de outubro
no local onde funcionava as Estações
Ferroviárias do Oeste, as três "Westbahnhöfe"
em Frankfurt.
Essa transmissão
de corrente alternada polifásica foi demonstrada previamente em Mill Creek, Califórnia até Lauffen-Neckar. A primeira transmissão experimental
de longa distância de corrente elétrica trifásica a alta potência, foi gerada
de um ponto local a 175 km até Lauffen-Neckar.
Este resultado, de estudo prático e experimental bem sucedido, permitiu a adoção
da corrente
alternada trifásica nas redes de transmissão elétrica em todo o mundo.
1893
Neste
ano, a empresa obteve significativa vitória, ao garantir contrato de
instalação da rede fornecedora de energia elétrica para a Exposição Mundial em Chicago. A Westinghouse
montou, instalou um sistema de geração e distribuição completamente polifásico.
1894
Neste
ano, é fundada a
Divisão de Transporte
relativa aos equipamentos ferroviários, por
Westinghouse.
1895
Neste
ano, são instalados geradores nas Cataratas do Niágara na geradora Adams Power
Plant de energia hidrelétrica AC – corrente alternada.
1896
Em 16 de novembro deste ano, uma experiência
com energia elétrica fundamental para comprovar a eficiência do sistema
inventado por Nikola Tesla. Foi transmitida dos geradores da hidrelétrica Edward Dean Adams nas Cataratas
do Niágara até as usinas de Búfalo.
|
Geradores da usina nas Cataratas de Niágara |
Havia
desconfiança, se seria suficiente a geração de eletricidade nesse sistema até a Usina
de Búfalo. Nikola Tesla, com seus vastos conhecimentos lógicos, tinha
convicção e argumentava: “as Cataratas do Niágara têm potencial
suficiente abastecer com eletricidade todo o leste dos Estados Unidos”. Algo inimaginável
até a presente história humana.
Esse sistema de
distribuição elétrica da corrente
alternada, entre a fronteira dos Estados
Unidos e Canadá, ligando as Cataratas
do Niágara a Búfalo, tinha ainda outro fator, um preço mais baixo, numa
distância impossível de ser alcançada através de corrente contínua de Thomas Edison.
O sucesso do
conjunto de aparelhagem nas Cataratas do
Niágara foi um marco decisivo na aceitação da corrente alternada. Esse
tipo de corrente, tinha a vantagem para distribuição de energia à distância,
devido à facilidade de variação da tensão controlada, com uso de transformadores,
capazes de substituir a corrente contínua,
por estender a área de cobertura, com segurança garantida e eficiência na
distribuição.
George
Westinghouse tinha cada vez mais preferência, especialmente ao
ganhar um novo contrato para construir uma nova central elétrica. Ainda convenceu o governo americano a adotar esse modelo-padrão,
por ser o meio mais eficiente em todos os sentidos.
A Westinghouse
Electric Corporation, construiu os geradores da hidrelétrica, patente
do sistema de corrente alternada inventado por Nikola Tesla, com seu
nome gravado nas placas dos geradores.
1904
Neste
ano, a Baldwin inicia a comercialização e eletrificação em corrente alternada
– AC - das ferrovias, pela Baldwin-Westinghouse, em particular para a New Haven Railroad.
1909
Neste
ano, a empresa lança uma lâmpada de tungstênio de filamento contínuo.
1914
Neste ano, morreu George Westinghouse, legando 361 patentes e a fundação de 60 empresas.
Cartão perfurado nos Novos Tempos
Os primeiros
computadores eram enormes e muito complicados. Quanto ao tamanho, estavam agrupados em
enormes conjuntos de placas e eram programados por meio de cartões perfurados,
como único meio de incluir dados e comandos nas máquinas, seguindo o processo
inventado por Hermann Hollerith. Este sistema durou um longo período até ser
inserido novas tecnologias.
Essa enorme e
monstrenga máquina, executava a leitura dos cartões de papel perfurados em
código BCD (Binary Coded Decimal) efetuando as contagens da informação
referente à perfuração respectiva. Tal como o método patenteado em 8 de junho
de 1887.
Cada cartão era
colocado sobre uma taça que continha mercúrio conectada ao mesmo circuito
elétrico do pente. Ao ser colocado, o pente sobre o cartão, os fios do
pente, atravessavam as perfurações fechando o circuito elétrico, então estes, acionavam
os respectivos contadores. O contador visualizava o resultado da acumulação
pelo deslocamento de um ponteiro sobre um mostrador.
Este foi o
princípio dos nossos computadores, antes do seu estado presente. Com este “tipo
de sistema”, convivia harmonicamente as máquinas mecanográficas – das mais
simples, as mais sofisticadas – como as que tratamos nesta ABA – Recursos e
Contábeis.
As máquinas
mecanográficas contábeis foram as primeiras a perder espaço com o
aperfeiçoamento dos “mainframes” seguido dos computadores pessoais que foram
“empurrando” para o fim dos tempos as máquinas mecanográficas em geral até o
ponto inexequível da mecanografia. Fim de um tempo ...
1900 início da contabilidade mecanizada
Este é o ano de princípio da contabilidade mecanizada através
de máquinas de escrever em livros encadernados. Como ainda, ao ser abastecida pela energia elétrica, os escritórios das empresas tornou possível ter máquinas mecanográficas motorizadas com movimentos rápidos, precisos e acelerados como condizia esse novos tempos.
Quando as
máquinas de escrever e as de adição estavam se propagando nas
administração dos negócios, após um bom período de domínio exclusivo da Remington/Sholes, logo se percebeu a
necessidade de se ter a reprodução de documentos.
A vida
pública seria melhor gerida e viável, diante da complexidade, em que as
cidades estavam atingindo em termos demográficos e, a partir daí, suprir as
necessidades administrativas com múltiplas tarefas, decorrentes da vida citadina.
Belle Époque
Belle
Époque, uma expressão francesa que significa
bela época.
Retrata
o primeiro período de cultura
cosmopolita da história, ocorrido na
Europa com data iniciada em
1871 (fim do século
XIX) e durou até
1914, com a eclosão da
Primeira Guerra Mundial.
A Belle Époque demonstra como a vida ficava agitada. A vinda das novas máquinas, das novas invenções e entre elas, as transformações sócio-econômicas com sua sinergia nunca mais detida.
Este
período coincide com o começo do intenso uso das máquinas mecanográficas, uma
vez que o desenvolvimento das relações humanas e a intensidade da vida citadina
demonstrava como seriam as futuras cidades – aglomerações cada vez mais
volumosas em decorrência da migrações em busca de vida melhor.
Seria muito difícil, impossível mesmo, existir uma grande
empresa, uma grande corporação ou administrar uma cidade média sem o uso da
contabilidade mecanizada para fornecer os resultados da contagem dos recursos,
a análise numérica diária, seu uso e distribuição nos diferentes custos.
Os assentamentos das receitas e despesas, destes “grandes
coletores de recursos", buscou soluções prementes de aceleração dos registros
contábeis. A complexidade ampla de registro e controle de tempo, de produção,
de medição, avaliação de todos atos e atividades intensas não poderiam ser mais
manual, nem mesmo solucionadas com o aumento de funcionários nas repartições.
A administração e a contabilidade, aboliu por completo a letra
bonita para escriturar os livros, anotar grandes somatórias capazes de provocar
erros, mesmo já contando com máquinas de adição e calculadoras manuais, uma vez
que, a possibilidade de registro contábil era demasiadamente lenta. O trabalho
manual, mesmo o mais eficiente, era ainda cansativo e denotava longas horas para
cumprir metas diárias, mensais e anuais. O exemplo citado do Censo Americano de
1880 é o mais convincente.
Nasciam as máquinas de contabilidade, faturamento, reprodução
de cópias, auxiliares de correspondência e comunicação, de proteção da moeda, de
medição e contagem de tempo. Um “grupo
completo” de máquinas mecanográficas vigentes do século XIX ao século XX
que estruturam a sociedade humana e permitiram o avanço da tecnologia vindas à
substituir gradualmente esses “velhos equipamentos”.
Esses equipamentos que vamos descrever cronologicamente, por
seus desempenhos e importância na vida cotidiana, mesmo nunca percebidos o
quanto organizavam silenciosamente a rotina e a evolução dos serviços.
É preciso esclarecer que uma máquina mecanográfica, fosse de somar ou escrever, era de custo elevado e inacessível para a maioria das empresas. Os equipamentos relatados nesta ABA tinham um valor agregado em muitos deles - dez vezes maior que uma simples máquina de escrever, que na época já tinha um elevado preço.
