Escrita Mecânica




A terceira divisão da Historiografia será tratada na ABA de escolha, no tema: “Os Cálculos”, aonde abordaremos essa outra área da Mecanografia, englobada por calculadoras e somadoras. No início, os caminhos profissionais dessas máquinas, foram distintos, depois paralelos, por fim “univitelinos”.


1881
Até este ano, a Remington manteve o monopólio das máquinas de escrever, a única fabricante de “typewriter”, no padrão aceito pelo mercado mundial.

Em poucos anos, nos Estados Unidos da América começou uma corrida, tal qual a corrida em busca de ouro no velho oeste, surgiram diversos "candidatos" lançando modelos dos mais variados e diversificados, dependendo da criatividade do inventor deste novo equipamento. 

Já se antevia ser a máquina de escrever um utensílio indispensável, muito mais do que utensílio – um instrumento de trabalho, ferramenta fundamental, de uso incansável.
1890
No final desta década, a aceitação das máquinas de escrever, podemos convictamente afirmar, nasceu com a Remington N2, o modelo padrão e a mais perfeita até então, um grande sucesso, a ponto de um novo lançamento ocorrer somente em 1906, com a Remington N°10.

Do lançamento da Remington N2, ao início do século XX em diante, fazer uso de equipamento de escrita mecanizada, estava comprovadamente padronizado e disseminada em todos os ramos de atividades, tornando mais ágeis o andamento e a organização dos negócios. As calculadoras e somadoras, demoraram um pouco mais para entrar neste entendimento.

Entre o princípio e o término da Primeira Grande Guerra Mundial, a máquina de escrever já demonstrava ser um equipamento eficiente e útil aos escritórios, ou mesmo, aos domicílios. Foi equipamento portátil, pequeno e sofisticado, arma branca de efeito extensivo, presente a vários correspondentes de guerra, batendo pesado nos acontecimentos devastadores dessa demanda bélica sem precedentes. Permitindo pela informação, o conhecimento.
Soldados marcham, ao término da Primeira Grande Guerra. Embora fossem passos de tamanha exaustão, logo a Humanidade daria largos passos, começando grandes mudanças
Novas marcas, inventivos modelos, eram fabricados e ofertados à disponibilidade de ávidos compradores em todas as partes do mundo. Além dos escritórios abastecidos com os modelos dos novos inventos de escrever mecanicamente, autores e escritores passaram a usá-las, conduzindo ao domínio público: idéias, conceitos, nova visão da vida e do mundo.

Uma transformação acelerando em todas direções, quer o conhecimento e a cultura, cada vez mais, quer influindo nas condições sociais, políticas ou econômicas, cada vez mais. A máquina de escrever trazia consigo um novo mundo.

Na consolidação desses equipamento de escrita, apareceram marcas preliminares, entretanto, permaneceram somente marcas e modelos, que se consagraram pela qualidade, eficiência dos seus mecanismos e presteza de sua manutenção técnica.


Na seção anterior – em modo cronológico - tratamos da idéia central deste invento, até as concorrentes preliminares. Naquela primeira seção da Historiografia, procuramos demonstrar essa senda com suas inúmeras tentativas a fim de alcançar à escrita mecanizada  num padrão convencional aceitável.
A União Writing Machine Company, através dos seus engenheiros e profissionais, reutilizam as patentes inventadas pelos inventores sócios em seus novos modelos, obtém patentes de projetos para novas e melhores máquinas, a fim de não perder muito mercado na concorrência com a Underwood, projetada por Wagner, como também para a Oliver e a Pittsburg que com modelos melhores.

REMINGTON MARCA
A marca centenária e mundial REMINGTON ficou principalmente conhecida no mercado global, em dois setores: armamentos e máquinas de escritório. Um sobrenome de família – Remington – entretanto, confundido com produtos. Das armas, nada temos a declarar, deixo isso aos americanos. Mas, das typewriter, este assunto nos instiga.

No Brasil, primordialmente, REMINGTON foi sinônimo de “escolas de datilografia”. “Vou fazer a Remington!” era o mesmo que “aprender datilografia”. Ou seja,  Remington era a própria máquina de escrever e como usá-la. Historicamente, com a Remington nasceu a mecanografia e a datilografia. Ela trouxe o padrão oficial, encerrou as tentativas infrutíferas do aparelho de escrita.

Como marca do produto “máquina de escritório”, findou seu tempo no Brasil, como indústria de máquinas de escrever. A TECLAS representou como autorizada na região da Baixada Santista, a Remington brasileira até sua falência, no Rio de Janeiro. É dessa Remington da mecanografia que descreveremos.

1873/1881/1890
O domínio exclusivo de preferência no mercado de vendas das máquinas de escrever, veio com o lançamento pela Remington N2 perdurando absoluto, este modelo até 1881, com prolongamento até 1890, ou seja, por 17 anos.

Enfim existia um padrão nas máquinas de escrever. Aceito pela imensa maioria dos interessados, em adquirir esse novo produto para melhor direcionar as atividades dos negócios. Era indiscutível a melhor eficiência da Remington N2 em comparação com as tentativas anteriores. O mercado foi dominado pela marca Remington por um bom tempo, nesse padrão incluía a preferência pelo teclado QWERT.

Entretanto, havia outros interessados, formando suas empresas, querendo partilhar deste novo mercado, com seus produtos, algo semelhante ou o mais próximo possível do que já existia. Novos concorrentes ávidos em desfrutar de um campo de produção fértil, de ilimitada demanda em todos os continentes. As patentes das máquinas de escrever não poderiam ser cópias de mecanismos.

Durante o ciclo, entre 1873 a 1890, o padrão lançado pela Remington, “ a typewriter” ou seja, a máquina de escrever, tornou-se um equipamento de escritório indispensável no uso diário, facilitador dos negócios, impulsionador por sua rapidez da documentação, item de organização imprescindível e produtor de maior volume de recursos por todos estes fatores citados. 
Abaixo: Manutenção dessas primeiras máquinas de escrever por mecanógrafos da Remington

1888
Neste ano em 7 de março, a fábrica Remington & Sons passou o controle acionário para novos proprietários, sob a direção de Marcus Hartley and Partners, uma cadeia de artigos esportivos, pertencente à empresa de cartuchos União Metallic” de Bridgeport, Connecticut, formada por Hartley e Graham de New YorkNew York e Winchester Repeating Arms Company de New Haven, Connecticut.
1867 a 1900
A Remington ficou como empresa familiar entre 1867 e 1900, portanto por 133 anos, deixou de ser posse da família quando o nome é oficialmente mudado para a Remington Arms Company.
1886
Dois anos antes, os “Remington” haviam passado o setor de máquinas de escrever para um trio de funcionários, antes de  passar o controle para novos acionários, de todos produtos.

Os três sócios adquirentes do negócio das máquinas de escrever da  Remington & Sons foram William O. Wyckoff, um agente de vendas, Harry H. Bento, um diretor da Remington e Clarence Seamans, um grande vendedor de máquina de escrever 

Em verdade, as máquinas de escrever entraram nos negócios Remington através de Sholes, Glidden e outros, como descrito na ABA Historiografia.

Após o contrato de industrialização com Sholes e outros, o sucesso advindo das máquinas de escrever, para a Remington & Sons não representou lucros satisfatórios, como os oriundos das vendas de armamentos ou de máquinas de costuras. 

Fabricar máquinas de escrever era muito detalhista e trabalhoso, quer pelo milhar de peças empregadas e da forçosa quantidade de pessoal empregado. Fabricar máquinas de escrever era uma tarefa promissora, mas onerosa por envolver muitos agentes em sua produção.

O nome marca "Remington" para uso em máquinas de escrever pertencia como direito de uso para Wyckoff, Seamans & Bento, quando o grupo comprou todo o negócio máquinas de escrever da Remington Arms.
A evolução das Remington

Clarence Walker Seamans
1854
Neste ano, nasceu em Ilion, New York, a 05 de junho, filho de Abner Clark Seamans e Caroline Matilda Williams.  Clarence Seamans começou a trabalhar na E. Remington & Sons, aos quinze anos de idade, como balconista, empresa na qual seu pai Abner era um agente de compras e, ficaria a vida inteira ligada à mecanografia. 
1875
Neste ano, contando 21 anos de idade, ficou três anos em Bingham Canuon, Utah, numa temporada supervisionando uma mina de prata. 
1878
Neste ano, retornou ao Estado de New York, onde se tornou guarda-livros e vendedor da E. & T. Fairbanks & Company, um fabricante de escala, a quem a Remington passou o marketing de vendas, mas elas foram fracas. Fairbanks tornou-se o único comerciante da máquina de escrever Sholes e Glidden, produzidas pela Remington, aonde o pai e Clarence Seamans trabalharam. 
1879
Seamans, depois deste ano, viveu no Brooklin com sua esposa Ida Gertrude Watson e suas duas filhas, Mabel e Dorothy.
1881
Neste ano, a comercialização da máquina de escrever voltou a Remington e Clarence Seamans foi mantido como Gerente de Vendas. A Remington com monopólio de única fabricante até 1881 vendeu 1.200 máquinas; em 1882, vendeu 2.300 máquinas e em 1885, 5.000. Em 1890, nove anos depois foram vendidas 20.000 máquinas, portanto quase 17 vezes mais.

Aos poucos, as máquinas de escrever estavam sendo absorvidas nos negócios e utilizadas em larga escala. Os pedidos eram em média de 100 máquinas ao dia, vindos de representantes de vários estados americanos e de outros países.
1882
Neste ano, na empresa Remington Typewriter é gerida por Clarence Seamans como seu Tesoureiro e Gerente Geral. 
1890/1900
Quase dez anos depois, por volta do fim ao início do século seguinte, a posição de liderança da Remington entrou em franca ameaça. Inúmeros outros fabricantes, se interessavam pelo novo produto. Conseqüentemente, a concorrência aumentava, apareceram também projetos novos, diferentes e soluções criativas da mente de  inventores como: Franz Xaver Wagner, Alexander T. Brown e Wellington Parker Kidder.

Entre os novos fabricantes destacamos a Underwood, com a inventividade de Franz Xaver Wagner, a Crandall, o terceiro fabricante de máquina de escrever, um sucesso em vendas em feiras, do inventor Lucien Crandall, que devido ao baixo preço de venda de US$ 50, quando as demais máquinas de escrever eram vendidas por US$ 100. Embora ambos valores eram caríssimos, cerca de mais de um ano de ganho de um operário.

A Oliver, um outro novo fabricante crescia, ganhava mercado. Desde 1891, W. Parker Kidder havia projetado seu modelo próprio a “The Franklin” que veio a ser a base das primeiras máquinas de escrever na Alemanha chamadas de Adler. Surgiu também, a Royal e diversos fabricantes menores, com a colaboração dos inventores citados acima. Esse descritivo está cronologicamente contido nas ABASHistoriografia e Escrita Mecânica.

1893 
Neste ano, com o quadro apresentado de nova concorrência, a Remington Typewriter Company reuniu vários fabricantes como a Smith-Premier Typewriter Company, a The American Writing Machine Company (fabricantes do Caligraph), o Yost Writing Machine Company, Densmore e Brooks com intuito de fundiram-se para formar uma grande empresa, dirimir custos de produção e fazer frente aos novos tempos. Essa empresa foi denominada: UTC - União Writing Machine Company, tendo sede em Syracuse, Nova York.

O mote dessa fusão deu-se, não somente em decorrência da concorrência. Todos esses fabricantes, tinham entre si, um vínculo inicial da construção das “typewriter”. Haviam patentes comuns no aperfeiçoamento da Remington N2 e novas patentes interessantes de mecanismos, estes comuns a todas. 

Uma patente relacionada a um certo mecanismo, significava ser autorizada num modelo ou não. Juntos, sob uma mesma empresa esse empecilho de direito de invenção, permitia ter um custo menor na manufatura. Como exemplo mais claro: o uso teclado QWERT, ao invés do teclado duplo com maiúsculas/minúsculas que dificultava a datilografia.    
Ao lado esquerdo, Certificado de Participação de menos de cem ações da União de marcas de escrever.
Os então proprietários da Remington, (Wyckoff, Seamans & Bento)  por ter a maior parte do capital investido, assumiram o comando da empresa União Typewriter Co. of América. Durante este tempo, Clarence Seamans ainda detinha posição de diretor em várias empresas e numa companhia de seguros.
1894 
Passado um ano, Clarence Seamans foi feito presidente da União Typewriter Company, pela confiança desses vários e unidos fabricantes, proeminentes de máquinas de escrever. 
1900
A União, controlava a maior fatia do mercado, com preços fixos nas máquinas de escrever do tipo padrão, no valor de US$100 (cem dólares). A Remington foi a marca chave deste grupo.

1904 - Monarch, uma máquina da UTC 

Neste ano, foi fundada a Monarch Typewriter Company pelo grupo Union Typewriter Company formado pelas empresas pioneiras na fabricação de máquinas de escrever: Remington, Smith Premier, American Writing Machine, Yost e Desmore.

Estes fabricantes projetavam, desenvolviam e produziam suas máquinas de escrever a um custo muito elevado e, essa associação comercial e industrial, visava baratear o custo, como também, enfrentar as novas concorrências, como a da Underwood.

Além da produção, havia o intento de compartilhar patentes. Alguns dos fabricantes haviam participado inicialmente da produção ou venda, das primeiras Remington, destacadamente do modelo Remington N2, o primeiro produto com larga aceitação no mercado.
1906
Neste ano, em 22 de outubro apareceu um anúncio no Filadélfia Records das primeiras máquinas de escrever com a marca “Monarch”. O grupo projetou as máquinas de escrever média com a marca Monarch, todas no padrão chamado de “escrita visível”, os modelos aceitos pelos compradores.
No princípio, as máquinas de escrever Monarch eram fabricadas em três locais diferentes: entre estes, Syracuse na fábrica da Smith Premier, em Pittsburg, e na fábrica da Remington. A quantidade de máquinas de escrever fabricadas é sabido apenas que foram mais de 400 no primeiro modelo, certamente o modelo n° 2 bem mais, entretanto a falta de informes de esquemas de numeração.
1908 
Neste ano, a empresa foi renomeada: União Typewriter Company of America.
1909
Neste ano, foi preparada propagandas para apresentar o modelo Monarch n° 2.
1912
Neste ano, é construída uma fábrica própria para manufaturar as máquinas de escrever média, em Syracuse. Desse modo, foi possível ofertar a máquina de escrever tamanho médio, Monarch pelo preço de US$ 50.


No ano seguinte, a União Typewriter adquire a marca de máquina de escrever Pittsburg a e Wahl Machine Adding, fabricante de somadoras. Também o grupo decide liberar para os novos modelos de máquinas Remington, Smith Premier e Yost patentes do princípio "visíveis", pois seus produtos de "escrita cega" estavam em níveis de vendas, próximos de zero.


Uma nova marca entra firme e crescente nesta competição: a Fox  demonstrada na imagem) e a Royal.
1885
Neste ano, William R. Fox fundou no Canal St., perto de Hastings, a Fox Machine Company, para produzir entre seus  principais produtos, máquinas para indústria madeireira.
1898
Neste ano, William R. Fox pessoa de grande habilidade mecânica, colaborou com Glenn J. Barrett para juntos aperfeiçoar uma máquina de escrever, tão em voga naqueles tempos. Ao ser patenteada, a máquina de escrever recebeu o nome de The Fox, em homenagem ao presidente da empresa.

Neste mesmo ano, foi fundada a Fox Typewriter Co. em Michigan, EUA. A empresa começou com o intuito de vender sua produção em todo o mundo.

As primeiras máquinas de escrever montadas foram apelidadas de “raposas cegas”, pois como todas primeiras máquinas de escrever, o datilografo não conseguia ver o que estava escrito, ao menos que o carro fosse inclinado para trás.

Entretanto, era mais uma máquina de escrever diferente, com o escape permitindo uma maior velocidade e com características muito próprias. A The Fox produziu três tipos de máquina de escrever: o primeiro, de escrita cega, seguido pelo tipo padrão com escrita visível e por fim um modelo de portátil.

Todas as peças das máquinas eram fabricadas e montadas na fábrica de Grand Rapids, incluindo a estrutura de ferro fundido, feita numa fundição instalada adjacente ao edifício principal da fábrica.

A Fox Typewriter Co. chegou a empregar mais de 300 pessoas. Estabeleceu escritórios e agentes de vendas em todas as grandes cidades nos EUA e países estrangeiros. As vendas externas representavam uma parte importante da receita da Fox Typewriter Co..

Entre os compradores das máquinas de escrever The Fox, estava o governo russo que encomendou cerca de 500 máquinas de do tipo padrão, outros contratos foram firmados na América do Sul e Austrália.
1906
Neste ano, foi lançada a Fox Visible", ofertadas em dois modelos básicos distintos e denominadas pelos números 23 com 39 teclas para datilografar 78 caracteres e pelo modelo  n° 24, que tinha 44 teclas para datilografar 88 caracteres, com um sistema de tabulação.

Na chapa frontal do espelho constando o nome "Grand Rapids". Os modelos do tipo padrão, posteriores foram aperfeiçoados e passaram a incluir o botão de retrocesso vermelho no lado direito e uma série de outras melhorias.
Juntamente com a nova máquina padrão visível, a Fox começou a fabricar um modelo de portátil, com fontes de tipo disponíveis em vários idiomas como: russo, alemão, espanhol e francês para atender o mercado estrangeiro, tão dominado pela Fox Typewriter Co.
1914/1915
A produção das máquinas de escrever padrão deste período, era aproximadamente mais de 11mil, confirmados pelos seus números de série. Foram produzidas outras 15 mil máquinas nos próximos seis ou sete anos.
1917
Neste ano, a Fox Typewriter Co. já havia fabricado cerca de cerca de 13 mil máquinas. A máquina portátil Fox Portable, n°1 e a n°2 ambas com o carro dobrando para trás. Esse modelo de máquina portátil dobrável, inventado pela Corona Typewriter, com muito sucesso e excelente aceitação, com certeza inspirou a Fox a projetar sua própria portátil dobrável.

As máquinas de escrever portáteis da Fox foram construídas com disponibilidade para três modelos de escolha ao cliente. A patente deste modelo sob n° US 1.337.563 foi arquivada em 26 de dezembro de 1917 e autorizada em 20 de abril de 1920. Também houve pedido de patente na Grã-Bretanha ao mesmo tempo que era solicitada nos EUA. Entretanto, é fato de que a patente nunca foi retirada, porém, a Corona já tinha patenteado o aspecto técnico do mecanismo dobrável, a muitos anos anteriores.
Primeira Guerra Mundial
Durante este período os negócios de comércio exterior da Fox Typewriter Co. de onde provia grande parte do lucro, via as vendas por exportações, seja de máquinas de escrever tipo padrão ou das portáteis, foi afetada consideravelmente, debilitando as finanças da empresa, devido a situação bélica ocorrida em toda Europa.
Acima no quadro, estão duas marcas - a Corona e a Fox portátil - ambas com sistema dobrável.  
Nesse mesmo período, no qual as dificuldades financeiras cresceram, o fabricante rival, a Corona Typewriter entrou com processo por infração de patente, agravando a situação industrial da Fox Typewriter Co.
1920
Neste ano, a Fox Typewriter Co. envolvida por uma série de problemas financeiros, como também, pelo prejuízo do processo movido pelo fabricante da Corona dobrável por violação de patente, se viu foi forçada a fechar as portas de sua fábrica.
1921
Neste ano, termina completamente a produção das máquinas de escrever The Fox com a empresa em liquidação, deixando definitivamente o mercado mecanográfico.
A  imagem da "raposa  foi fotografada da The Fox, mod. 23 do acervo Museu Teclas
1909
As máquinas de escrever denominadas de upstrike" (escrita cega) vão declinando com as vendas chegando a níveis próximos de zero. Mudanças dentro da União Typewriter seguem, como a transferência dos escritórios gerais da máquina de escrever Monarch de Syracuse para Nova York.
1913
Neste ano, houve a dissolução da União Typewriter Company, completamente reorganizada, sob o nome de Remington Typewriter Company.

Clarence Seamans continuou na presidência da União, como ainda, presidiu a Wahl Adding Machine Company fabricante de máquinas de somar. A máquina de escrever Pittsburg vai à falência, e a liquidação fica a cargo de Franklin Sholes, descendente de Christopher Lathan Sholes
1914/1915
Dentro deste período, a fábrica da Monarch, integrada a União Typewriter Company construída no ano de 1912 é vendida e a produção transferida para a fábrica da Remington. Além disso, essas máquinas, passam a ser denominadas com a marca: Remington.
1915
Clarence Seamans morreu numa residência de verão que tinha em Pigeon Cove, Massachusetts, aos 30 de maio de 1915. Com a morte de Clarence, oriundo da E. Remington & Sons findou um  período de afirmação mercantil das marcas, daqueles resistentes que passaram a dominar o mercado global.
1919 
Neste ano, a The American Writing Machine Co., começa a distribuir a máquina de escrever média, Century 10, anteriormente com o nome de Remington Junior. A máquina foi redesenhada para essa nova tentativa de conquistar mercado com muito novo esforço. Alguns informes, nos dão conta de que essa máquina de escrever foi realmente construída na fábrica Smith Premier.
1920 em diante
Durante estes anos, a grande recessão extingui um grande número de fabricantes de máquina de escrever, sejam fábricas americanas ou européias. Porém, a concorrência dentro dos EUA continua forte, para Remington, L C Smith, Royal, a Underwood, na época líder, entre as demais persistentes. 

