Registros e Contábeis


Nesta escolha, estarão invenções nascidas do uso influente das máquinas de escrever e de adição que estimularam a existência de outros equipamentos. Entretanto, na aba Registros e Contábeis, no ramo de atividade das máquinas mecanográficas, todos mecanismos estão ligados exclusiva e principalmente à rotina das grandes instituições, das médias ou mesmo das pequenas, com a sistematização e organização dos seus  trabalhos.

Um novo mundo foi marcado pelo sucesso do pensamento burguês e liberal, que desenvolveu o capitalismo usado na industrialização. Houve alguns movimentos idealistas do Iluminismo que tiveram três elementos primordiais que desagregaram o Antigo Regime e suas práticas de domínio e controle feudal: 

1760/1850, neste período se desenvolve a Revolução Industrial 
1776, ocorreu a Independência dos Estados Unidos
1789/1799, a Revolução Francesa com profundas transformações do Estado. 

A administração dos negócios, fosse pública ou privada, anteriores ao ciclo da chamada Revolução Industrial  usavam velhos e grandes livros, encadernados, escrito com bela caligrafia – uma autêntica arte de escriturar – com métodos manuais, lentos, repetitivos, cansativos. De consulta contábil difícil, portanto de organização precária, insuficientes se aplicada aos processos socioeconômicos nascido a partir do final do século XVIII em diante.

A Revolução Industrial, sem dúvida, é o março inicial do processo de transformação da sociedade, uma vez que empurrou volumoso número de indivíduos para as cidades deixando o ambiente rural em busca de melhores perspectivas, ambicionadas por sonhos desse novo mundo que nascia, proveniente das mudanças chegadas no século XIX e condensadas no século seguinte. 
Charles John Hufon Dickens (07/fev/1812-09jun/1870) viveu 56 anos na era vitoriana, relata sua visão de testemunha da história, num dos seus contos, ao descrever o funcionamento de um escritório século XIX: secretários em bancos altos girantes se debruçam sobre livros; uns fazendo lançamentos com penas pontiaguadas; outros redigem ofertas ou reclamações com caligrafia perfeita, caprichada e personalizada; não permitem erros de seus subalternos, que são tratados com forte repreensão. Esse ambiente irá sofrer alterações rápidas em seus Registros Contábeis.

Transporte de produtos
Se houve uma atividade na qual se mantinha um controle necessário foi  a de "transporte de produtos" de um lugar para outro, principalmente por via marítima, ambiente mais ágil e capaz de suportar o envio de volumes maiores, quer pelo risco de perda, fosse por ataques ou acidentes ligados as intempérieis ou mesmo extravios. A entrega de um ponto a outro era motivo de confirmação da carga ou as satisfações necessárias.    

Desde a antiguidade existi comércio entre povos, tornando possível suprir as necessidades de um lugar pela abundância ou sobra de um outro de determinadas mercadorias. Uma nova marca nasceu principalmente com a existência de grandes centros populosos, aglomerados mais organizados, compradores de mercadorias diversas. Egípcios, Gregos e Romanos mercadejavam com seus vizinhos produtos de que necessitavam. O comércio no Oriente Médio e Próximo foi intenso e volumoso na antiguidade. Era comum o uso de ânforas de argila seladas com betume para transportar diversos produtos. Embora de fragilidade comprovada, era esse o meio disposto, é foi exercido por muitos anos com este recurso.

Entre as unidades de capacidade de volume maior tanto para secos como molhados surgiu o barril. Segundo consta, esse vocabulário tem sua origem no antigo lombardo “bara” para designar ataúde, ou grande caixa. Essa unidade de volume é variável em sua forma e tamanho, uma despreocupação dos tanoeiros que não se preocupavam em manter um padrão. O guarda volume do tipo barril, um meio mais resistente, tem registro citado por Heródoto, na região da Mesopotâmia, aonde era feito de palmas, uma vez que a madeira era difícil nessa área. Esse barril de palmas servia principalmente, para o transporte de vinhos por barcos através do Rio Eufrates.

A conquista da importante e invencível região da Gália feita no ano de 52 a.C., pelo Imperador Júlio César ocorreu com a Batalha de Alésia (atual Alise-Saint-Reine). Os gauleses tinham em comando Vercingetórix que liderava várias tribos gálicas que juntas somavam cerca de 250 mil homens acrescidos de 60 mil guerreiros de Alésia. Os romanos constituídos por 12 legiões, mais o pessoal de apoio contava com cerca de 70 mil homens. Essa diferença numérica permitia aos gauleses crerem esmagar os romanos, surpreendentemente com técnicas mais apuradas e efetivas aniquilaram os gauleses.

Dessa conquista, Júlio César retratou esse povo num livro “ De Bello Gallico” onde cita o estranho comportamento dos gauleses, como o hábito de beberem à vontade. A bebida era armazenada em um recipiente feito de madeira da árvore conhecida como carvalho, à prova d’água, abundante nessa localidade.

Dessa conquista, das descrições dos costumes e hábitos desses bárbaros feitas por Júlio César, é importado o barril de carvalho. O aprendizado da arte de tanoaria, logo foi assimilada pelos hábeis carpinteiros, como “guarda volumes”, espalhado por todo império, o uso do barril disseminou como recipiente de transportes, quer pela praticidade e volume suportado.

Na Idade Média, o barril era medida comum para sabão, milho, vinho, peixes, frutas, etc com capacidade variável de acordo com a mercadoria. No início do século XV, no reinado de Eduardo IV o barril foi adotado como medida para peixe e mais tarde para o comércio de óleo de baleia. Deste conteúdo, à venda de querosene e mais outro passo os produtos de petróleo passaram a suprir o mundo com este combustível tão influente nos séculos XIX e XX.

A Pipa é outro recipiente destinado a guardar volumes. É uma vasilha grande de madeira usada para armazenamento de líquidos. É usada para envelhecer os destilados, tornando-os mais ricos em compostos fenólicos

É uma unidade de medida de capacidade para líquidos, de origem europeia, geralmente equivalente a meio tonel ou 21 a 25 almudes. Na Região Demarcada do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo, a sua capacidade é de 550 litros. Uma outra unidade surgida na França foi a “barrica”. Desse termo, seu múltiplo a barricada, usada em rebeliões populares para impedir passagem de tropas ou deter o inimigo num limite.

Entretanto em se tratando de volume de petróleo, a indústria petrolífera adotou a medida americana em 158,96 litros, para o barril de petróleo feito em aço. Com esse produto e derivados de origem petrolífera o barril é fundamental no comércio desses produtos.

O transporte de mercadorias proporcionou a verdadeira evolução no abastecimento. Um processo desencadeado desde tempos mais antigos, a atividade de fornecimento de mercadorias permitiu a fixação citatina.

Desse modo, as cidades foram aumentando e creditando oportunidades, uma simples quitanda crescia tornando-se um mercadinho, até atingir o ápice numa rede supermercados. Graças não somente a capacidade administrativa dos seus empresários, como de máquinas e equipamentos facilitadores dessa atividade.
 

Na Baixa Idade Média algumas cidades, já estavam ficando populosas devido as feiras, com uma série de barracas, que ocorriam em seus núcleos e a fixação de pessoas oriundas dessas feiras, demonstrando o quanto é interessante viver numa grande comunidade com tudo ao seu dispor, do que num lugar ermo e distante uns dos demais.


As cidades ao se tornaram intensamente habitadas, paralelamente careciam de todo tipo de necessidade rotineira e constante, para suprir necessidades decorrentes desse estilo de vida citadina como: alimentação, locomoção, problemas sanitários, de segurança, de saúde, de assistência em inúmeros itens.

Organizar a vida pública foi um desafio imenso, na medida em que as novatas cidades ganharam complexidade em termos demográficos. Os desajustes sociais se intensificaram, quer pelos baixos salários, moradias insalubres ou por todo tipo de personalidades e sofrimentos de intensas horas de trabalho.
Grandes empresas, empregando numerosa quantidade de operários, ficaram cada vez maiores. Agigantando-se muito mais, mandando seus produtos para todos os cantos do mundo, principalmente através de portos ou mesmo pelos aviões nascido no século XIX pela invenção do brasileiro Santos Dumont.

Esse crescimento do meio urbano ampliado pelas funções fabris, estava se propagando, no dificultoso trabalho de administração dos aglomerados, logo percebida na necessidade de ter meios de transportes e vias de locomoção, para agilizar a passagem de pessoas, cargas e máquinas.
A aviação foi o meio de transportes de maior aproximação entre os países.
A aviação, principalmente a de carga, permitiu levar mais rapidamente produtos de um lugar a outro, vencer a distância dos oceanos, chegar aos centros distributivos, como das principais capitais de países e estados, de todos continentes terrestres e simultaneamente gerando o desenvolvimento local dessas regiões.
Novos inventos, seja para o meio de transportes, de serviços prestados pelo setor público e a vinda dos veículos de comunicação e recreação, como o jornal, o telégrafo, o cinema, o rádio, juntamente com os pontos de vendas e suprimentos de quaisquer itens de produtos lançados no mercado, exigia a substituição do controle manual para o aparelhamento mecanizado de natureza complexa.

Esse aparelhamento foi essencial para reprodução de documentos, correspondência entre partes, de arquivo, de registros nos fichários, de aparelhos de controle e medição de tempo, de arrecadação de valores, contagem, registro, proteção e guarda da moeda. Enfim, uma diversidade de mecanismos para sistematização de todo tipo de registro e controle que se avolumavam à medida que o crescimento exponencial exigia novas máquinas.

Nesta aba, em todo o bloco, estarão as máquinas contábeis, de escrituração, reprodução de cópias, caixas registradoras, auxiliares de correspondências, de contagem e medição do tempo, de protocolo, preencher e visar cheques, aparelho de telex e de fax, duplicadores, mimeógrafos, impressoras de cupom e uma série de equipamentos, dos quais, a TECLAS possui em seu acervo. 

São itens, cada qual podendo ser chamado de máquinas mecanográficas, uma vez que a grafia mecanizada foi seu modo de registro. Porém, as máquinas usadas nos registros e contábeis, como definimos, foram projetadas com melhor qualidade, maior complexidade, material mais resistente, uma vez que o uso desses equipamentos funcionariam intensa e cotidianamente por um operador ou operadora.

Foram superados pelo desuso, no avanço tecnológico, tendo sua substituição acopladas pelos meios de informática, embora sem ter perdido, sua ação modificadora. Os meios informáticos são apenas uma "cópia" que veio substituir os registros e os contábeis. Tudo nasceu neste ciclo histórico, a informatização apenas trouxe a inteiração desses registros, sua aceleração em dados.
O PAPEL DO PAPEL
Enfim, no século XXI podemos comparar que aquilo produzido nos últimos duzentos anos, isto é, nos séculos XIX e XX visava manter todos os registros e documentos contábeis no meio “papel”. A documentação pública ou privada merecia ser arquivada, tendo como meio do seu produto final - o papel escrito. 
Havia um tipo de papel para cada trabalho, aprimorado pelos fabricantes, em qualidade, diversidade e variedade graças as pesquisas, frutos da necessidade insaciável de todos consumidores nessa "sociedade do papel" nascida pela invenção de Gutenberg e aprimorada nos séculos XVII ao XX
 
Embora existente, dentro dos meios de comunicação, a película fotográfica e o filme, a emissão do som através do rádio, a gravação de sons em material sólido e das imagens, em métodos e arquivos próprios, o papel sempre foi fundamental e desempenhou "papel essencial" até para controlar esse “moderno material”. O papel é o suporte físico mais próximo da leitura, sem nenhum mecanismo, ao caso, que os demais meios precisam de um mecanismo.

Neste século – o XXI, houve uma metamorfose: o novo método é visual. Amplamente visual, de arquivamento visual. Embora todo este texto, tenho sido feito através dos meus conhecimentos obtidos – todos – via leitura em papel, estou dispondo em meio visual e virtual. 