Período de
1904/1920
Neste período, começou a fabricação por várias empresas das
chamadas “máquinas combinadas” tecnicamente sofisticadas por ter maiores
recursos, para uso em departamentos de contabilidade pela necessidade de
organizar os volumosos registros e cálculos com os novos desafios dos nossos
tempos.
Muitas empresas começaram a partir desse período, a procurar e usar as máquinas de escrever em livros encadernados, faturamento, cobrança, recibo de entrega, registro do vendedor ou quaisquer outros formatos para melhor administrar cada negócio. Assim surgiram as máquinas para uso de registro e contábil.
Pode-se dividir essas máquinas de contabilidade em quatro
categorias principais:
- as derivadas das máquinas de somar;
- as derivadas das máquinas de escrever;
- as derivadas das caixas registradoras.
- as derivadas da combinação de máquinas de escrita e
cálculo;
As principais marcas interessadas em
desenvolver essa linha de produto foram:
Elliot-Fischer
/ Underwood, Ellis, Remington, Smith Premier, Moon Hopkins, NCR, Howieson.
Um pouco depois entrou a Olivetti, a Triumph, mas ainda existiram outras marcas com
quantidade raras no mercado. A Burroughs Adding praticamente começou na porta das casas bancárias e toda complexidade desse sistema.
As máquinas de contabilidade derivadas das quatro categorias, divididas acima e suas características
próprias, foram inventadas e projetadas para atender especificamente cada função escritural.
Aquelas derivadas das máquinas de somar os serviços
detalhados do histórico das contas correntes bancárias, como na década de 1930, as máquinas podiam operar com até 418 lançamentos de depósitos ou retirada
por hora, ou então, recebimento de 620 contas de consumo de luz composta
de canhoto, recibo e a conta, ou seja, em três impressões no original.
Aquelas derivadas de máquinas de escrever recebendo diversos
tamanhos de carro, com tabulação decimal, elétrica, além de agregar um, dois ou
diversos somadores com descarga automática de saldos; ou com aparelho tipo “
front-feed” introdutores de um, dois,
três, quatro documentos é numa só operação, tornou possível escriturar simultaneamente.
Nessa categoria também entram as máquinas de escrever livros encadernados e seus
recursos.
Aquelas derivadas de máquinas de escrever e de somar têm uma
característica principal: dois teclados completos, um para máquina de escrever,
outra para somar. Duas empresas se destacaram desde seu princípio neste modelo:
a Burroughs e a National.
Destacam-se pela capacidade de
cálculos com até dez somadores, multiplicação rápida e precisa, arredonda
frações, movimentos automáticos como barras de controle móveis. Estas máquinas
de modo geral foram empregadas em faturamento, controle de estoque, contas
correntes de clientes, folhas de pagamentos e outros fins. No
Brasil, ambas
marcas foram muito utilizadas na escrituração de grandes empresas.
Aquelas derivadas de máquinas de registradoras sua principal característica foi ter evoluído
desse tipo de equipamento e tornada complexa a fim de atender as operações das
grandes empresas, como imprimir numa operação quatro documentos em original ou
mais, usando papel carbono.
Muito empregada em serviços de
caixa ou tesouraria, com contadores para estatísticas, chaves e dispositivos de
segurança contra fraude. Os totais dos acumuladores ficam cobertos e fechados, a
chave sem acesso ao operador.
Essas máquinas guardam
todos os valores acumulados, com mostradores dos registros. Há ainda, um
recurso fundamental: uma reserva em segredo ao fisco que através de procedimentos
da fiscalização governamental, era possível conhecer o movimento e a cobrança do
imposto devido, de modo legal, sem nenhuma probabilidade de ação fraudulenta.
Enfim a indústria da mecanografia foi capaz de projetar diferentes
máquinas, para diferentes tarefas administrativas. Os projetos se adiantavam à
própria necessidade das empresas e construíam máquinas sempre mais velozes, com
teclas de seleção de movimentos, luzes de alerta em verde ou vermelha para
facilitar seus operadores.
Dada a complexidade desses
equipamentos seus operadores foram chamados também de “mecanógrafos”. Como
podemos perceber por este artigo, “os
computadores quando chegaram encontraram um ambiente já pronto”. Os
programas com o tempo foram sendo aperfeiçoados para chegar no processo
instalado pelas máquinas que estamos abordando em Registros & Contábeis.
É muito
fácil compreender está explicação: “uma
empresa de material elétrico nunca terá tamanho administrativo de uma usina
elétrica”. A ordem de grandeza é o marco entre ambas.
Entre
elas, estão fabricantes de material elétrico, grandes distribuidoras desse
material, etc. Existe distância financeira, no intervalo entre cada uma dessas empresas
que seria impossível proceder a escrituração nos mesmos padrões. Seja pelo
número de operários, pessoal administrativo, pelo volume funcional de compra e
vendas ou por um série de necessidades, específica de cada segmento.
A
invenção do modelo padrão, tanto nas máquinas de escrever, somar e calcular
permitiu segmentar numa meta, de onde se partiu para invenções complexas com
mecanismos sofisticados com grau de montagem muito difícil e exigente em fator
técnico.
1906
Já neste ano, Erwin
William Thompson publicou Bookkeeping of Machinery, um artigo inovador afirmando que empresas
começavam a explorar: "... um campo
praticamente inexplorado" e ainda havia necessidade desses
equipamentos como relatava no seu livro: “... desempenho real do livro -
Manutenção e auditoria por máquinas. "
Erwin William Thompson,
ainda observou: "... Pequenos
escritórios empregando de um a três homens geralmente não podem melhorar sua
condição pelo uso de muitas máquinas de contabilidade". Entretanto
argumentava no artigo que, “ ... para escritórios maiores, o uso de máquinas para contabilidade seria
eficiente...”.
Foi nessa mesma época, na qual escritórios em geral, adotaram
máquinas contábeis, que surgiram formulários
padronizados para serem preenchidos por estas máquinas e arquivados em pastas
soltas ou em arquivos. Nascia plenamente aquilo que chamamos de “Registros e Contábeis”.
1899
Neste ano, a Remington Typewriter lançou o modelo
Billing
e Tabulating Attachment, para ser utilizada em trabalhos que
necessitavam de uma relação ordenada para descrever cobranças, estatísticas e documentos
contábeis. Esse modelo foi provido de um sistema de tabulação inserido ma máquina
de escrever padrão. Foi o primeiro anexo de tabulação.
1902/1904
Entre os anos 1902/1903
foi patenteado o Aritmógrafo inventado por John
T. Howieson.
Este equipamento foi levado pelas empresas Arithmograph
Co. e a Fay-Sholes Co. que lançaram o Aritmógrafo, um
dispositivo de adição montado sobre uma máquina de escrever. Colocado à venda nas
máquinas de escrever “Fay-Sholes”, consistia
numa série de rodas de adição com mecanismos conectado às chaves numéricas que conseguiam
adicionar números, bastando o operador engatar este mecanismo ao lançar as
faturas e tabular os dados.
Desse modo, o trabalho contábil numa máquina de escrever
fazia a função de máquina de somar em uma única operação de datilografia. O Aritmógrafo
montado na máquina de escrever Fay-Sholes,
custava US$ 200.
1903
Neste ano, foi anunciado pela Remington, uma nova versão de
máquina de escrever, a New Remington Billing ou, a Remington No. 6 máquina de
escrever padrão, acrescida de mecanismos
de tabulador, ou seja, com paradas programadas de casas em modo mais veloz e
capaz de manter alinhamento nas linhas horizontais.
1906
Neste ano, a Remington lançou o tabulador decimal, um conjunto de teclas com paradas
definidas em unidade, dezena, milhar, dezena de milhar, centena de milhar,
milhão, até o limite de dez casas, bastando pressionar a tecla de uma referida casa. O tabulador
movia o carro para a posição decimal correta. Com tal dispositivo uma
relação de valores ficava devidamente ordenada com clareza de texto. Este sistema permitiu preencher formulários de pedidos,
elaboração de contas e declarações.
1916
Neste ano, a Remington introduziu no mercado de contabilização
uma máquina de escrever Remington com mecanismo Wahl agregada para
efetuar somatória.
1925
Neste ano, a Remington lançou um anexo ao modelo n° 11 de somadora decimal
localizado à esquerda da máquina.