Além disso, surgi a Woodstock, uma nova marca muito eficiência de máquinas de escrever, rapidamente aceita pelo mercado. Um novo mercado é aberto pelos americanos na América Latina, destacadamente no Brasil.
1924
Neste ano, a Yost encerra sua produção com o modelo n° 20, o segundo e último modelo, visível. Neste ponto, ocorre a compra da Remington da empresa Noiseless Typewriter Company, de Middletown, Connecticut tendo portanto, um terceiro tamanho padrão a oferecer no mercado. Está foi a última aquisição e fusão neste período.
Modelo Remington Noiseless tamanho padrão
Detalharemos os mais importantes fabricantes e difusores de máquinas de escrever, sempre melhorando seus inúmeros novos modelos, em busca de uma máquina ideal: leve, rápida, mais barata. Indústrias se prepararam com seus criadores, engenheiros e desenhistas para modificar, melhorar, produzir e lançar no mercado máquinas de escrever desse padrão consolidado. Venceram aquelas com empatia técnica e serviços acessíveis, de fácil aquisição.
Algumas marcas desapareceram complemente do mercado...
É indispensável acrescer que os fabricantes não ficaram em apenas um tipo específico de máquina: diversificaram seu parque industrial, programando a manufatura de todos os tipos de equipamentos mecanográficos possíveis, como: máquinas de escrever normal, média e portátil, com tamanho de carros diferentes, além das calculadoras, somadoras, máquinas contábeis e outros equipamentos mecanográficos. Enfim, ampliando a mecanografia.

Algumas, ou bem poucas, adquiriram renome internacional com vendas expressivas e globais. Fábricas, filiais ou representantes espalhados em todo orbe. Serão estás marcas e seus fabricantes que estarão editados como: máquinas de escrever, nesta ABA de "A Escrita Mecânica".

Indústrias, adquiriram renome internacional com vendas em inúmeros países, dos seus diversificados modelos. Foram centenas de milhares de modelos fabricados e entregues ao ambiente de atividades humanas, dos mais diversificados, gerando uma quantidade de empregos difícil de ser avaliadas em sua dimensão.

Remington Rand – segunda grande marca das “Remington”.
1911
Neste ano, fora concluído o edifício na Park Avenue Sul n° 315 20° andar, na cidade de New York, da Rand. A empresa, já continha um conglomerado diversificado, por esta época, manufaturando equipamentos de escritório e produtos.
1927
Neste ano, foi formada a Remington Rand pela fusão da Remington Typewriter Company que havia ficado com a fabricação das typewriter, e da Rand Kardex Bureau, descrita abaixo. Essa corporação, continuou a fabricar equipamentos de escritório, bem mais tarde, tornou-se uma importante empresa de informática, com o UNIVAC linha de computadores mainframe .

No primeiro ano, a Remington Rand adquiriu a Dalton Adicionando Machine Company, de máquinas de contabilidade, a empresa Baker-Vawter, a Kalamazoo de papel e a Binder Company. 
1927/1955
Nesse período, a Remington Rand deu continuidade, ampliou o nome, melhorou os produtos mecanográficos ao passar como terceira adquirente da Marca Remington. Vamos descrever este período e seus marcos importantes, iniciando pela biografia do responsável por está proeza. 

No quadro abaixo, a Remington Rand se apresenta como "herdeira" da marca Remington desde o mais longínquo período até seu presente estágio. De fato, foi a Remington Rand quem mais prosperou no ramo da mecanografia usando essa inconfundível e valiosa marca. Além disso, ampliou a gama de produtos usados nos escritórios, como a imagem do centro do quadro abaixo demonstra.

James Henry Rand Jr
1886
Neste ano nasceu, James Henry Rand Jr, a 18 de novembro, em North Tonawanda, Niágara, New York. Era seu pai, James Henry Rand e sua mãe, Mary Jameson Rand, (sobrenome de solteira Scribner). Foram seus irmãos: Philip Scribner Rand, Adelaide Almira Rand, Mary Scribner Rand, Mabel Rand.
1898
Seu pai, o Sr. Rand, fora um banqueiro durante muitos anos, a percebia que os sistemas de cartões de índice, usados ​​por funcionários nos bancos eram ineficientes. Acreditava ser necessário, um sistema mais racionalizado, usando divisórias, separadores de ficheiros, etiquetas, a fim de ter um controle mais preciso.

Tanto pesquisou e estudou, que resultou na criação de um sistema de arquivamento, com base em novos conceitos. Quando James Henry Rand Jr. estava com 12 anos, seu pai fundou a “Rand Ledger”, uma empresa para fabricar, seu sistema de indexação, chamado de Visible Ledger.
1908
Neste ano, James Rand Jr, formou-se na Universidade de Harvard e foi trabalhar com o pai no negócio da família, a Rand Corporation  Ledger, onde ficou por sete anos. Também serviu por três anos na Guarda Nacional de NY.
1915
Neste ano, depois de um desentendimento com seu pai no âmbito comercial, James Jr. resolveu criar uma nova empresa para fazer negócios mais simples: a American Kardex, um sistema de arquivamento, índice e material de escritório, direcionada principalmente para consultórios médicos. Suas idéias centradas no ramo de atendimento médico-hospitalar melhorou o sistema anterior criado por seu pai para fins bancários.
1920
Durante cinco anos, a American Kardex cresceu tanto, saindo de uma grande empresa para ser uma das principais empresas de fornecimento de material para escritórios nos Estados Unidos.


Em 1920, a American Kardex tinha mais de US$ 1 milhão em vendas brutas em produtos amplamente utilizados na área de saúde. Um Kardex preenchido, tornou-se a nomenclatura comum para a inserção de dados no prontuário dos pacientes.

A procura pelo Kardex, um instrumento de organização funcional, foi tão forte que  logo, vários países europeus, passaram a comprar em larga escala. A Rand resolveu construir uma fábrica na Alemanha para atender a Europa. Durante a década de 1920, James Rand Jr. se envolveu esportivamente com barcos de velocidade.

1925

A American Kardex durou até este ano. Neste mesmo ano, James Rand Jr. comprou o Rand Corporation Ledger deixando seu pai presidir a nova empresa. As duas empresas, dominaram facilmente o mercado americano de materiais de escritório, ambas obtinham receitas mais ou menos iguais. 
1927
Neste ano, James Rand Jr. comprou a Remington Typewriter Company que já tinha a máquina de escrever silenciosa desde 1909 e máquinas de escrever elétricas em 1925.

A fusão das duas empresas formou a nova Remington Rand Co. para continuar a fabricação das typewriter a associar definitivamente seu nome e marca na história da mecanografia. 

A nova Remington Rand, percebeu que não poderia monopolizar toda linha de máquinas de escrever, mas poderia implantar uma linha completa de produtos, nessa área de mecanografia, incluindo somadoras, calculadoras e toda linha de acessórios.

Ao lado a Remington Rand n° 1.

A Rand Kardex Bureau, ficou destinada a fabricar equipamentos de escritório. Dessa incorporação surgiram duas gigantes, servindo um leque de clientes, fontes variadas de grandes compradores como: bancos, empresas, bibliotecas, companhias de seguros e agências governamentais.
1927 a 1929
Entre estes anos, James Rand Jr. adquiriu e fundiu diversas empresas similares, incluindo empresas de fabricação de papel carbono, pastas, máquinas de calcular, armários e cofres de escritório.
Thomas O. Mehan 
Foi um engenheiro de Chicago que projetou uma leve e pequena máquina de somar em meados da década de 1920. Sem recursos, conseguiu apoio do amigo empresário Thomas Brennan, que financiou a fabricação do equipamento, razão pela qual, nomeou a máquina pela marca “Brennan”.

A "Brennan" tinha oito colunas, dez teclas, registro visível e subtração. Nessa época, os efeitos da depressão atingiram a pequena fábrica que foi obrigada a vender os direitos de fabricação, para a Remington, entrando na linha de produção na fábrica de Norwood, Ohio e, renomeada de “Monarca”. 

O engenheiro Thomas O. Mehan foi trabalhar na Remington e continuou seus projetos de melhorias na máquina, pois ainda apresentou patentes para a máquina em 1933 e 1935. No ano seguinte, retornou para Chicago e foi trabalhar na Victor Adding Machine aonde permaneceu até a morte em 1950. O desenvolvimento da Monarch foi entregue ao engenheiro Walther Landsiedel da Remington
1931
Neste ano e na década presente, adveio os impactos da Grande Depressão Americana. James Rand Jr. foi Presidente e Presidente do Conselho da Remington Rand Inc. que passava economicamente por dificuldades em razão daquela situação. 

Ele trabalhou com muitos bancos e agências federais para promover as soluções da economia americana. James incentivou o Governo dos Estados Unidos para sair do padrão-ouro. Ele tinha uma grande influência e ajudou a definir a política econômica federal durante a década de 1930.
1936/1937
Nestes anos, James Rand Jr. passou por entraves e disputas sindicais, envolvendo trabalhadores, com greves nas fábricas Remington Rand. 

No ano de 1937, a companhia Remington Rand desenvolveu a máquina de barbear Remington, um dos principais produtos para a empresa durante os anos vindouros.

No período da Segunda Guerra Mundial, os EUA teve participação decisiva. James Rand Jr. transformou a Remington Rand Inc. numa grande empresa de defesa, fabricando peças como: hélices, equipamentos de carga, armamentos para os militares americanos, incluindo fusíveis, bombas, miras de bomba e a famosa pistola M1911. 
1950
Neste ano, a Remington Rand Inc. comprou a Eckert-Mauchly Co. fundada pelos criadores do ENIAC, uma das primeiras empresas a desenvolver computadores em 1947.
ENIAC - numa sala especial, um dos primeiros "computadores", comparado ao nível
atual de 2016, o que contém nessa sala tem menor capacidade do um um simples celular
1952
Neste ano, adquiriram a ERA- Engineering Research Associates - também outra pioneira em computação eletrônica. Naquela época, a Remington Rand tornou-se uma das maiores empresas de informática nos Estados Unidos.

Nessa mesma época, nomeou para Presidente do Conselho de Remington Rand Inc. o General da Reserva Douglas Mac Arthur. Ao longo de mais de vinte anos, a empresa cresceu em vendas, de US$ 5 milhões por ano em 1927 para US$ 500 milhões em 1954

No centro do General Douglas Mac Arthur em 1952

Primeiras Máquinas Remington e seus prefixos de identificação
Segue um relação de máquinas de escrever fabricadas pela Remington Rand. É possível observar que alguns equipamentos pertencia à concorrentes. No caso, a Remington disponibilizava apenas seus ferramentais. Os prefixos escolhidos pelo fabricante, observava na identificação as seguintes regras:

- a letra, colocada em primeiro, era indicativo do modelo;
- a segunda letra, indicava o mês como segue a referência:
janeiro = P; fevereiro = M; março = L; abril = K; maio = X; junho = S; julho = V;
agosto = E; setembro = D; outubro = C; novembro = Z e dezembro = A.   

Remington letra B modelos: 12, 20, 30 usada pela primeira vez em 1927;
Remington letra EU modelos: 10, 11,12, 20, 30 usado em outubro 1920;
Smith-Premier letra M modelos 30, 40 usada pela primeira vez em 1921;
Monarch 3 letra M usado pela primeira vez em 1914;
Remington portátil, letra N usado pela primeira vez em 1920;
Noiseless 6, letra Q, usado pela primeira vez em 1925;
Remington 10, 11 letra R, usado pela primeira vez em 1914;
Smith Premier 10 letra S usado pela primeira vez em 1914;
Remington 50 e Smith Premier 50, 60 letra x usada pela primeira vez em 1925; 
Compact (portátil sobra tipos) letra C, vendido pela Sears Roebuck Butler Bros.
Noiseless 7, modelo mesa letra H, vendido pela primeira vez em 1°/dez/1931;
Blickensderfer, letra K;
Noiseless 7X, letra N, vendido pela primeira vez em 24/ago/1924;
Remington portátil, letra V, usado pela primeira vez em setembro de 1928;
Remington 50 e Smith Premier 50, 60 letra W, usada primeira vez em setembro 1928;
Noiseless 6, letra x, usada primeira vez em setembro 1928;
Remington letra x, modelos: 12, 20, 30, 16 usada pela primeira vez em setembro1928;
Y máquinas de contabilidade.
Uma Remington conhecida como "leque" do acervo Museu Teclas, conforme ABA Museu

Sperry Rand/Sperry Corporation – terceira grande marca das “Remington”.
1955/1978
Em julho de 1955, a Sperry Corporation uma das maiores empresas e mais antigas na fabricação de computadores nos Estados Unidos, adquiriu maioria das ações da Remington Rand Inc. e dessa fusão formou uma nova marca a nome Sperry Rand.
A Remington Rand permaneceu como uma marca distinta e nome em algumas divisões, como a Divisão Remington Rand Sistemas responsável com sistemas de arquivamento e produtos associados, como pastas de arquivos, materiais para armazenamento de dados físicos e sistemas de manuseio, incluindo o conceituado Kardex.

Em 1958, James Rand Jr. deixou o controle completo da empresa para Kenneth R. Herman como presidente da empresa. Seu filho, Marcell N. Rand entrou na empresa familiar, como Vice-presidente Executivo e Gerente Geral da Remington Rand Inc.
1968
Neste ano, morreu a 3 de junho, James Rand Jr. em Freeport Commonealt, Bahamas com 81 anos.

Deixou imensa contribuição ao mundo dos negócios, por décadas tornando o trabalho, a organização, e a convivência mais fácil para empresas e envolvidos (colaboradores, compradores, fornecedores), ao usar as ferramentas certas. Doou uma boa parte da riqueza da família para fins beneméritos e a várias pessoas.
1978
Neste ano, a Sperry Rand decidiu optar exclusivamente no negócio de computadores mainframes. Vendeu algumas divisões, como a Rand Sistemas Remington e Remington Rand Machines. As marcas das empresa "Rand e Remington” deixaram de existir, e surgiu um novo título: Sperry Corporation.
1986
Neste ano, a Sperry Corporation se fundiu com a Burroughs Corporation para formar Unisys.
1998
Neste ano, a última arma produzida pela foi o modelo XP-100R, com a produção cessada em 1998. Embora tenha retornado doze anos depois, as armas não são o nosso empenho.
2003/2005
A Remington Rand Inc. tornou-se Remington Rand Products Company, vendida em 2003 para Rayovac., e em 2005 o nome foi rebatizada para Spectrum Brands.

Kardex 
A Kardex é um padrão iniciado pela empresa Rand Ledger fundada em 1898, intimamente associada ao início do desenvolvimento do cartão de índice, como dispositivo de armazenamento de dados em negócio, que posteriormente resultou em outros instrumentos, até mesmo a Unisys .

Kardex como um nome da empresa, foi introduzido em 1915, tem sido o nome, ou parte dele, de empresas de rastreamento. O termo Kardex também é um substantivo comum, a marca genérica, em particular no domínio de registros médicos, onde é sinônimo de administração de medicamentos Grave,  especialmente na Irlanda e no Reino Unido.

Manteve-se como uma marca e um nome de divisão muito forte, e ainda reviveu em 1978. Está atualmente  a cargo do  “Grupo Kardex”,  com sede em Zurique, na Suíça.

 

Kardex é o nome de antigo sistema arquivos de fichas e um armário. No armário as fichas são colocadas em uma determinada ordem: assunto, título, cliente etc

Kardex - sistema de fichas, facilitador de controle de todo tipo de organização
à esquerda grande empresa, à direita numa grande biblioteca e centro pequeno arquivo 
A Underwood

Desde a década de 1870, a família Underwood era uma produtora de fitas e papel carbono para ser utilizados nas máquinas de escrever. 

Entretanto, seu maior cliente, a Remington Typewriter Company começou também a se dedicar na fabricação de fitas, acessórios de limpeza, borrachas de correção para máquinas de escrever.
1857
Neste ano, em 12 de abril nasceu em Londres, Inglaterra,  John Thomas Underwood,  destacado empresário americano, casado com Grace Brainard Underwood Barton (01/ago/1874-12/fev/1968).   
1870
A família Underwood foi pioneira no suprimentos para máquinas de escrever. John Thomas Underwood juntamente com o pai, produziam através da empresa da família, a Underwood & Company, artigos de uso exclusivo das máquinas de escrever, como: fitas, papel carbono, borracha de correção, acessórios de limpeza, utilizados juntamente com a datilografia, ou seja, no uso das máquinas de escrever.

Tinham como exclusivo e principal cliente, a Remington Typewriter Company. Entretanto a Remington também resolveu lançar sua linha de produtos específicos, usados pelas máquinas de escrever. Abaixo, emblema da empresa de "complementos" ou seja, fornecia fitas e carbonos para primeiras empresas de "typewriter". 
Este fato, ou seja, a Remington também fabricar complementos, obrigou de antemão, a Underwood & Company assumir nova posição neste promissor mercado - o da fabricação de máquinas de escrever.

Existia no mercado uma pequena empresa,  a Wagner Typewriter Co. do inventor imigrante alemão, residente nos EUA, - Franz Xaver Wagner - idealizador de um projeto com máquinas de escrever, diferenciada, pois permitia pela primeira vez: ver e ler o que estava sendo datilografado em todo seu teor, algo sem importância pelos primeiros inventores de "escrita cega".

Desse modo, quem escrevesse, seria capaz de corrigir os erros imediatamente. Uma idéia aparentemente simplória, porém naqueles anos, ninguém havia “projetado tal detalhe”. A escrita era cega. Os projetos tinham desenhos que impediam enxergar uma linha inteira de texto.

Franz Xaver Wagner não possuía capital financeiro para produzir em série. Seu encontro e associação com John Thomas Underwood trouxe ao inventor a possibilidade de tornar realidade seu inusitado projeto da máquina de escrever, na época, ganhava espaços de preferência.

Os “Underwoods” sabedores do futuro da máquina de escrever, compraram a empresa de Wagner, o levaram para partilhar do negócio, partindo para concorrer diretamente com seu antigo cliente, a Remington.

Entre as patentes adquiridas de Franz Xaver Wagner estava a patente número 633 e 672, usadas como base para as suas máquinas Underwood, ou seja, a possibilidade de ver a datilografia e outros princípios de mecanismos avançados. Este princípio de “ver o texto”, algo completamente novo, ajudou a Underwood a ser um sucesso.
Underwood/Wagner
A Wagner Typewriter Company ainda continuou por pouco mais de um ano, fabricando a máquina de escrever Underwood agregando os dois nomes, antes de alterar definitivamente a nova marca: Underwood Typewriter Company.

Ao longo dos próximos dez anos, depois da chegada da Underwood, quase todos fabricantes das “under-strike”, ou seja, as máquinas de escrever de escrita cega - começaram a mudar. Outros tipos diferentes, como as máquinas de escrever do tipo índice, haviam sido retiradas definitivamente do mercado.
1895
Neste ano, foi fundada a “Underwood Typewriter Company”, uma empresa que revolucionou a mecanografia desde o primeiro lançamento. Uma máquina de impostação leve, em consequência dos mecanismos de encaixe das barras de tipo que liberam a escrita com melhor avanço. Uma nova performance.
1900
Neste ano, houve o lançamento da Underwood n° 5. Posso afirmar, com o grau de conhecimento de mais de 50 anos profissionais: essa é uma máquina de escrever que por sua suavidade de escrita poderia ser utilizada até nossos dias.

Foi sucesso de vendas. Deste modelo, se afirmou como a "primeira máquina de escrever verdadeiramente moderna". Em seguida, veio a n° 5, com a qual a  Underwood Co., faturou até 1920, mais de dois milhões de unidades; em 1939, mais de 5 milhões de máquinas, somando os modelos disponíveis.


Fato pessoal: trabalhei durante muitos anos, na década de 1960/70, com o falecido amigo Antônio Massi que trabalhou na empresa Byington & Cia, de São Paulo representante que montava, dava assistência exclusiva no Brasil, das famosas Underwood. Por isso, na escolha...

Ao lado a famosa n° 5

Insisti em adquirir uma portátil da Underwood, com a qual fiz muito trabalho escolar



1910
Neste ano, a Underwood Typewriter Co., também percebeu um novo campo para ampliar seus produtos e fabricar outros itens; projetou as chamadas “máquinas combinadas de escrever” descritas na ABA Registros & Contábeis.
1911
Neste ano, através de anúncio, a empresa afirmava "a máquina de contabilidade Underwood atende as necessidades do mercado, com itens para tabular como escrever nomes, descrições e lista de quantidades em tantas colunas como precisar; adiciona e subtrai os valores automaticamente em todas colunas, tanto vertical como transversalmente.

A máquina possuía mecanismo elétrico para cálculos ligado a teclas contidas no teclado padrão de máquina de escrever. As operações são efetuadas automaticamente à medida que as teclas são apertadas, saem impressos os detalhes de cálculos. A Underwood tinha quatro modelos de mecanismos com preços na época entre US$ 200 a US$275, sem incluir os sistema de tabulação decimal. (ao lado esquerdo, Underwood, modelo 3 com tabulador frontal decimal)
1915
Por volta deste ano, a Underwood crescia intensamente ao ponto da empresa produzir cerca de 500 máquinas de escrever diariamente, empregando  7.500 pessoas. Na década de 1930, a Underwood também fabricou máquinas de escritório na Alemanha, como o modelo abaixo. 

1927 - em dezembro, a Underwood Co. e a  Elliott-Fisher Company, fazem a fusão das duas empresas e criam a Underwood Elliott-Fisher Company .
 A Underwood não se esqueceu das "fitas" e continuou a fornecê-las com sua nova marca

Lançam em 1930, o Modelo n° 6, em anúncio num jornal francês para conquistar o mercado europeu. Colaborando com esforço de guerra, durante a Segunda Guerra Mundial, a Underwood Co. produziu a carabina M1.
Ainda por este período, a Underwood Elliott-Fisher Company contam com a linha de máquinas de somar Sundstrand - uma máquina de somar inovadora. A fabricante desta marca, a The Sundstrand Adding Machine, dos irmãos  David e Oscar Sundstrand trouxera ao mercado mecanográfico um diferencial nas somadoras: o teclado reduzido. Na ABA Cálculos retratamos essa empresa.