Essa é a nova civilização da luz, dominada pela potência elétrica, pela energia vindo da eletricidade, mesmo a modificada para pilhas ou baterias - precisou da eletricidade. Portanto, estaremos falando de um outro tempo e modo.

Há o “desprezo” pelo uso do papel. Há uma campanha ecológica sob a produção do papel uma vez que o material de sua produção é o vegetal, isto implica em largas áreas destinadas para plantio e reflorestamento.

A pesquisa é sempre um método exaustivo de um agente disposto de trazer lumens a uma comunidade. É certo que pelo “meio do papel”  foi construída uma nova sociedade com suas limitações e seus profícuos avanços. A era digital nada mais é do que o agrupamento de todas as invenções anteriores, como as que retrataremos em seguida.

Os cartões perfurados de Jacquard,  inventor do tear mecânico.
Joseph Marie Jacquard um filho de tecelões, nasceu na França, em Lyon, em 7 de julho de 1752 e faleceu em Oullins, 7 de agosto de 1834.

Joseph Jacquard, aos dez anos já era aprendiz têxtil. Na adolescência, se incomodava com a monótona tarefa que executava: alimentar os teares, com novelos de linhas coloridas a fim de formar os desenhos no pano a ser fiado.

Toda essa operação era feito de modo manual. Jacquard considerava tarefa exaustiva e interminável. Tinha que mudar o novelo, conforme as determinações do desenho contratado pelo cliente.

Jacquard desde tenra idade era trabalhador têxtil, tinha suas habilidades mecânicas. Percebeu ser as mudanças nos teares, sempre sequenciais. Com muitos anos na profissão, conheceu bem as máquinas que operava.

Jacquard passou longos anos estudando teares, conseqüentemente veio a inventar um processo simples: usando cartões perfurados, aonde se colocava nos furos, ponto a ponto, o registro da receita para a confecção do tecido.

ABAIXO, o tear automático de Jacquard e os cartões de papel furados
Desse modo Jacquard construiu um tear automático, que ao ler os furos, executava as operações na seqüência programada pelo cartão. A primeira demonstração prática do sistema aconteceu na virada do século XIX, em 1801 quando  inventor francês tinha 49 anos. Abaixo, um exemplar de tear comum..

No ano de 1804, Joseph Marie Jacquard aperfeiçoou um tear inteiramente automatizado, que permitia desenhos muito complicados. Esse tear era programado por uma série de cartões perfurados, cada um deles controlando um único movimento da lançadeira. Era mais um emprego do papel ...

Jacquard era do ramo de tecelagem, sem nenhuma referência com números, somadoras ou calculadoras. Entretanto, foram os princípios dos cartões perfurados inventados por Joseph Marie Jacquard, não só transformador da rotina da indústria têxtil, mais passado poucos anos, esse mesmo princípio foi fator de influência decisiva, sem alterações, nos caminhos da tabulação e computação de dados.

Joseph Marie Jacquard e Napoleão Bonaparte
A invenção de Jacquard tem sua ligação com os incentivos promovidos por Napoleão Bonaparte entre seus períodos: no Consulado de 1799 a 1804 e o Império de 1804 a 1815.
Napoleão, ao tomar o poder, encontrou uma França em frangalhos, com problemas de toda natureza, deixados pelo período conturbado da Revolução Francesa. As terras distribuídas pela Revolução aos camponeses não foram legalizadas; as estradas e as pontes existentes eram péssimas; produtos estrangeiros entravam muito barato; o desemprego, conseqüência da completa desorganização social, imperava em solo francês.  

Napoleão Bonaparte, através de uma série de medidas práticas atacou cada um dos entraves que afetava a vida de camponeses, trabalhadores urbanos e da própria burguesia. Fundou o Banco da França a fim de emitir papel-moeda nacional, controlar a inflação, emprestar dinheiro para incrementar a indústria e comércio; legalizou as terras distribuídas aos camponeses, drenou pântanos, construiu estradas e pontes para a produção do campo chegar nas cidades a preços menores à população; aumentou imposto sobre produtos estrangeiros, principalmente para atingir a importação inglesa.
                                         
Esse conjunto de medidas eficazes, acelerou a industrialização e aumentou o emprego. Por fim, concedeu prêmios para inventores de máquinas ou processos  para melhorar a fabricação de produtos. Neste item, Jacquard foi recompensado com sua inovação. Veremos à seguir o invento do francês ser útil e promissor em outra atividade transformadora.  
Novo uso dos Cartões Perfurados
1880
Neste ano, realizou-se nos Estados Unidos o recenseamento geral da população. O volume de dados, foi monstruoso ao ponto do material coletado ter sido tabulado somente sete anos depois em 1887.
1890
Neste ano, o recenseamento americano é revolucionado pela invenção de Herman Hollerith, (ver ABA Biografias, sobre inventores)
O Cartão Perfurado
O cartão perfurado inventado em 1801, por Joseph-Marie Jacquard para controle do tear automatizado, foi reaproveitado em seu princípio por Herman Hollerith, vindo no primeiro pedido de patente intitulado como “Arte de compilar estatísticas”, arquivado em 23 de setembro de 1884.

O Cartão Perfurado de Herman Hollerith
O cartão era o elemento inicial e principal do sistema, as operações eram feitas em torno deste. De cartolina dura, com espessura entre 0,170mm/0,0127mm, cortados nas dimensões de 187,325mm por 82,550, inicialmente continha 45 colunas, de material não condutor de eletricidade.

Hollerith desenvolveu um sistema eletro-mecânico, segundo relato por  idéia-chave, do amigo John Shaw Billings.

As ligações elétricas passavam pelos furos existentes no cartão, determinando que os dados especificados nas linhas e colunas, pudessem ser contados e classificados eletromecanicamente. 

Contadores registravam as informações a medida que um dado, era registrado pela presença ou ausência, de buraco num local específico desse cartão. Se num local específico um furo indica-se estado civil, em seguida, outros furos,  indicavam casado, ou outro solteiro ou viúvo. Assim todos os furos representavam cada dado a ser tabulado.

Toda as informações perfuradas no cartão eram lidas numa máquina tabuladora que dispunha de estação de leitura equipada uma espécie de pente metálico, cada dente conectado a um circuito elétrico.

A descrição deste Sistema Elétrico Tabulador foi enviado por Hollerith em 1889, para a Universidade de Columbia como sua tese de doutorado. Está reproduzida nos registros da universidade e no livro de Randell. Recebeu a patente americana sob n° 395.782, concedida em 8 de janeiro de 1889. Esses cartões perfurados foram precursores do sistema de memória usada em computadores.

Um informação curiosa, mas não confirmada seria que "os cartões perfurados originais tinham o tamanho das notas de um dólar", e que tal escolha deste tamanho, deu-se para que os cartões pudessem ser levados nas carteiras dos recenseadores.

Hollerith fez inicialmente negócios em seu próprio nome, como A Hollerith Elétrico Sistema Tabulating, especializada em equipamentos de processamento de dados em cartões perfurados, tendo construídos sob contrato para o escritório do censo americano, que os usou para o censo de 1890.
1880
O censo deste ano demorou oito anos para ser totalmente auferido, isto provocou uma busca para muitas mudanças no censo seguinte, quer por ter os EUA, população maior, itens de dados coletados, maior número de funcionários do Census Bureau já sentidos durante a medição desta contagem.
1890
Neste censo, as publicações programadas e o uso dos tabuladores eletromecânicos de Herman Hollerith reduziu o tempo necessário para processar o todo censo, em dois anos e meio, mesmo com dados mais aprimorados.
Guerra das Correntes
Todas invenções que estavam se concretizando no decorrer deste ciclo mágico, necessitavam de um elemento essencial: energia. As indústrias precisando mover a maquinaria com maior força e ação. A vida citadina avançava além dos limites impostos pela claridade solar, mesmo a vivência doméstica ganhava novos elementos. Iniciava a produção de mecanismos para facilitar o trabalho, para divertir momentos de folga, de lazer e recreação. Enfim, uma série de novidades nascia e só foram facilitadas ou existiram pela vinda da eletricidade.

O princípio do conceito da eletricidade é localizado na Grécia Clássica. Longos avanços foram conseguidos nos séculos XVII e XVIII até chegarmos num ponto crucial. A vida aglomerada das grandes cidades nascidas da Revolução Industrial em diante, trouxe um padrão de necessidades básicas no convívio das multidões.

Como alimentar com um sistema de  energia e luz melhor?

Iluminar ruas, ambientes aglomerados de atividades com indivíduos, salões de reuniões e residências em geral, era um grande desafio. Existiam alguns recursos, como a iluminação à gás (famosos lampiões de gás) ou o arco voltaico, ambos com inúmeros problemas.

As pesquisas no campo das atividades magnéticas e elétricas haviam prosperado em várias vertentes. Empresas fabris queriam uma energia capaz de aumentar a produtividade. Após descobertas de inúmeros efeitos eletro-magnético, houve um momento chave de transformações profundas: o entrave na chamada “guerra das correntes”.
Guerra entre Edison, Tesla e Westinghouse
A Guerra das Correntes ou Batalha das Correntes, ocorreu em vista da disputa entre George Westinghouse e Thomas Edison nas duas últimas décadas do século XIX.
Essa rivalidade entre estes dois “monstros da evolução tecnológica humana”, deriva de diversas explicações e interesses conflitantes relatados abaixo.

Thomas Edison não era matemático, mas um experimentador voraz. O conhecimento fundamental para entender a corrente alternada descoberta por Nikola Tesla carecia de conhecimento substancial de matemática e domínio das leis da física.

Tesla trabalhava na grande equipe de Thomas Edison que subestimou suas idéias a respeito da transmissão de energia por corrente alternada. Recusou-a afirmando: "As idéias de Tesla são magníficas, mas não são nada práticas!”

George Westinghouse se mostrou interessado pelos avanços obtidos por Nikola Tesla, como melhoria na eficiência dos dínamos, na Companhia Continental Edison, em Paris, ou ainda, pela demonstração da capacidade da energia alternada se aplicada em suas linhas férreas.  Ferrovias movida a eletricidade seria uma revolução, uma supremacia para os negócios ferroviários de Westinghouse.
1878
Neste ano, aos 31 anos, Thomas Edison propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas. Faltava detalhes técnicos e material adequado.
1879
Neste ano, uma lâmpada inventada por Thomas Edison conseguiu brilhar durante 48 horas contínuas. Nas comemorações de fim deste ano de 1879, uma rua inteira, próxima ao seu laboratório, foi totalmente iluminada para demonstrar a utilidade pública desse invento. (abaixo Thomas Edison no laboratório)
Durante os primeiros anos, o fornecimento padrão de eletricidade nos Estados Unidos, era derivado da corrente contínua de Thomas Edison que consistia num sistema de distribuição com centrais de geração e alimentação, conduzida por condutores destinada ao consumo doméstico de iluminação.

Todo o sistema operava à mesma tensão, com lâmpadas de 100 volts para o consumo doméstico, conectadas a um gerador de fornecimento de 110 volts, prevendo possível queda de tensão pela resistência entre o gerador e o ponto de iluminação.

A tensão escolhida para as lâmpadas incandescentes de filamentos de carbono de alta resistência, tinha preferência clara, por alguns motivos:

- 100 volts não constituía grave perigo de eletrocussão;
- as lâmpadas responsáveis pela maior parte do consumo diário, tinha baixo custo, com condutores de cobre utilizados num sistema de três fios para a distribuição;
- o nível de tensão foi escolhido por conveniência na fabricação das lâmpadas, para resistir a 100 volts, fornecer iluminação econômica comparável à iluminação a gás.
- um medidor permitia a cobrança proporcional ao consumo, com medidor funcionando apenas em corrente contínua.
- o motivo principal dessa preferência: as lâmpadas eram fabricadas pela empresa de  Thomas Edison;

Os geradores de corrente contínua também podiam ser associados em paralelo, permitindo economia de energia, através de dispositivos menores, durante os períodos de alto consumo elétrico, além de melhorar a confiabilidade.
1882
Até este ano, estas eram as vantagens técnicas significantes, para uso do sistema de corrente contínua. Entretanto, esse sistema inviabilizava qualquer motor de corrente alternada.