1927
Neste ano, a Remington lançou a máquina de
escrituração modelo 23 para efetuar
somatórias em adição horizontal e vertical, além de possuir mecanismos
para retorno automático e elétrico tanto do carro como
do espaçador de linhas.
Essas máquinas contábeis operavam por um método de
registradores chamados totalizadores, conectados na parte frontal da máquina para
realizar adição e subtração. Estes totalizadores de coluna para coluna podem
ser usados de até cerca de 30 colunas a serem adicionadas ou subtraídas,
conforme forem necessários os cálculos de controle nos registros.
Moon-Hopkins Billing Machine Company
William Wallace Hopkins e Willian Hubert Hopkins
William Wallace Hopkins nasceu em 16 de novembro deste ano, no
condado de Boone, Indiana, EUA, filho de Albert Hopkins
(1818-1905) e Margaret Caldwell
Hopkins (1830-1907) ambos de Kentuck.
O casal teve sete
filhos (quatro irmãos e três irmãs) sendo William
foi o primeiro, destes filhos. (ao lado esquerdo, Willian Wallace Hopkins)
1859
Seu irmão mais
novo William
Hubert Hopkins nasceu em 1° de novembro deste ano e faleceu em 27 de
fevereiro de 1930, também foi importante no ramo mecanográfico, foi o sucessor
do irmão mais velho e, seu importante colaborador.
1874/1875
Neste período, Willian Wallace Hopkins morou no condado de Bourbon, Kansas onde serviu como ministro, antes de se mudar com
sua família para St. Louis, local onde aceitou o cargo de capelão.
1885
Neste ano, William Hubert Hopkins, servia como pastor
de St. Louis Second Christian Igreja. Além de ministro e depois
pastor da Igreja Cristã de São Luís, ainda se dedicava a invenções. Durante
anos, se dedicava a procurar encontrar soluções para seu projeto de construir uma máquina de
adição. Abaixo, o modelo diferente da somadora Standard.
1890
Nesta década, William Hubert Hopkins deixou a Segunda Igreja Cristã para tornar-se
editor assistente da empresa que publicava a revista The Christian
Evangelist.
1900
No início deste ano, William Wallace Hopkins fundou a Empresa de Máquinas Aditivas Padrão, localizada em Spring Avenue, em St. Louis. Neste período, Willian W. Hopkins era titular de 10 patentes para máquinas somadoras. Seu irmão mais novo - Hubert Hopkins - trabalhou em conjunto
com ele. como também foi famoso como inventor de máquinas de cálculos.
1892
Neste ano, em 4 de outubro, William Hubert Hopkins conseguiu
arquivar sua primeira patente, mas continuou seu incansável desejo de inventar
por todos os anos.
1901/1903
Neste período, já com a Standard Adding Machine Company, o
inventor lançou sua primeira máquina de adição com 10 chaves. O sucesso de
Hopkins levou-o a fazer parte de boa fatia do mercado do ramo mecanográfico entrando forte nessa concorrência .
1904
Neste
ano, Willian
Hubert Hopkins, o pastor, maquinista e inventor de St. Louis, entrou com pedido, de vários outras de suas patentes, com projetos para fabricar máquinas, mas sem recursos financeiros, para manufaturar esse grandioso projeto, encontrou
apoio de John C. Moon, um empresário
de St. Louis.
1908
Neste
ano, foi fundada a Moon-Hopkins Billing Machine Company, tendo como presidente da empresa John C. Moon e vice-presidente Hubert Hopkins.
1909
Neste
período, a Moon-Hopkins Billing Machine Co., começou a fabricar e
comercializar a máquina inventada por Willian Hubert Hopkins.
1911
Neste
ano, a Moon-Hopkins Billing Machine Co., incluiu em suas máquinas motores elétricos e
foram fixados valores entre US$ 500-US $ 750 de acordo com o
modelo.
1915
Neste ciclo, várias empresas de máquinas de adição lutavam para
firmar seus negócios, diante de muita concorrência.
1916
Neste ano em 10 de novembro, em Saint Louis, no Missouri, faleceu
Willian Wallace Hopkins e foi enterrado no cemitério de Zion. A Standard Adding Machine começou a
declinar.
1921
Neste
ano, a empresa acima foi adquirida pela Burroughs
Adding Machine Co.
Neste ano, Hubert Hopkins, irmão mais novo do inventor de St. Louis, entrou com
pedido da primeira, de vários outras de suas patentes, solicitando licença para uma "máquina de escrever com capacidade de realizar cálculos".
Até junho deste ano, a Moon-Hopkins havia vendido 3.226
máquinas. A Moon-Hopkins era uma máquina com dois teclados:
- na frente, um teclado em duas linhas com dois conjuntos de
teclas numeradas de 0 a 9;
- na frente deste, um convencional de máquina de
escrever em quatro linhas;
Outra característica importante, suportava várias cópias
tiradas num original e outras com papel carbono, utilizadas para faturas ou
quaisquer outros documentos de várias vias. Abaixo no quadro com três imagens, a foto central é um modelo Moon-Hopkins de 1904 e nas laterais o modelo Burroughs Moon-Hopkins Style 7205.
Neste ano, a Burroughs parou de comercializar a
máquina com o nome Moon-Hopkins substituindo o vidro laterais que mostrava os
mecanismos, por chapas nos lados da base. O modelo com alguma alteração
foi produzido até 1957.
1911
Neste ano, a Howieson Calculator Machine Co. passou a comercializar uma máquina de
calcular para utilização agregada a qualquer máquina de escrever padrão.
Elliot-Fisher
a máquina de escrever livros encadernados
1894
Neste ano, entrou no mercado um novo tipo de máquina de
escrever, inventado por um funcionário
do Banco de Atenas, Robert
Joseph Fisher, essencialmente destinada a “escrever livro” a "Fisher", com uma nova
performance, completamente diferenciada das máquinas de escrever, convencional.
1896
Neste ano, dois magistrados, Crawford
Elliott de Chicago e Walter
Platt Hatch, de New York
projetaram também uma máquina de escrever livro, muito similar a de Fisher.
Houve a união, da Fisher com o equipamento dos magistrados, que
após a fusão passou a chamar-se Elliott-Fisher
tornando-se a única de escrever livros no mercado. A máquina de “escrever livro” tinha por função
escrever nas páginas abertas de um livro encadernado. Esse tipo de máquina, não tinha carro, datilografava diretamente
na superfície plana de escrita, integrada num sistema móvel para locomoção da
escrita.
(ao lado a imagem desse equipamento datilografando um livro fixado numa superfície e a máquina, que corria sobre o livro.)
Estes livros encadernados serviam para os registros oficiais
de governo em geral e dos negócios, como contabilidade, mercado de ações, venda
de terrenos ou imóveis. As máquinas de escrever livro também datilografavam
letras com cópias do carbono num livro encadernado, deixando a original no
livro e cópias idênticas à parte.
1903
Neste ano, surgiu primeira a Elliot-Fisher construída pelo
fabricante Elliott-Fisher Company em Harrisburg,
Pensilvânia, EUA, oriunda da fusão
das empresas Fisher Book Typewriter Co., Cleveland
e Elliott Book Typewriter Co.", de New York.
1904
Por volta deste ano, um mecanismo foi anexado para permitir
ao operador adicionar colunas de números. A Elliott-Fisher Co. passou a produzir máquinas combinadas em
datilografar numa superfície plana e adicionar somatórias em colunas. Dessa
conjunção, tornou este tipo, uma máquina de faturamento. Ess
as máquinas de faturamento também podiam datilografar em folhas
soltas padronizadas, como mais um recurso especial.
Enquanto as máquinas de escrever livros eram freqüentemente
usadas para escrever nas páginas de livros encadernados, as máquinas de
faturamento eram usadas para escrever em folhas soltas padronizadas, capazes de fazer mais cópias em papel carbono do que outra máquina
alternativa.
1906
Neste ano, o custo da máquina de faturamento era
de US$ 200, com console de uma “Adding Attachment”, ou seja, uma somadora anexa, com dois registros, o valor
subia para US$ 220.
1908
Neste ano, a Elliott-Fisher anunciou na mídia com
o título: “The Elliott-Fisher Way",
já ter vendido 47 mil máquinas de
escrever livros.
|
Datilografas numa repartição pública anotando dados em Elliot-Fisher |
1910
Neste ano, a empresa afirmava que 95% das máquinas usadas para escrever e adicionar eram Elliott-Fisher, e 5% apenas, de máquinas de escrever com
anexos ou máquinas de somar com anexos, de outros fabricantes.