Dispondo os números em três linhas e três fileiras: 123 - 456 - 789 e uma linha com apenas um zero simplificava a somatória. No ano de 1923, inventaram o sistema de subtração direta. Ambos inventos tornaram-se "padrões nas somadoras". Abaixo, um raro modelo de máquina de escrever The Sundstrand do acervo  MUSEU TECLAS, em mostra virtual na ABA do mesmo museu.

1933
A Underwood Elliot Fischer Company vendeu três formas de máquinas de contabilidade neste ano.
Modelo de 1940, de uma Underwood-Elliot "máquina de escrever livros encadernados".
1945
Neste ano, Franz Wagner que permaneceu como chefe executivo é eleito presidente do conselho de Underwood. Leon C. Stowell, eleito presidente.
1959 
Neste ano, a Olivetti italiana compra a Underwood Co., com restrições de uso da patente americana.
Após a Segunda Guerra Mundial, Adriano Olivetti, responsável pela liderança da Olivetti italiana, no mercado mundial de equipamentos de escritório, com destaque para “as mecanográficas”, compra a participação majoritária da Underwood Co., seu principal concorrente, na linha de máquinas de escrever. A Underwood vinha de pesadas perdas em seu negócio. Um fato interessante: tanto John Underwood como Adriano Olivetti nasceram no mesmo dia e mês.
1963
Neste ano, no mês de outubro, ocorre a fusão definitiva para a Ing. C. Olivetti, & Co.. Assim a Olivetti incorpora os modelos da Underwood para suas unidades de fabricação Olivetti. Porém, fica proibida de usar nas suas máquinas o nome Underwood por certo período, segundo as leis americanas de patente, e ainda mantém a sede da empresa Olivetti-Underwood em Nova York, EUA.

Somente anos mais tarde, lança com pequenas modificações do modelo Olivetti Linea 98, a Underwood 198, posteriormente o modelo 298. Ainda são lançadas uma série de calculadoras com o nome de Underwood, conforme imagens disponibilizadas.
Nos  EUA, tornou-se conhecida como Olivetti-Underwood, com sede em Nova York, e acresceu mais produtos, como as calculadoras eletromecânicas.

A Underwood como marca internacional, apareceu pela última vez em máquinas de escrever portáteis Olivetti produzidas na Espanha nos anos 80.

No Brasil, a Olivetti fabricou na década de 1980 tanto máquinas de escrever como calculadoras, usando a marca Underwood em diversos modelos, numa homenagem a uma marca que tornou-se a escrita mecanizada mais suave.
Smith Corona
1886
Fundação da Smith Premier Typewriter Company pelos irmãos: Lyman Cornelius Smith, Wilbert Smith,  Hurlburt Smith, Monroe C. Smith, nascidos em Lisle, Nova York. Os irmãos Smith, mais velhos Lyman e Wilbert, eram donos da fábrica, L C Smith, em Syracuse, também fabricantes de armas, como os Remington

Um dos engenheiros, Alexander T. Brown, pessoa criativa, em vida teve o crédito de mais 100 invenções, foi escolhido junto com George F. Stilman para desenvolver o projeto de uma máquina de escrever. 

Como alto funcionário da fábrica de armas, não apenas havia melhorado a qualidade das armas da empresa, como a culatra da espingarda.

Comparava as partes de uma espingarda, semelhante ao processo de fabricar as máquinas de escrever. Passou a trabalhar com entusiasmo, crendo ser lógico e factível produzir essa novidade da escrita mecânica.


The Smith Premier Typewriter Co.
foi a marca de máquinas de escrever que se utilizou amplamente da propaganda como meio de divulgar seus produtos a todo mundo. Na verdade, foi a primeira marca a realizar essa proeza.





Além disso, percebia neste negócio, um meio de ampliar os produtos da fábrica. Os irmãos mais novos, Monroe e Hurlbut, vieram participar da nova iniciativa. 

Nascia assim, mais uma concorrente para fabricação das “typewriter”. A patente da nova máquina de escrever, a Smith Premier, foi concedida a - L C Smith  - sob n° US 345.362 de 13 de julho de 1886.

1887 
Surgi o protótipo da primeira máquina de escrever com o nome Smith, fabricada em Clinton Street, Syracuse, Nova York. Escrevia com um teclado duplo de 76 caracteres, em maiúsculas e minúsculas. Porém quem datilografava, não enxergava o que havia escrito.



Alexander T. Brown, atuou como primeiro oficial de feiras do mundo nos Estados Unidos aonde se deparou com a máquina de escrever “Sholes & Glidden” em 1876, na Exposição do Centenário, realizada em Filadélfia. Desde então, ao conhecer aquela novidade única de escrita mecânica ficou convencido que poderia projetar algo melhor.

O desafio de construir um modelo de trabalho foi aceito por Wilbert L. Smith, que financiou o projeto. Brown, projetou também as máquinas necessárias para fabricar a máquina de escrever, que os “Smith gostaram do protótipo e decidiram colocar o invento em produção, na fábrica de armas em Syracuse.” Por conta dessa iniciativa, Syracuse naqueles dias ficou conhecida como a "cidade máquina de escrever."

Logo perceberam neste negócio, um meio de ampliar os produtos da fábrica. Os irmãos mais novos, Monroe e Hurlbut, vieram participar da nossa iniciativa. Nascia assim, mais uma concorrente para fabricação das “typewriter”.
A patente da nova máquina de escrever, a Smith Premier, foi concedida a - L C Smith  - sob n° US 345.362 de 13 de julho de 1886.

Antes de 1889, os irmãos Smith estavam ocupados com a fabricação de armamentos. Com a produção da máquina de escrever, de duplo teclado baseado nos desenhos do engenheiro Alexander T. Brown, sob contrato, a empresa iniciou a produção de um novo produto.

1889
Neste ano, é lançada a produção da Smith Premier 1, com números de série de 21212 a 24474. Com teclado completo, banhada de níquel no relevo, de toque leve ao datilografar, graças a uma modificação técnica, com aceitação imediata do mercado.
1893
Os irmãos Smith se unem a Union Typewriter Company que incluía concorrentes menores, como os donos das marcas Caligraph, Densmore e Yost e a própria Remington. Todos visavam baratear os altos custos de produção da máquina de escrever, permitir a troca e uso de patentes entre os associados. Tratamos este assunto acima.

Leroy Smith, o irmão mais velho, também inventa neste ano, uma máquina de escrever - a Peerless - muito semelhante a Smith Premier. Abaixo uma máquina de escrever da Union, uma "Smith-Remington", parecida com a estrutura das Remington.
1903 

Há desentendimento entre os associados pela supremacia da Remington, no que resultou na saída dos irmãos, para fundar a LC Smith  Bros. Typewriter Company.

1904

Carl Gabrielson, assumiu a concepção de novo produto da empresa, e no final deste ano, surgia uma máquina de escrever único teclado visível. Daqui em diante, a LC Smith & Bros. Typewriter Company, assumindo seu papel de séria concorrente. Lançou o modelo n° 2, também projetada por Carl Gabrielson, o mesmo inventor do modelo n° 1.

A Smith Corona, decidiu promover essa  máquina de escrever, de maneira inovadora: num anúncio de 27 de dezembro, oferecia serviços de datilografia com a máquina de escrever, Smith Premier 2,  em sua sede, localizada na esquina das ruas Oriente Genese e Washington, em Syracuse. A máquina foi rapidamente bem sucedida em vendas, graças a essa inteligente promoção.
Fábrica da Smith-Corona em Syracuse
1909
 Neste ano, a União Typewriter entrou com ação judicial contra a Smith Premier Typewriter Company para bloquear o uso do novo desenho, com novo perfil, que permitia aos datilógrafos enxergarem o que escreviam, baseado na quebra de patente e do uso comum coma a dissolução da União.


 

Um trio de modelos fabricados pela Smith Premier
Algum tempo depois, a Union entrou com ação judicial bloqueando a Smith Premier Typewriter Company, de usar o novo desenho,  que com o novo perfil, permitia aos datilógrafos enxergarem o que escreviam, como nos modelos acima.
1912/1940
O modelo  "Corona",  fabricado desde 1912, foi um enorme sucesso durante este período. Esse modelo revolucionário, quer pelo tamanho, peso e facilidade podia ser levado a qualquer ambiente. Ganhou fama e sucesso em tempo de guerra ou de paz, sem alterar substancialmente o seu desenho.

A mudança tecnológica provinda entre as duas guerras mundiais, não alterou o padrão Corona. Durante o período apontado seja fabricado pela Corona Typewriter Company até a fusão Smith-Corona, foram construídas e vendidas mais de 700 mil máquinas de escrever portáteis da marca Corona, que veio a máquina mais popular de sua época.
1926
Neste ano, após 23 anos de existência, a Corona Typewriter Company passou por fusão com a empresa LC Smith & Bros. Typewriter Company, formando então a união de dois líderes: a Corona mas portáteis e a Smith nas máquinas de escrever padrão.
Dois modelos que retratam a passagem para essa nova empresa

Nascia a “Smith-Corona Typewriter Company” ficando a Smith fazendo máquinas de escrever de escritório e a Corona com a linha das portáteis. Abaixo, um exemplar importado e comprado em grande quantidade pelo governo brasileiro para escritórios, no caso para o sistema de saúde.
1928
Neste ano, a Smith-Corona deu um longo passo no controle de material para o mercado mecanográfico: adquiriu a Miller-Bryant-Pierce Company of Aurora, de Illinois, fundada em 1896 para produzir chapa com tinta de fita e papel carbono, produtos indispensáveis no uso das máquinas de escritório.

A Linha Miller, desenvolvia cada vez mais, o melhor material de escritório, entre estes, as fitas para máquinas de escrever ou somadoras e papel químico, como o carbonado.
1942 -  II Guerra Mundial

No período  da Segunda Guerra Mundial, houve intervenção na produção das máquinas de escrever, e as fábricas  foram direcionada para fazer várias peças e armas militares.


Conselho de Produção de Guerra
Por meio do Conselho de Produção de Guerra ficou congelada às vendas de todas as máquinas de escrever. Além disso, o Governo Americano pediu as empresas em geral, para doaram seus serviços de vendas e produção, ao esforço de guerra.

A Smith-Corona, doou sua força de vendas para auxiliar e convencer empresas, a comprarem máquinas de escrever usadas, tão necessários não só ao governo, porém às empresas em geral.
Outubro de 1942
As batalhas e o quadro da Segunda Guerra Mundial, se mostrou maior e os esforços para produzir produtos bélicos, fez o Governo Americano tomar uma decisão radical: encerrou a produção de máquinas de escrever de todas as grandes mecanográficas.

Durante esse período da Segunda Guerra Mundial, a Smith-Corona Typewriter Company”  converteu sua produção para produtos de guerra. No pico de produção a planta da fábrica de Syracuse produziu aproximadamente 23 mil rifles M1903A3 Springfield US Smith-Corona por mês.

Além disso, houve a manufatura de 64 milhões de peças para bombas, pistolas, metralhadoras, pistolas marinha, torpedos e os mais diversificados instrumentos bélicos. A fábrica de Groton, também recebeu contratos do governo para produzir equipamentos de guerra, classificados de secretos para o Signal Corps do Exército e da Marinha.

Por causa das importantes contribuições da Smith-Corona Typewriter Company”  para o esforço de guerra, a planta da fábrica de Groton foi homenageada com o famoso “Army-Navy E” e a de Syracuse, recebeu menção especial do Departamento do Exército.

A concorrente da Smith-Corona no mercado de máquinas de escrever, a Remington Arms e o Alto Padrão Manufacturing Company deram também assistência a este setor industrial, na produção de cerca de 234.580 fuzis Springfield
Década pós guerra
Terminada a guerra, a Smith Corona retorna a fazer suas máquinas de escrever para uso em escritórios de negócios. As vendas atingem um excelente pico na década do pós guerra, a Smith-Corona divulga seus produtos, estabelece representantes, como ainda, oficinas para garantir o pós-venda da garantia em inúmeros países,  notadamente nos principais centros consumidores. No Brasil era representada por Herbert N. Cohn do Rio de Janeiro e filiais em diversos estados.
1955
Cresce a demanda por máquinas de escrever, e a Smith Corona inova introduzindo as máquinas de escrever elétricas destinados para facilitar a vida de escritores e homens de negócios. 
1956
Neste ano, em agosto a "Smith-Corona Typewriter Company" diversificando, ampliando e definindo seu papel no setor de tecnologia de escritório, adquiriu a Kleinschmidt Laboritories, Inc. de Deerfield, Illinois com o fim de diversificar, expandir seus próprios produtos e aqueles agregados com a nova empresa, no mercado global.

A Kleinschmidt Laboratories era uma empresa da indústria de comunicações impressa, com equipamentos telegráficos de alta velocidade, vendidos em grande parte para as forças armadas americanas. O telégrafo ficava conectado a uma máquina de escrever elétrica que por meio de relés transformava os sinais telegráficos em analógicos e os imprimia em caracteres.
Este era um campo sempre crescente: o de processar comunicações à distância. Para a Smith-Corona Typewriter Company um potencial para ampliar a fabricação de máquinas de escrever elétricas, com maior valor final ao produto, e só este fato tornava atraente e promissora essa aquisição.

A Smith-Corona, trouxe o vice-presidente da Kleinschmidt Laboratories, pessoa de muita competência, que por sua gestão eficiente no futuro, tornou-se o novo presidente da empresa.
1957
Surge os modelos de máquinas de escrever elétricas portáteis, introduzido neste ano, exclusiva ao uso doméstico em geral e, ferramenta essencial para as gerações de ensino médio e estudantes universitários começaram no mundo da datilógrafia.

1958
Neste ano, compra uma fábrica de calculadoras, a Marchant Calculator, quando muda sua denominação social para Smith-Corona Marchant Inc.. Como também, adquiri dos britânicos uma empresa que fez pequenas máquinas de escrever portáteis, West Bromwich Ltd. da Inglaterra.(um modelo de Marchant, ao lado esquerdo; mais informações sobre a MARCHANT consultar ABA Cálculos)

1960
Mudou-se de Syracuse para Cortland, Nova York, e ainda abriu nova sede corporativa em Park Avenue 410, em Nova York. Em meados desta década, a SCM tornou-se um dos principais fornecedores para o mercado de equipamentos de escritório, incluindo em sua linha: fotocopiadoras, máquinas de escrever e máquinas de calcular.

Abaixo, um modelo fabricado na Inglaterra do Acervo Museu Teclas onde consta os dados desta máquina portátil SCM Smith Corona Skiriter.

Neste ano em junho, a SCM Smith-Corona Marchant Co., faz a primeira incursão no ramo de copiadora, com o Vivicopy; o negócio de fotocópia seguiu em grande escala, com a comercialização imediata de três modelos Vivicopy 9, 12 e 14. Esse movimento de vendas, envolveu um amplo programa de expansão, em que todas as instalações e marketing know-how da empresa, exercidas sobre pesquisa indicando ser um mercado praticamente inexplorado. Abaixo, nova logomarca neste ciclo.
SCM também entrou no campo da linha de máquinas de contabilidade, incluindo recursos como saída de cartões perfurados, totalmente automático através do uso de intercambiáveis, painéis de controle multi-programas - todos equipamentos facilitadores para guarda-livros (antigo o contador), operadores de caixa e administradores contábeis ou de finanças. Estes produtos eram fabricados na empresa Kienzle Aparated GmbH, fabricante líder de equipamentos de escritório da Alemanha Ocidental.
1961
Ampliando aquisições, a SCM adquiriu a St. Louis Microstáticas Co. e desta fusão originou-se o Modelo 33 da eletrostática Copier, que foi posto à venda em abril de 1962. Desta tecnologia, nas décadas seguintes vai ser criada as impressões do "tipo toner".
1962
Neste ano, a Smith Corona muda a razão social passando a denominar-se: SCM Corporation, com um moderno logotipo de tri barra com as inicias, SCM. 

Abaixo, dois modelos de somadoras que também faziam parte dos produtos mecanográficos produzidos pela empresa. Na imagem da esquerda uma Corona com teclado cheio e na direita uma Figurematic (Acervo Museu Teclas) elétrica.

1963
SCM, transferi a fabricação de calculadoras para Orangeburg South, Carolina.
1965
SCM teve importante participação no desenvolvimento de computadores menores e mais eficientes. Destes produtos, os modelos  2814 e  2816, computadores básico, constituído duma máquina de escrever elétrica como console, ligada a leitores de placas, leitores de cartão, papel e fita magnética. Ao cliente cabia comprar, além desse equipamento completo, programas específicos de contabilidade, faturamento, listagens, apresentações, etc. concebidos para o melhor funcionamento dos negócios em geral.
1967
SCM compra a Allied Paper Corporation por US $ 33 milhões, e essa nova divisão de produção de papel foi intitulada:  “SCM Paper Allied”. Nesse mesmo ano, a SCM fundiu-se com a empresa de tintas Glidden reorganizada como divisão Glidden-Durkee. Essa aquisição foi para Glidden, a esperança de desenvolver sua pesquisa em revestimentos de papel, também muito útil aos negócios de copiadoras do SCM.

Outro produto o "Letterpack", um aparelho de mensagens de voz, gravadas em cartuchos pequenos de fita com 3, 6 ou 10 minutos, com alternativa de serem enviados a um destinatário, que precisava tão somente, ter outro aparelho igual para reproduzir essa mensagem, ao custo de 7 dólares, um par desses aparelhos. 
1970
No início deste ano, a  Divisão de Processamento de Dados é vendida para Control Data Corporation. No decorrer dessa década, de meados em diante, o mercado mecanográfico foi invadido por calculadoras eletrônica de bolso. 
1973
SCM constrói em Cingapura, uma nova fábrica de máquina de escrever, empregando cerca de 1.300 pessoas. Também introduz, a fita cassete eliminando os problemas de dedos manchados de tinta do carretel de fita, substituindo por cartuchos os dados arquivados. 
1981
 A SCM encerrou as atividades da filial em West BromwichInglaterra.
1985
O uso de computadores pessoais se ampliam através do processamento de texto, e a SCM lança seu primeiro portátil para processar textos, junto com a primeira máquina de escrever portátil, incluindo função de correção ortográfica. A diminuição do mercado de máquina de escrever, indica as mudanças que virão.  
1986
Neste ano, a SCM elimina algumas divisões. Vende o edifício-sede em Nova York com lucro significativo.
1995
Nessa época, a empresa procurou incrementar as vendas de máquinas portáteis de escrever eletrônicas, com itens avançados. Transferi as restantes operações de fabricação das máquina de escrever, da cidade americana de Corthand para o México, cortando a vaga de 750 empregos devido a contínua queda nas vendas. Pouco tempo depois, a  SCM abriu falência .
2000
Um dos últimos modelos de manual


SCM foi adquirida por uma empresa privada, em sua segunda falência em 2000. Logo saiu da fabricação da máquina de escrever e suprimentos em Cleveland, Ohio.

O mercado continuou a diminuir, e a empresa, decidiu alavancar seu conhecimento em fitas e tecnologias térmicas no crescente negócio de etiquetas térmicas.



1904
Neste ano, no mês de janeiro é fundada a “The Royal Typewriter Company numa oficina mecânica em Brooklin, New York por Edward B. Hess e Lewis C. Myers. Porém um ano depois, os limitados recursos de Hess e Myers esgotou-se. Os sócios buscaram no rico financista Thomas Fortune Ryan, a possibilidade de levar adiante o promissor empreendimento.
Fábrica de 1926 a 1947

Hess e Myers demonstraram a nova máquina e suas inúmeras inovações, incluindo: fricção do cilindro deixando-o livre ao movimentar o entrelinhas; rolamento do carro por esferas; um suporte adequado para o peso do carro; nova alimentação de papel; ação leve e mais rápido das barras de tipos através de molas especiais; visibilidade completa do que era datilografado. Impressionado com esse moderno maquinismo o financista Ryan injetou cerca de US$ 220.000 ficando nesse acordo com o controle financeiro da empresa.
1906
Neste ano, no mês de março, marca o primeiro ano de produção da empresa: The Royal Typewriter Company, Nova York, EUA, tendo como primeiro fundador e vice presidente E. B. Hess. O lançamento da máquina de escrever Royal n° 1 Standard, série 60.395 veio para competir com marcas que dominavam o mercado: a Remington e a Underwood. Como também no futuro competir com a Smith-Corona.
1908
Houve uma demanda crescente no mercado, é a Royal adquiriu em Hart Ford, Connecticut um novo local onde construiu sua fábrica com 23.000 m2 ao custo de US$ 350.000.
1909
Neste ano, houve o lançamento da Royal Standard 1 produzida entre 1906 até 1911.
1910
Neste ano, nas máquinas de escrever Royal, a parte traseira continha uma lista das patentes, decorrentes de aperfeiçoamentos, e mesmo assim, esse espaço traseiro era insuficiente.
1911
A Royal 1 foi seguida pela Royal 5 com carro de tamanho semelhante, tipo de mesa (standard). Este modelo, também se notabilizou como segundo lance de sucesso da Royal.