Como era produzida essa energia contínua?
A produção de corrente contínua era obtida através de geradores alimentados por motores movidos a petróleo. Portanto, de limitação concreta, usufruindo do baixo preço do petróleo no início do século XIX, mas de futuro duvidoso. Fato, fora do contexto, naquela ocasião.

A corrente contínua podia ser diretamente utilizada em baterias de armazenamento, promovendo reservas energéticas para ser utilizadas durante possíveis interrupções do funcionamento dos geradores. Essa produção por meio de geradores, atendia a um certo e limitado, número de consumidores.

A corrente contínua para ser alterada a tensão menor ou maior, carecia de estudos específicos e detalhes técnicos para cada caso. Ou seja, um tipo para iluminação, outro para motores elétricos.

Este fato, significava instalar linhas elétricas separadamente, a fim de prover energia adequada para aparelhos de diferentes tensões. O resultado desse complicado sistema levou um aumento do número de cabos para instalar e sustentar as linhas de transmissão, aumentando custos e ampliando riscos.
1886
Neste ano, George Westinghouse (foto ao lado esquerdo) fundou a Westinghouse Electric & Manufacturing Company, em Pittsburgh, Pensilvânia - renomeada para Westinghouse Electric Company em 1889, para operar no campo de produção e transmissão de eletricidade.
1887
Neste ano, Nikola Tesla fez parceria com George Westinghouse um grande investidor, com fins de comercializar o sistema de corrente alternada para distribuição de energia elétrica, contrariando interesses de seu antigo empregador Thomas Edison.

Isto gerou uma enorme rivalidade. Thomas Edison defendia o uso de corrente contínua, em contraste com a corrente alternada, capaz de conduzir alta tensão, defendida por Westinghouse.

Os dois grandes empresários, homens de negócios de muito sucesso, tornaram-se ferrenhos adversários, alimentado em campanhas publicitárias, levada aos últimos fins, por Thomas Edison, defensor da utilização da corrente contínua a ser distribuída aos consumidores de eletricidade. Edison passou a difundir inverdades quando ao uso do sistema opositor.

George Westinghouse, se contrapunha argumentando ter a corrente alternada, melhores condições técnicas para distribuir energia elétrica.
Grandes falhas da corrente contínua
Thomas Edison e seus sócios, se beneficiaram amplamente construindo um grande número de usinas elétricas, para introduzir eletricidade em várias comunidades. Entretanto em zonas rurais era uma solução dispendiosa. Construir de uma estação geradora local ou pagar, uma grande quantidade de grossos fios de cobre para conduzir a longa distância, era uma operação dispendiosa e de difícil manejo.
1888 
Neste ano, na Grande Nevasca ocorreu um número considerável de mortes, devido ao desabamento dos cabos suspensos de energia na cidade de Nova York.
1890 
Neste ano, em 6 de agosto a cadeira elétrica foi utilizada pela primeira vez nos EUA, na pena de morte de William Kemmler. Os técnicos encarregados da execução, não souberam calcular a tensão necessária para eletrocutar o condenado. O primeiro choque elétrico não foi suficiente para matá-lo, apenas feriu seriamente o condenado.

O processo foi repetido mais vezes provocando uma cena horripilante e grotesca. Um repórter presente, comentou a cena como : "um terrível espetáculo, muito pior que enforcamento." George Westinghouse foi enfático: "Teriam feito melhor se tivessem usado um machado".

No sistema de Thomas Edison utilizava a baixa tensão e, acabou perdendo para dispositivos de corrente alternada, inicialmente proposto pelos seus colaboradores: primeiro por Nikola Tesla, e depois por Charles Proteus Steinmetz – que trabalhava em Petersburgo, para Westinghouse em 1888.
1887/1891
Neste período, há o desenvolvimento de um conjunto extenso de inventos relacionados com a produção e o uso da eletricidade, quando se registra uma centena de patentes.

Entre elas: sobre o motor elétrico; motor assíncrono de campo giratório; acoplamento de dois circuitos por indução mútua, um princípio adotado nos primeiros geradores industriais de ondas hertz; o princípio e metodologia como criar energia corrente alternada, através de campo magnético rotativo.

Entre outros, a invenção da corrente polifásica; comutadores elétricos; ligação em estrela; novos tipos de geradores e transformadores; a lâmpada fluorescente e protótipos de transmissão de energia. 

No entorno desses inventos Nikola Tesla também descobriu o controle remoto por rádio e a comunicação sem fio, o “nosso wireless”. Tesla acreditava ser possível enviar o potencial gerado em energia elétrica, através de torres em alta tensão, em cadeia de uma para outra torre.
Nikola Tesla provando a segurança e proteção da corrente alternada
George Westinghouse tinha antecipado a compra dos direitos das patentes do sistema polifásico de Nikola Tesla, além de outras patentes de transformadores de corrente alternada, de Lucien Gaulard e John Dixon Gibbs.  Dessa forma, driblou o monopólio de patentes reivindicado por Thomas Edison.

Nikola Tesla ao desenvolver seu trabalho com campos magnéticos rotacionais, permitiu o desenvolvimento do sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica proveniente de corrente alternada.
1891
Neste ano, ocorreu a Exibição Eletro-Técnica Internacional, marcada pelo primeiro evento de transmissão a longa distância de corrente elétrica trifásica a alta potência, realizada entre o período de 16 de maio e 19 de outubro no local onde funcionava as Estações Ferroviárias do Oeste, as três "Westbahnhöfe" em Frankfurt.

Essa transmissão de corrente alternada polifásica foi demonstrada previamente em Mill Creek, Califórnia até Lauffen-Neckar. A primeira transmissão experimental de longa distância de corrente elétrica trifásica a alta potência, foi gerada de um ponto local a 175 km até Lauffen-Neckar. Este resultado, de estudo prático e experimental bem sucedido, permitiu a adoção da corrente alternada trifásica nas redes de transmissão elétrica em todo o mundo.
1893
Neste ano, a empresa obteve significativa vitória, ao garantir contrato de instalação da rede fornecedora de energia elétrica para a Exposição Mundial em Chicago. A Westinghouse montou, instalou um sistema de geração e distribuição completamente polifásico.
1894
Neste ano, é fundada a Divisão de Transporte relativa aos equipamentos ferroviários, por Westinghouse.

1895
Neste ano, são instalados geradores nas Cataratas do Niágara na geradora Adams Power Plant de energia hidrelétrica AC – corrente alternada.
1896
Em 16 de novembro deste ano, uma experiência com energia elétrica fundamental para comprovar a eficiência do sistema inventado por Nikola Tesla. Foi transmitida dos geradores da hidrelétrica Edward Dean Adams nas Cataratas do Niágara até as usinas de Búfalo.
Geradores da usina nas Cataratas de Niágara
Havia desconfiança, se seria suficiente a geração de eletricidade nesse sistema até a Usina de Búfalo. Nikola Tesla, com seus vastos conhecimentos lógicos, tinha convicção e argumentava: “as Cataratas do Niágara têm potencial suficiente abastecer com eletricidade todo o leste dos Estados Unidos”. Algo inimaginável até a presente história humana.

Esse sistema de distribuição elétrica da corrente alternada, entre a fronteira dos Estados Unidos e Canadá, ligando as Cataratas do Niágara a Búfalo, tinha ainda outro fator, um preço mais baixo, numa distância impossível de ser alcançada através de corrente contínua de Thomas Edison.

O sucesso do conjunto de aparelhagem nas Cataratas do Niágara foi um marco decisivo na aceitação da corrente alternada. Esse tipo de corrente, tinha a vantagem para distribuição de energia à distância, devido à facilidade de variação da tensão controlada, com uso de transformadores, capazes de substituir a corrente contínua, por estender a área de cobertura, com segurança garantida e eficiência na distribuição.

George Westinghouse tinha cada vez mais preferência, especialmente ao ganhar um novo contrato para construir uma nova central elétrica. Ainda convenceu o governo americano a adotar esse modelo-padrão, por ser o meio mais eficiente em todos os sentidos.

A Westinghouse Electric Corporation, construiu os geradores da hidrelétrica, patente do sistema de corrente alternada inventado por Nikola Tesla, com seu nome gravado nas placas dos geradores.
1904
Neste ano, a Baldwin inicia a comercialização e eletrificação em corrente alternada – AC - das ferrovias, pela Baldwin-Westinghouse, em particular para a New Haven Railroad.
1909
Neste ano, a empresa lança uma lâmpada de tungstênio de filamento contínuo.
1914
Neste ano, morreu George Westinghouse, legando 361 patentes e a fundação de 60 empresas.
Cartão perfurado nos Novos Tempos
Os primeiros computadores eram enormes e muito complicados. Quanto ao tamanho, estavam agrupados em enormes conjuntos de placas e eram programados por meio de cartões perfurados, como único meio de incluir dados e comandos nas máquinas, seguindo o processo inventado por Hermann Hollerith. Este sistema durou um longo período até ser inserido novas tecnologias.

Essa enorme e monstrenga máquina, executava a leitura dos cartões de papel perfurados em código BCD (Binary Coded Decimal) efetuando as contagens da informação referente à perfuração respectiva. Tal como o método patenteado em 8 de junho de 1887.

Cada cartão era colocado sobre uma taça que continha mercúrio conectada ao mesmo circuito elétrico do pente. Ao ser colocado, o pente sobre o cartão, os fios do pente, atravessavam as perfurações fechando o circuito elétrico, então estes, acionavam os respectivos contadores. O contador visualizava o resultado da acumulação pelo deslocamento de um ponteiro sobre um mostrador.

Este foi o princípio dos nossos computadores, antes do seu estado presente. Com este “tipo de sistema”, convivia harmonicamente as máquinas mecanográficas – das mais simples, as mais sofisticadas – como as que tratamos nesta ABA – Recursos e Contábeis.

As máquinas mecanográficas contábeis foram as primeiras a perder espaço com o aperfeiçoamento dos “mainframes” seguido dos computadores pessoais que foram “empurrando” para o fim dos tempos as máquinas mecanográficas em geral até o ponto inexequível da mecanografia. Fim de um tempo ...

1900 início da contabilidade  mecanizada
Este é o ano de princípio da contabilidade mecanizada através de máquinas de escrever em livros encadernados. Como ainda, ao ser abastecida pela energia elétrica, os escritórios das empresas tornou possível ter máquinas mecanográficas motorizadas com movimentos rápidos, precisos e acelerados como condizia esse novos tempos.

Quando as máquinas de escrever e as de adição estavam se propagando nas administração dos negócios, após um bom período de domínio exclusivo da Remington/Sholes, logo se percebeu a necessidade de se ter a reprodução de documentos.

A vida pública seria melhor gerida e viável, diante da complexidade, em que as cidades estavam atingindo em termos demográficos e, a partir daí, suprir as necessidades administrativas com múltiplas tarefas, decorrentes da vida citadina.

Belle Époque
Belle Époque, uma expressão francesa que significa bela época. Retrata  o primeiro período de cultura cosmopolita da história, ocorrido na Europa com data iniciada em 1871 (fim do século XIX) e durou até 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

A Belle Époque demonstra como a vida ficava agitada. A vinda das novas máquinas, das novas invenções e entre elas, as transformações sócio-econômicas com sua sinergia nunca mais detida.

Este período coincide com o começo do intenso uso das máquinas mecanográficas, uma vez que o desenvolvimento das relações humanas e a intensidade da vida citadina demonstrava como seriam as futuras cidades – aglomerações cada vez mais volumosas em decorrência da migrações em busca de vida melhor.