Neste ano, uma máquina da Elliott-Fisher custava US$ 960. Um valor muito elevado para está época.
Neste ano, a empresa anunciava ter instalado em quase 5 mil
estabelecimentos de negócios americanos, as máquinas de contabilidade Elliott-Fisher
nos últimos dois anos.
1921
A Elliott-Fisher lançou a máquina Universal Accounting Machine
com capacidade de realizar a adição em 23 colunas ao mesmo tempo, para
os trabalhos de contabilidade, declaração e formulários do livro-razão.
1923
Neste ano, a Elliott-Fisher declarou que as lojas
de departamento de Snellenburg e Lord & Taylor usavam respectivamente,
40 e 30 de suas máquinas de faturamento, Universal Accounting Machine,
para controle das contas dos clientes, contas à pagar e a receber.
1927
Neste ano, no mês de janeiro a Sundstrand Corporation vendeu
seus negócios e ativos para Elliott Fisher Company de Nova York, fabricante de máquinas de escrever
livros encadernados e de faturamento. No final desse mesmo ano, a empresa
combinada se fundiu com a Underwood Typewriter Company.
1928
Neste ano, a Elliott-Fisher Company foi adquirida
juntamente com a Sundstrand Corporation pela Underwood Typewriter Co, de
Nova York. A história desta empresa passa a ser relatada na própria existência da Underwood. Este fato, não foi algo isolado, pois no futuro a Olivetti assumiu a Underwood.
A Underwood Typewriter Co, a partir dessas aquisições passou a
usar em seu “marketing” de negócios, sob
os nomes:
“Underwood -Elliott-Fisher” e “ Underwood-Elliott-Fisher Sundstrand".
|
Uma Underwod-Elliott-Fisher de 1940 |
Underwood Typewriter Co.
1910
A Underwood Typewriter Co., uma das primeiras fabricantes de
máquinas de escrever, também percebeu esse novo campo, e projetou máquinas para ampliar seus produtos, nas
chamadas “máquinas combinadas de
escrever”.
1911
Neste ano, a empresa afirmava em anúncios que "a máquina de contabilidade Underwood
atendia as necessidades do mercado”. De fato, o mercado aceitava as "Underwood" como uma máquina eficiente, moderna e de fácil manejo.
A máquina combinada era elétrica, as operações efetuadas
automaticamente, com mecanismos para cálculos, ligado a teclas contidas no
teclado padrão de máquina de escrever e impressos todos detalhes dos cálculos.
Neste citado anúncio publicado naquela ocasião, a Underwood anunciava uma máquina de escrever combinada com diversos recursos mais avançados. Essa máquina tinha itens para tabular como escrever nomes,
descrições e lista de quantidades em tantas colunas como precisar; adiciona e subtrai
os valores automaticamente em todas colunas, tanto vertical como
transversalmente”.
A
Underwood oferecia ao mercado, quatro modelos específicos, com preços
na época variando entre US$ 200 a US$275. A opção em incluir o sistema de
tabulação decimal era cobrado à parte.
1923
Neste ano, houve a união de duas empresas a
Underwood Typewriter Co. e a
Sundstrand Accounting Machines para fornecer a este mercado especial,
máquinas de contabilidade unindo as máquinas de escrever
Underwood com máquinas de adição
Sundstrand, anos depois as duas empresas aparentemente se fundiram numa única empresa.
1928
Neste ano, a Underwood como
citado acima, adquirindo as empresas Elliot-Fischer e a Sundstrand ampliou seus produtos atingindo um leque de mercado bem extenso.
Ellis Adding Typewriter Co.
1902
Neste ano, os inventores de St. Louis, EUA, Halcolm
Gordon Ellis, advogado de patentes e o engenheiro mecânico Nathan
W. Perkins Jr. obtiveram patente para uma máquina de somar. Entretanto,
tal máquina ao que consta, nunca foi produzida.
Halcolm
G. Ellis quando vivia na cidade de Attleboro,
Massachusetts, patenteou uma máquina
de escrever portátil com três fileiras, que poderia ter feito concorrência para
as "Coronas". Ainda, patenteou uma combinação de “máquinas de som e escrever”, tentando fabricá-la em Massachusetts.
O projeto não foi adiante, pois um
banqueiro de Massachusetts disposto a
financiar o empreendimento faleceu. Não temos imagem dum
protótipo dessa estranha façanha.
Sabe-se
que tanto a máquina de escrever, como a de som, tinham chaves plásticas;
teclado da máquina de adição coberto com feltro verde; quatro teclas de função,
à esquerda do teclado dessa somadora; atrás está
uma ampla cobertura com mecanismos da fita em duas cores, com copo de carretéis para alojar a fita.
A máquina é
operada à manivela que fica ao lado direito, com alça
de marfim para movimentar a máquina de adição. A
máquina foi usada no escritório de Ellis em Newark, Nova Jersey.
1911
Neste ano, Halcolm Gordon Ellis retornou a St.
Louis e organizou a Ellis Adding - Typewriter Company. A empresa, logo foi transferida para Nova Jersey, com Nathan W. Perkins Jr
gerindo a Divisão de Engenharia para cuidar dos produtos.
1911 a 1929
Neste período, a Ellis Adding-Typewriter Company vendeu
máquinas de adição acopladas com máquinas de escrever. A união de dois inventos
tentados anteriormente. Por está época existiam no mercado tanto somadoras como
máquinas de escrever das mais diversas possíveis. Entretanto, com a Ellis iria aparecer um tipo de
equipamento de uso mais amplo – o mercado de registros e contábeis.
Esta máquina tem o teclado da máquina de escrever na parte
dianteira, um outro teclado cheio com nove fileiras, com seus mecanismos de
adição acionados por uma alavanca, nas laterais quadros de vidro presos em metal. O carro é móvel e serve aos dois mecanismos
de soma e escrita.
|
Uma máquina ELLIS ano 1905 - com suas características muito próprias |
A máquina Ellis poderia
ser utilizada com registro de razão para cada cliente, atualizar o saldo de
crédito de um cliente, cada vez que uma compra fosse feita ou um pagamento recebido.
Com possibilidades de anotar com escrita mecanizada mais detalhes ou
informações. A Ellis era uma máquina
própria para bancos, organizações em geral, grandes negócios ou
estabelecimentos comerciais.
1929
Neste ano, a Ellis Adding- Typewriter Company se
encontrava em dificuldades financeiras, quando a empresa foi comprada pela National
Cash Register Co com seus ativos adquiridos.
1930
A partir deste ano, máquinas Ellis foram incorporadas e vendidas pela NCR, como máquinas de
contabilidade nacionais NCR 3000. Os projetos foram
aperfeiçoados partindo do princípio inventado por Halcolm Gordon Ellis e Nathan
W. Perkins Jr. pela National Cash Register Co, a NCR até os anos de 1962.
National Cash
Register Company
1879
Neste ano, foi inventada
em por James Ritty a primeira caixa
registradora mecânica, da qual resultou na fundação da National
Manufacturing Company contando com 13 funcionários no Edifício Callahan em Dayton,
Ohio. A finalidade da National era fabricar caixas registradoras
mecânicas, para controle e guarda de moeda em estabelecimentos comerciais
americanos.
1884
Neste ano, a empresa National Manufacturing Company e
as patentes da primeira caixa
registradora mecânica foram compradas por John Henry Patterson e seu
irmão Frank Jefferson Patterson.
Os novos proprietários renomearam a empresa para National Cash Register Company,
que ficou conhecida pela marca NCR e a transformaram numa das primeiras empresas americanas modernas,
introduzindo métodos de vendas agressivos e técnicas de negócios inovadoras,
algumas nada convencional.
Quando os irmãos assumiram a empresa, as caixas registradoras
eram caras, cerca de US$50, era um valor expressivo naquela
época. Havia pouca demanda, para um dispositivo tão caro, a evidência estava em
apenas cerca de uma dúzia de máquinas chamadas Ritty's Incorruptible Cashier
em uso no mercado.
John H. Patterson acreditava ser possível vender o produto,
caso os proprietários das casas comerciais compreendessem que além de reduzir
drasticamente o descontrole financeiro, mesmo o roubo por parte de vendedores
ou balconistas, ou solucionar quaisquer outros obstáculos ao lucro efetivo. As caixas registradoras funcionavam como um
cofre seguro, o único lugar para depositar os recursos das vendas e outras
funções de saída ou entrada.