1914
Neste ano, surgiu a Royal 10, um modelo clássico, com duas placas de vidros laterais chanfrados em cada lado. Este modelo, levou a Royal  a ser uma das líderes de mercado das máquinas de escrever.
1923
Até este ano, Hess procurando aperfeiçoar sua invenção, obteve mais de 140 patentes para diferenciar sua máquina de escrever.
1926
Neste ano, a Royal introduziu no mercado o "Roytype", a marca para a linha de fitas para máquinas de escrever e papel carbono. Além disso, entrou no mercado de máquinas de escrever portátil, para competir com seus concorrentes mais fortes: a Underwood , LC Smith Corona e Remington.
23 de setembro
Neste ano e mês, com finalidade de promoção da nova máquina de escrever portátil, o presidente da Royal, George Edward Smith, assegurou patrocínio exclusivo do Dempsey Tunney, um campeonato de luta de boxe pelo montante de US$ 35.000. Foi a primeira investida em propaganda, a nível nacional por audiência no rádio. O jornal "The Daily News" de Nova Iorque, estimou que mais de 20 milhões de pessoas ouviam a transmissão dos programas dessas lutas de boxe, de costa a costa americana.

A introdução da linha de portáteis da Royal, de  imediato provocou um sucesso absoluto, pelo ineditismo da divulgação do produto. Este lançamento  frutificou e alçou a empresa ao patamar de  primeira marca em venda de máquina de escrever do mundo.

9 de outubro
Ainda no ano de 1926, o jornal diário, Hartford Courant registrou que a Royal, tinha produzido sua milionésima máquina de escrever.
1927
Em agosto deste ano, a Royal através do seu presidente George Edward Smith, a fim de promover a robustez e a durabilidade de suas máquinas de escrever, comprou um avião tri-motor Ford-Stout.
Através deste avião, lançou-se o plano chamado de “Royal Airtruck”, a empresa entregou de “pára-quedas” para os concessionários mais de 200 máquinas de escrever em caixas. O vôo inaugural foi sobre a costa leste americana. A Royal finalmente despachou mais de 11.000 máquinas de escrever desta forma, com apenas 10 delas danificadas.
1941
Morre em janeiro deste ano, Edward B. Hess, um dos fundadores da Royal e seu vice-presidente, em Orlando, Florida.  Hess foi um inventor prolífico e incansável com mais de 140 patentes relacionadas com a melhoria do funcionamento da máquina de escrever.


II Guerra Mundial 
A Segunda Guerra Mundial, trouxe uma enorme mudança para não só para a Royal, mas a seus concorrentes americanos diretos, obrigados a ajudar no esforço de guerra. As indústrias mecanográficas passaram a produzir material bélico e o mesmo ocorreu com a Royal que converteu sua direção exclusiva para esse fim, vindo a fabricar metralhadoras, rifles, balas, hélices e diversas peças para reposição em motores de avião. 
1945
Em setembro deste ano, fim do período de guerra,  recomeça a produção em tempo integral da fabricação das máquina de escrever.
1947
Neste ano, a Royal ainda com os impactos anteriores, produziu em quantidade limitada, porém uma versão banhada a ouro do popular modelo de luxo Royal Quiet. Desta versão especial e cara, apenas poucos e famosos compradores como: Ian Fleming , romancista britânico criador de James Bond romances; Ernest Hemingway escritor americano e muitos outros escritores e famosos, adquiriram este modelo portátil.  

Ao lado, outro grande escritor Aldous Huxley também usando uma Royal Quiet em 1946. 

Também neste ano, a Royal ganhou alguns processos por uso indevido de suas patentes contra seus concorrente diretos: a Remington e LC Smith Corona. Outros fabricantes menores de máquinas de escrever se utilizaram de  inovações da Royal em suas máquinas de escrever.

1948
Somente em dezembro deste ano em diante,  a Royal pode conseguir recuperar o atraso em sua carteira de produção do período do pré-guerra. Ao lado esquerdo, um modelo de muito sucesso de vendas. Uma máquina de escrever forte, muito resistente.
1950
Neste ano, em fevereiro a Royal, lançou sua primeiro máquina de escrever elétrica, e Lewis C. Myers, morreu em Freeport, New York, aos 84 anos de idade, o sócio sobrevivente fundador da Royal Typewriter Company.
1953
Na década seguinte do pós guerra, a demanda mundial por equipamentos de escritório, levou a Royal neste ano, a fundar na cidade de Leiden, nos Países Baixos uma nova fábrica para produzir máquinas de escrever.
1954
Neste ano, em abril, a Royal e a McBee, um dos principais fabricantes de máquinas de estatísticas e contabilidade, organizam um plano para fusão, vindo  os acionistas no mês de julho, a aprovar essa união.
1954-1964
Neste período, a “Royal McBee” foi listada como uma empresa de sucesso na revista Fortune 5, pois suas vendas subiram de US$ 84,7 milhões para mais de US$ 113 milhões.
1957
Neste ano em dezembro, a Royal divulgou que tinha produzido sua máquina de escrever de n° 1.0000.000 (um milhão). A Royal foi parabenizada por autoridades americanas, entre estes, o Secretário de Comércio e o governador de Connecticut, Abe Ribicoff.
1964
Neste ano em dezembro, a empresa despertou interesse comercial da Litton Industries. Diante das tratativas dos seus acionistas, aprovaram a aquisição Royal McBee, negócio concretizado no final em março de 1965.

A Litton Industries mudou o nome de Royal McBee, retornando novamente para a tradicional marca Royal Typewriter, reorganizando a empresa em cinco divisões: Royal máquina de escrever; Roytype, produtos de consumo; Roytype Suprimentos, Sistemas de McBee, e RMB.
1966
Neste ano em outubro, a Litton adquiri a Imperial, produtor inglês de máquinas de escrever, por intermédio da divisão Royal Typewriter.
1969
Neste ano em janeiro, a Litton Industries cimentou ainda mais, sua posição no mercado mecanográfico comprando a Triumph Adler, fabricante alemão de máquinas de escrever.
1973
Neste ano no mês em março, quase imediato à compra pela Litton da Triumph Adler, o governo dos EUA, obrigou apresentou um terno anti-trust acusando a  Litton de criar monopólio. A FTC determinou em cumprimento a Lei Anti-Trust "que a Litton desfaça a aquisição da Triumph Adler". 
1975
A Litton Industries recorreu e numa rara inversão, a FTC emitiu uma decisão final em abril do presente ano, reconhecendo que a compradora poderia manter a Triumph Adler.
1979
Neste ano em março, com finalidade de diversificar seus negócios, a Volkswagen, estranha no ramo mecanográfico, porém sabendo da amplitude desse mercado, adquiriu a participação majoritária de 55% na empresa natural alemã, Triumph Adler.
1982
Neste ano, a Litton Industries, obteve em vendas na América do Norte a totalização de mais de US$ 600 milhões, incluído os negócios das divisões Royal e da Triumph Adler.
1986
Neste ano, no mês de abril, a Olivetti - tradicional empresa italiana, fabricante de máquinas mecanográficas e computadores adquiri a Triumph Adler e a Royal da Volkswagen. Por cerca de duas décadas a Royal fêz parte da grande família Olivetti.
1980/1990
Durante essa década, a Royal, produziu máquina escrever eletrônica com sistema de impressão por “margarida”, como a Royal LetterMaster, um modelo mais barato e a Royal OfficeMaster 2000.
2004
Neste ano em setembro, novamente a Royal torna-se uma empresa americana privada, com a denominação de Royal Consumidor Informações Produtos Inc., ampliando a linha de produtos, incluindo caixas registradoras, retalhamento, PDAs, agendas eletrônicas, balanças postais, estações meteorológicas e ampla gama de suprimentos de imagem compatíveis, acessórios de apoio a impressoras, faxes e fotocopiadoras



Adler a máquina alemã

Em 1909 surge a Adler Schreibmaschonen, Frankfurt, Alemanha, em seu primeiro ano de produção.

A boa máquina de escrever alemã, manufaturada com aço de boa qualidade, era apenas, o segmento de uma marca, que se dedicou com maior afinco, na produção de veículos e motores.




1880
Heinrich Ludwig Kleyer nasceu a 13/dezembro/1853 em Darmstadt, e morreu em 9/maio/1932 em Frankfurt. Foi um engenheiro mecânico, fundou neste  ano, a fábrica Adler para produzir bicicletas em Gutleutstrabe, em Frankfurt.

H. L. Kleyer, foi o empresário pioneiro em construir bicicletas, motos e carros, mas também  em reconhecer o enorme potencial do futuro das máquinas de escrever. 

1889 
Neste ano, mudou o negócio para Gallusvierte, em Frankfurt, onde começou a produzir nessa fábrica, veículos com motores denominados de “De Dion”. A empresa, cresceu continuamente, sendo convertida numa sociedade anônima. Neste ano, ainda foi iniciado um novo ramo: a produção de máquinas de escrever, sendo a primeira do ramo na Alemanha.



A produção das máquinas de escrever, “Adler” foi iniciada, graças ao americano, Wellington Parker Kidder (1853-1123) inventor das Franklin, que após deixar este projeto, criou seu próprio modelo, chamada de “The Wellington, vendida para servir de base para as primeiras máquinas de escrever Adler.





1898 
Neste ano, a colaboração de W. Parker Kidder, foi primordial para nascer sua própria versão, da primeira máquina de escrever, denominada de “Empire”, lançada por Heinrich Kleyer. Obteve muito sucesso industrial, graças ao mecanismo de fácil uso, material de melhor qualidade, as barras de tipo de puro aço, proporcionando um alinhamento perfeito da  nova máquina.

Abaixo, um dos primeiros modelos, do Acervo Museu Teclas, registro n° R-0003. Falta o decalque, mas é possível ver a diferença do modelo acima.

Observando detalhes entre as máquinas acima e abaixo. É fácil perceber alavancas laterais no modelo Adler e nos carretéis da fita de ambas que são diferentes. A Empire tem um círculo na tampa frontal, inexistente na Adler. O resto é tudo idêntico!
1900

O primeiro modelo, verdadeiro da marca Adler, veio ao mercado com o Modelo 7

A máquina mostra uma águia abrindo as asas, pousando numa bicicleta. 

Uma concorrente que ganharia o mundo, para desagradar muitos fabricantes.

1901 - começou a fabricação de motocicletas pela fábrica da Adler.

1899 a 1903
O sucesso permitiu partir para novos modelos populares, com melhorias surgiu a Adler 7 ou modelo 7, cuja aparência lembrava a “Império”. Um projeto original do inventor americano, Wellington Parker Kidder, de quem cuja licença para produção e venda, da marca americana-canadense é adquirida pela Adler, com pleno direito  de desenvolver seus produtos de forma independente. Deste período em diante, a Adler irá construir sua linha bem sucedida, de máquinas de escrever, altamente comercializada na Alemanha e exportada mundo afora.

1902
Neste ano, surgiu o modelo 8, de tamanho normal, a Adlerwerke. A produção perfez o número de 4000 máquinas fabricadas neste período. Surgiu ainda neste ano, o emblema “Adler”, uma águia em aço, marcando sua impressão comercial.
1909
A Adler 11,  é um modelo com duas fontes, (idiomas) dois tipos de letras com seis símbolos. Neste mesmo ano, nasce modelo 15, com quatro fileiras de teclas. Os modelos anteriores, continuam no catálogo, com produção chegando a 50 mil unidades vendidas. O modelo 15, embora seu desenvolvimento tenha começado neste ano, a máquina só foi foi construída em 1923, ou seja, 14 anos após o desenvolvimento original .

1910 -  surge o modelo 14 (bilíngue), seguido do 16, com produção numeradas até 62 mil máquinas, destes modelos (14 e 16) neste mesmo ano.
Adler modelo 7

1911 - Com quatro linhas no teclado e os tipos com dois idiomas é criado o modelo 17 com produção de  número, 75 mil.
1912a Adler constrói sua fábrica em estilo clássico, com torres. Inicia o modelo 19 de teclado matemático e lança a portátil modelo 1.
1913 - Neste ano, é lançado o primeiro modelo europeu da máquina de escrever portátil, a Adlerwerke e a Klein-Adler para beneficiar um público consumidor considerável. Está máquina vêm para ser concorrente da Corona 3.

1913 - Enfim o modelo Adler 15 começa a replicar.
Este modelo contém quatro fileiras de teclas e um único jogo de tipos em maiúsculas e minúsculas, acrescido de caracteres usados no idioma alemão. A máquina de escrever, modelo 15, foi um passo de introdução regular da empresa, no mercado mundial extremamente bem sucedido, produzidas até ser forçada, a sair do negócio em 1995.
1914/1922/1930
Durante este período, a dedicação na produção de veículos, levou a Adler a ter um número oscilante de funcionários. Durante a década de 1930, chegou a ser o terceiro maior fabricante alemão com marcas Opel e Auto Union e seus vários modelos. No ano de 1936, uni-se a Daimler-Benz.
1920
Depois da primeira guerra mundial, reinicia a produção a todo vapor. Desenvolve um novo modelo, com inovações técnicas importantes, precisão, estabilidade e perfeito alinhamento, o modelo 25. Como ainda, vai fabricar uma série de acessórios para escritório.
1928
A Adler introduziu uma pequena versão portátil (Klein Adler e Klein Adler 2) com teclado cor branca, em quatro fileiras seguindo n° de série de 369.484. Na França, este modelo recebeu o nome de Adlerette; na Espanha, Adlerita; na Itália, Piccola. Apenas os nomes foram adequados aos países compradores, as máquinas de escrever eram as mesmas alemãs.
1944 
Neste ano em março a Adler foi destruída por bombardeiros. No período da Segunda Guerra Mundial, a fábrica da Adler, foi obrigada a produzir armas para os nazistas.
Fábrica da Adler em 1946, com os modelos portáteis
1948
As esperanças de retomar a produção de carro após a guerra desapareceram. Quando assumiu a liderança na fábrica de Frankfurt, Ernest Hage Meier, optou  produzir, mesmo  em condições difíceis, com escassez de materiais, as máquinas de escritório, bicicletas, motocicletas e ferramentas. No ano seguinte, em 1949,  começa a produção da máquina de escrever, Little Adler, o modelo 46.
1950
As máquinas de escrever Adler, comprovadamente suportaram os testes de muitos anos, de uso continuo, por mais de 50 anos. Passou por muitas provas, incluindo a Grande Depressão e duas guerras mundiais. Uma das máquinas de escrever da Adler mais populares, foi a Adler Universal, lançada nesta década. O conjunto de máquinas de escrever abaixo, permitiu estar entre a preferência dos consumidores pelas Adler.

Quando a televisão alemã, transmitiu seu programa de notícias, "Erste Deutsche Fernsehen", através do canal Tagesschau de Hamburgo, no final de 1952, os boletins de notícias são datilografados, na nova Adler Universal. Como ainda, todo o setor de mídia, publicação e escritórios em geral, são principalmente feitos em máquinas de escrever Adler.
1953
A empresa lançou neste ano, a revista "Adlerhorst" com o público alvo dos secretários, estereotipias  e quem trabalha nos modernos escritórios.

As máquinas, eram pesadas, manuais, o carro com eixo longo, sob rodízios, firme no alinhamento, também garantido pelas barras de tipos, em aço de excelente qualidade. Os modelos: 7,8,11,14,15,16,17,19,25 e 31, chamados de padrão “Standart Simplex” e as pequenas portáteis nos modelos 1,2,30,32,  Favorit e Favorit2, trouxe um diferencial neste ramo mecanográfico.

No modelo 11, os tipos eram com seis caracteres em cada barra de tipo, sendo possível utilizar duas fontes diferentes por máquina, uma inovação completamente diferenciada. Excelente para tradutores, porém dificultoso para assistência técnica, como regular as alturas diferenciais da escrita ou conseguir tipos.
1954
É lançado o “Klein-Adler 2” com surpreendentemente e moderno modelo em  art deco, como último detalhe. A produção de máquinas de escrever, seguiu até 1995 quando a Olivetti assumiu a direção, da Adler Triumph.



Acima: dois modelos, um standard e outro portátil que representam "os melhores fabricados" em qualidade, eficiência, durabilidade das peças, escrita alinhada e conforto para datilografar. 
1955
Neste ano, a Adler produziu mais de 100 mil máquinas de escrever com um volume de US$ 50 milhões mantendo um record em negócios, representando quase 40% do mercado de exportação de toda indústria alemã de máquinas de escritório. Na Feira de Hannover, a Adler lança sua primeira máquina de escrever elétrica, que foi transformada num grande sucesso de preferência
1957 
No final deste ano, Max Grundig, fabricante de aparelho de rádio e televisão, com sede na cidade de
Fürth, adquire a participação majoritária na Adler através das fábricas Triumph em Nuremberg.

Triumph Schereibmaschine  - uma nova marca 

1896 - A Triumph foi fundada em Nuremberg, Alemanha, por “Siegfried Bettmann”, como fábrica de bicicletas e no ano seguinte, planeja a fabricação de máquinas de escrever.
Este modelo lembra uma Royal, de fato é uma cópia...
1909 
A Triumph comprou os ativos em liquidação, da fábrica de máquinas de escrever Nuremberg. Lança um modelo “Norica”, que em pouco tempo surge com novo modelo Triumph 1, uma máquina de escritório com tecnologia avançada.
1911
A empresa altera o nome para Triumph Werke Nuremberg.

1913 - Separação da matriz inglesa.
Neste ano, a Triumph torna-se independente da matriz inglesa. Passa a produzir na Alemanha, produtos com muita qualidade. Produz cerca de 2000 máquinas de escrever de diversos modelos, a maioria é exportada para os países da Rússia, Itália e Argentina.
1914
Neste ano, com a Primeira Guerra Mundial advém dificuldades para fabricar as máquinas de escrever. Por outro lado, as novas máquinas de escrever se ampliam nos escritórios, em detrimento do trabalho dos estenógrafos.
1921 
A Triumph com criatividade se supera diante das dificuldades econômicas do pós guerra, com inflação alta e dificuldades de crédito, passa com vigor e empenho a produzir 3000 máquinas de escrever (antes da primeira guerra mundial produzia apenas mil unidades).

Oskar Gsrwitz, tinha inventado uma máquina telegráfica, baseada na máquina de escrever Triumph. Deste feito, a Agência Geral de Berlim, contratou um pedido de 600 máquinas para o Serviço Postal Alemão, Divisão de Telégrafos. Fora a maior encomenda já feita até aquele momento na Alemanha.
1928
Um fato importante torna a Itália a porta de saída para o mundo das máquinas de escrever Triumph: o papa Pio XI enviou a bênção, através do Cardeal Menotti, a todos os trabalhadores da fábrica da Triumph, pelo bem-estar que o modelo 10 (foto abaixo), usada no Vaticano.

1929
Neste ano, a Triumph é na Alemanha, a primeira indústria de máquinas de escritório, a introduzir a produção de série, em larga escala. Lança uma nova linha, a de máquinas portáteis; aprimora o departamento de vendas e marketing; junta-se em cooperação com a Adler, quando a Triumph produz uma máquina de escrever ligeiramente modificada com sendo uma Adler.
1936
A Triumph lança seu modelo 12. Esse novo modelo dessa inovadora fábrica, aparece no mercado de máquinas de escrever: rápida, toque confortável, leve e a mais moderna em seu período. Ainda pela cooperação das empresas alemãs, é também vendida com a marca Adler.
1937 
A Triumph entra no mercado de máquinas de contabilidade, automatizando alguns dispositivos e com isso atingiu recordes de vendas do novo produto. Surge a Segunda Guerra Mundial com prejuízos para os negócios da Triumph.

1950A Triumph cria seu modelo mais evoluído a “Matura” com formato moderno, futurista, passa a ser chamada de “a rainha das máquinas de escrever”. Com este modelo, torna-se a nova referência em tecnologia de máquinas de escrever.

Atingi sucesso nesta década com considerável volume de vendas. A Triumph, em paralelo se dedica a fabricação de motos de baixo ruído, porém em 1953 este mercado passa por crise. (ao lado esquerdo, a Matura )
1956 Datilografando por meio elétrico.
A datilografia totalmente elétrica encontra por fim, seu caminho nos escritórios com um novo modelo: o "Matura elétrica" e "Euconta" máquinas de contabilidade eletromecânica.
                        Abaixo a Triumph elétrica de contabilidade com aparelho de ficha tríplice.                            
A Triumph Performat totalmente elétrica, com cartão elétrico, dá nova vida a automação nos escritórios e dos teletipos. Até o final de 1956, cerca de 1 milhão de máquinas de escritório, máquinas de escrever portáteis e organizadores, deixaram as fábricas Triumph quase metade produzidos a partir de 1945.

1957
Max Grundig, industrial da cidade de Fyrth, compra o capital social da Triumph e participação na Adler, na fusão passa a se chamar Triumph-Adler.

Cessa a produção de bicicletas e motocicletas, para se concentrar totalmente na produção das máquinas de escritório. Lança uma nova geração de equipamentos, com marca global, com destaque para a “Gabriele”, uma portátil de escrever que leva o nome da neta de Max Grundig.




Olympia a história da máquina guerreira
Antes de penetrar nos meandros da historiografia alemã das máquinas mecanográficas Olympia, é preciso contar um pouco da história alemã, destacando seus aspectos interessantes, afinal essa marca passou por bons bocados de história.