Seria muito difícil, impossível mesmo, existir uma grande empresa, uma grande corporação ou administrar uma cidade média sem o uso da contabilidade mecanizada para fornecer os resultados da contagem dos recursos, a análise numérica diária, seu uso e distribuição nos diferentes custos.

Os assentamentos das receitas e despesas, destes “grandes coletores de recursos", buscou soluções prementes de aceleração dos registros contábeis. A complexidade ampla de registro e controle de tempo, de produção, de medição, avaliação de todos atos e atividades intensas não poderiam ser mais manual, nem mesmo solucionadas com o aumento de funcionários nas repartições.

A administração e a contabilidade, aboliu por completo a letra bonita para escriturar os livros, anotar grandes somatórias capazes de provocar erros, mesmo já contando com máquinas de adição e calculadoras manuais, uma vez que, a possibilidade de registro contábil era demasiadamente lenta. O trabalho manual, mesmo o mais eficiente, era ainda cansativo e denotava longas horas para cumprir metas diárias, mensais e anuais. O exemplo citado do Censo Americano de 1880 é o mais convincente.
Nasciam as máquinas de contabilidade, faturamento, reprodução de cópias, auxiliares de correspondência e comunicação, de proteção da moeda, de medição e contagem de tempo. Um “grupo completo” de máquinas mecanográficas vigentes do século XIX ao século XX que estruturam a sociedade humana e permitiram o avanço da tecnologia vindas à substituir gradualmente esses “velhos equipamentos”.

Esses equipamentos que vamos descrever cronologicamente, por seus desempenhos e importância na vida cotidiana, mesmo nunca percebidos o quanto organizavam silenciosamente a rotina e a evolução dos serviços.  

É preciso esclarecer que uma máquina mecanográfica, fosse de somar ou escrever, era de custo elevado e inacessível para a maioria das empresas. Os equipamentos relatados nesta ABA tinham um valor agregado em muitos deles - dez vezes maior que uma simples máquina de escrever, que na época já tinha um elevado preço.
Período de 1904/1920
Neste período, começou a fabricação por várias empresas das chamadas “máquinas combinadas” tecnicamente sofisticadas por ter maiores recursos, para uso em departamentos de contabilidade pela necessidade de organizar os volumosos registros e cálculos com os novos desafios dos nossos tempos. 

Muitas empresas começaram a partir desse período, a procurar e usar as máquinas de escrever em livros encadernados, faturamento, cobrança, recibo de entrega, registro do vendedor ou quaisquer outros formatos para melhor administrar cada negócio. Assim surgiram as máquinas para uso de registro e contábil.

Pode-se dividir essas máquinas de contabilidade em quatro categorias principais:
- as derivadas das máquinas de somar;
- as derivadas das máquinas de escrever;
- as derivadas das caixas registradoras.
- as derivadas da combinação de máquinas de escrita e cálculo;

As principais marcas interessadas em desenvolver essa linha de produto foram:
Elliot-Fischer / Underwood, Ellis, Remington, Smith Premier, Moon Hopkins, NCR, Howieson. Um pouco depois entrou a Olivetti, a Triumph, mas ainda existiram outras marcas com quantidade raras no mercado. A Burroughs Adding praticamente começou na porta das casas bancárias e toda complexidade desse sistema.

As máquinas de contabilidade derivadas das quatro categorias, divididas acima e suas características próprias, foram inventadas e projetadas para atender especificamente cada função escritural.

Aquelas derivadas das máquinas de somar os serviços detalhados do histórico das contas correntes bancárias, como na década de 1930, as máquinas podiam operar com até 418 lançamentos de depósitos ou retirada por hora, ou então, recebimento de 620 contas de consumo de luz composta de canhoto, recibo e a conta, ou seja, em três impressões no original.

Aquelas derivadas de máquinas de escrever recebendo diversos tamanhos de carro, com tabulação decimal, elétrica, além de agregar um, dois ou diversos somadores com descarga automática de saldos; ou com aparelho tipo “front-feed” introdutores de um, dois, três, quatro documentos é numa só operação, tornou possível escriturar simultaneamente. Nessa categoria também entram as máquinas de escrever livros encadernados e seus recursos.

Aquelas derivadas de máquinas de escrever e de somar têm uma característica principal: dois teclados completos, um para máquina de escrever, outra para somar. Duas empresas se destacaram desde seu princípio neste modelo: a Burroughs e a National.

Destacam-se pela capacidade de cálculos com até dez somadores, multiplicação rápida e precisa, arredonda frações, movimentos automáticos como barras de controle móveis. Estas máquinas de modo geral foram empregadas em faturamento, controle de estoque, contas correntes de clientes, folhas de pagamentos e outros fins. No Brasil, ambas marcas foram muito utilizadas na escrituração de grandes empresas.

Aquelas derivadas de máquinas de registradoras  sua principal característica foi ter evoluído desse tipo de equipamento e tornada complexa a fim de atender as operações das grandes empresas, como imprimir numa operação quatro documentos em original ou mais, usando papel carbono.

Muito empregada em serviços de caixa ou tesouraria, com contadores para estatísticas, chaves e dispositivos de segurança contra fraude. Os totais dos acumuladores ficam cobertos e fechados, a chave sem acesso ao operador.

Essas máquinas guardam todos os valores acumulados, com mostradores dos registros. Há ainda, um recurso fundamental: uma reserva em segredo ao fisco que através de procedimentos da fiscalização governamental, era possível conhecer o movimento e a cobrança do imposto devido, de modo legal, sem nenhuma probabilidade de ação fraudulenta.

Enfim a indústria da mecanografia foi capaz de projetar diferentes máquinas, para diferentes tarefas administrativas. Os projetos se adiantavam à própria necessidade das empresas e construíam máquinas sempre mais velozes, com teclas de seleção de movimentos, luzes de alerta em verde ou vermelha para facilitar seus operadores.

Dada a complexidade desses equipamentos seus operadores foram chamados também de “mecanógrafos”. Como podemos perceber por este artigo, “os computadores quando chegaram encontraram um ambiente já pronto”. Os programas com o tempo foram sendo aperfeiçoados para chegar no processo instalado pelas máquinas que estamos abordando em Registros & Contábeis.

É muito fácil compreender está explicação: “uma empresa de material elétrico nunca terá tamanho administrativo de uma usina elétrica”. A ordem de grandeza é o marco entre ambas.

Entre elas, estão fabricantes de material elétrico, grandes distribuidoras desse material, etc. Existe distância financeira, no intervalo entre cada uma dessas empresas que seria impossível proceder a escrituração nos mesmos padrões. Seja pelo número de operários, pessoal administrativo, pelo volume funcional de compra e vendas ou por um série de necessidades, específica de cada segmento.

A invenção do modelo padrão, tanto nas máquinas de escrever, somar e calcular permitiu segmentar numa meta, de onde se partiu para invenções complexas com mecanismos sofisticados com grau de montagem muito difícil e exigente em fator técnico.
1906
Já neste ano, Erwin William Thompson publicou Bookkeeping of Machinery, um artigo inovador afirmando que empresas começavam a explorar: "... um campo praticamente inexplorado" e ainda havia necessidade desses equipamentos como relatava no seu livro: “...  desempenho real do livro - Manutenção e auditoria por máquinas. "

Erwin William Thompson, ainda observou: "... Pequenos escritórios empregando de um a três homens geralmente não podem melhorar sua condição pelo uso de muitas máquinas de contabilidade". Entretanto argumentava no artigo que, “ ... para escritórios maiores, o uso de máquinas para contabilidade seria eficiente...”.

Foi nessa mesma época, na qual escritórios em geral, adotaram máquinas contábeis, que surgiram formulários padronizados para serem preenchidos por estas máquinas e arquivados em pastas soltas ou em arquivos. Nascia plenamente aquilo que chamamos de “Registros e Contábeis”.
1899
Neste ano, a Remington Typewriter lançou o modelo Billing e Tabulating Attachment, para ser utilizada em trabalhos que necessitavam de uma relação ordenada para descrever cobranças, estatísticas e documentos contábeis. Esse modelo foi provido de um sistema de tabulação inserido ma máquina de escrever padrão. Foi o primeiro anexo de tabulação.
1902/1904
Entre os anos 1902/1903 foi patenteado o Aritmógrafo inventado por John T. Howieson.

Este equipamento foi levado pelas empresas Arithmograph Co. e a Fay-Sholes Co. que lançaram o Aritmógrafo, um dispositivo de adição montado sobre uma máquina de escrever. Colocado à venda nas máquinas de escrever “Fay-Sholes”, consistia numa série de rodas de adição com mecanismos conectado às chaves numéricas que conseguiam adicionar números, bastando o operador engatar este mecanismo ao lançar as faturas e tabular os dados.

Desse modo, o trabalho contábil numa máquina de escrever fazia a função de máquina de somar em uma única operação de datilografia. O Aritmógrafo montado na máquina de escrever Fay-Sholes, custava US$ 200.
1903
Neste ano, foi anunciado pela Remington, uma nova versão de máquina de escrever, a New Remington Billing ou, a Remington No. 6 máquina de escrever padrão,  acrescida de mecanismos de tabulador, ou seja, com paradas programadas de casas em modo mais veloz e capaz de manter alinhamento nas linhas horizontais.
1906
Neste ano, a Remington lançou o tabulador decimal, um conjunto de teclas com paradas definidas em unidade, dezena, milhar, dezena de milhar, centena de milhar, milhão, até o limite de dez casas, bastando pressionar  a tecla de uma referida casa. O tabulador movia o carro para a posição decimal correta. Com tal dispositivo uma relação de valores ficava devidamente ordenada com clareza de texto. Este sistema permitiu preencher formulários de pedidos, elaboração de contas e declarações.
1916
Neste ano, a Remington introduziu no mercado de contabilização uma máquina de escrever Remington com mecanismo Wahl agregada para efetuar somatória.
1925
Neste ano, a Remington lançou um anexo ao modelo n° 11 de somadora decimal localizado à esquerda da máquina.
1927
Neste ano, a Remington lançou a máquina de escrituração modelo 23 para efetuar somatórias em adição horizontal e vertical, além de possuir mecanismos para retorno automático e elétrico tanto do carro como do espaçador de linhas.

Essas máquinas contábeis operavam por um método de registradores chamados totalizadores, conectados na parte frontal da máquina para realizar adição e subtração. Estes totalizadores ​​de coluna para coluna podem ser usados ​de até ​ cerca de 30 colunas a serem adicionadas ou subtraídas, conforme forem necessários os cálculos de controle nos registros. 
Moon-Hopkins Billing Machine Company

William Wallace Hopkins e Willian Hubert Hopkins
1850

William Wallace Hopkins nasceu em 16 de novembro deste ano, no condado de Boone, Indiana, EUA, filho de Albert Hopkins (1818-1905) e Margaret Caldwell Hopkins (1830-1907) ambos de  Kentuck.  O casal teve sete filhos (quatro irmãos e três irmãs) sendo William foi o primeiro, destes filhos. (ao lado esquerdo, Willian Wallace Hopkins)
1859
Seu irmão mais novo William Hubert Hopkins nasceu em 1° de novembro deste ano e faleceu em 27 de fevereiro de 1930, também foi importante no ramo mecanográfico, foi o sucessor do irmão mais velho e, seu importante colaborador.
1874/1875
Neste período, Willian Wallace Hopkins morou no condado de Bourbon, Kansas onde serviu como ministro, antes de se mudar com sua família para St. Louis, local onde aceitou o cargo de capelão.
1885
Neste ano, William Hubert Hopkins, servia como pastor de St. Louis Second Christian Igreja Além de  ministro e depois pastor da Igreja Cristã de São Luís, ainda se dedicava a invenções. Durante anos, se dedicava a procurar encontrar soluções para seu projeto de construir uma máquina de adição. Abaixo, o modelo diferente da somadora Standard.