1885
Neste ano, o inglês J. W. Allison conheceu o equipamento
numa exposição em Chicago e empolgou-se
com algo bem diferenciado. Interessado pelo produto, buscou maior esclarecimento
com a NCR.
Soube ainda, que a máquina poderia ser modificada também para
a moeda inglesa ou quaisquer outras. Allison, tornou-se o primeiro
agente internacional da NCR, com
sede da revendedora para o mercado
europeu, instalada na cidade de Liverpool,
no Reino Unido, o primeiro passo da NCR internacional.
Este período,
marcou o domínio de um tipo de equipamento mecanográfico, as caixas registradoras, mais qualificadas,
como máquina de dispositivos avançados, de controle e guarda de dinheiro.
Um número cada
vez maior de varejistas passou a utilizar esse tipo de máquina para controlar o
caixa e o estoque e, a exigir equipamentos que melhor resultassem na
facilitação da escrituração dos negócios. Anteriormente, havia apenas uma
somadora com gaveta para guarda de dinheiro, inventada pela
VICTOR,
e outras do mesmo estilo, como consta na
ABA Cálculos.
1893
Neste ano, a National
Cash Register Company instituiu a
primeira escola de treinamento de vendas que se soube até o presente, como
também introduziu um abrangente programa de benefícios sociais para todos trabalhadores
de fábrica.
Dessa “escola de vendas”, nasceu uma potente força de
negócios, chamada de American Selling
Force, ofertando uma série de possibilidades de ganho, com prêmios e
comissões, seguindo um roteiro padrão para vendas, conhecido pela sigla NCR Primer.
O padrão de vendas NCR
Primer tinha uma filosofia de venda: investir na função de um negócio, ao
invés de vender somente uma peça de maquinaria. Com fito de atender este
requisito, a empresa investiu numa idéia. Um grupo de vendedores levado
a um hotel, distante de todos inconvenientes interferentes, como de proximidade
dos ambientes de trabalho ou de casa e lá foram treinados na arte de vendas.
Neste local,
foram planejadas demonstrações de vendas, retratando o
ambiente real de uma loja completa, com mercadoria e dinheiro real, aonde os
profissionais vendedores puderam conhecer o pleno e verdadeiro funcionamento de
um comércio.
Do resultado dessa “educação para vendas” nasceu o prospecto
de venda descrito como: "PP" ou "Comprador Provável".
O PP admitia
as “perdas de roubo interno”, com simulações convincentes, orientações
detalhadas, demonstrava com grandes gráficos e diagramas estudos sobre os negócios.
1893/1906
Neste período, a NCR
adquiriu uma série de pequenas empresas de caixas registradoras e expandiu-se
tão rapidamente que logo tornava-se uma multinacional e uma nacional sem
competidores.
Nesse contexto,
alguns de seus funcionários muito bem treinados pela filosofia implantada na NCR, tiveram papel preponderante. Ao
ponto de, mesmo depois de saírem da
empresa levarem consigo, as lições interessantes dos irmãos Patterson.
Além disso, alguns
personagens foram figuras significativas na história
americana, quer pela ativa participação em outras companhias, contribuindo
inclusive para mudanças na humanidade, quer no campo de invenções ou das
inovações. Dentre estes estavam: Thomas
John Watson, Charles Franklin Kettering, Edward Andrew Deeds, Harold Elstner
Talbott. Detalharemos sucintamente sobre alguns ex-funcionários.
Thomas John Watson
nasceu em 17 de fevereiro de 1874 e faleceu em 19 de junho de 1956. Seus pais, Thomas Watson e Jane Fulton White Watson já tinham quatro filhas Jennie, Effie, Loua e Emma, quando
nasceu Thomas, o quinto e único
filho, um caçula bem mais novo do que as irmãs. O
pai de Thomas possuía um modesto comércio de madeira, localizado a
oeste de Elmira, na região de Tier
Sul, poucos quilômetros, de Nova York.
1891
Neste ano, Thomas deixou a escola e foi
trabalhar ganhando US$ 6 por semana como contador de mercado. Passado um ano, se
juntou ao vendedor ambulante, George
Cornwell, foram vender órgãos e pianos ao redor das fazendas. Esse foi o
primeiro emprego em vendas de Watson.
George Cornwell,
deixou esse emprego, mas Thomas J. Watson continuou a rotina
de vendas, passando a ganhar US$ 10 por semana. Após dois anos
vendendo, percebeu que estaria ganhando US$ 70 por semana, se ganhasse uma
comissão.
Ficou indignado ao descobrir que estava sendo explorado.
Resolveu deixar o conforto do ambiente familiar indo à metrópole, em Búfalo tentar novas oportunidades. Nesta
localidade, Thomas J. Watson arriscou-se no comércio, abrindo um açougue. O insucesso, veio aos vinte anos: ficou sem dinheiro, investimento e emprego.
Thomas J. Watson tinha uma caixa registradora NCR no açougue. Através desta
“caixa registradora” travou conhecimento com John
J. Range que era gerente de filial da NCR em Búfalo. Em
situação financeira difícil, Watson, pediu emprego nessa área
para John
J. Range. Muito determinado, abortou o gerente em várias
tentativas.
1891
Neste ano, no
mês de novembro, finalmente foi contratado como
aprendiz de vendedor da equipe de John J. Range na NCR, filial em Búfalo. O gerente tornou-se quase uma figura paterna, um modelo em estilo
de vendas e gerenciamento de uma empresa.
1895
Neste ano, passado quatro anos empregado na filial da NCR em Búfalo, Thomas J. Watson alçou a um plano superior, indo dirigir a filial NCR em Rochester, Nova York. Por seus méritos de vendedor esforçado,
ganhou um ponto expressivo.
Como agente de filial, passou a ganhar 35% em comissão, se
reportava diretamente a Hugh Chalmers, o segundo homem de
comando na NCR. Passado alguns anos, Thomas J. Watson transformou a filial de Rochester
num monopólio NCR usando “técnicas nada convencionais” incluindo
sabotagem, contra o principal competidor, a Hallwood até conseguir
derrubar a concorrência.
1903
Neste ano, Thomas
J. Watson deixou para trás os momentos difíceis da vida, ao ir
trabalhar diretamente na National Cash Register Company, de Dayton, Ohio. Watson tinha entrado na
atividade grandiosa da matriz NCR e,
sua vocação na área de vendas despontou em todo esplendor ao topo. Trabalhou intensamente, dedicou-se ao extremo, traçou seu
caminho até ser o Gerente Geral de Vendas
da National Cash Register Company.
Numa reunião de vendas, quando não tinha nenhuma inspiração,
usou essa frase: “O problema com cada um de nós é que não pensamos o suficiente. Nós não somos pagos por
trabalhar com nossos pés - somos pagos por trabalhar com nossas cabeças.
Thomas
J. Watson, após essa reunião, escreveu a
palavra “PENSAR” no cavalete. O termo passou a vigorar como lema nos edifícios
da National Cash Register Company fosse na
fábrica, escritórios de vendas, salas de clube e todos ambientes da empresa, a
partir dos meados da década de 1890.
A NCR criou uma espécie de “organização comercial”, financiando e controlando essa agência, cujo único
propósito era eliminar todos concorrentes tendo como principal dirigente, Thomas
J. Watson.
O objetivo dessa
“organização comercial” era renegociar máquinas usadas, ficando a NCR por detrás, destinando recursos
para pagar preços mais altos por máquinas usadas e revendê-las a preços
menores. Desse modo, conseguiu arruinar financeira e comercialmente, praticamente
todos os concorrentes.
Thomas
J. Watson atuou com sucesso, nessa “organização
comercial” uma verdadeira divisão da NCR, sem se preocupar em possíveis
repercussões legais ou morais, promovidas por atos que geravam prejuízos e
ruína da concorrência. Por outro lado, com mais de uma década de sucesso
crescente na NCR, Thomas
J. Watson tinha se casado, constituído família e vivia num padrão
confortável de alto executivo.
1911
Neste ano, a NCR havia crescido aceleradamente, contava com quase 6000
funcionários e tinha vendido cerca de um milhão de máquinas, graças a
uma combinação de ações irregulares, técnicas e métodos definidos por John
H. Patterson, o líder da NCR,
levando à falência ou forçando a compra, em cerca de oitenta concorrentes, o que lhe permitia controlar cerca de 95% do mercado dos EUA.