No princípio do século XIX, o chanceler Otto von Bismarck, após passar por várias etapas, enfim conseguiu unir vários principados alemães, aproximadamente 300 unidades separadas, quer por motivos políticos, religiosos e dinásticos no período conhecido por uma “Alemanha Menor”. O fato da unificação deveu-se a derrota em 1815 do exército de Napoleão Bonaparte, quando estes Estados Alemães formaram a Confederação Germânica, sob hegemonia do  Império Austríaco.
1814-1815
Nesse duênio, ocorreu o Congresso de Viena, cujo tratado redesenhou o mapa político da Europa, pós derrota de Napoleão. A Prússia, adquiriu grande parte do noroeste, do que atualmente é a Alemanha, incluindo o Vale do Ruhr, uma região abundante em minas de carvão, importante fator de energia daquele período histórico.
1862
Neste ano, ocorre o nascimento da fábrica de armamentos prussianos, fundada como: Erfurt Royal da Prússia funcionando por 56 anos em meio ao engrandecimento da região. Daqui vêm a introdução da Optima – máquinas de escrever, como de sua co-irmã Olympia.
1867
Por volta deste ano, graças ao fator de suprimentos energético, no caso o carvão, a supressão de barreiras alfandegárias em torno de união aduaneira, chamada de “Zollverein”, excluindo à Áustria dessas vantagens, proporcionou rápido crescimento aos demais signatários, o qual deu ao Reino da Prússia, influência econômica e política. Tornou a região o núcleo da Confederação da Alemanha do Norte, um projeto de Bismark a fim de unificar o sonho de uma Alemanha, em torno da Prússia .
1871
Neste ano, os estados alemães se uniram para criar o Império Alemão, porém a Prússia era tão grande e dominante, que a liderança era inevitável, nessa “Nova Alemanha”. Os “junkers” (nobreza latifundiária) detentores de vastas propriedades e outras elites prussianas, cada vez mais, identificavam-se como alemães, e cada vez menos, como prussianos.
1903
Neste ano, começa em 15 de agosto na cidade de Berlim, a história das máquinas mecanográficas Olympia, inserida nos aspectos históricos de sua época.

Na empresa alemã AEG - Allgemeire Elektricitatis Gesellschaft, surge a vontade de desenvolver um novo equipamento, sob crescente popularidade e demanda: máquinas de escrever

A AEG buscou em seu pessoal, o Dr. Friedrich von Hefner-Alteneck, um engenheiro capaz de projetar e desenvolver - a máquina de escrever alemã.

Friedrich Heinrich Philipp Franz von Hefner-Alteneck
Foi inventor e engenheiro elétrico, nascido na Alemanha, em 27 de abril de 1845 em Aschaffenburg e falecido em 6 de janeiro de 1904 em Biesdorf. Um dos seus memoráveis inventos foi o desenvolvimento da unidade de intensidade luminosa, que recebeu seu nome: a vela de Hefner.

A medida chamada em alemão de “Hefnerkerze (HK),  foi usada na Alemanha, Áustria e Escandinávia de 1890 a 1942. A medida Hefnerkerze foi substituída em 1940 pelo moderna unidade, SI - a candela. Por suas pesquisas tornou-se em 1896, membro da Real Academia Sueca de Ciências.
1904
Neste ano, no período até 1934, foram desenvolvidas e construídas, as máquinas alemãs, na AEG sob o comando de Friedrich von Hefner-Alteneck junto com um dos seus assessores mais próximos, Werner von Siemens (mais tarde, mundialmente conhecido pela Siemens). A primeira máquina de escrever alemã recebeu o nome de Mignon. (a primeira, AA em imagem abaixo, à esquerda)

A Mignon
Essa máquina consistia de um painel, contendo num teclado impresso todos caracteres, percorridos através de um ponteiro que ao escolher um caracter rodava automaticamente um rolo cilíndrico contendo todos caracteres, graças a um sistema mecânico simples, o caracter escolhido através de uma alavanca pressionada, imprimia sob um rolo aonde era fixado o papel. O custo de produção dessa máquina, ficou baixo, acessível não apenas para as grandes empresas, como também para os particulares. 
1912
Neste ano, na cidade de Berlim, começou a produção em larga escala das Mignon lançada com o modelo AA. Porém essa fabricação fica interrompida durante a Primeira Guerra Mundial. A Olympia, dará continuidade das Mignon.
1914/1918
A Primeira Guerra Mundial, começou em 28 de julho de 1914 terminou até 11 de novembro de 1918, com o armistício e a queda de quatro grandes potências: os impérios Alemão, Russo, Austro-Húngaro e Otomano, deixaram de existir.
1918/1919
No ano de 1918, em novembro, as monarquias foram abolidas, a nobreza perdeu seu poder político. Nos anos  1918-1919  foi sucedida uma nova divisão dos impérios derrotados: os dois primeiros perderam uma grande quantidade territorial; os dois últimos foram desmontados completamente em suas estruturas de Estado.
1919
Neste ano, em 11 de outubro, dá-se a fundação da empresa que se tornou parte da alemã Werke AG Berlim.

No término da Primeira Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes, trouxe no seu bojo algumas restrições como: a região não poderia ter fábricas de armamento, sendo permitido somente, a produção de produtos civis, entre estes, as máquinas de escrever.

A AEG se estabeleceu na cidade alemã de Erfurt, ( foto ao lado esquerdo) mudança acontecida por necessidade fabril. O sucesso comercial com a máquina AEG Mignon modelo 3 deu-se por volta de 1921.
1923
Neste ano, houve a participação de 50% das quotas da AEG nas mbH máquinas de escrever alemã- Werke AG Berlim. O “Reino da Prússia” então abolido, em favor de uma república: Estado Livre da Prússia, um estado da Alemanha desde 1918 até 1933.
1924
Neste ano, é lançado o modelo 4, ofertado com 36 rolos cilíndricos de tipos diferentes, dois deles, disponíveis com letras cirílicas, destinadas à exportar ao mercado russo. Houve ainda, melhorias mecânicas como o sistema de retrocesso e outros itens.

 1929
Neste ano, a AEG assumi completamente a propriedade da empresa, e é renomeada  para  "Europa máquina de escrever Werke AG."
1930
Neste ano, são produzidos os modelos 7 e 8 ambas vendidas sob os nomes AEG e Olympia. Ainda houve protótipos posteriores na década de 1930, como os modelos 8A e 8B, mais simples e mais barato que ganharam popularidade no mercado, ou ainda, como o Filia e o Super, que não duraram muito tempo.

Neste ano, a Europa máquinas de escrever AG” começa operar e teve seus produtos premiados com o nome da marca, protegida internacionalmente por patentes como: Olympic. Na fábrica em Erfurt, além das Mignon, foram lançadas as máquinas de escrever: Filia, Elite e Progressão. 
1932
Neste ano, a República de Weimar, perde quase totalmente, a importância jurídica e política conquistada pela Prússia, legalmente abolida em 1940
 As velhas elites prussianas desempenharam um papel passivo, na criação da Alemanha nazista como seu “Estado” sucessor.
1933
Neste ano, chega ao mercado a última Mignon, chamada de Plurotyp Olympic. Houve ainda, uma versão melhorada da Olympia vendido com o nome: Plurotyp

Abaixo um modelo MIGNON do acervo Museu Teclas em perfeito estado de funcionamento. Seu registro é de n° R-0001 por sua raridade, peculiaridade e originalidade. Não é a mais antiga do museu. 
 
A Olympia
As máquinas da marca Olympia, vão dar continuidade da Mignon Schreibmaschine construídas por Hefner Alteneck, com os nomes de máquinas de escrever AEG Mignon, com uma característica específica: se utilizavam de um ponteiro para escrever.
1936
No último dia deste ano, 31 de dezembro, o nome da marca, passou também a denominar oficialmente a empresa: Olympia Máquinas de Escritório Werke AG. Também foi introduzido no mercado, uma máquina de escrever portátil Olympia. O nome da empresa ficou sendo conhecido no mercado, a partir do ano seguinte, produzindo marcas padrão. 
1943
Mesmo em tempo de guerra, as máquinas de escrever Olympia, tinham um bom mercado, com vendas em alta, pela qualidade do material e eficiência do equipamento. A empresa até criou uma versão do Modelo 8, para pessoas com deficiência.
1939/1945
No período da Segunda Guerra Mundial, muitos funcionários da empresa estiveram no conflito, a cidade de Erfurt, sede da Olympia, sofreu muitos danos ao longo dos combates, afetando drasticamente a planta da fábrica. 
1945- fim da guerra
Neste ano, entre os dias 11 e 13 de abril, a fábrica em Erfurt, completamente destruída, estava reduzida, a apenas onze funcionários. Neste mês de abril, a região sofreu pesado bombardeio americano, sendo a cidade capturada pelas forças aliadas, como zona de ocupação militar num breve tempo, sob controle dos EUA.

ERFURT, lado esquerdo, vista Catedral e do Mercado do Peixe

Em 03 de junho, a área aonde se localizava, a sede da Olympia, estava na zona de ocupação soviética, nas mãos do Exército Vermelho. No verão, o governo do lado oriental da Alemanha, sob orientação soviética, assumiu o controle da cidade de  Erfurt e todas instalações existentes, incluindo a unidade fabril da Olympia, tornando-se uma estatal, alterando a nome para: VEB Optima para produzir máquinas e equipamentos de escritório GDR.
1945
No final deste ano, muitos funcionários originárias da Olympia, fugiram do lado soviético, e puderam auxiliar na produção das máquinas de escrever num lugar improvisado, em Bielefeld. Após breve estadia, o Conselho de Administração da empresa, saiu na busca de melhores condições para funcionar a fábrica. Encontrou um antigo armazém da Marinha, em Wilhelmshavener Roffhausen.

Um fato interessante se passou antes na chegada da força de ocupação soviética: tentou-se transferir 1,8 milhões de marcos, ou seja, 35% do capital social da Olympia para Hamburgo, porém por um erro de suspeição não se concretizou essa operação. Havia o medo do regime bolchevista.
1946
Em 1° de outubro deste ano, a Junta Militar de Ocupação da Alemanha, emitiu autorização permitindo a produção das máquinas de escrever. O trabalho desenvolvido em Wilhelmshavener desenvolvido após a Segunda Guerra Mundial, se deu graças a um empregado da empresa, que trouxe da planta fabril de Erfurt, o material necessário e indispensável, incluindo toda documentação do projeto e seus desenhos, ao fugir para Bielefeld, no lado ocidental. 

Agora em Wilhelmshavener Roffhausen, com uma equipe inicial de 28 funcionários, em condições difíceis, a empresa foi vencendo os empecilhos e prosperou devido à alta demanda do milagre econômico alemão, com sucesso. 

Do lado oriental, a partir de 1946, à empresa estatal soviética  SAG - Staatl Aktiengesellschaft  junto com as máquinas de escrever Rheinmetall,  incorporou a Olympia  ao conjunto de empresas, ligadas ao estoque Totschmasch. 
1947
No final deste ano, a fábrica de origem AEG/Olympia foi renomeada para Orbis Typewriter. O preço de venda da Orbis, inicialmente era cerca de 350 marcos alemães.
1949 – a máquina Orbis
Neste ano, foi fundada a RDARepública Democrática Alemã, ou DDR - Deutsche Demokratische Republik, em alemão. O território alemão foi repartido entre os aliados: Estados Unidos, Reino Unido, França e a União Soviética. O lado oriental, zona sob proteção soviética deu origem à RDA; do lado ocidental, a junção das outras três, originou a República Federal da Alemanha.

A fábrica da Olympia ficou no lado oriental, sob orientação russa, tendo lançado no mercado a Olympia SM1, num curto período de produção.

A nova subsidiária do lado alemão ocidental da AEG, reivindicou o nome da marca, já famosa – Olímpia - isto é, “Olimpíadas” ao Tribunal Internacional de Haia para decidir sobre o uso do nome da marca. Inicialmente, a nova empresa Wilhelmshavener comercializava as Orbis com o nome de Werke GmbH Escritório Orbis.

A Corte de Haia, (lado esquerdo, foto da sededecidiu em sentença aprovada neste ano, que somente a fábrica instalada em Wilhelmshaven, na Alemanha Ocidental, seria permitido conduzir os direitos marca: Olympia. Quando então, a empresa mudou o nome para "Olympia Werke GmbH Ocidente". 

As instalações que ficaram na RDA, em Erfurt é expropriada, inserindo-se numa empresa burocrática e estatal germano-soviética com o nome de Optima Erfurt e suas linhas de produtos de máquinas de escritório: Optima, cumprindo à decisão do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia. O nome “ Optima” tem base na semelhança sinônima do nome Olympia.

A primeira máquina de escrever feita após a Segunda Guerra Mundial, na RDA República Democrática Alemã, foi a Optima M10 que perdurou até a reunificação da Alemanha em 1990. A Optima M10, do termo refere-se ao décimo modelo de série feito pela fábrica em Erfurt, a mesma aonde a AEG, começou as Mignon.
1950
Neste ano, a fábrica de Erfurt, foi renomeada como “Optima” e as novas instalações de Wilhelmshaven, ficou como Olympic Works Oeste GmbH. 

A Olympia de Wilhelmshaven, na Alemanha Ocidental, continuou a desenvolver seus produtos, como uma máquina de escrever, tamanho semi-portátil, a Elite e começou a série SM que significa “Schreibmaschine Mittelgroß” ou seja, máquina de tamanho maior. A Olympia lançou logo duas máquinas: a SM2 e SM3.
1951
Neste ano, deu-se a ruptura definitiva entre a Olympia e a Optima, cada qual separadas, entre dois mundos, a segunda, cercada pela chamada “Cortina de Ferro”. A Optima trouxe de volta o modelo Plana, também a semi-portátil Elite, mas havendo divisão equitativa nos direitos de uso da patente.
1954
Às 7 horas de 22 de junho deste ano, a Olympic Works Oeste GmbH, de Wilhelmshaven, tornou-se uma subsidiária integral do grupo alemão multinacional AEG. Suas vendas, lucros e quantidade de funcionário aumentavam constantemente.

Nessa reunião de 22 de junho, a Assembléia Geral de Acionistas, composta por membros da: AEG, Hamburgische Landesbank, Commerzbank e Disconto Bank AG., de Hamburgo e diversos diretores da Olympia,  decidiram:

- novo nome da empresa para Olympia Werke AG;
- capital social de 10 milhões de marcos aumentado para 16 milhões de marcos;
- ampliar a fábrica, contratar quantidade maior de pessoal;
- produzir em larga escala, máquinas de escrever e somadoras.

A empresa já envolvida na produção alemã de pequenas, médias e grandes máquinas de escrever e máquinas de somar, era uma das mais importantes indústria de equipamento de escritório na Alemanha, com cerca de sete mil funcionários, exportando para toda Europa e Américas devolvendo à Alemanha Ocidental, extraordinários recursos construtivos desse novo país pós Hitler.
Fábrica em Roffhausen da Olympia modelos SM sendo testadas
1957
Neste ano, a Olympia atingiu uma força de trabalho com cerca de 12.000 homens e mulheres, um novo recorde. Comprava ainda, peças e material para produção em  Roffhausen e em todo o noroeste alemão. Era a empresa em constante expansão permitindo a dinâmica do desenvolvimento e, partindo para compra de outras empresas mecanográficas.

Adquiriu em Idle uma nova fábrica, que empregava cerca de 2.500 pessoas, entrando na fase inicial de fabricação de máquinas de calcular em Braunschweig, da Brunsviga Maschinenwerke GmbH. 

1959
Neste ano, em Roffhausen começou a fabricação de máquinas de escrever elétricas, modelo SBU. 
Algum tempo depois, mudou-se para Brunswick, focada no desenvolvimento e produção de máquinas de quatro espécies, posteriormente distribuídas sob o nome Brunsviga.
1960
Em meados desta década, a Olympia, além das calculadoras mecânicas, se inseriu no novo mercado de calculadoras eletrônicas, se utilizando dos novos tubos de display Nixie. Porém, a eletrônica ainda estava num estágio primário, componentes eletrônicos estavam sendo aperfeiçoados.
1961
Por este ano, cerca de metade das máquinas de escrever em uso na Alemanha, são as portáteis Olympia, dos populares modelos Progresso, Simplex, e Elite aos modernos: SM2, SM3 e SF Portable.

Embora alguns modelos não tenham tido sucesso como o Orbis, com duração somente de um ano, embora tivesse recursos com teclas confortáveis, amortecimento suave, apesar do alto preço Olympia. 
1962
Neste ano, é o início da produção da máquina de escrever M14 e M16 e a Olympia adquiriu as ações adicionais AEG e ficou como única proprietária do capital social da Olympia Werke AG, no valor de 55 milhões de marcos alemães.
1964
Neste ano, uma Olympia SM7 custa US$ 142,50 um  preço “salgado”, dessa época para o equivalente em moeda atual. A Olympia continuava a prosperar, abrindo novas instalações no Canadá, Irlanda, México e Chile. O preço das Olympia tinha equivalência de comprar entre duas ou três máquinas dos concorrentes.
No Brasil, essas máquinas, além de muito caras, tinham uma concorrência maior, outras empresas estavam bem alicerçadas no país, principalmente, a italiana Olivetti, ou as americanas, Remington, Underwood, Royal, Smith Corona, ou ainda a IBM que teve em nosso país sua primeira filial. Enfim, eram muitos concorrentes, estruturados com revendedores e oficinas autorizadas, num país continental como o Brasil, aonde cabe todo território europeu e um pouco mais.
1964 em diante
Durante esse tempo em diante, a Olympia produziu alguns de seus modelos SM mais populares, incluindo o SM5, modificação tecnicamente agradável de datilografar; produzidas em diversas cores, como caramelo, água marinha, hortelã e rosa; opção de diferentes tipos de impressão nas  máquinas de escrever.

Em 1964 no cinema de Hollywood, em 1964, Alfred Hitchcock apresenta numa película, uma secretária enlouquecida, teclando em cenas neuróticas atrás de uma Olympia SG3.
1969
Neste ano, a empresa adquiriu a fábrica de máquinas “Alpina” de Kaufbeuren, para Roffhausen e as dispôs em três novos ambientes de produção, ao de cerca de 10 milhões de marcos alemães. Expandiu as obras em Roffhausen, Braunschweig, em Kaufbeuren, em Belfast, na cidade do México, em Santiago no Chile e em Toronto, Canadá. 

A força de trabalho total da empresa, excedeu a marca de 20 mil funcionários. A Olympia não era apenas a número um na Alemanha, como fabricante de máquinas de escritório, mas uma das três maiores fabricantes de máquinas de escritório do mundo.
1970
Neste ano, é inaugurado na Feira de Hannover, o Pavilhão 1 da “CEBIT Centro de Escritório e Tecnologia da Informação" um marco importante na história da empresa nos Jogos Olímpicos. 

A Olympia foi um dos maiores expositores da nova CEBIT Hall. Lançou o Olympia Multiplex80 que introduziu um sistema informatizado de dados. A primeira instalação foi em 1969 concluído financiamento com êxito pelo Deutsche Bank Hamburgo. 

Também em 1970, a Olympia lançou uma máquina de escrever elétrica, o modelo SGE 50M Excellence, de espaçamento proporcional, experimentou o teclado Dvorak,  segundo avaliação da empresa, com letras mais comumente usadas ​​no alfabeto inglês de forma mais conveniente e confortável do que o formato QWERTY padrão. 

Uma escolha duvidosa, não aceita no mercado, uma vez que, neste período haviam vencido essas experiências e os datilógrafos não estavam dispostas a reaprender um novo modelo, já testado e dispensado pela história.

Também neste ano, marca o fim da produção do modelo de máquina de escrever M14. No início deste ano, há cooperação comercial no setor de computador com a Matsushita, do Japão. Ainda se concretiza outros negócios, como a compra da Agfa, para implementar o setor de copiadoras. 
Década de 1970
As máquinas de escrever Olympia mantiveram uma produção contínua por mais de dezesseis anos, a partir da década de 1950 até a década de 1970.  As Olympia de escrever portáteis ficaram conhecidas pelos bons projetos e contínua inovação técnica.  

A Olympia, como a maioria dos outros fornecedores, estavam ciente de que os computadores estavam se desenvolvendo, mesmo assim, muito longe de atingir a produção mecanográfica, mesmo as calculadoras eletrônicas ainda tinham componentes instáveis. 

As empresas de máquinas de escrever alemãs reunidas em"Kombinat Zentronik” na Feira de Hannover sob a sigla "DARO" para apresentar soluções nas áreas de processamento de dados, automação, racionalização, organização.
1973
Neste ano, dá-se o início da produção das máquinas “Organização 1415”, bem como o desenvolvimento da impressora SD1150.
1974
Neste ano, marca o início da produção das máquinas Organização 1416”, bem como o fim da produção das máquinas do modelo, “Organização 1413 e da máquina de escrever M100.
1976
Este ano, foi importante para a Olympia, no setor de informática: 70 sistemas de troca de dados, são instalados, no modelo tipo Multiplex 80 com um valor total de mais de 10 milhões de marcos. Entretanto, também começa em 1975, o início da produção da máquina de escrever modelo 202, e no ano seguinte, a produzir a máquina de escrever modelo 204.
1977
Neste ano, finaliza a produção da máquina de escrever modelo M16 e principia a produção de máquinas de escrever modelos: Daro 18 e Daro 20.
1980
Neste ano, se inicia a produção das máquinas de escrever eletrônicas modelo S6001. Por volta e meados da década de 1980, a situação econômica do grupo AEG Olympia AG, não é razoável.  

1981/1982/1985 termina a produção:
1981, a produção do processador de texto modelos 1415 e 1416;
1982, e a vez das máquina de escrever modelo S6011;
1985, é o fim da produção de máquinas de escrever Daro 18 e Daro 20; 
1986 cessa a produção de máquinas de escrever modelos S6001 e S6011; 

1985/1987/1989  se inicia a produção:
1985 - a produção da máquina modelo Robotron 24
1986 marca o início da produção da série de máquina de escrever S61xx;  
1987 a produção da máquina de escrever S6140 e a  série S3000;
1989, o desenvolvimento do modelo plotter K6421.
1992
Por volta deste ano, a produção mundial de máquinas mecanográficas haviam caído assustadoramente. A Olympia tinha no mercado mundial, a concorrente Olivetti, uma gigante global, ou a Facit sueca, em franca aceitação. Embora houvesse tentativas para salvar a empresa, era um desejo infrutífero. Enfim a produção  de Roffhausen em Wilhelmshaven finalizou.