1890
Nesta década, William Hubert Hopkins deixou a Segunda Igreja Cristã para tornar-se editor assistente da empresa que publicava a revista The Christian Evangelist.
1900
No início deste ano, William Wallace Hopkins fundou a Empresa de Máquinas Aditivas Padrão, localizada em Spring Avenue, em St. Louis. Neste período, Willian W. Hopkins era titular de 10 patentes para máquinas somadoras. Seu irmão mais novo - Hubert Hopkins - trabalhou em conjunto com ele. como também foi famoso como inventor de máquinas de cálculos.
1892
Neste ano, em 4 de outubro, William Hubert Hopkins conseguiu arquivar sua primeira patente, mas continuou seu incansável desejo de inventar por todos os anos.
1901/1903
Neste período, já com a Standard Adding Machine Company, o inventor lançou sua primeira máquina de adição com 10 chaves. O sucesso de Hopkins levou-o a fazer parte de boa fatia do mercado do ramo mecanográfico entrando forte nessa concorrência .
1904
Neste ano, Willian Hubert Hopkins, o pastor, maquinista e inventor de St. Louis, entrou com pedido, de vários outras de suas patentes, com projetos para fabricar máquinas, mas sem recursos financeiros, para manufaturar esse grandioso projeto, encontrou apoio de John C. Moon, um empresário  de St. Louis.
1908
Neste ano, foi fundada a Moon-Hopkins Billing Machine Company,  tendo como presidente da empresa John C. Moon e vice-presidente Hubert Hopkins.
1909
Neste período, a Moon-Hopkins Billing Machine Co., começou a fabricar e comercializar a máquina inventada por Willian Hubert Hopkins.
1911
Neste ano, a Moon-Hopkins Billing Machine Co.,  incluiu em suas máquinas motores elétricos e foram fixados valores entre US$ 500-US $ 750 de acordo com o modelo.
1915
Neste ciclo, várias empresas de máquinas de adição lutavam para firmar seus negócios, diante de muita concorrência.
1916
Neste ano em 10 de novembro, em Saint Louis, no Missouri, faleceu Willian Wallace Hopkins e foi enterrado no cemitério de Zion. A Standard Adding Machine começou a declinar.  
1921
Neste ano, a empresa acima foi adquirida pela Burroughs Adding Machine Co.
Neste ano, Hubert Hopkins, irmão mais novo do inventor de St. Louis, entrou com pedido da primeira, de vários outras de suas patentes, solicitando licença para uma "máquina de escrever com capacidade de realizar cálculos".

Até junho deste ano, a Moon-Hopkins havia vendido 3.226 máquinas. A Moon-Hopkins era uma máquina com dois teclados:

- na frente, um teclado em duas linhas com dois conjuntos de teclas numeradas de 0 a 9; 
- na frente deste, um convencional de máquina de escrever em quatro linhas;  

Outra característica importante, suportava várias cópias tiradas num original e outras com papel carbono, utilizadas para faturas ou quaisquer outros documentos de várias vias. Abaixo no quadro com três imagens, a foto central é um modelo Moon-Hopkins de 1904 e nas laterais o modelo Burroughs Moon-Hopkins Style 7205.
1951
Neste ano, a Burroughs parou de comercializar a máquina com o nome Moon-Hopkins substituindo o vidro laterais que mostrava os mecanismos, por chapas nos lados da base. O modelo com alguma alteração foi produzido até 1957.
1911
Neste ano, a Howieson Calculator Machine Co. passou a comercializar uma máquina de calcular para utilização agregada a qualquer máquina de escrever padrão.
Elliot-Fisher 
a máquina de escrever livros encadernados
1894
Neste ano, entrou no mercado um novo tipo de máquina de escrever, inventado por um  funcionário do Banco de Atenas, Robert Joseph Fisher, essencialmente destinada a “escrever livro” a "Fisher", com uma nova performance, completamente diferenciada das máquinas de escrever, convencional.
1896
Neste ano, dois magistrados, Crawford Elliott de Chicago e Walter Platt Hatch, de New York projetaram também uma máquina de escrever livro, muito similar a de Fisher.

Houve a união, da Fisher com o equipamento dos magistrados, que após a fusão passou a chamar-se Elliott-Fisher tornando-se a única de escrever livros no mercado. A máquina de “escrever livro” tinha por função escrever nas páginas abertas de um livro encadernado. Esse tipo de máquina, não tinha carro, datilografava diretamente na superfície plana de escrita, integrada num sistema móvel para locomoção da escrita.

(ao lado a imagem desse equipamento datilografando um livro fixado numa superfície e a máquina, que corria sobre o livro.)

Estes livros encadernados serviam para os registros oficiais de governo em geral e dos negócios, como contabilidade, mercado de ações, venda de terrenos ou imóveis. As máquinas de escrever livro também datilografavam letras com cópias do carbono num livro encadernado, deixando a original no livro e cópias idênticas à parte.
1903
Neste ano, surgiu primeira a Elliot-Fisher construída pelo fabricante Elliott-Fisher Company em Harrisburg, Pensilvânia, EUA, oriunda da fusão das empresas Fisher Book Typewriter Co., Cleveland e Elliott Book  Typewriter Co.", de New York.
1904
Por volta deste ano, um mecanismo foi anexado para permitir ao operador adicionar colunas de números. A Elliott-Fisher Co. passou a produzir máquinas combinadas em datilografar numa superfície plana e adicionar somatórias em colunas. Dessa conjunção, tornou este tipo, uma máquina de faturamento. Essas máquinas de faturamento também podiam datilografar em folhas soltas padronizadas, como mais um recurso especial.

Enquanto as máquinas de escrever livros eram freqüentemente usadas para escrever nas páginas de livros encadernados, as máquinas de faturamento eram usadas para escrever em folhas soltas padronizadas, capazes de fazer mais cópias em papel carbono do que outra máquina alternativa.
1906
Neste ano, o custo da máquina de faturamento era de US$ 200, com console de uma “Adding Attachment”, ou seja, uma  somadora anexa, com dois registros, o valor subia para US$ 220.
1908
Neste ano, a Elliott-Fisher anunciou na mídia com o título: “The Elliott-Fisher Way", já ter vendido 47 mil máquinas de escrever livros.

Datilografas numa repartição pública anotando dados em Elliot-Fisher
1910
Neste ano, a empresa afirmava que 95% das máquinas usadas para escrever e adicionar eram Elliott-Fisher, e 5% apenas, de máquinas de escrever com anexos ou máquinas de somar com anexos, de outros fabricantes.

Neste ano, uma máquina da Elliott-Fisher custava US$ 960. Um valor muito elevado para está época.
1917
Neste ano, a empresa anunciava ter instalado em quase 5 mil estabelecimentos de negócios americanos, as máquinas de contabilidade Elliott-Fisher nos últimos dois anos.
1921
A Elliott-Fisher lançou a máquina Universal Accounting Machine com capacidade de realizar a adição em 23 colunas ao mesmo tempo, para os trabalhos de contabilidade, declaração e formulários do livro-razão.
1923
Neste ano, a Elliott-Fisher declarou que as lojas de departamento de Snellenburg e Lord & Taylor usavam respectivamente, 40 e 30 de suas máquinas de faturamento, Universal Accounting Machine, para controle das contas dos clientes, contas à pagar e a receber.
1927
Neste ano, no mês de janeiro a Sundstrand Corporation vendeu seus negócios e ativos para Elliott Fisher Company de Nova York, fabricante de máquinas de escrever livros encadernados e de faturamento. No final desse mesmo ano, a empresa combinada se fundiu com a Underwood Typewriter Company.
1928
Neste ano, a Elliott-Fisher Company foi adquirida juntamente com a Sundstrand Corporation pela Underwood Typewriter Co, de Nova York. A história desta empresa passa a ser relatada na própria existência da Underwood. Este fato, não foi algo isolado, pois no futuro a Olivetti assumiu a Underwood.

A Underwood Typewriter Co, a partir dessas aquisições passou a usar em seu “marketing” de negócios, sob os nomes:
“Underwood -Elliott-Fisher” e  “ Underwood-Elliott-Fisher Sundstrand".
 
Uma Underwod-Elliott-Fisher de 1940

Underwood Typewriter Co.
1910
A Underwood Typewriter Co., uma das primeiras fabricantes de máquinas de escrever, também percebeu esse novo campo, e projetou máquinas para ampliar seus produtos, nas chamadas “máquinas combinadas de escrever”.
1911
Neste ano, a empresa afirmava em anúncios que "a máquina de contabilidade Underwood atendia as necessidades do mercado”. De fato, o mercado aceitava as "Underwood" como uma máquina eficiente, moderna e de fácil manejo.

A máquina combinada era elétrica, as operações efetuadas automaticamente, com mecanismos para cálculos, ligado a teclas contidas no teclado padrão de máquina de escrever e impressos todos detalhes dos cálculos. 

Neste citado anúncio publicado naquela ocasião, a Underwood anunciava uma máquina de escrever combinada com  diversos recursos mais avançados. Essa máquina  tinha itens para tabular como escrever nomes, descrições e lista de quantidades em tantas colunas como precisar; adiciona e subtrai os valores automaticamente em todas colunas, tanto vertical como transversalmente”.

A Underwood oferecia ao mercado, quatro modelos específicos, com preços na época variando entre US$ 200 a US$275. A opção em incluir o sistema de tabulação decimal era cobrado à parte.
1923
Neste ano, houve a união de duas empresas a Underwood Typewriter Co. e a Sundstrand Accounting Machines para fornecer a este mercado especial, máquinas de contabilidade unindo as máquinas de escrever Underwood com máquinas de adição Sundstrand, anos depois as duas empresas aparentemente se fundiram numa única empresa.
1928
Neste ano, a Underwood como citado acima, adquirindo as empresas Elliot-Fischer e a Sundstrand ampliou seus produtos atingindo um leque de mercado bem extenso.

Ellis Adding Typewriter Co.
1902
Neste ano, os inventores de St. Louis, EUA,  Halcolm Gordon Ellis, advogado de patentes e o engenheiro mecânico Nathan W. Perkins Jr. obtiveram patente para uma máquina de somar. Entretanto, tal máquina ao que consta, nunca foi produzida.

Halcolm G. Ellis quando vivia na cidade de Attleboro, Massachusetts, patenteou uma máquina de escrever portátil com três fileiras, que poderia ter feito concorrência para as "Coronas". Ainda, patenteou uma combinação de “máquinas de som e escrever”, tentando fabricá-la em Massachusetts.

O projeto não foi adiante, pois um banqueiro de Massachusetts disposto a financiar o empreendimento faleceu. Não temos imagem dum protótipo dessa estranha façanha.

Sabe-se que tanto a máquina de escrever, como a de som, tinham chaves plásticas; teclado da máquina de adição coberto com feltro verde; quatro teclas de função, à esquerda do teclado dessa somadora; atrás está uma ampla cobertura com mecanismos da fita em duas cores, com copo de carretéis para alojar a fita.

A máquina é operada à manivela que fica ao lado direito, com alça de marfim para movimentar a máquina de adição. A máquina foi usada no escritório de Ellis em Newark, Nova Jersey.
1911
Neste ano, Halcolm Gordon Ellis retornou a St. Louis e organizou a Ellis Adding - Typewriter Company. A empresa, logo foi transferida para Nova Jersey, com Nathan W. Perkins Jr gerindo a Divisão de Engenharia para cuidar dos produtos.
1911 a 1929
Neste período, a Ellis Adding-Typewriter Company vendeu máquinas de adição acopladas com máquinas de escrever. A união de dois inventos tentados anteriormente. Por está época existiam no mercado tanto somadoras como máquinas de escrever das mais diversas possíveis. Entretanto, com a Ellis iria aparecer um tipo de equipamento de uso mais amplo – o mercado de registros e contábeis.