1912
Neste ano, o governo federal descobriu as atividades
criminosas e resolveu encerrar as práticas danosas da NCR: estourou os limites das ações
nefastas, a empresa foi legalmente considerada culpada por violar a lei
norte-americana de “Sherman Antitruste Act”. John
H. Patterson, Thomas
J. Watson,
Edward Andrew Deeds mais 25 executivos da NCR foram condenados a um ano de prisão por práticas anticompetitivas.
Edward Andrew Deeds
1899
Neste ano, começa a semente da participação de Edward
Andrew Deeds, nascido
em 12 de março de 1874 e falecido em 1° de julho
de 1960, na National Cash Register
Company. Estudou engenharia elétrica na Universidade
de Cornell, sem concluir a pós-graduação por falta de recursos. Casou-se com Edith M. Walton (1870-1949).
Edward Andrew Deeds, mudou-se para Dayton, Ohio, aonde conseguiu emprego na Thresher Company, como
engenheiro elétrico e desenhista, projetando e instalando motores elétricos.
Passado dezoito meses, é nomeado superintendente e
engenheiro-chefe da empresa, sediada no mesmo edifício da NCR. Dessa proximidade, a NCR
pode saber da competência de Deeds, ao ponto de um dos
proprietários, Frederick Patterson convidá-lo para fortalecer sua equipe.
Edward A. Deeds aceitou o convite vindo a supervisionar a
eletrificação das fábricas da NCR e
construir sua primeira estação de geração elétrica. É bom, salientar que
na época se iniciava a geração de energia elétrica e as fábricas por suas
prementes necessidades se adiantavam em cumprir este fator primordial de industrialização.
Depois de algum tempo, Edward A. Deeds saiu da NCR para construir para Henry
Perky a fábrica de trigo Shredded,
conhecida como “Palácio da Luz”, em Niágara
Falls. Era uma fábrica em azulejos brancos,
com ar-condicionado, muito bem iluminada, equipada com chuveiros, refeitórios e
auditórios e todo conforto possível para os funcionários, claramente um projeto
influenciado pelas idéias herdadas de John H. Patterson na NCR.
1903
Neste ano, dá-se a volta de Edward A. Deeds para a NCR, agora Chefe de Desenvolvimento e Construção quando passou a projetar protótipos de motores elétricos para
alimentar as caixas registradoras,
mais um passo ágil dessa inovadora empresa com seus parceiros.
Edward Andrew Deeds também presidiu a National Cash Register Company,
além de ter sido responsável pela implantação e supervisão de fábricas da NCR na Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Canadá.
Charles Franklin Kettering
Charles Franklin Kettering, nasceu em 29 de agosto de 1876 e
faleceu em 24 de novembro de 1958 foi um inventor americano, engenheiro,
empresário e detentor de 186 patentes.
1904
Neste ano, após ter se submetido a tratamento ocular
conseguiu enfim graduar-se em engenharia elétrica e conheceu sua futura esposa,
Olive
Williams. Foi Edward A. Deeds quem contratou
Charles
F. Kettering diretamente da escola para dirigir o laboratório de
pesquisa da National Cash Register Company.
Charles F. Kettering garantia ter estudado um modelo de
produção eficiente. De fato, passado três anos, o modelo de registro é
implementado e, auxiliou a National no
domínio do mercado mundial como fabricante de “registradoras” por décadas.
1906
Neste ano, Charles Franklin Kettering
projetando seu modelo, permitiu lançar a primeira caixa registradora
automática, alimentada por um motor elétrico. O cliente não iria precisar mais
mover a alavanca em modo manual e cansativo nas operações.
Kettering
trabalhou num modelo que resultou na invenção de um “sistema de aprovação de crédito fácil”, um precursor dos atuais
cartões de crédito. Com a caixa
registradora elétrica, as operações de vendas ficaram fisicamente muito
mais fácil, para vendedores de todos negócios, em todo o país.
Como
disse Kettering num depoimento: "eu não fiquei muito com outros inventores e executivos, eu vivia com a
gangue de vendas, eles tinham alguma noção real do que as pessoas queriam".
1904/1909
Durante cinco
anos na empresa, Charles Franklin Kettering se distinguiu como um inventor
prático, contribuído em cerca de 23 patentes para a NCR.
Desenvolveu um projeto, o registro da Classe 1000 em produção
por 40 anos e um sistema de autorização
de crédito aprovado por telefone, verificando a obtenção do crédito em lojas de
departamentos.
Engenheiros da NCR e suas novidades
1907
Por volta deste ano, Edward A. Deeds convenceu Charles
Franklin Kettering a desenvolver melhorias para o seu automóvel
afirmando: "Há um rio de ouro
passando por nós". Deste encontro, surgiu um grupo conhecido como
"Gang Barn”.
Convidaram outros engenheiros da NCR, incluindo Harold E.
Talbott a se juntarem, durante noites e fins de semana no celeiro de Deeds,
tendo Kettering chamado de “Chefe Ket”. Logo firmaram uma primeira tarefa: melhorar a ignição,
buscando um meio de substituir o magneto no sistema de partida que na época era
um transtorno a quem possuía um veículo motorizado.
Desses encontros amistosos de lazer técnico, foi inventado o
sistema totalmente elétrico de partida, ignição e iluminação para automóveis – a
revolução automotiva.
1909
Charles Franklin Kettering se demitiu da NCR depois desse curto período de “brincadeiras no celeiro de Deeds com automóveis” para trabalhar em
tempo integral em desenvolvimentos de produtos automotivos.
A The Barn Gang uma equipe de lazer foi incorporada numa empresa:
a Dayton
Engineering Laboratories Company, ou a famosa, Delco - uma das primeiras
inovadoras em tecnologia automotiva. Kettering obteve 186 patentes nos EUA.
1913
Neste ano, em fevereiro houve a condenação do alto pessoal da
NCR - National Cash Register Company,
por práticas abusivas lei norte-americana antitruste a “Sherman Antitruste Act” dos
réus John H. Patterson, Edward
Andrew Deeds, Thomas John Watson, Charles Franklin Kettering e outros 25 executivos. A sentença
nunca foi cumprida, as apelações obtinham sempre êxito.
1914
Neste ano, Thomas
John Watson,
saiu da NCR manchado por
condenação qualificada em área de comércio e indústria, uma possível sentença
de prisão com recursos indefinidos. Watson, durante as inundações da
cidade de Dayton em Ohio
desenvolveu esforços humanitários auxiliando os moradores local com sua capacidade de organização. Em nome dessa benemerência solicitou o
perdão presidencial do então presidente americano, Woodrow
Wilson, um pedido não sucedido.
1915
Neste ano, através de um recurso penal, as condenações de
todos foram revogadas atendendo alegação dos advogados dos réus, que
importantes provas de defesa deviam ter sido admitidas. Enfim, terminou
a ação das práticas NCR e a
separação de um grupo especial dentro da história da mecanografia. Cada um
seguiu seu destino....
- Thomas
John Watson conseguiu recomeçar a vida em Nova York, como responsável
pela Computing-Tabulating-Recording
Company, aonde desenvolveu o estilo de gestão e cultura corporativa em treinamento recebido de John Henry Patterson na NCR.
Uma empresa de computação-tabulação-gravação, foi unida a empresa começada por Hermann Hollerith, base da
futura IBM, conforme descrevemos na ABA Escrita
Mecânica, deste blog tecteclas.
- Charles Franklin Kettering prosseguiu na indústria
automobilística e chefiou pesquisas na General
Motors entre 1920 a 1947. Dentre seus projetos em
desenvolvimentos auto-motrizes, o motor de partida elétrico de gasolina foi o
mais amplamente utilizado e definido como padrão na indústria do automóvel.
Ainda liderou a tecnologia no avanço de motores diesel, de dois tempos, mais leves e práticos. Essa tecnologia revolucionou as indústrias
de locomotivas e equipamentos pesados. Também teve responsabilidade na invenção
do gás freon usado em sistemas de refrigeração e ar condicionado
junto a Chemical Company.
Na DuPont trabalhou
no desenvolvimento de lacas e esmaltes “Duco”
para as primeiras pinturas coloridas de automóveis produzidas em grande
quantidade. Por fim, na empresa Dayton-Wright
desenvolveu o torpedo aéreo “Bug”, o primeiro míssil aéreo do mundo. Em 1927, nascia a Fundação
Kettering, um órgão de pesquisa não-partidária.
Primeira Guerra
Mundial
No período da Primeira
Guerra Mundial, a empresa contribuiu com o esforço de guerra fabricando materiais bélicos, fusíveis e instrumentação para aeronaves.