O resultado do término de uma empresa, depois de anos de perdas,  foi a dispensa de 3600 trabalhadores da Olympia Werke AG com operações em Wilhelmshaven, Frankfurt e Stuttgart e a dificuldade de como criar empregos alternativos na região para profissionais tão específicos.

A empresa-mãe AEG, no grupo Daimler-Benz foi cobrado a responsabilidade de dar impulsos inovadores e decisivos para  criação de novas empresas para acomodar o pessoal dispensado dessa área mecanográfica.
1994
Neste ano, em 1° de julho, foi criada uma rede de distribuição mundial sob a marca Olympia Escritório Vertriebsgesellschaft mbH distribuindo a produção das instalações na Cidade do México, ou produzidas pelo grupo em Hong Kong através da Olympia International Holdings Ltd.
1997
Neste ano, usando o nome da marca, se inicia a produção de um novo produto: caixas registradoras com o lançamento dos modelos, CR300, CR500 e CR600.
1999
Cessa a produção das máquina de escrever no México e a fabricação definitiva das máquinas de escritório com a marca Olympia.

Há apenas, “direitos sobre a marca Olympic", detida pelo empresário Heinz Prygoda como a Olympia International Holdings Ltd, sucessora da marca Prygodas Olympia Business Systems Vertriebs GmbH.


1844
Neste ano, em 10 de outubro nasceu em Saxon, Dresden, Alemanha, Karl Robert Bruno Naumann. Era filho do fabricante de meias, Moritz Ferdinand Naumann (1803-1882) e de Juliane Christiane Haustein.

Seu pai emigrou para os Estados Unidos, ainda quando sua mãe estava grávida, meses antes do nascimento de Karl R. B. Naumann. Embora tenha retornado à Saxônia, muito próspero, alguns anos depois, a mãe de Naumann pediu o divórcio.

(Karl R. B. Naumann foto ao lado esquerdo)

Karl Robert Bruno Naumann cresceu com facilidade para aprender matemática em todo período escolar. Depois da escola, voltou-se para aprender mecânica e relojoaria com vários professores. Seu trabalho como mecânico avançou, tinha aulas noturnas e se dedicou ao estudo sobre a Grécia Antiga. Viajou por diversos lugares, com intuito de aprender profissionalmente, trabalhando em Berlim, Frankfurt, Main e Viena.
1868
Neste ano, em 5 de agosto, depois de muito pesquisar, Karl Robert Bruno Naumann retornou para Königsbrück, em Dresden, aonde fundou com seus próprios recursos, correspondente a uma centena de talentos, uma pequena oficina para mecânica de precisão.
1869
No ano seguinte, o comerciante Emil Seidel aportou investimento de 25 mil taler nessa pequena empresa para fins específicos.
1870
A entrada de um investidor deu origem a empresa Seidel & Naumann, que em pouco tempo, tornou-se a maior fabricante de máquina de costura e de máquinas de escrever na Alemanha.

1872
Neste ano, a Seidel & Naumann com o aporte dos recursos financeiros começou a produzir as máquinas de costura Wheeler-Wilson, de acordo com a patente americana, usando como marca o nome Naumann, sendo a primeira empresa na Alemanha a produzir máquinas de costura, com base no princípio mais moderno da Singer, mais melhorando cada vez mais os mecanismos do produto.
1876
Neste ano, ocorre a saída de Seidel, recebendo a liquidação no valor de um quarto de milhão de Reichsmark. Seu nome permaneceu agregado  à empresa por sua importância comercial. 
1883
Neste ano, a empresa Seidel & Naumann adquiriu uma área fora do centro da cidade aonde construiu uma grande fábrica na Hamburger Straße. O novo edifício com espaços amplos proporcionou alternativa para novos produtos. 

Três anos depois, a empresa passou para o sistema de ações, sendo transformada em uma companhia aberta, como fábrica de máquinas de costura e fundição de ferro. Nesse período, a empresa contava com cerca de 1000 trabalhadores com produção de 80 mil máquinas de costura ao ano. 
1887
Neste ano, além de velocímetro para locomotivas, aparecem as máquinas de escrever marca Ideal, produzidas no parque fabril, mas diferenciadas com personalidade saindo equipadas de acordo com os requisitos do cliente, com abas e teclados diferentes. Essa marca ganhou reconhecimento mundial por sua robustez e qualidade. 
1892
Neste ano, começou a produção em massa de bicicletas, marca Germânia. Anúncios também circulavam com a marca de bicicletas Naumann, um modo independente de gerar vendas com produto/marca semelhante. Ao longo da história da empresa, houve várias mudanças nas principais áreas de produção
1900
Neste ano, marca a forte produção das máquinas de escrever. 
1901
Neste ano, começou a produção de motocicletas Germânia, licenciada pela Laurin & Klement com motores de um e dois cilindros e saídas de 2,5 a 6 hp. Havia uma idéia de ter seus próprios veículos no futuro, todavia esse plano não foi levado adiante. Porém a fabricação de motocicletas e triciclos de bagagem continuaram a serem produzidos sob licença autorizada.
1903
Neste ano, em 22 de janeiro, ocorreu a morte aos 59 anos, de Karl Robert Bruno Naumann na localidade de Loschwitz, na villa Albrechtsberg. Foi enterrado no Johannisfriesdhof em Dresden, posteriormente transferido para o mausoléu familiar em Königsbrüsck.
(ao lado esquerdo, túmulo de Naumann)

Quando do falecimento do fundador da Seidel & Naumann, a empresa contava com cerca de 2.500 empregados, usufruindo de várias instituições sociais em benefício dos funcionários como os seguintes fundos: de seguro de saúde de longa data e seus dependentes; de seguro de doença e morte de longo prazo; seguro de invalidez e um fundo de pensão de serviço civil. As oficinas bem instaladas proporcionando um ótimo ambiente de trabalho com vestiários, banheiros, lavanderia e salas de jantar. Abaixo, uma rara máquina de escrever, um modelo da década de 1920.
Karl Robert Bruno Naumann
foi um empresário alemão que muito contribuiu para o desenvolvimento das máquinas de costura, principalmente da máquina de escrever, (que nós interessa) em especial por tratar-se do tema mecanografia. Sua importância foi elevada que o Rei Albert da Saxônia, lhe concedeu o título de Conselheiro Privado de Comércio. Pertenceu aos quadros da maçonaria como membro da Masonic Lodge Zum goldenen Apfel.
1910
Neste ano, em 28 de janeiro, a Seidel & Naumann solicitou a proteção da marca Erika para máquinas de escrever ao Instituto Imperial de Patentes, ocorrendo seu registro no mesmo ano, em 3 de agosto.

Ainda no mesmo ano, no antigo Império Alemão, a  Seidel & Naumann começou pela primeira vez a produção da máquina de escrever portátil dobrável, com três fileiras de escolha de teclas, com cada tipo contendo três caracteres distintos.  

O nome Erika, homenageou a única neta de Karl Robert Bruno Naumann. Essa máquina de escrever portátil foi o modelo n° 1. (foto à esquerda)

Quando o produto era exportado, aportava marcas especiais: para a Inglaterra, recebia o nome de Gloria e na França, a marca era Bijou
1912
Neste ano, a fundição própria da empresa foi transferida para Pirna, ampliando a produção para máquinas de cálculo, as pequenas de adição em uso constante naqueles tempos. Abaixo, uma das máquinas de calcular da Erika.

1938
Neste ano, a produção de bicicleta foi interrompida.
1944/1945
No período da Segunda Guerra Mundial, a empresa Seidel & Naumann continuou em Dresden pelos sucessores, mas foi atingida com graves danos bélicos provocados pelas operações aéreas afetando uma das empresas mais importantes da região. 

1946
Neste ano, no pós-guerra a empresa Seidel & Naumann que estava localidade na parte oriental alemã, administrada nos primeiros anos pela URSS, na recém-criada República Democrática Alemã, ficou na chamada Cortina de Ferro sob os segredos peculiares daqueles tempos. (ao lado esquerdo um modelo n° 5)
1951
Houve a expropriação da Seidel & Naumann juntamente com a antiga Clemens Miller AG, passando a ser uma empresa estatal e chamar-se VEB Schreibmaschinenwerk Dresden
1958/1964
Nesse período de intensidade da “guerra fria”, a estatal de máquinas de escritório era conhecida pela sigla VEB; renomeada em 1964 para VVB atuando com processamento de dados e equipamentos de escritório. Um importante acontecimento marcou essa disseção: a construção do Murro de Berlim, em alemão Berliner Mauer.
1961
Na madrugada de 13 de agosto deste ano, começou a ser construída uma barreira física pela Alemanha Oriental Socialista circundando toda Berlim Ocidental, dividindo desse modo a cidade de Berlim, em dois lados: socialista e capitalista.

O murro completo se estendia a 66,5 km de gradeamento metálico; 3,6 m de altura; 302 torres de observação; 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.

Essa divisão simbólica, tendo de um lado, o bloco da República Democrática Alemã, sob orientação do regime soviético com os países socialistas e do outro lado, o bloco com a República Federal da Alemanha (RFA) encabeçada pelos Estados Unidos e países capitalistas.
1979
Neste ano, surge a VEB Robotron, uma empresa estatal, ligada ao Ministério de Engenharia Elétrica e Eletrônica da RDARepública Democrática Alemã. A palavra "Robotron" origina-se da sigla composta das palavras: robô e eletrônica.

A parte da Robotran dedicada as máquinas de escrever atendia por VEB Kombinat ZENTRONIK (RSD) com endereço em RDA 801 Dresden Hamburger Strabe 19, exportada através da Büromaschine-Export GMBH - 108 Berlin Friedrichstrabe 61- República Democrática Alemã. A empresa contava com cerca de 3.500 funcionários, possuía sua própria escola técnica profissional de empresa, aonde treinava anualmente 300 aprendizes. 

Abaixo, o modelo 41 com as seguintes características: 5,7 Kg sem a maleta e com ela 8,6 Kg com a largura do carro com 330 mm. Esses dados estão tanto nos modelos 41 e 42

A Robotron Export-Import tinha filiais em países alinhados com o pensamento comunista. Estava presente na União Soviética, Bulgária, Polônia, Tchecoslováquia, Moçambique, Afeganistão, Iraque e Cuba. Também havia agentes nos departamentos comerciais de diversas embaixadas representando os interesses da Robotron

O Brasil chegou a importar diversos modelos, como a Erika Daro modelos 41 e 42 com boa aceitação no mercado nacional. Abaixo, um desses modelos importados, o modelo 42 que pertence ao Acervo Museu Teclas. Esses modelos são ótimos, resistentes, alinhamento perfeito, seus defeitos está na qualidade do plástico empregado nas tampas e na maleta de transporte frágil.
1989
Neste ano, em 9 de novembro ocorreram mudanças radicais, havendo divisões no antigo regime soviético pela extinção da URSS, separando a Rússia, a autonomia de diversos países, culminando com a reunificação da Alemanha
1990
Neste ano, já sob uma nova orientação política e social na Alemanha unificada, a fábrica de máquinas de escrever Robotron Erika GmbH localizada em Hamburger Straße, foi adquirida por Freiherr von Künsberg após sua privatização, ainda produzindo máquinas sob a marca tradicional Erika
1991
Neste ano em 29 de agosto, o Kölner Stadtanzeiger informou que a última máquina de escrever portátil e mecânica Erika, fabricada pela Robotron Erika Gmbh saía de linha. A Erika produziu e vendeu cerca 8,5 milhões de máquinas de escrever em sua história de sucesso, aceitação do mercado de produto com excelente qualidade.
1992
Neste ano, houve a liquidação da fábrica de máquinas de escrever Erika e suas instalações foram transferidas para a Câmara Municipal Técnica, na cidade de Dresden. 
2004
Neste ano, venceu a proteção da marca registrada expirou e no ano seguinte a marca Erika foi excluída após 95 anos de amplo sucesso.

Optima
1862
Neste ano, ocorre o nascimento da fábrica de armamentos prussianos, fundada como: Erfurt Royal da Prússia funcionando por 56 anos e, em meio ao engrandecimento da região. Daqui vêm a introdução da Optima – máquinas de escrever, como de sua co-irmã Olympia.

           Cidade de Erfurt - aspectos da "Via Régia", este caminho é seguido desde tempos romanos
1945
Neste ano, em 03 de junho, a área aonde se localizava, a sede da Olympia, estava na zona de ocupação soviética, nas mãos do Exército Vermelho. No verão, o governo do lado oriental da Alemanha, sob orientação soviética, assumiu o controle da cidade de  Erfurt e todas instalações existentes, incluindo a unidade fabril da Olympia, tornando-se uma estatal, alterando a nome para: VEB Optima para produzir máquinas e equipamentos de escritório GDR. (foto esquerda, abaixo, Berlim sitiada pelos aliados)

A Corte de Haia, decidiu em sentença aprovada neste ano, que somente a fábrica instalada em Wilhelmshaven, na Alemanha Ocidental, seria permitido conduzir os direitos da marca: Olympia. Quando então, a empresa mudou o nome para "Olympia Werke GmbH Ocidente". 

As instalações que ficaram na RDA, em Erfurt é expropriada, inserindo-se numa empresa burocrática e estatal germano-soviética com o nome de Optima Erfurt e suas linhas de produtos de máquinas de escritório: Optima, cumprindo à decisão do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia. O nome “ Optima” tem base na semelhança sinônima do nome Olympia

Abaixo, um modelo Optima Daro, uma cópia da Erika Daro com algumas diferenças que apresentamos na ABA Museu Virtual Teclas. O modelo abaixo é parte do nosso acervo.

A primeira máquina de escrever feita após a Segunda Guerra Mundial, na RDA República Democrática Alemã, foi a Optima M10 que perdurou até a reunificação da Alemanha em 1990. A Optima M10, do termo refere-se ao décimo modelo de série feito pela fábrica em Erfurt, a mesma aonde a AEG, começou as Mignon.
1960
Neste década a Optima empregava em sua fábrica na Alemanha Oriental, em Erfurt, cerca de 6.900 funcionários. Embora a aceitação, menor quantidade de empregados e a modernização das Olympia tenha sido muito superior.
1951
Neste ano, deu-se a ruptura definitiva entre a Olympia e a Optima, cada qual separadas, entre dois mundos, a segunda, cercada pela chamada “Cortina de Ferro”. A Optima trouxe de volta o modelo Plana, também a semi-portátil Elite, mas havendo divisão equitativa nos direitos de uso da patente.
1965
Neste ano, há deslocação da produção do processador de texto 527 e 528 da Sömmerda para ser desenvolvida pela Optima.
1972
Termina a produção da máquina de escrever Optima 200.
1978
A partir de 1° de janeiro deste ano, parte da planta da fábrica de Erfurt é parceira com a VEB Robotron Optima GmbH destinada a era da informática. A empresa tinha cerca de 6332 funcionários, quando do processo de reunificação alemã, com a queda do Murro de Berlim
1992
Neste ano, após os esforços de privatização foi criada a Optima Escritório GmbH, com 250 funcionários para produzir máquinas de escrever em Paderborn. 
2000
Neste ano, em 18 de janeiro, a Optima máquina de escrever, de Erfurt contava com 18 funcionários. A empresa permaneceu até março de 2004 quando foi à falência, com sua produção de máquinas de escrever vendida ao México.
2004/2006
O nome Optima permaneceu até 2006 em Erfurt, como Optima Vertriebs GmbH, com três funcionários, para revisar, garantir e modificar o teclado, além de vender a máquina de escrever produzida do México


1906 - A marca da futura Facit, foi originalmente fundada como “AB Atvidabergs Industrier” (Indústrias Associadas), com sede em Atvidaberg, Suécia, para produzir produtos e móveis de escritório, entretanto, a empresa faliu em 1922. Foto à esquerda da fábrica de calculadoras Facit.



A missão de reconstruir uma empresa falida, numa marca mundialmente famosa veio através de John Elof Ericsson. Nascido na paróquia de Trankils, Värmlandem, a 25 de agosto de 1887 e morreu em Ativid, Östergötland, a 29 de junho de 1961.

De família operária, estudou o secundário em escola comercial, trabalhou em várias empresas nas cidades de Värmland e Eskilstuna, aonde progrediu graças a sua capacidade profissional.

Quando o Banco Sydsvenka assumiu a massa falida da AB Atvidaberg Indústrias, J. E. Ericsson, foi nomeado operar a empresa, onde ocupou com sucesso, os cargos diretor-gerente e presidente, num longo período de 30 anos  (1922 a 1952).

Para cobrir enormes perdas do banco por créditos arriscados, juntamente com a AB Atvidaberg Indústrias, veio a pequena empresa Solna fabricante de calculadoras. A Facit AB, fabricante de calculadoras mecânicas, foi incorporada a empresa no mesmo ano.

Durante os anos seguintes, houve uma série de aquisições de empresas, com finalidade de expandir a produção de máquinas de escritório, garantir um amplo mercado para a Facit AB e compensar o investimento assumido pelo banco.
1924
A primeira calculadora com o nome de Facit, foi uma máquina feita em 1918 pela Axel Wilbel de Estocolmo, projetada por Odhner (dados abaixo). Esse produto foi primordial e responsável pelo sucesso da marca FACIT.
1932
Surgi a primeira calculadora de dez dígitos, com nova estrutura e formato, fabricado pela AB Åtvidaberg Industries, com o nome de FACIT. Logo se tornou um grande sucesso, reconhecida mundialmente e sinônimo de calculadoras. 

1938 -  Halda máquina de escrever 
A fábrica “Halda” foi fundada em 1887 por Henning Hammarlund, (1857-1922), com finalidade fim de produzir relógios de bolso. O nome Halda é formado, por contração do sobrenome do fundador: HammarLunD

A Halda havia produzido entre 1888 e 1917, cerca de 8 mil relógios de bolso. Devido a menor demanda desses relógios, conseqüente problemas financeiros, por causa da primeira guerra mundial, a empresa foi liquidada.

A HALDA, ao invés de desistir, resolveu entrar no mercado, com uma nova empresa a AB Halda Fabriker, fabricando máquinas de escrever e taxímetros. Entretanto, faliu novamente em 1927. Porém, ao longo da década de 1930, novamente voltou a crescer. Em 1938, tornou-se uma subsidiária da AB Atvidabergs Indústrias com o nome de Facit-Halda AB.

A Halda, permaneceu como uma marca de máquina de escrever no “Grupo Åtvidaberg” até 1957, quando passou para FACIT AB e o nome da máquina de escrever Halda deixou de existir. 

1942 - Original-Odhner uma nova marca no grupo AB. 
W. T. Odhner, (foto ao lado) no ano de 1871, ao reparar uma máquina Arithmometer Thomas, única calculadora mecânica em produção na época, despertou sua curiosidade. Estudou o mecanismo e decidiu que poderia melhorar aquele equipamento de cálculos. 

Resolveu substituir os pesados e volumosos cilindros, modelo “Leibniz”, por um menor e mais leve. Desenvolveu a primeira versão de sua calculadora mecânica em 1873, deu o nome de Odhner Arithmometer, que era uma junção dos dois equipamentos, daí  um nome híbrido. 

Com a revolução russa de 1917, houve nacionalização da calculadora que em 1924 recebeu o nome de “Felix”. A calculadora foi copiada em vários partes do mundo, com renomes específicos por parte de cada fabricante. Enfim, somente cópias, eram cópias de cópias. 
Acima um protótipo da "Odhner russa

A família Odhner retorna à Suécia em 1918 e reinicia a produção da máquina de calcular Odhner.
1932
Foi introduzido na calculadora Odhner, um teclado numérico de duas linhas e outras alterações mecânicas. Em 1935, houve um modelo de máquina de somar a Odhner modelo7, vendida como Facit S.
1942
A Original Odhner torna-se parte do grupo AB Atvidaberg Indústrias, e definitivamente vai ser vendida como um  novo produto FACIT. Enfim, houve uma nova série de equipamentos de multiplicação mecânica e de máquinas somadoras, mas todos com marca Facit.
1959
Abaixo, duas máquinas de escritório que impulsionaram a FACIT para conquistar o mercado mecanográfico mundial. Destas saíram os demais modelos, muito bem diversificados para atender as necessidades do porte de todas as empresas.
1960
Nessa década, a empresa possuía um total de 8.000 empregados com filiais em mais de 100 países. A subsidiária brasileira da Facit torna-se sua principal filial. Neste período, a Facit mudou seu nome para Facit AB; no ano seguinte, adquiriu a concorrente Addo mantida como uma subsidiária separada. Controlada pela Facit, sob a liderança popular de Gunnar Ericsson. Como seu pai, Gunnar também era presidente da Federação Sueca de Futebol e membro  do Parlamento.

1965 - A corporação muda seu nome para Facit AB.
A Facit, continuou focada no seu negócio de calculadoras mecânicas, toda empenhada no marketing para expansão global. Esta estratégia foi referida como "The New Deal". Ao longo da década da década de 60, a multinacional experimentou um bom crescimento e elevada rentabilidade.
1965-1967
Neste período, o Japão começou a fabricar calculadoras eletrônicas. 

Era uma grande novidade, em testes e experiência, mais os componentes não tinham a qualidade necessária, apresentavam inúmeros problemas, somente com a evolução tecnológica por quase duas década, as calculadoras ficaram mais confiáveis. Ao lado, um dos modelos de calculadora eletrônica de bolso, com marca Addo-X.