Esta máquina tem o teclado da máquina de escrever na parte dianteira, um outro teclado cheio com nove fileiras, com seus mecanismos de adição acionados por uma alavanca, nas laterais quadros de vidro presos em metal. O carro é móvel e serve aos dois mecanismos de soma e escrita.
Uma máquina ELLIS ano 1905 - com suas características muito próprias

A máquina Ellis poderia ser utilizada com registro de razão para cada cliente, atualizar o saldo de crédito de um cliente, cada vez que uma compra fosse feita ou um pagamento recebido. Com possibilidades de anotar com escrita mecanizada mais detalhes ou informações. A Ellis era uma máquina própria para bancos, organizações em geral, grandes negócios ou estabelecimentos comerciais.
1929
Neste ano, a Ellis Adding- Typewriter Company se encontrava em dificuldades financeiras, quando a empresa foi comprada pela National Cash Register Co com seus ativos adquiridos.
1930
A partir deste ano, máquinas Ellis foram incorporadas e vendidas pela NCR, como máquinas de contabilidade nacionais NCR 3000. Os projetos foram aperfeiçoados partindo do princípio inventado por Halcolm Gordon Ellis e Nathan W. Perkins Jr. pela National Cash Register Co, a NCR até os anos de 1962
National Cash Register Company
1879
Neste ano, foi inventada em  por James Ritty a primeira caixa registradora mecânica, da qual resultou na fundação da National Manufacturing Company contando com 13 funcionários no Edifício Callahan em Dayton, Ohio. A finalidade da National era fabricar caixas registradoras mecânicas, para controle e guarda de moeda em estabelecimentos comerciais americanos.
1884
Neste ano, a empresa National Manufacturing Company e as patentes da primeira caixa registradora mecânica foram compradas por John Henry Patterson e seu irmão Frank Jefferson Patterson.

Os novos proprietários renomearam a empresa para National Cash Register Company, que ficou conhecida pela marca NCR e a transformaram numa das primeiras empresas americanas modernas, introduzindo métodos de vendas agressivos e técnicas de negócios inovadoras, algumas nada convencional.

Quando os irmãos assumiram a empresa, as caixas registradoras eram caras, cerca de US$50, era um valor expressivo naquela época. Havia pouca demanda, para um dispositivo tão caro, a evidência estava em apenas cerca de uma dúzia de máquinas chamadas Ritty's Incorruptible Cashier em uso no mercado.

John H. Patterson acreditava ser possível vender o produto, caso os proprietários das casas comerciais compreendessem que além de reduzir drasticamente o descontrole financeiro, mesmo o roubo por parte de vendedores ou balconistas, ou solucionar quaisquer outros obstáculos ao lucro efetivo. As caixas registradoras funcionavam como um cofre seguro, o único lugar para depositar os recursos das vendas e outras funções de saída ou entrada.
1885
Neste ano, o inglês J. W. Allison conheceu o equipamento numa exposição em Chicago e empolgou-se com algo bem diferenciado. Interessado pelo produto, buscou maior esclarecimento com a NCR.

Soube ainda, que a máquina poderia ser modificada também para a moeda inglesa ou quaisquer outras. Allison, tornou-se o primeiro agente internacional da NCR, com sede  da revendedora para o mercado europeu, instalada na cidade de Liverpool, no Reino Unido, o primeiro passo da NCR internacional.

1890/1900
Este período, marcou o domínio de um tipo de equipamento mecanográfico, as caixas registradoras, mais qualificadas, como máquina de dispositivos avançados, de controle e guarda de dinheiro.

Um número cada vez maior de varejistas passou a utilizar esse tipo de máquina para controlar o caixa e o estoque e, a exigir equipamentos que melhor resultassem na facilitação da escrituração dos negócios. Anteriormente, havia apenas uma somadora com gaveta para guarda de dinheiro, inventada pela VICTOR, e outras do mesmo estilo, como consta na ABA Cálculos.
1893
Neste ano, a National Cash Register Company instituiu a primeira escola de treinamento de vendas que se soube até o presente, como também introduziu um abrangente programa de benefícios sociais para todos trabalhadores de fábrica.

Dessa “escola de vendas”, nasceu uma potente força de negócios, chamada de American Selling Force, ofertando uma série de possibilidades de ganho, com prêmios e comissões, seguindo um roteiro padrão para vendas, conhecido pela sigla NCR Primer.

O padrão de vendas NCR Primer tinha uma filosofia de venda: investir na função de um negócio, ao invés de vender somente uma peça de maquinaria. Com fito de atender este requisito, a empresa investiu numa idéia. Um grupo de vendedores levado a um hotel, distante de todos inconvenientes interferentes, como de proximidade dos ambientes de trabalho ou de casa e lá foram treinados na arte de vendas.

Neste local, foram planejadas demonstrações de vendas, retratando o ambiente real de uma loja completa, com mercadoria e dinheiro real, aonde os profissionais vendedores puderam conhecer o pleno e verdadeiro funcionamento de um comércio.

Do resultado dessa “educação para vendas” nasceu o prospecto de venda descrito como: "PP" ou "Comprador Provável". O PP admitia as “perdas de roubo interno”, com simulações convincentes, orientações detalhadas, demonstrava com grandes gráficos e diagramas estudos sobre os  negócios.
1893/1906
Neste período, a NCR adquiriu uma série de pequenas empresas de caixas registradoras e expandiu-se tão rapidamente que logo tornava-se uma multinacional e uma nacional sem competidores.
Nesse contexto, alguns de seus funcionários muito bem treinados pela filosofia implantada na NCR, tiveram papel preponderante. Ao ponto de, mesmo depois de saírem  da empresa levarem consigo, as lições interessantes dos irmãos Patterson.

Além disso, alguns personagens foram figuras significativas na história americana, quer pela ativa participação em outras companhias, contribuindo inclusive para mudanças na humanidade, quer no campo de invenções ou das inovações. Dentre estes estavam: Thomas John Watson, Charles Franklin Kettering, Edward Andrew Deeds, Harold Elstner Talbott. Detalharemos sucintamente sobre alguns ex-funcionários.
Thomas J. Watson
Thomas John Watson nasceu em 17 de fevereiro de 1874 e faleceu em 19 de junho de 1956. Seus pais, Thomas Watson e Jane Fulton White Watson já tinham quatro filhas Jennie, Effie, Loua e Emma, quando nasceu Thomas, o quinto e único filho, um caçula bem mais novo do que as irmãs. O pai de Thomas possuía um modesto comércio de madeira, localizado a oeste de Elmira, na região de Tier Sul, poucos quilômetros, de Nova York.
1891
Neste ano, Thomas deixou a escola e foi trabalhar ganhando US$ 6 por semana como contador de mercado. Passado um ano, se juntou ao vendedor ambulante, George Cornwell, foram vender órgãos e pianos ao redor das fazendas. Esse foi o primeiro emprego em vendas de Watson.

George Cornwell, deixou esse emprego, mas Thomas J. Watson continuou a rotina de vendas, passando a ganhar US$ 10 por semana. Após dois anos vendendo, percebeu que estaria ganhando US$ 70 por semana, se ganhasse uma comissão.

Ficou indignado ao descobrir que estava sendo explorado. Resolveu deixar o conforto do ambiente familiar indo à metrópole, em Búfalo tentar novas oportunidades. Nesta localidade, Thomas J. Watson arriscou-se no comércio, abrindo um açougue. O insucesso, veio aos vinte anos:  ficou sem dinheiro, investimento e emprego.

Thomas J. Watson tinha uma caixa registradora NCR no açougue. Através desta “caixa registradora” travou conhecimento com John J. Range que era gerente de filial da NCR em Búfalo. Em situação financeira difícil, Watson, pediu emprego nessa área para John J. Range. Muito determinado, abortou o gerente em várias tentativas.
1891
Neste ano, no mês de novembro, finalmente foi contratado como aprendiz de vendedor da equipe de John J. Range na NCR, filial em Búfalo. O gerente tornou-se quase uma figura paterna, um modelo em estilo de vendas e gerenciamento de uma empresa.
1895
Neste ano, passado quatro anos empregado na filial da NCR em Búfalo, Thomas J. Watson alçou a um plano superior, indo dirigir a filial NCR em Rochester, Nova York. Por seus méritos de vendedor esforçado, ganhou um ponto expressivo.

Como agente de filial, passou a ganhar 35% em comissão, se reportava diretamente a Hugh Chalmers, o segundo homem de comando na NCR. Passado alguns anos, Thomas J. Watson transformou a filial de Rochester num monopólio NCR usando “técnicas nada convencionais” incluindo sabotagem, contra o principal competidor, a Hallwood até conseguir derrubar a concorrência.
1903
Neste ano, Thomas J. Watson deixou para trás os momentos difíceis da vida, ao ir trabalhar diretamente na National Cash Register Company, de Dayton, Ohio. Watson tinha entrado na atividade grandiosa da matriz NCR e, sua vocação na área de vendas despontou em todo esplendor ao topo. Trabalhou intensamente, dedicou-se ao extremo, traçou seu caminho até ser o Gerente Geral de Vendas da National Cash Register Company.

Numa reunião de vendas, quando não tinha nenhuma inspiração, usou essa frase: “O problema com cada um de nós é que não pensamos o suficiente. Nós não somos pagos por trabalhar com nossos pés - somos pagos por trabalhar com nossas cabeças.

Thomas J. Watson, após essa reunião, escreveu a palavra “PENSAR” no cavalete. O termo passou a vigorar como lema nos edifícios da National Cash Register Company fosse na fábrica, escritórios de vendas, salas de clube e todos ambientes da empresa, a partir dos meados da década de 1890.

A NCR criou uma espécie de “organização comercial”, financiando e controlando essa agência, cujo único propósito era eliminar todos concorrentes tendo como principal dirigente, Thomas J. Watson.

O objetivo dessa “organização comercial” era renegociar máquinas usadas, ficando a NCR por detrás, destinando recursos para pagar preços mais altos por máquinas usadas e revendê-las a preços menores. Desse modo, conseguiu arruinar financeira e comercialmente, praticamente todos os concorrentes.

Thomas J. Watson atuou com sucesso, nessa “organização comercial” uma verdadeira divisão da NCR, sem se preocupar em possíveis repercussões legais ou morais, promovidas por atos que geravam prejuízos e ruína da concorrência. Por outro lado, com mais de uma década de sucesso crescente na NCR, Thomas J. Watson tinha se casado, constituído família e vivia num padrão confortável de alto executivo.
1911
Neste ano, a NCR havia crescido aceleradamente, contava com quase 6000 funcionários e tinha vendido cerca de um milhão de máquinas, graças a uma combinação de ações irregulares, técnicas e métodos definidos por John H. Patterson, o líder da NCR, levando à falência ou forçando a compra, em cerca de oitenta concorrentes, o que lhe permitia controlar cerca de 95% do mercado dos EUA.
1912
Neste ano, o governo federal descobriu as atividades criminosas e resolveu encerrar as práticas danosas da NCR: estourou os limites das ações nefastas, a empresa foi legalmente considerada culpada por violar a lei norte-americana de “Sherman Antitruste Act”. John H. Patterson, Thomas J. Watson, Edward Andrew Deeds mais 25 executivos da NCR foram condenados a um ano de prisão por práticas anticompetitivas.
Edward Andrew Deeds
1899
Neste ano, começa a semente da participação de Edward Andrew Deeds, nascido em 12 de março de 1874 e falecido em 1° de julho de 1960, na National Cash Register Company. Estudou engenharia elétrica na Universidade de Cornell, sem concluir a pós-graduação por falta de recursos. Casou-se com Edith M. Walton (1870-1949).