Neste ano, morre John Henry Patterson com a NCR solidificada no mercado mundial
atingindo vendas em mais de dois milhões de unidades.
Neste ano, após a morte do seu principal dirigente a empresa
tornou-se pública com emissão de US$ 55 milhões em ações, na época um recorde, a maior oferta pública na história dos Estados Unidos, demonstrando a força dessa empresa de produtos
mecanográficos.
Segunda Guerra
Mundial
Durante o período da Segunda
Guerra Mundial, a NCR mais uma
vez enfrentou os esforços de guerra construindo motores aéreos, máquinas de
bombardeio e de codificação, incluindo a bomba americana desenhada por Joseph Desch.
O Departamento de Pesquisa da NCR foi responsável por projetar e fabricar a versão essa bomba US Navy, para o governo americano, que era uma máquina
cripto-analítica destinada a ler as comunicações cifradas dos códigos alemão.
|
A NCR variou sua produção para atender todos mercados; o modelo de 1944 já tem motor elétrico e dispensa o uso manual das alavancas nos modelos anteriores de 1912, 1916 e mod 452. |
1953
Neste ano, no mês de fevereiro, a NCR incorporou a empresa CRC
Computer Research Corporation para criar a Divisão de Eletrônica e se
especializar numa área de futuro. Neste mesmo
ano, seus químicos Barrett K. Green e
Lowell Schleicher, em Dayton, Ohio, obtém a Patente US 2.730.457 sobre "material de registro responsivo à pressão"
ou seja, um tipo papel de cópia sem carbono, comercializado
como Papel
NCR.
|
Edifícios da NCR em Dayton, Ohio |
1956
Neste ano,
surgiu o trabalho desenvolvido pela Divisão
de Eletrônica da NCR criando o primeiro dispositivo eletrônico, a Classe
29 Post-Tronic, uma máquina bancária usando tecnologia de fita
magnética.
1957
Neste ano, parceria entre a NCR e a GE, foi
fabricado o primeiro transistor baseado no computador NCR 304. Ainda
nesta década foi introduzido o revolucionário sistema MICR (reconhecimento magnético de caráter de tinta) e lançada as máquinas
de contabilidade NCR 3100.
1962
Neste ano, a NCR projetou o sistema de processamento
de dados eletrônicos NCR-315, introduzindo um dispositivo
de armazenamento, chamado de CRAM, a primeira alternativa de armazenamento automatizado de massa para
bibliotecas de fitas magnéticas acessadas manualmente por operadores de
computador.
A NCR ofereceu os
modelos mais simples de computadores, os NCR 390 e 500 a clientes que não precisavam
de toda a capacidade do NCR-315. O modelo NCR
390 inovou como suporte de tecnologia de armazenamento: aceitava quatro
tipos de entrada: cartões de ledger
magnético, cartões perfurados, fita perfurada e entrada de teclado, com velocidade de leitura de fita a 400 caracteres por segundo.
1968
Neste ano, é lançado o primeiro computador de circuito integrado,
o modelo século 100. Abaixo Certificado de 1970 emitido pela NCR.
Neste período prossegue lançamentos dos modelos séculos: em 1970,
o 200; mais tarde o 300; em 1976
é lançado o sistema de máquina virtual da NCR.
1991
Neste ano, a NCR
foi adquirida pela AT &T.
A NCR produziu
cerca de 13 modelos diferentes para vários tipos de aplicações na área contábil
e de registros em geral.
|
Um modelo inicial da National derivada com dois teclados: um para somar cheio e outro para escrever na parte de baixo. |
Os primeiros fabricantes de
máquinas de escrever mecanizada, como a
Remington,
Underwood, Smith Premier
e alguns outros, além dos fabricantes de somadoras, calculadoras e
registradoras trataram de projetar produtos específicos, equipamentos acoplados
que escreviam e calculavam, aos quais intitulamos:
Registros & Contábeis.
Na categoria de “máquinas derivadas de outras máquinas”, alguns
fabricantes criaram projetos unindo duas máquinas em uma só para escrever e
calcular para serviços de apontamentos mais complexos, inclusive com vários
somadores. Houve ainda projetos especiais,
como a “máquinas de escrever em livro encadernado” da Elliot-Fischer, feitas
para determinada finalidade bem definida.
Os fabricantes mais tradicionais,
que já foram retratados com informações detalhadas, nas ABAS Escrita Mecânica, Marcas
e Cálculos. Cada uma dessas empresas contém seus dados nas respectivas ABAS
e não repetiremos as descrições, apenas trazer o equipamento e suas funções.
É importante frisar que no
período em que estamos citando a energia elétrica entrava em nossas vidas em
todos os setores. A luz elétrica chegou depois de uma “certa disputa”.
Burroughs
O inventor William Seward
Burroughs, foi quem iniciou o trajeto dessa marca de caráter mundial. Nascido em 18 de janeiro de 1857 na cidade de Rochester, e faleceu em 14 de setembro de 1898, em Citronelle, tem sua história contada no nosso blogue na ABA Biografias.
1870
Burroughs, nesta
década ainda jovem, menor de idade, foi trabalhar no Cayuga County
National Bank em Auburn, Nova Iorque. Foi nesse ambiente que tudo praticamente inspirou para a entrada do jovem Willian num novo mundo que nascia.
1911
Neste ano, a Burroughs Adicionando Machine Co. estava desenvolvendo máquinas de adição nas máquina de
escrever. As informações completas sobre a
Burroughs, estão disponíveis nas
ABAS Marcas e Cálculo.
Entretanto, as máquinas de somar -
apenas de somatória - da marca
Burroughs, como as da
Classe 1 estavam desde o princípio do seu projeto, destinadas principalmente ao uso bancário ou nas seções de finanças, como as
Tesourarias e
Caixas de grandes empresas e repartições públicas de modo geral.
Essas máquinas ficavam em mesas de apoio para que uma pessoa sentada numa cadeira pudesse operar com certo conforto, mas mesmo assim com alguma dificuldade. As
"Classe 1" eram grandes e pesadas, teclado cheio. Ao se escolher as casas numéricas (dezena, centena, milhar, dezena de milhar...) a ser impressa, através de uma alavanca se fazia a operação. Essas máquinas eram operadas por inicialmente homens, (
ver no segundo quadro abaixo) ao ter o sistema de transmissão da alavanca melhorado as operações também era exercida por mulheres, como no quadro abaixo.
A
Burroughs foi uma das empresas que veio produzir equipamentos contábeis. Essas máquinas derivadas de máquinas de somar, foram replanejadas para produção de máquinas complexas, com tabulação, diversos somadores, saldos seletivos e outros itens.
Abaixo dois ambientes bancários, sendo que na imagem da esquerda, numa sala mulheres estão trabalhando com afinco nas "
Burroughs"; ao lado direito, vemos mais uma dessas máquinas em outro ambiente.
As máquinas de somar
Burroughs foram planejadas principalmente para escritórios bancários, administração de órgãos governamentais, principalmente nas Tesourarias aonde o trabalho era exaustivo exigindo máxima concentração dos operadores.
Acima modelos complexos destinados a todo tipo de "
Registro & Contábeis" com amplo detalhamento financeiro e de uso em grandes empresas pública ou privadas.
No quadro acima, o modelo central é uma
Burroughs modelo E101 ou BRL Report do ano de
1961, um equipamento muito complexo e avançado. Eram máquinas pesadas e providas de mesa gabinete que eram arquivos. Esse modelo foi muito utilizado no
Brasil, em bancos, repartições públicas e grandes empresas.
No escritório da esquerda (
por volta de 1940/1950) vemos um modelo
Burroughs acoplado entre máquina de escrever e somar com sua sorridente secretária; as duas imagens restantes, são de somadoras que permiti inserir diversas colunas com dados numéricos, saldos variáveis e outros itens A máquina
Burroughs da secretária é também um
modelo BRL Report, tal qual ao modelo central.
Acima, as linhas de produtos da empresa, uma vasta gama de máquinas, principalmente somadoras. No quadro abaixo exemplares de somadoras para determinados fins.
|
Uma Burroughs Sensimatic série 200 com três somadores e complexa capacidade de organizar dados com diferentes lançamentos que se complementam na organização contábil. Uma máquina de teclado cheio, característica clássica da marca Burroughs e diferentemente do que se pode concluir nos tempos atuais era muito mais rápido efetuar os cálculos com esse tipo de teclado.
|
No quadro acima, um dos últimos modelos de
Burroughs de autenticar "registros" no controle financeiro, seja de entrada ou saída. Fabricada no
Brasil pela "
Burroughs Eletrônica Ltda". No
Brasil, a
Burroughs dominou em mais de 90% na chamada "boca de caixa". Usada primordialmente em agências bancárias, mas também em departamentos de finanças, caixas de empresas, administração de condomínios, grandes comércios.