A produção ainda era predominantemente de máquinas de escritório mecânicas . Era preciso grandes esforços para fabricação de equipamentos eletrônicos, ligados a essa nova era.

1966
Na década de 1960, a AB Addo começou a ter problemas financeiros. O maior concorrente local era a Facit AB, pelas tratativas de aquisição, em 1966, e a AB Addo, foi incorporada. As empresas não foram totalmente fundidas, puderam agir de forma independente por um bom tempo. + informações sobre Addo-X em Cálculos/AddoX.

Gunnar Hson Agrell,  estava como Diretor-Geral da empresa entre: 1950-1966 e ainda ficou como vice-presidente e foi o último presidente no biênio 1971 a 1972. 




 Acima:  três modelos de calculadoras manuais FACIT, o último fabricado era da cor branca   
Uma das características do mercado mecanográfico sempre foi a eficiência em reparar os equipamentos com brevidade, uma vez que os escritórios não podiam parar. Neste período, a Facit, obteve direitos exclusivos da “Hayakawa” para vender estes novos equipamentos, através de sua organização global,  sob a marca Facit

Segundo dados oficiais, ano de 1965, apenas 4.000 calculadoras eletrônicas foram vendidas no mundo. No ano seguinte, 25 mil; em 1967, representaram 10% do mercado global. Apenas grandes corporações compravam essas calculadoras, o preço era extremamente carro, havia dificuldade  para reparar seus defeitos, ainda em considerável quantidade por ausência de profissionais treinados em eletrônica. 

Essas calculadoras faziam simplesmente as quatro operações, contavam com um mostrador de “válvulas” e não eram nada práticas. O custo precisava ser rateado por milhões de unidades vendidas que neste período atingiam cifras de mil.
1970 
Neste ano, a empresa atingiu o ápice do seu crescimento, com mais de 14.000 empregados em todo mundo, com foco em calculadoras mecânicas. A subsidiária Facit, no Brasil, tornou-se o carro-chefe da corporação.
1971 
O avanço  da eletrônica, conduziu ao lançamento de calculadoras eletrônicas por fábricas no Japão. Depois de certo período, surgiram uma série de marcas de calculadoras eletrônicas. Essas calculadoras foram melhorando, gradativamente no desempenho, graças a descoberta de novos materiais, substituição de componentes por outros mais eficientes, aprimoramento dos projetos.

Entretanto a marca FACIT não pode ser somente associada pela produção de calculadoras e somadoras. A diversificada linha de máquinas de escrever foi extensa, como os modelos abaixo de escrever elétricas.
As calculadoras eletrônicas foram ganhando maiores quotas de mercado ao longo da próxima década. Principalmente com a inclusão destas, como novidades de modelos dos fabricantes mecanográficos tradicionais com vasta estrutura de pontos de vendas, como: Burroughs, Olivetti, Facit, Precisa. Vamos abordar melhor esse tema na ABA - Os Cálculos.
1973
Neste ano, a Electrolux, pelo valor de 80 milhões de dólares, comprou a participação acionária Facit.
As calculadoras eletrônicas apresentassem inúmeros problemas de operacionalidade, e ainda tinha a preferência das empresas, calculadoras e somadoras mecânicas de comprovada eficiência, que perduraram por um longo período, indo mesmo até o ano 2000.
1977
Neste ano, após alguns anos de fusão com a Electrolux, a Facit encerrou a produção das calculadoras mecânicas, que tanto elevou a marca ao domínio do mercado mundial
1983
Novamente a Ericsson, através da “Sistemas de Informação Ericsson”, compra a Facit onde foi iniciada a fabricação de microcomputadores. Durante quatro anos, o computador caseiro “Facit DTC” tornou-se muito popular na Suécia. Com algumas soluções inovadoras, com linguagem de programação, versão do BASIC.
1988
Entretanto neste ano, a empresa encerrou essa outra tentativa, por ser um empreendimento não lucrativo, dividiu a empresa entre alguns grupos estrangeiros. O restante da corporação conhecida como Facit AB foi finalmente encerrada em 1998.
Torpedo

1896

Neste ano, dois irmãos - Pedro e Heinrich Weil, fundaram a empresa como Peter Weil & Co. começando a produção com nove funcionários, numa sala de 500 m2 quadrados em Rödelheim, Alemanha, para fabricar, montar e vender bicicletas, com as marcas: Weil-Räder e Torpedo-Räder. Produziam rodas montadas, a partir de peças individuais sob a marca Räder que em alemão significa rodas.
1906
Neste ano, os irmãos Weil, compraram a empresa Johan Völker & Co, de Neu-Isenburg  que havia apresentado em 1905 um modelo de máquina de escrever chamada Hassia, baseada no inventor das “Underwood”, Franz Xaver Wagner, chamada de Torpedo 1.  O modelo "Hassia" foi feito por Hermann Wasem.

1907

Neste ano, começa a produção sob o nome de Torpedo, em Rödelheim, Frankfurt. A empresa passou a denominar-se Torpedo Büromaschinen Werke AG., adquiriu este modelo de máquina de escrever e, continuou aperfeiçoando o produto. A Torpedo saiu com algumas melhorias neste modelo, em seguida introduziu no mercado,  a Torpedo 2.
O modelo apresentado como Torpedo 4 foi produzido por Karl Winterling. A empresa convidou ex-empregados da Adler para fabricar este equipamento. O modelo continha muitas melhorias, a barra de tipos tinha uma oscilação rápida, teclado de quatro carreiras com 42 teclas, num total de 84 caracteres,  mudança simples e rápida entre minúsculas/maiúsculas. 
1921
Neste ano, em 30 de novembro começam as obras da fábrica.
1927
No início deste ano, a empresa era intitulada, Weil Werke AG contando com 1300 funcionários para fabricar: bicicletas, motocicletas e ciclomotores, equipamentos de escritório, contabilidade, faturamento e máquinas de somar. Foi lançado o modelo da Torpedo padrão, a primeira máquina de escrever alemão com mudanças avançadas, com vários tamanhos de carro.

O modelo poderia ser entregue com transporte para escrita de vários comprimentos de carro móvel. O desenvolvimento da máquina de escrever auxiliou na racionalização do trabalho administrativo, houve uma enorme demanda por máquinas de escritório.

1931

Neste ano, a maioria das ações da Torpedo Büromaschinen Werke AG, foram compradas pela Remington Rand Inc., New York, EUA que ficou como acionista majoritário. Abaixo, a primeira máquinas da esquerda (1931) fabricada pela Torpedo. As demais são anteriores da primeira.

1932

A partir deste ano, saíram os modelos de máquinas de escrever Torpedo com motor de retorno e uma calculadora mecânica chamada Einziehautomaten.

1938
Neste ano, surge uma nova fábrica em Hanauer Landstrasse essa para fabricar e montar bicicletas. A fabricação de equipamentos de escritório permaneceu em Rödelheim especialmente máquinas de escrever e máquinas de contabilidade. Em 1942, uma fábrica de filial foi construída em Zeist, na Holanda.

1944

Em janeiro deste ano, a fábrica da Torpedo, em Rödelheim foi em grande parte, cerca de 80% das plantas destruída, em bombardeio dos ataques aéreos em Frankfurt,  durante a Segunda Guerra Mundial, assim como em 1943, na fábrica de bicicleta. Temporariamente a produção foi transferida para um lugar alternativo em Karben. O acionista majoritário da Torpedo, era a americana Remington Rand Inc., de Nova York.

1945 

No outono deste ano, pós guerra, novas fábricas foram inaugurados em Rödelheim e na Holanda. A gama de produtos fabricados aumentou, além das máquinas de escrever e bicicletas, incluiu-se motocicletas e ciclomotores de 175 c.c. Os motores para motociclos eram feitos por Fichtel & Sachs e Ilo . 


Com a reconstrução, a produção recomeçou em Frankfurt, Alzenau e Karben. Os ciclomotores eram produzidos em Alzenau.

1946
Neste ano, a empresa estava com 2.200 funcionários, quando a venda bicicletas e ciclomotores gradualmente andava saturada do mercado. 
Modelos fabricados na década de 1950
1958
A Torpedo produziu até 1958, um milhão de máquinas de escrever, enquanto os outros produtos da empresa diminuíam as vendas; as máquinas de escrever mecânicas obtiveram grandes lucros, das quais apenas uma fração foi reinvestido muito tarde, no desenvolvimento de novos equipamentos.
1962

Neste ano, depois de seis anos em projeto, a empresa lançou em Frankfurt, o primeiro modelo de máquina de escrever elétrica: Tipper

O equipamento não oferecia vantagens técnicas especiais, porém custava mais do que qualquer outro modelo dos competidores. Logo, a Torpedo Tipper rejeitadas, acumulavam no armazém da fábrica.

A concorrência feroz, movida sempre ao menor custo, com larga produção em série, além de técnica apurada nas máquinas de escrever elétrica, quer fossem dos concorrentes germanos ou americanos, eram vendidas a preços compensadores.

1966
Neste ano, a empresa passava por graves problemas financeiros, a fábrica de Rödelheim teve que ser fechada, cessando a produção de máquinas de escrever. 
1967
Neste ano, a produção das primeiras máquinas de escrever elétricas Torpedo, é interrompida, quer por ser cara e o mercado não ter aprovado o equipamento.
1906 até 1966
Durante os sessenta anos da Torpedo, cerca de 3 milhões de máquinas de escrever foram produzidas pela empresa alemã. 

Continental
1885
Neste ano, em 26 de fevereiro, é fundada no registro comercial uma sociedade, a "Chemnitzer Velociped Depôt Winklhofer & Jaenicke" para a venda e reparação de bicicletas, organizadas pelos mecânicos Johann Babtist Winklhofer, nascido em 23/junho/1859 em Munique-Bogenhausen e Richard Adolf Jaenicke, nascido em 25/dezembro1858, na cidade alemã de Chemnitz. (ao lado esquerdo, os sócios com uma roda alta)
1885/1886
Nesse período na estação do inverno, a empresa preparou a produção de algumas rodas altas para um tipo de  velocípede na fábrica, Chemnitzer Velociped Depôt Winklhofer & Jaenicke
1887
Neste ano em 04 de janeiro, é lançada com grande sucesso de vendas esse velocípede de roda gigante.
1894
Neste ano, a empresa na cidade de Siegmar-Schönau perto de Chemnitz edificou um setor administrativo com armazém com 52m2 de frente, num espaço de 2.500m2 quadrados, divididos para casa de máquina, caldeira, celeiro e outra área para transporte. A empresa também mudou seu nome para Wanderer-Werke AG. 
1899
Neste ano, a empresa começou a produção em série de máquinas de usinagem, motivada pelo mercado das fresadoras que não cumpriam os requisitos de precisão.
1900
Neste ano, a Wanderer-Werke AG tornou-se importante no mercado de bicicletas, obtendo várias patentes, incluindo a primeira patente alemã para duas velocidades no cubo da engrenagem.
A fábrica de bicicletas Wanderer-Werke AG por este período
1902
Neste ano, a empresa constrói a primeira motocicleta, ampliando seus produtos. A Wanderer-Werke AG tinha uma equipe de ciclismo, muito competitiva, sucesso desportivo que contribuia para aperfeiçoar e melhorar bicicletas. Logo, a empresa estará lançando a máquina de escrever alemã.
1903/1904
Neste período, surgi um produto mecanográfico de larga aceitação mundial: a máquina de escrever “Continental”, equipamento carente no mercado europeu, produto de domínio predominantemente americano.

A Wanderer-Werke AG contratou o  engenheiro Júlio Mohn que projetou o "padrão Continental" apresentada ma Exposição Small Burotechnik de 1904 como a máquina padrão alemã.
A Continental
A máquina de escrever “Continental” é uma variante de máquinas inglesas. Seu projeto foi melhorado atingindo importantes características como bom desempenho, leveza e robustez técnica. Ao longo de anos de produção sofreu poucas mudanças, permanecendo sempre como concebida no modelo inicial - uma concepção madura.  
1910/1970
A máquina de escrever Continental, foi fabricada  até este período com seu último proprietário em Saxony-Anhalt, funcionamento adequadamente mantendo por inúmeros anos a satisfação da parte dos datilógrafos.

Houve uma grande demanda, a produção em série das máquinas de escrever, marca Continental, partilhava competitiva, juntamente com outros produtos da empresa como as bicicletas, motocicletas e máquinas-ferramentas.
1905
Neste ano, a empresa lança o primeiro carro-protótipo o Walker Mobile.
1907/1913
Dois anos depois veio o segundo veículo; em 1911 o Wanderer 5/12 hp Tipo W1 apresentado no Berlin Motor Show; em 1913 começou a produção em série de automóveis.
1909
Neste ano, a Wanderer-Werke AG lança máquinas de adição de duas espécies, porém teve problemas de patentes com concorrentes americanos. Por outro lado, as máquinas de escrever Continental, continuava seu sucesso, sendo construída durante várias décadas atingindo as maiores vendas, comparadas  as demais máquinas de escrever alemã.

Ofertada ao longo dos anos com variedade de larguras de carro, tabulador decimal, teclados preparados para diversos idiomas, uma ferramenta fundamental nos escritórios em geral.

Uma característica da Continental, a diferia das demais, na frente do logotipo "Wanderer-Werke" uma portinhola, podia ser aberta permitindo a limpeza geral de todos tipos. Uma outra característica marcante só inclusa em modelos standard ou padrão: o sistema de alavanca de entrelinhas que nessas máquinas de escrever Continental é duplo, como visto abaixo.
Terceiro Reich
Wanderer-Werke AG de Siegmar-Schöna era uma empresa que fabricava inúmeros produtos como bicicletas, motocicletas, carros, máquinas ferramentas e máquinas de escritório. Passou a construir fresadoras para projetos de motores de tanque de guerra, no período do Terceiro Reich. Chegou a contar com 9300 empregados, destes boa quantidade de judeus, obrigados a trabalhar para o regime nazista.
1935/1945
Começando por volta deste ano, avançando durante o período bélico alemão de 1938/1945 que marcou a Segunda Guerra Mundial a fábrica encampada pelo regime nazista, produziu dois modelos de escrever standard e um de portátil. Um detalhe interessante o regime nazista introduziu o símbolo SS nas máquinas de escrever  Continental, cujo tipo fixo era acionado junto a tecla do n°3, no maiúsculo. Máquinas de escrever com o símbolo em caracter SS é extremamente raro.
1944
Neste ano, a fábrica Wanderer-Werke AG foi destruída após sofrer intenso bombardeio das forças  aliadas.

Década de 1950
Nesta década a Wanderer-Werke AG criou tradição como fabricante de qualidade em máquinas e equipamentos de escritório.

1953/1960
A empresa ainda participou comprando ações, da Exacta Büromaschinen GmbH e mais tarde, da Exacta Continental GmbH em Colônia, inicialmente adquirindo 50% do capital. Mais tarde, em 1960 adquiriu o restante dos 50%, passando a ser proprietários exclusivos destas empresas, tornando-se a maior da Alemanha Ocidental.
2010
Neste ano, no mês de julho, os ativos da Wanderer-Werke AG, por questões de dificuldades financeiras, próprias de operações comerciais dos novos tempos, teve o processo de insolvência aberto.
Hermes Precisa
1814
As famosas máquinas mecanográficas da marca Hermes, estão na origem de uma tradicional empresa suíça com sede em Sainte-Croix e Yverdon no cantão Waadt  Vaud, a Paillard & Co., fundada pelo inventor e relojoeiro mecânico, Moïse Paillard (1753-1830), em Sainte-Croix. Na realidade, numa pequena oficina no andar térreo da casa do inventor, aonde se produzia mecanismos de relógios e de caixa de música.


Em 1964, com a junção da Precisa, outra empresa suíça, fabricante da linha de somadoras, a denominação passou a ser conhecida como Hermes-Precisa International AG. A história de ambas seguem detalhadas cronologicamente nestas informações.
1875
Após a morte do fundador, a empresa E. Paillard & Cia. ainda manteve-se como um negócio familiar. Em 1875, seu neto Eugene (1813-1889) e Amédée (1814-1880), fundaram a primeira fábrica, de produção industrial de caixas de música.
Uma geração mais tarde, liderada por Ernest Paillard (1851-1922) conheceu a crise no ramo das caixas de música. Este dispositivo, foi deixado para trás, e se começa a produção de um novo produto: os gramofones.
1920
Neste ano, houve a transformação da empresa, deixou de ser familiar e constituiu-se como uma sociedade anônima até 1947. Nessa década, dirigida por Albert Paillard(1888 -1937) (foto, lado esquerdo) é construída a segunda fábrica em Yverdon, ampliando a gama de produtos, como a produção de máquinas de escrever e, ainda mais tarde, na década de 1930, a fabricação de rádios e câmaras fotográficas Bolex (as futuras e famosas Paillard Bolex).

Hermes modelo 1
Neste ano houve o lançamento da primeira máquina de escrever Hermes na Suíça, pela Paillard & Cia. Os estudos preliminares para fabricar começaram em 1913, com a participação um artista belga, nessa ocasião falecido. O modelo 1 foi fabricado de forma contínua, desse momento a diante, com muito sucesso.

Desde este período nascia o ímpeto empresarial de diversificação, segundo o livro da história corporativa de Paillard S/A de L. Tissot as estratégias de diversificação e inovação da empresa foi marcada pelo "amadorismo e ingenuidade" da diretoria”.

Relata que não houve estudos preliminares, para o lançamento do rádio e do cinema assim como na produção da máquina de escrever, onde sob um começo difícil, apesar de estudos preliminares desde 1913 até meados de 1920. O resultado foi um produto apenas de média qualidade.
1923 - 1927
Neste ano foi lançado a Hermes modelo 2; em 1927 é produzido o modelo 3.
1933/1934
Neste ano, foi lançada no mercado a primeira máquina portátil de escrever:  a Hermes 2000. Sob licença da Paillard em 1934, a antiga fábrica de relógios francesa Japy Frères, passou a produzir o modelo Hermes 2000 entre 1934 e 1936, como modelo 50, com marca Japy 50, usou também neste modelo, o nome de Etoile. Também surgi a Hermes modelo 5. Após a Segunda Guerra Mundial, a Japy apresenta suas próprias máquinas de escrever como relatamos no final da ABA Historiografia.
1935
Neste ano, surgi um modelo de máquina de escrever portátil de longa aceitação do mercado, a Hermes Baby.  A primeira pequena máquina de escrever que pode ser acomodada numa maleta de fácil transporte. Suas medidas eram 28x28x6,5cm, pesando apenas 3,75 kg, incluindo maleta metálica. Trouxe essa portátil Hermes Baby um grande sucesso de venda perdurando até a década de 1980. Abaixo, um modelo anterior, a Hermes Rocket um projeto anterior com a mesma estrutura e conceito mecânico.
Década de 1930
Na segunda metade desta década, a Paillard estava com  uma gama completa de produtos mecanográficos, conquistando solidamente mercado, desde as máquinas de escrever portáteis, como Hermes 2000, Hermes Média, Hermes Baby, equipamentos da série standard com vários modelos. A Hermes 2000 adaptada, trouxe ótima para a reputação para a empresa .

Na Suíça, ocorre em 1937, uma nova versão da Hermes modelo 6, que foi modificada somente em 1944. Em nova fase de produção, a Hermes Baby foi produzido fora da Suíça, por fábricas na Alemanha, França, Brasil.

1936
Deste ano até 1948, a empresa americana Bolex Co., Inc., agente geral dos produtos Paillard nos Estados Unidos, assumem o controle dos produtos, tanto para a linha das câmeras Bolex, como também das máquinas de escrever Hermes. Inicialmente, o endereço da empresa na cidade de Nova York foi: 155 East 44th St; a partir de fevereiro 1944 mudou-se para 521 Fifth Avenue.
1948
Hermes Baby 1950



No verão deste ano, a Paillard Products Inc. abre uma empresa sediada em Nova York, na 265 Madison Avenue, tendo por responsável PaillardHans Stauder.

O fim da Segunda Grande Guerra, determina a substituição da empresa americana, distribuidora exclusivo Paillard Bolex, dos produtos Bolex e Hermes, o término dessa associação marca a intenção suíça de incrementar os negócios nos EUA.
A Hermes Baby continuou sendo fabricado até fins da década de 1980 quando a Olivetti comprou a Hermes Precisa e lançou a Olivetti Lettera 82 que é uma cópia do projeto Hermes Baby.

1962 
Neste ano, é inaugurada a fábrica na Alemanha, em Bad Säckingen para produzir as Hermes Baby.
1964
Este é o ano de fusão da Precisa AG com a Paillard, fabricante das máquinas de escrever, marca Hermes. Dessa união, nasce a nova denominação: Hermes-Precisa International AG. Uma característica primordial da Precisa AG  foi sempre ter apenas calculadoras, fabricados em modelos com teclado numérico  de unidade de impressão, exceto uma somadora: a Precisa 117 que não possuía grupo de impressão.
1965 
Neste ano, é inaugurada uma moderna fábrica no Brasil, da Hermes Paillard S/A, começando a fabricar Hermes Baby com a numeração de chassi de 6300001 em diante. A fábrica foi instalada em Santo Amaro, São Paulo.

Nos dois quadros, estão oito máquinas de escritório, sendo quatro máquinas de escrever,  mais abaixo estão mais quatro máquinas somadoras, ofertadas pela Organização Ruf responsável em distribuir os produtos do grupo da Paillard S/A de Yverdon, Suíça pela América do Sul e Brasil em  período anterior à instalação da fábrica Hermes-Precisa S/A no país.
Essas máquinas de escritório da união das marcas Hermes e Precisa, sintetizam bem suas diferenças e ao mesmo tempo união desses fabricantes. 