Edward Andrew Deeds, mudou-se para Dayton, Ohio, aonde conseguiu emprego na Thresher Company, como engenheiro elétrico e desenhista, projetando e instalando motores elétricos. Passado dezoito meses, é nomeado superintendente e engenheiro-chefe da empresa, sediada no mesmo edifício da NCR. Dessa proximidade, a NCR pode saber da competência de Deeds, ao ponto de um dos proprietários, Frederick Patterson convidá-lo para fortalecer sua equipe.

Edward A. Deeds aceitou o convite vindo a supervisionar a eletrificação das fábricas da NCR e construir sua primeira estação de geração elétrica. É bom, salientar que na época se iniciava a geração de energia elétrica e as fábricas por suas prementes necessidades se adiantavam em cumprir este fator primordial de industrialização.

Depois de algum tempo, Edward A. Deeds saiu da NCR para construir para Henry Perky a fábrica de trigo Shredded, conhecida como “Palácio da Luz”, em Niágara Falls. Era uma fábrica em azulejos brancos, com ar-condicionado, muito bem iluminada, equipada com chuveiros, refeitórios e auditórios e todo conforto possível para os funcionários, claramente um projeto influenciado pelas idéias herdadas de John H. Patterson na NCR.
1903
Neste ano, dá-se a volta de Edward A. Deeds para a NCR, agora Chefe de Desenvolvimento e Construção quando passou a projetar protótipos de motores elétricos para alimentar as caixas registradoras, mais um passo ágil dessa inovadora empresa com seus parceiros.

Edward Andrew Deeds também presidiu a National Cash Register Company, além de ter sido responsável pela implantação e supervisão de fábricas da NCR na Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Canadá.
Charles Franklin Kettering
Charles Franklin Kettering, nasceu em 29 de agosto de 1876 e faleceu em 24 de novembro de 1958 foi um inventor americano, engenheiro, empresário e detentor de 186 patentes.
1904
Neste ano, após ter se submetido a tratamento ocular conseguiu enfim graduar-se em engenharia elétrica e conheceu sua futura esposa, Olive Williams. Foi Edward A. Deeds quem contratou Charles F. Kettering diretamente da escola para dirigir o laboratório de pesquisa da National Cash Register Company.

Charles F. Kettering garantia ter estudado um modelo de produção eficiente. De fato, passado três anos, o modelo de registro é implementado e, auxiliou a National no domínio do mercado mundial como fabricante de “registradoras” por décadas.
1906
Neste ano, Charles Franklin Kettering projetando seu modelo, permitiu lançar a primeira caixa registradora automática, alimentada por um motor elétrico. O cliente não iria precisar mais mover a alavanca em modo manual e cansativo nas operações.

Kettering trabalhou num modelo que resultou na invenção de um “sistema de aprovação de crédito fácil”, um precursor dos atuais cartões de crédito. Com a caixa registradora elétrica, as operações de vendas ficaram fisicamente muito mais fácil, para vendedores de todos negócios, em todo o país.

Como disse Kettering num depoimento: "eu não fiquei muito com outros inventores e executivos, eu vivia com a gangue de vendas, eles tinham alguma noção real do que as pessoas queriam".
1904/1909
Durante cinco anos na empresa, Charles Franklin Kettering se distinguiu como um inventor prático, contribuído em cerca de 23 patentes para a NCR.

Desenvolveu um projeto, o registro da Classe 1000 em produção por 40 anos e um  sistema de autorização de crédito aprovado por telefone, verificando a obtenção do crédito em lojas de departamentos.
Engenheiros da NCR e suas novidades
1907
Por volta deste ano, Edward A. Deeds convenceu Charles Franklin Kettering a desenvolver melhorias para o seu automóvel afirmando: "Há um rio de ouro passando por nós". Deste encontro, surgiu um grupo conhecido como "Gang Barn”.

Convidaram outros engenheiros da NCR, incluindo Harold E. Talbott a se juntarem, durante noites e fins de semana no celeiro de Deeds, tendo Kettering chamado de  Chefe Ket”. Logo firmaram uma primeira tarefa: melhorar a ignição, buscando um meio de substituir o magneto no sistema de partida que na época era um transtorno a quem possuía um veículo motorizado.

Desses encontros amistosos de lazer técnico, foi inventado o sistema totalmente elétrico de partida, ignição e iluminação para automóveis – a revolução automotiva.  
1909
Charles Franklin Kettering se demitiu da NCR depois desse curto período de “brincadeiras no celeiro de Deeds com automóveis” para trabalhar em tempo integral em desenvolvimentos de produtos automotivos.

A The Barn Gang uma equipe de lazer foi incorporada numa empresa: a Dayton Engineering Laboratories Company, ou a famosa, Delco - uma das primeiras inovadoras em tecnologia automotiva. Kettering obteve 186 patentes nos EUA.
1913
Neste ano, em fevereiro houve a condenação do alto pessoal da NCR - National Cash Register Company, por práticas abusivas lei norte-americana antitruste a “Sherman Antitruste Act” dos réus John H. Patterson, Edward Andrew Deeds, Thomas John Watson, Charles Franklin Kettering e outros 25 executivos.  A sentença nunca foi cumprida, as apelações obtinham sempre êxito.
1914
Neste ano, Thomas John Watson, saiu da NCR manchado por condenação qualificada em área de comércio e indústria, uma possível sentença de prisão com recursos indefinidos. Watson, durante as inundações da cidade de Dayton em Ohio desenvolveu esforços humanitários auxiliando os moradores local com sua capacidade de organização. Em nome dessa benemerência solicitou o perdão presidencial do então presidente americano, Woodrow Wilson, um pedido não sucedido.
1915
Neste ano, através de um recurso penal, as condenações de todos foram revogadas atendendo alegação dos advogados dos réus, que importantes provas de defesa deviam ter sido admitidas. Enfim, terminou a ação das práticas NCR e a separação de um grupo especial dentro da história da mecanografia. Cada um seguiu seu destino....
- Thomas John Watson conseguiu recomeçar a vida em Nova York, como responsável pela Computing-Tabulating-Recording Company, aonde desenvolveu o estilo de gestão e cultura corporativa em treinamento recebido de John Henry Patterson na NCR. Uma empresa de computação-tabulação-gravação, foi unida a empresa começada por Hermann Hollerith, base da futura IBM, conforme descrevemos na ABA Escrita Mecânica, deste blog tecteclas. 

- Charles Franklin Kettering prosseguiu na indústria automobilística e chefiou pesquisas na General Motors entre 1920 a 1947. Dentre seus projetos em desenvolvimentos auto-motrizes, o motor de partida elétrico de gasolina foi o mais amplamente utilizado e definido como padrão na indústria do automóvel.

Ainda liderou a tecnologia no avanço de motores diesel, de dois tempos, mais leves e práticos. Essa tecnologia revolucionou as indústrias de locomotivas e equipamentos pesados. Também teve responsabilidade na invenção do gás freon usado em  sistemas de refrigeração e ar condicionado junto a Chemical Company.

Na DuPont trabalhou no desenvolvimento de lacas e esmaltes “Duco” para as primeiras pinturas coloridas de automóveis produzidas em grande quantidade. Por fim,  na empresa Dayton-Wright desenvolveu o torpedo aéreo “Bug”, o primeiro míssil aéreo do mundo. Em 1927, nascia a Fundação Kettering, um órgão de pesquisa não-partidária.
Primeira Guerra Mundial
No período da Primeira Guerra Mundial, a empresa contribuiu com o esforço de guerra fabricando materiais bélicos, fusíveis e instrumentação para aeronaves.
1922
Neste ano, morre John Henry Patterson com a NCR solidificada no mercado mundial atingindo vendas em mais de dois milhões de unidades.
1925
Neste ano, após a morte do seu principal dirigente a empresa tornou-se pública com emissão de US$ 55 milhões em ações, na época um recorde, a maior oferta pública na história dos Estados Unidos, demonstrando a força dessa empresa de produtos mecanográficos.
Segunda Guerra Mundial
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, a NCR mais uma vez enfrentou os esforços de guerra construindo motores aéreos, máquinas de bombardeio e de codificação, incluindo a bomba americana desenhada por Joseph Desch.

O Departamento de Pesquisa da NCR foi responsável por projetar e fabricar a versão essa  bomba US Navy,  para o governo americano, que era uma máquina cripto-analítica destinada a ler as comunicações cifradas dos códigos alemão.
A NCR variou sua produção para atender todos mercados; o modelo de 1944 já tem motor elétrico e dispensa o uso manual das alavancas nos modelos anteriores de 1912, 1916 e mod 452.
1953
Neste ano, no mês de fevereiro, a NCR incorporou a empresa CRC Computer Research Corporation para criar a Divisão de Eletrônica e se especializar numa área de futuro. Neste mesmo ano, seus químicos Barrett K. Green e Lowell Schleicher, em Dayton, Ohio, obtém a Patente US 2.730.457 sobre "material de registro responsivo à pressão" ou seja, um tipo papel de cópia sem carbono, comercializado como Papel NCR.
Edifícios da NCR em Dayton, Ohio
1956
Neste ano, surgiu o trabalho desenvolvido pela Divisão de Eletrônica da NCR criando o primeiro dispositivo eletrônico, a Classe 29 Post-Tronic, uma máquina bancária usando tecnologia de fita magnética.
1957
Neste ano, parceria entre a NCR e a GE, foi fabricado o primeiro transistor baseado no computador NCR 304. Ainda nesta década foi introduzido o revolucionário sistema MICR (reconhecimento magnético de caráter de tinta) e lançada as máquinas de contabilidade NCR 3100.
1962
Neste ano, a NCR projetou o sistema de processamento de dados eletrônicos NCR-315, introduzindo um dispositivo de armazenamento, chamado de CRAM, a primeira alternativa de armazenamento automatizado de massa para bibliotecas de fitas magnéticas acessadas manualmente por operadores de computador.
 
A NCR ofereceu os modelos mais simples de computadores, os NCR 390 e 500 a clientes que não precisavam de toda a capacidade do NCR-315. O modelo NCR 390 inovou como suporte de tecnologia de armazenamento: aceitava quatro tipos de entrada: cartões de ledger magnético, cartões perfurados, fita perfurada e entrada de teclado, com velocidade de leitura de fita a 400 caracteres por segundo.
1968
Neste ano, é lançado o primeiro computador de circuito integrado, o modelo século 100. Abaixo Certificado de 1970 emitido pela NCR.
1970/1976
Neste período prossegue lançamentos dos modelos séculos: em 1970, o 200; mais tarde o 300; em 1976 é lançado o sistema de máquina virtual da NCR.
1991
Neste ano, a NCR foi adquirida pela AT &T.

A NCR produziu cerca de 13 modelos diferentes para vários tipos de aplicações na área contábil e de registros em geral.
 
Um modelo inicial da National derivada com dois teclados: um para somar cheio e outro para escrever na parte de baixo.

Os primeiros fabricantes de máquinas de escrever mecanizada, como a Remington, Underwood, Smith Premier e alguns outros, além dos fabricantes de somadoras, calculadoras e registradoras trataram de projetar produtos específicos, equipamentos acoplados que escreviam e calculavam, aos quais intitulamos: Registros & Contábeis.

Na categoria de “máquinas derivadas de outras máquinas”, alguns fabricantes criaram projetos unindo duas máquinas em uma só para escrever e calcular para serviços de apontamentos mais complexos, inclusive com vários somadores. Houve ainda projetos  especiais, como a “máquinas de escrever em livro encadernado” da Elliot-Fischer, feitas para determinada finalidade bem definida.

Os fabricantes mais tradicionais, que já foram retratados com informações detalhadas, nas ABAS Escrita Mecânica, Marcas e Cálculos. Cada uma dessas empresas contém seus dados nas respectivas ABAS e não repetiremos as descrições, apenas trazer o equipamento e suas funções.