1959
Apresentamos abaixo imagens de uma revista argentina deste ano, mostrando a vasta linha de produtos para contabilizar com máquinas de contabilidade para diversos fins, com arquivos e mesas apropriados para facilitar a mecanização dos grandes escritório.
Tanto os produtos do quadro acima, tanto do quadro abaixo, eram vendidos através de grandes empresas especializada em exportação, ofertados por toda América Latina, de valor agregado muito alto, mas imprescindíveis para administração de grandes empresas ou de órgãos governamentais.
A
Triumph alemã também fabricou equipamentos contábeis como demonstrado no quadro abaixo:
Todo processo para registrar, contabilizar e arquivar quaisquer dados passou pela
impressão em papel, desde os tempos mais remotos, com os escritos hieroglíficos
nos papiros egípcios. Passando diretamente pelos registros detalhados do Império
Romano e sua complexa administração, caminhando pelas anotações das operações
religiosas com a introdução da Igreja Católica, tanto ocidental como a oriental
bizantina, até a invenção da prensa de tipos móveis, havia apenas um meio de
anotação de dados e informações: o uso da grafia manual pela mão humana, a
caligrafia.
A impressão em papel, também se utilizando de tinta, com a introdução da
mecanografia, ou seja, a escrita mecanizada, trouxe uma infinidade de
equipamentos e máquinas, capazes tornar o mais fiel possível, os dados emitidos num papel. A conferência atemporal vinda da
grafia mecanizada timbrada em papel foi a melhor evolução, a mais poderosa e a
única capaz de transmitir as informações mais reservadas a maior parcela de informados.
Os livros, os jornais, as revistas, os informativos e os meios de
comunicação transmitiram com imensa facilidade, as mais amplas informações e os
mais largos conhecimentos. Nos meios internos das empresas, indústrias, grupos,
clubes e outros, os escritos passaram a correr de modo linear.
Os órgãos públicos, a comunicação entre governo e sociedade, também se
valeram de escrita mecanizada timbradas em papel para atestar a receita advinda
dessa relação. Enfim, a relação entre pessoa a pessoa, pessoa a grupo, em
atividades comprovadas até por terceiros, obteve de fato legalidade e direito.
Todas as máquinas, da mais simples ao mecanismo mais complexo, trouxe o papel timbrado com dados pertinentes às operações efetuadas. Nos textos acima, inserimos os principais fabricantes de equipamentos com complexidade mecânica altamente sofisticada, para administrar grandes negócios e empreendimentos.
A relação entre empresas, indivíduos e o poder público foram sendo marcados e confirmados através de maquinaria e equipamento atestando a transação com fidelidade. Abaixo, estão equipamentos de Registros e Contábeis, utilizados na entrega ou recebimento de documentos, cuja finalidade e dirimir omissões, dúvidas ou incertezas.
Este tipo de equipamento usado em fóruns, transportadoras, atividades bancárias, despachantes, contabilidades, indústrias, postos de verificação de órgãos públicos e outros, tem um carimbo elétrico, com logomarca, dados de horário completo e numeração sequencial, dão garantia e precisão da operação.
Para imprimir com eficiência e grande precisão foram lançados produtos para atender uma gama de equipamento, como a linha tradicional, das máquinas mecânicas de escrever e somadoras. Além destas, fitas para autenticadora de caixas, máquinas de contabilidade ou faturadoras, fitas para balança, relógios de ponto, fitas para máquinas de proteger, visar, chancelar ou autenticar cheques, máquinas ou caixas registradoras, máquinas de endereçar, protocoladores.
A evolução das máquinas trouxe ainda um novo tipo de acessório para impressão: as fitas de cartucho com uma infinidade de modelos.
Máquinas
de Escrever Eletrônicas
1970/1980
A
organização das empresas por volta desta década, já contavam com máquinas de
escrever elétricas, principalmente para secretarias executivas, gerenciais e
postos mais qualificados das empresas em geral. O uso prático de equipamentos movidos à energia elétrica foi nascendo desde o emprego intensivo da eletricidade, tal qual como relatamos nos textos acima.
Especificamente as novas máquinas de escrever eletrônicas chegaram primeiramente nos escritórios de grandes empresas, devido ao alto custo de produção. Em pouco tempo, com barateamento de larga escala, foram difundidas para um mercado amplo englobando pequenas empresas e particulares.
Uma
máquina de escrever elétrica significou maior rapidez, eficiência e facilidade
de trabalho, de modo mais suave e técnico, em postos importantes nas organizações
maiores ou em empresas de maior porte. Uma ferramenta indispensável de bom trabalho
e interativa nas relações gerais com clientes e consumidores.
O
auge do uso dessas máquinas de escrever elétricas, veio com as IBM de esferas
do tipo golfe, com possibilidade de troca de caracteres para realce, destaque e
primor de texto. Essas mesmas máquinas foram utilizadas como consoles de impressão
para os mainframes e logo aos primeiros computadores locais, as primeiras
impressoras.
Essas máquinas de escrever elétricas lançadas pela IBM, sem dúvida, marcaram o princípio da escrita mecanizada conectada aos primeiros computadores, permitindo por meio de intrigado mecanismo de reles alcançar uma razoável velocidade de impressão.
As IBM com seu mecanismo de seleção de escrita funcionaram como primeiras impressoras, como ainda, influiu no padrão das primeiras matriciais, cujo grupo impressor movimenta-se por um eixo central, similar ao movimento de escrita IBM.
Abaixo, três modelos mais modernos aprimorados, porém mantendo idêntico padrão, ocupavam a categoria de "máquinas de escrever elétricas superiores"usadas para demonstrar um nível melhor nos escritórios por secretárias de diretorias, renomados advogados e grandes empresas em geral. A vinda da tecnologia das impressoras matriciais retiraram as IBM desse trabalho específico para um amplo domínio da impressão de qualidade, na época não atingido por outras máquinas de escrever.
Os modelos apresentados no quadro foram fabricadas no Brasil.
Ainda com o recurso de uma ferramenta de interface como o "L Print" permitia utilizar uma máquina de escrever elétrica IBM como uma impressora nos primeiros computadores pessoais.
A
vinda das máquinas de escrever eletrônicas foi um passo a mais e melhor, na
redação dos textos e documentos pelos novos recursos de escrita como negrito, sublinhado, troca de fontes por margaridas. Várias empresas se destacaram nesse mercado,
sendo algumas tradicionais e outras novatas, porém todas com capacidade de engenharia
eletrônica inovadora, assim surgiu um padrão convencional de impressão datilográfica.
Abaixo, uma série de máquinas de escrever eletrônicas de uso comum no mercado nacional e no exterior, fabricadas para admnistração com qualidade e utilizadas em secretárias, tesourarias, departamento pessoal e outros para agilizar a escrituração.
Abaixo, a primeira máquina é uma Olympia-Dismac e as demais Dismac-Olympia, todas fabricadas no Brasil pela Dismac Industrial S/A.
|
Os modelos do nosso quadro são: 1 e 2- OAT1200; 3- EX88 e 4- OAT-1250 |
Estes
equipamentos, quer pela qualidade gráfica da impressão, pela possibilidade de
recursos interessantes para gravação, realce, destaques, uniformidade da
pintura gráfica trouxeram sem dúvida agilidade e leveza na arte de datilografia
empresarial.
O
custo de impressão da ampla maioria das máquinas de escrever eletrônicas aumentou
por usar a impressão um cartucho aonde dispunha fita de polietileno com longa
metragem e ter uma outra fita de correção de erros. Ambos cartuchos ou carretéis
dessas fitas permitiam somente uma impressão de caractere.
A
tecnologia e o padrão das máquinas de escrever eletrônicas gerou as impressoras
matriciais e por fim as demais, tal qual como as conhecemos nos dias atuais. Com a vinda das eletrônicas, primeiro calculadoras, depois máquinas de escrever muitos mecanógrafos que não se atualizaram com um curso de eletrônica perderam um campo de trabalho muito vasto.
Para informações, via e-mail: tecle.teclas@gmail.com
ResponderExcluirmuito bem esse trabalho parabens!!!!!
ResponderExcluirbélissima pesquisa e resume a evolução dos registros na escrituração contábil
ResponderExcluir