É importante frisar que no período em que estamos citando a energia elétrica entrava em nossas vidas em todos os setores. A luz elétrica chegou depois de uma “certa disputa”.
Burroughs
O inventor William Seward Burroughs, foi quem iniciou o trajeto dessa marca de caráter mundial. Nascido em 18 de janeiro de 1857 na cidade de  Rochester, e faleceu em  14 de setembro de 1898, em Citronelle, tem sua história contada no nosso blogue na ABA Biografias.
1870
Burroughs, nesta década ainda jovem, menor de idade, foi trabalhar no Cayuga County National Bank em Auburn, Nova Iorque. Foi nesse ambiente que tudo praticamente inspirou para a entrada do jovem Willian num novo mundo que nascia.
1911
Neste ano, a Burroughs Adicionando Machine Co. estava desenvolvendo máquinas de adição nas máquina de escrever.  As informações completas sobre a Burroughs, estão disponíveis nas ABAS Marcas e Cálculo.

Entretanto, as máquinas de somar - apenas de somatória - da marca Burroughs, como as da Classe 1 estavam desde o princípio do seu projeto, destinadas principalmente ao uso bancário ou nas seções de finanças, como as Tesourarias e Caixas de grandes empresas e repartições públicas de modo geral.

Essas máquinas ficavam em mesas de apoio para que uma pessoa sentada numa cadeira pudesse operar com certo conforto, mas mesmo assim com alguma dificuldade. As "Classe 1" eram grandes e pesadas, teclado cheio. Ao se escolher as casas numéricas (dezena, centena, milhar, dezena de milhar...) a ser impressa, através de uma alavanca se fazia a operação. Essas máquinas eram operadas por inicialmente homens, (ver no segundo quadro abaixo) ao ter o sistema de transmissão da alavanca melhorado as operações também era exercida por mulheres, como no quadro abaixo.

A Burroughs foi uma das empresas que veio produzir equipamentos contábeis. Essas máquinas derivadas de máquinas de somar, foram replanejadas para produção de máquinas complexas, com tabulação, diversos somadores, saldos seletivos e outros itens.

Abaixo dois ambientes bancários, sendo que na imagem da esquerda, numa sala mulheres estão trabalhando com afinco nas "Burroughs"; ao lado direito, vemos mais uma dessas máquinas em outro ambiente.
As máquinas de somar Burroughs foram planejadas principalmente para escritórios bancários, administração de órgãos governamentais, principalmente nas Tesourarias aonde o trabalho era exaustivo exigindo máxima concentração dos operadores.
Acima modelos complexos destinados a todo tipo de "Registro & Contábeis" com amplo detalhamento financeiro e de uso em grandes empresas pública ou privadas.

No quadro acima, o modelo central é uma Burroughs modelo E101 ou BRL Report do ano de 1961, um equipamento muito complexo e avançado. Eram máquinas pesadas e providas de mesa gabinete que eram arquivos. Esse modelo foi muito utilizado no Brasil, em bancos, repartições públicas e grandes empresas.

No escritório da esquerda (por volta de 1940/1950) vemos um modelo Burroughs acoplado entre máquina de escrever e somar com sua sorridente secretária; as duas imagens restantes, são de somadoras que permiti inserir diversas colunas com dados numéricos, saldos variáveis e outros itens  A máquina Burroughs da secretária é também um modelo BRL Report, tal qual ao modelo central.
Acima, as linhas de produtos da empresa, uma vasta gama de máquinas, principalmente somadoras. No quadro abaixo exemplares de somadoras para determinados fins.

Uma Burroughs Sensimatic série 200 com três somadores e complexa capacidade de organizar dados com diferentes lançamentos que se complementam na organização contábil. Uma máquina de teclado cheio, característica clássica da marca Burroughs e diferentemente do que se pode concluir nos tempos atuais era muito mais rápido efetuar os cálculos com esse tipo de teclado.

 No quadro acima, um dos últimos modelos de Burroughs de autenticar "registros" no controle financeiro, seja de entrada ou saída. Fabricada no Brasil pela "Burroughs Eletrônica Ltda". No Brasil, a Burroughs dominou em mais de 90% na chamada "boca de caixa".  Usada primordialmente em agências bancárias, mas também em departamentos de finanças, caixas de empresas, administração de condomínios, grandes comércios.
1959 
Apresentamos abaixo imagens de uma revista argentina deste ano, mostrando a vasta linha de produtos para contabilizar com máquinas de contabilidade para diversos fins, com arquivos  e mesas apropriados para facilitar a mecanização dos grandes escritório.
Tanto os produtos do quadro acima, tanto do quadro abaixo, eram vendidos através de grandes empresas especializada em exportação, ofertados por toda América Latina, de valor agregado muito alto, mas imprescindíveis para administração de grandes empresas ou de órgãos governamentais.


A Triumph alemã também fabricou equipamentos contábeis como demonstrado no quadro abaixo:
Todo processo para registrar, contabilizar e arquivar quaisquer dados passou pela impressão em papel, desde os tempos mais remotos, com os escritos hieroglíficos nos papiros egípcios. Passando diretamente pelos registros detalhados do Império Romano e sua complexa administração, caminhando pelas anotações das operações religiosas com a introdução da Igreja Católica, tanto ocidental como a oriental bizantina, até a invenção da prensa de tipos móveis, havia apenas um meio de anotação de dados e informações: o uso da grafia manual pela mão humana, a caligrafia.

A impressão em papel, também se utilizando de tinta, com a introdução da mecanografia, ou seja, a escrita mecanizada, trouxe uma infinidade de equipamentos e máquinas, capazes tornar o mais fiel possível, os dados emitidos  num papel. A conferência atemporal vinda da grafia mecanizada timbrada em papel foi a melhor evolução, a mais poderosa e a única capaz de transmitir as informações mais reservadas a maior parcela de informados.

Os livros, os jornais, as revistas, os informativos e os meios de comunicação transmitiram com imensa facilidade, as mais amplas informações e os mais largos conhecimentos. Nos meios internos das empresas, indústrias, grupos, clubes e outros, os escritos passaram a correr de modo linear.

Os órgãos públicos, a comunicação entre governo e sociedade, também se valeram de escrita mecanizada timbradas em papel para atestar a receita advinda dessa relação. Enfim, a relação entre pessoa a pessoa, pessoa a grupo, em atividades comprovadas até por terceiros, obteve de fato legalidade e direito.

Todas as máquinas, da mais simples ao mecanismo mais complexo, trouxe o papel timbrado com dados pertinentes às operações efetuadas. Nos textos acima, inserimos os principais fabricantes de equipamentos com complexidade mecânica altamente sofisticada, para administrar grandes  negócios e empreendimentos.

A relação entre empresas, indivíduos e o poder público foram sendo marcados e confirmados através de maquinaria e equipamento atestando a transação com fidelidade. Abaixo, estão equipamentos de Registros e Contábeis, utilizados na entrega ou recebimento de documentos, cuja finalidade e dirimir omissões, dúvidas ou incertezas. 

Este tipo de equipamento usado em fóruns, transportadoras, atividades bancárias, despachantes, contabilidades, indústrias, postos de verificação de órgãos públicos e outros, tem um carimbo elétrico, com logomarca, dados de horário completo e numeração sequencial, dão garantia e precisão da operação.  

Para imprimir com eficiência e grande precisão foram lançados produtos para atender uma gama de equipamento, como a linha tradicional, das máquinas mecânicas de escrever e somadoras. Além destas, fitas para autenticadora de caixas, máquinas de contabilidade ou faturadoras, fitas para balança, relógios de ponto, fitas para máquinas de proteger, visar, chancelar ou autenticar cheques, máquinas ou caixas registradoras, máquinas de endereçar, protocoladores.

A evolução das máquinas trouxe ainda um novo tipo de acessório para impressão: as fitas de cartucho com uma infinidade de modelos.

Máquinas de Escrever Eletrônicas
1970/1980
A organização das empresas por volta desta década, já contavam com máquinas de escrever elétricas, principalmente para secretarias executivas, gerenciais e postos mais qualificados das empresas em geral. O uso prático de equipamentos movidos à energia elétrica foi nascendo desde o emprego intensivo da eletricidade, tal qual como relatamos nos textos acima. 

Especificamente as novas máquinas de escrever eletrônicas chegaram primeiramente nos escritórios de grandes empresas, devido ao alto custo de produção. Em pouco tempo, com barateamento de larga escala, foram difundidas para um mercado amplo englobando pequenas empresas e particulares. 

Uma máquina de escrever elétrica significou maior rapidez, eficiência e facilidade de trabalho, de modo mais suave e técnico, em postos importantes nas organizações maiores ou em empresas de maior porte. Uma ferramenta indispensável de bom trabalho e interativa nas relações gerais com clientes e consumidores.

O auge do uso dessas máquinas de escrever elétricas, veio com as IBM de esferas do tipo golfe, com possibilidade de troca de caracteres para realce, destaque e primor de texto. Essas mesmas máquinas foram utilizadas como consoles de impressão para os mainframes e logo aos primeiros computadores locais, as primeiras impressoras.

Essas máquinas de escrever elétricas lançadas pela IBM, sem dúvida, marcaram o princípio da escrita mecanizada conectada aos primeiros computadores, permitindo por meio de intrigado mecanismo de reles alcançar uma razoável velocidade de impressão.

As IBM com seu mecanismo de seleção de escrita funcionaram como primeiras impressoras, como ainda, influiu no padrão das primeiras matriciais, cujo grupo impressor movimenta-se por um eixo central, similar ao movimento de escrita IBM

Abaixo, três modelos mais modernos aprimorados, porém mantendo idêntico padrão, ocupavam a categoria de "máquinas de escrever elétricas superiores"usadas para demonstrar um nível melhor nos escritórios por secretárias de diretorias, renomados advogados e grandes empresas em geral. A vinda da tecnologia das impressoras matriciais retiraram as IBM desse trabalho específico para um amplo domínio da impressão de qualidade, na época não atingido por outras máquinas de escrever.

Os modelos apresentados no quadro foram fabricadas no Brasil.



Ainda com o recurso de uma ferramenta de interface como o "L Print" permitia utilizar uma máquina de escrever elétrica IBM como uma impressora nos primeiros computadores pessoais.
A vinda das máquinas de escrever eletrônicas foi um passo a mais e melhor, na redação dos textos e documentos pelos novos recursos de escrita como negrito, sublinhado, troca de fontes por margaridas. Várias empresas se destacaram nesse mercado, sendo algumas tradicionais e outras novatas, porém todas com capacidade de engenharia eletrônica inovadora, assim surgiu um padrão convencional de impressão datilográfica. 

Abaixo, uma série de máquinas de escrever eletrônicas de uso comum no mercado nacional e no exterior, fabricadas para admnistração com qualidade e utilizadas em secretárias, tesourarias, departamento pessoal e outros para agilizar a escrituração. 





Abaixo, a primeira máquina é uma Olympia-Dismac e as demais Dismac-Olympia, todas fabricadas no Brasil pela Dismac Industrial S/A.
Os modelos do nosso quadro são: 1 e 2- OAT1200; 3- EX88 e 4- OAT-1250

Estes equipamentos, quer pela qualidade gráfica da impressão, pela possibilidade de recursos interessantes para gravação, realce, destaques, uniformidade da pintura gráfica trouxeram sem dúvida agilidade e leveza na arte de datilografia empresarial. 

O custo de impressão da ampla maioria das máquinas de escrever eletrônicas aumentou por usar a impressão um cartucho aonde dispunha fita de polietileno com longa metragem e ter uma outra fita de correção de erros. Ambos cartuchos ou carretéis dessas fitas permitiam somente uma impressão de caractere.  

A tecnologia e o padrão das máquinas de escrever eletrônicas gerou as impressoras matriciais e por fim as demais, tal qual como as conhecemos nos dias atuais. Com a vinda das eletrônicas, primeiro calculadoras, depois máquinas de escrever muitos mecanógrafos que não se atualizaram com um curso de eletrônica perderam um campo de trabalho muito vasto. 


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