Há um importante fator diferencial: os produtos Hermes utilizam a cor verde clara; a Precisa as cores azul e gelo em seus produtos. Como se pode observar nos dois quadros e os referidos modelos constantes nestes, essa era a linha oferecida neste período em particular. 

Sendo "suíças" eram produtos fabricados com o melhor material de metal, tampas resistentes, teclas com a melhor qualidade de plásticos, tipos feitos com aço de excelente dureza, permitia um alinhamento, tanto em equipamentos de escrever ou somar.
1968
Deste período em diante, ocorrem diversos lançamentos de máquinas; nas de escrever com a marca Hermes; na linha de somadoras, usando a marca Precisa. O mercado recebe em 1968, a Compact 10, pequena máquina de escrever elétrica; em 1974, a Hermes Paillard 705; bem como, a Hermes 8, do ano de 1963 em novo corpo, aperfeiçoada como padrão 9.

1974 
Em 18 de maio deste ano, a Paillard muda nome para Hermes Precisa S/A e move sua antiga sede de Sainte Croix para Yverdon.
1977
Neste ano, marca a cooperação na produção e distribuição de máquinas para escritório de escrever, manuais e elétricas entre a Hermes International S/A, de Yverdon, e a Olympia Werke AG, de Wilhelmshaven.
A cooperação entre essas duas empresas, obteve bons resultados, ainda ampliou-se o leque de produção com sistemas de contabilidade, Hermes Precisa e sistemas de módulos Olympia.

Esses módulos, permitiu que os computadores de escritório atualizáveis, fossem colocados juntos para administrar os Jogos Olímpicos passados na Alemanha. Além de permitir a escrita e a contabilidade, os sistemas eletrônicos, então estabelecidos e comprovados, puderam posteriormente, ampliar seu espectro no mercado global.
1981
Neste ano, após uma década de perdas, a situação econômica da Paillard estava insuportável e a empresa foi adquirida pela Olivetti
1989
Neste ano finalmente e empresa foi fechada, cessando sua produção quase centenária.
1990 
Por fim, nos antigos edifícios são instalados outras atividades, entre estas: uma escola de engenharia, restaurante, escola de dança. Também no prédio da fábrica em Sainte-Croix, onde começou projeto e fabricação das famosas Hermes Baby, ficaram neste local um conglomerado de pequenas empresas. 

Olivetti – a maior indústria e revenda de equipamentos mecanográficos

1868

Neste ano, em Ivrea, aos 13 de agosto, nasceu Camillo Olivetti, filho de um pequeno agricultor e corretor de terras; sua mãe, Elvira era filha de banqueiros. 

Sua família de classe média judia, teve uma queda irreparável, com apenas um ano, morreu o pai do pequeno Camillo. Sua mãe, confiou ao internato Colégio 'Casa Taeggi "de Milan, os cuidados de educá-lo.

O jovem Camillo possuía espírito empreendedor. Almejava com vigor o progresso, aspectos passado pela parte paterna; do lado da mãe, herdou o interesse por idiomas, ela era fluente em quatro línguas. Ao término do ensino médio, matriculou-se no Real Museu Italiano Industrial, em 1960, intitulado “Instituto Politécnico de Turim”, na Escola Superior de Tecnologia Aplicada. Lá iniciou os cursos de engenharia elétrica, ministrados por Galileo Ferraris.
1891 
Em 31 de dezembro deste ano, formou-se em Engenharia Industrial. Viveu por mais de um ano em Londres, por necessidade de aprimorar o inglês e ter experiência de trabalho num lugar aonde a revolução industrial estava mais adiantada. Empregou-se uma indústria fabricante de equipamentos elétricos, também exercendo a função de mecânico. Retorna a Turim e passa a ser assistente do antigo professor Ferraris.
1893
Neste ano, acompanhou em viagem aos Estados Unidos, seu mestre Ferraris, convidado para dar uma palestra no Congresso Internacional de Engenharia Elétrica de Chicago.

Camillo Olivetti tornou-se seu intérprete. Juntos visitaram laboratórios de Thomas Alva Edison, em Llewellyn Park, New Jersey, onde se encontraram pessoalmente com o brilhante inventor americano. Após esta reunião, escreveu ao irmão Charles, de Chicago:

13 de agosto de 1893. 
“(...) Agora que eu te dei alguma impressão da cidade, eu vou te dizer como eu gasto meu tempo. (...) O Sr. Martelo nos levou a Llewellin Park, num trem de meia-hora de Nova York para ver o laboratório Edison.

O próprio Senhor Edison veio nos receber, nos deu um pouco de conversa e nós escutamos no seu fonógrafo algumas peças de música. Como você pode ver eu logo comecei a fazer conhecimento com pessoas famosas. Edison Park Llewellin é um enorme edifício, como a maioria dos edifícios industriais privado é de madeira.”

Camillo Olivetti continuou sozinho a viagem de Chicago para São Francisco, para conhecer melhor os Estados Unidos. Pesquisou universidades americanas, e passou alguns meses em Palo Alto, na Universidade de Stanford, de novembro de 1893 a abril 1894, como assistente de engenharia elétrica, onde teve a oportunidade de estudar em laboratório o potencial e as várias aplicações do uso de eletricidade.

Era conhecedor, do ponto atingido pela situação industrial inglêsa. Nessa viagem, Camillo Olivetti, pode comparar o quanto a realidade americana era melhor, do que a inglesa, não apenas do ponto de vista da indústria, como também do social.

No retorno à Itália, buscou parceria com dois antigos colegas para juntos capitalizar e importar máquinas de escrever e bicicletas, grandes novidades naquele momento. (ao lado aspectos da cidade de Ivrea, no Piamonte)

1896 – Em Ivrea é fundada a  "C. Olivetti & C.
Com a idéia frutificada daquelas implantadas por Thomas Alva Edison nos Estados Unidos, resolveu fundar uma empresa para produzir e comercializar instrumentos de medição elétrica, para laboratórios de pesquisa. Nascia assim o início das atividades industriais Olivetti, embora ainda sem os resultados produtivos ansiados. Porém, foi a última vez em que Camillo Olivetti, não tinha a maioria absoluta das ações de uma empresa.


1908 – Neste ano em 29 outubro, nasce a Olivetti das máquinas de escrever
Camillo Olivetti, deixou a cidade de Milão com quarenta funcionários, retornando a Ivrea, para fundar a primeira fábrica na Itália de máquinas de escrever. O contrato de fundação foi assinado com capital de 350 mil liras, na presença do tabelião distrital e inúmeras testemunhas.

O nome da empresa veio do passado: "Mr. Olivetti &C. " e fez questão de acrescer "a primeira fábrica nacional de máquinas de escrever ", famosa, como “sua fábrica de tijolo vermelho,” que logo provocou rápida expansão.


Seus trabalhadores foram selecionados, treinados para aprimorar o desenvolvimento profissional necessário, exigido nessa empreitada comprovada por amplo sucesso. Seus executivos talentosos, contribuíram para a realização do empreendimento.

Entre os estudantes, da Universidade de Stanford dos EUA, estava Domenico Burzio, um ex-ferreiro que seguirá Camillo e se tornou o primeiro diretor técnico da Olivetti.

Ao lado esquerdo, a produção de somadoras num ambiente organizado. Nota-se mulheres trabalhando nessa fábrica.

No papel de pequeno industrial e inventor, Camillo Olivetti, não esqueceu suas simpatias e “não omite suas idéias para a classe trabalhadora”, como um cartão emitido em seu nome no Comissariado de Ivrea. Aliás, a empresa Olivetti fundamentou esse princípio de treinamento aos seus colaboradores em toda sua existência. Tornou-se figura típica em Ivrea, de inteligência e imprevisíveis explosões, por vezes autoritário, mas sempre atento aos problemas sociais e do trabalho. Eclético, brilhante e criativo
A cidade italiana de Ivrea
1911
Inteiramente projetada por Camillo Olivetti, assim com algumas máquinas-ferramentas indispensáveis para a produção das peças do equipamento, começa neste ano, a laboriosa fabricação do primeiro modelo da máquina de escrever. O engenheiro Camillo, treina um grupo de cerca de vinte pessoas, que o auxiliam na invenção da primeira Olivetti M1. 


Camillo centraliza sua invenção, limita as funções dos funcionários, assumindo todas as responsabilidades. Faz mais duas viagens nos EUA, comprou diversas máquinas produzidas na América examinou o nível de concorrência e as criações e modificações utilizadas por inventores de tipewriter.

Quase três anos depois, primeiro modelo o M1, estava pronto. Foram dias difíceis em termos financeiros, o patrimônio líquido se esgotava, uma vez que a fábrica ficou por três anos fazendo apenas protótipos.

A Olivetti M1 foi apresentada na Exposição Universal de Turim, em 1911, comemorando o qüinquagésimo aniversário da " Unificação da Itália. Além da M1, foi apresentado um insight sobre o funcionamento de oficina Ivrea. Dessa feira, vieram as primeiras encomendas. Uma dessas um pedido de 100 máquinas para a Marinha Americana. Dessa forma, começa o sucesso da primeira fábrica nacional de máquinas de escrever no solo europeu.

A máquina de escrever Olivetti modelo M1, era diferente dos modelos americanos mas seguia o teclado padrão QWERT. Tinha maiúsculas e minúsculas, mecanismos inovadores simples e rápidos, linha simples, elegante, boa visibilidade da escrita; tabulador decimal, marginadores manuais ou móveis;

1913 - A Olivetti tinha em sua fábrica cerca de 110 funcionários.

1915 - A Itália neste ano, declara guerra à Áustria.
A Primeira Guerra Mundial, foi de suma importância para a Olivetti. Parte de sua fábrica de máquinas de escrever é destinada, para produzir armamentos bélicos. Do ponto de virada, obteve super lucros, aprendeu com inovação tecnológica avançada de peças para aviões britânicos, fabricados na Olivetti.

1920 - No período pós-guerra, surgiu a Olivetti M20, uma máquina de escrever aperfeiçoada.


A Olivetti se organiza modernamente e introduz a linha de montagem, para produção do modelo M20. Dois anos depois, monta 2000 máquinas de escrever. 
Um produto, cujo sucesso permitiu a empresa “Olivetti” implementar um plano de negócios, baseado em assistência aos clientes, através de sucursais, para abranger uma fatia muito maior: o mercado mundial. 

A primeira filial, apareceu em Milão, seguida por outras italianas e estrangeiras. Esta estratégia permitiu-lhe vencer a concorrência internacional, principalmente nos mercados americano e alemão, jogando na qualidade do produto, assistência técnica local, facilidade de obter peças. No início dos anos trinta, foi reforçada a rede de distribuição no exterior.
1925 
Camillo Olivetti completava 57 anos. Já preocupado sobre a sucessão na empresa, escolhe Adriano, segundo dos filhos, que ingressa neste ano, na Olivetti para no futuro gerir seus destinos.
1926
Instalação da fábrica de fundições, “Officina Meccanica Olivetti” (OMO).
A Oficina Mecânica Olivetti, dirigida pelos filhos Adriano e Massimo Olivetti era uma fábrica de estanho. Desde seu princípio, a “Olivetti” possuía características de produção muito próprias, caracterizados pela independência de manufatura de suas peças; produzir as próprias máquinas-ferramentas; mesmo os parafusos eram produzidos pela fábrica. Muito diferente, no que diz respeito, as pequenas empresas do mercado italiano. Essa fábrica supria as necessidades materiais da “Ing. C. Olivetti e C.” Entre 1920 a 1926, a fábrica atingi a produção de oito mil unidades anuais.

Nas mesmas instalações, da “OMO”, veio o grande impulso com o primeiro núcleo de pesquisa e desenvolvimento, pela criação do Centro de Formação Mecânica, uma das primeiras "escolas de fábrica”, responsável  não só pelo conhecimento técnico, como também, preocupada em ensinar amplitude de cidadania, através de conhecimentos gerais e cultura política.

No decurso da década, a Olivetti ampliava sua linha de novos de equipamentos para escritório;  produziu os primeiros modelos de mobiliário de escritório chamado de "Synthesis". Lança uma das máquinas de cálculo, as MC4S, o teletipo T1p, as primeiras das inúmeras, lançadas através dos anos pela Olivetti. Várias destas contábeis, de muita complexidade mecânica .
1928
Adriano Olivetti, cuida dos processos de produção e cria dois departamentos: o Serviço de Publicidade na Olivetti o qual passa a dirigir, contando com importantes profissionais da área; como também, o Centro de Suporte a Clientes.
1929
Abre em Barcelona, a Hispano Olivetti, conquistando outro mercado interessante.

1932 - Morre de repente, Domenico Burzio. (Abaixado, o segundo no meio a funcionários da Olivetti)
Numa homenagem ao companheiro fiel, presente desde o início, Camillo Olivetti, cria o “Fundo Domenico Burzio”. Uma fundação sistemática de assistência social e econômica, em favor dos trabalhadores e suas famílias, para garantir seguridade social. Em 1960, o nome é alterado, passa a se chamar Fundo de Solidariedade Interna. Este procedimento de garantia assistencial sempre foi item obrigatório, não somente nas suas filiais em diversos países, como também nas revendas autorizadas.

1933 - Camillo Olivetti, no primeiro aniversário de morte de Domenico Burzio,  se expressa no discurso com essas palavras:

No outono de 1894, na minha vila em Monte Navale, empreendi um curso curto de eletricidade primária para os trabalhadores. Eu assisti quatro alunos de todas as idades e diferentes níveis de ensino. O mais jovem era um menino de dezoito anos, não muito desenvolvido fisicamente, mas trabalhava como ferreiro: era Domenico Burzio. Ele havia sido introduzido por seu tio, que ocasionalmente trabalhava em nosso jardim. Então eu tive meu primeiro contato com a pessoa que mais tarde, se tornou meu melhor colaborador.” 

Domenico Burzio, foi colega de Camillo, desde os tempos de estudante na universidade, e o seguiu desde o início do empreendimento, ficando como o primeiro diretor técnico da empresa.
1932 
A Olivetti, amplia a linha do seus produtos, lançando o teletipo T1 e a somadora M4S.
1933
Adriano Olivetti, foi nomeado CEO, juntando-se ao pai, Camillo que progressivamente passa o comando da empresa ao filho.
1937 
Com uma nova ala na fábrica, essa expansão permitiu elevar a produção anual: 21575 máquinas de escritório e 15694 de máquinas portáteis para atender aos pedidos nacionais e 9502 para exportação.
1938
Camillo Olivetti, com 70 anos, deixa a empresa, sendo substituído na presidência pelo filho Adriano, então com 37 anos, mantido no estabelecimento da gestão das máquinas ferramentas.

1942 
No período em que a Itália esteve ligado ao Eixo, a fábrica de Ivrea, torna-se a sede do Comitê de Libertação Nacional  lutando contra o fascismo e o nazismo que tentaram destruir a fábrica Olivetti. Muitos funcionários da empresa morreram nessa guerra.
(Camillo Olivetti, com 60 anos e sua bicicleta)




1943 – morre Camillo Olivetti



A Segunda Guerra, trouxe momentos dramáticos para o país, para a empresa e família Olivetti. Provavelmente afetou a moral e a saúde, precária já a algum tempo. Em 4 de dezembro deste ano, aos 75 anos, morre no Hospital de Biella, Camillo Olivetti.  

Enterrado no cemitério judaico, da mesma cidade, seu féretro foi acompanhado por um multidão, que mesmo diante de tanta chuva, chegou todos os cantos do país.

A grande virada da Olivetti no mercado mundial






Os nazistas destroem parte da fábrica, alguns operários são mortos. Entretanto, em menos de dois anos a fábrica da Olivetti está a todo vapor.

Após a Segunda Guerra Mundial, Adriano Olivetti, foi capaz de trazer a Olivetti a posição de liderança na área de equipamentos de escritório.
Na foto, brasileiros em Monte Castelo, Itália 
1950 - A Olivetti se estabelece nos Estados Unidos sob a liderança do terceiro filho de Camillo: Dino Olivetti.
1953 
Neste ano, a Olivetti abriu uma fábrica de máquinas de calcular em Pozzuoli, oferecendo empregos com salários acima da média e, a já tradicional assistência para as famílias dos trabalhadores. A produtividade nesta planta superou a produção dos funcionários da fábrica em Ivrea.
1955
A Olivetti juntamente com a Universidade de Pisa criam o EPC (Electronic Calculator Pisana) e o filho de Adriano, Roberto Olivetti é o colaborador neste projeto.

1956 - Adriano (foto abaixo) é eleito Prefeito de Ivrea; em 1958 funda o Movimento Liberal, torna-se um ativo anti-fascista e é eleito Deputado.



1957
Dino Olivetti, Arrigo Olivetti e Giuseppe Pero são nomeados para a Vice-presidência da Olivetti

Neste ano, a Olivetti chega ao Brasil, construindo sua fábrica em Guarulhos, São Paulo. A fábrica foi montada com equipamentos modernos, para fabricar em larga escala, uma série de equipamentos de escrever e somadoras.

A primeira máquina fabricada foi a Olivetti Lexikon 80. Seguiu-se um longa série de modelos dos mais diversificados, incluindo a exclusividade de montar os aparelhos de telex, sob homologação da Embratel. O telex foi uma invenção super moderna para a época.

1959 - Absorveu neste ano, a “Underwood” americana.
Com cerca de 11 mil funcionários, pode-se avaliar seu tamanho, é era a principal concorrente da Olivetti mundial com suas máquinas indiscutivelmente de toque suave, rápida, de aceitação mundial por m centena de anos.

O Papa Pio XII, em 1958 usando uma Olivetti Studio 42
1960 - Morre num acidente de trem, Adriano Olivetti.
Da época de sua morte, a Olivetti Industrial, saída de uma pequena oficina do norte italiano, se encontra com fábricas nos Estados Unidos, Espanha, México, Argentina e Brasil (Guarulhos, Estado de São Paulo).

Dois dias depois da morte de Adriano a liderança da Olivetti, passa por transição traumática e confiada em curto período a Joseph Pero. Este logo foi substituído pelo filho mais velho de Adriano, Roberto Olivetti. Seu nome é ligado ao avanço da eletrônica em geral na Itália e em particular da própria Olivetti.

Operando com milhares de funcionários em todo o mundo, seja com seu quadro ou daqueles pertencentes aos representantes, distribuidores e oficinas autorizadas em centenas de cidades de dezenas de países, todos respiravam o ar "Olivetti"  com orgulho. Sem contar, com as milhares de casas comerciais de revenda, ou oficinas mecanográficas, também espalhadas por todos cantos, podendo atender a linha Olivetti sem restrição, de conseguir peças, acessórios ou qualquer material de reposição.

1960 -  Último dos Olivetti – Roberto Olivetti.
Nascido em Turim em 18 de março de 1928, formado em 1952, pela Faculdade de Economia e Negócios da Universidade de Bocconi de Milão, logo ocupou o setor comercial da indústria. Em 1954, vai para os Estados Unidos fazer um curso de Administração de Empresas na Universidade de Harvard em Boston.

Retorna em 1955 para o cargo de Assistente de Direção Administrativa Geral, mas em 1958 é nomeado Gerente Geral da Administração da Olivetti. Neste mesmo ano, desempenha papel importante na implantação do primeiro laboratório italiano de buscas eletrônicas em Pisa, Itália e decide lançar o projeto para produzir processadores eletrônicas para fins comerciais.

Este canal para a via do mundo eletrônico garantiu à Olivetti um extraordinário avanço. Muitas descobertas utilizadas em impressoras, computadores, automação bancária são frutos desse empreendimento inovador Olivetti. Manter uma divisão de eletrônica, na década de 60, mesmo numa empresa como a Olivetti, produz problemas financeiros e a empresa teve que vender essa divisão para a General Electric, a Fiat e a Pirelli, por não suporta o investimento de tal porte.
1962
Nasce a primeira calculadora programável a P101, desenvolvido as escondidas pelos técnicos da empresa, por não contarem mais com a divisão eletrônica. A P101 foi comprada pela NASA, exército americano e inúmeras grandes empresas americanas.
1970 
A Olivetti se lança no negócio de máquinas de controle numérico (CNC)

1982 - Fabrica o primeiro computador europeu.
Nessa década, a Olivetti atingi a qualidade de ser uma das dez primeiras empresas de informática do mundo.

1985 - morre aos 57 anos, Roberto Olivetti.
Em 27 de abril de 1985, quase um mês após completar 57 anos, morreu um empreendedor culto, de visão e natureza inovadora. Muitas vezes, obrigado a limitar sua amplitude comercial, por oposição e críticas de acionistas, dentro destes familiares.


A Olivetti do Brasil foi líder no mercado 
dos anos 60 até o final do segundo milênio.






6 comentários:

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  2. Gente! Boa tarde! Tenho uma olivetti lettera 25, mas não sei usar ao certo a pontuação, poderiam me ajudar, pontos como o til,ponto final,virgula....

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    1. Olá, eu também tenho uma Lettera 25 e é simples:

      O botão maior em ambos os lados alternam entre as letras maiúsculas e minúsculas, assim como os caracteres das teclas que têm duas funções. Vírgula, Ponto de interrogação, ponto final, ponto e virgula, hífen e dois-pontos avançam um espaço ao serem pressionados. Já o til, cincunflexo, agudo e crase não avançam ao serem pressionados e para acentuar as letras, pressiona-se primeiro o acento e em seguida a letra.

      Nessa máquina não tem o número um e é usado a letra l(ele) minúscula para representar o numeral. Também não tem o sinal de exclamação, o que pode ser conseguido pressionando o apóstofro (acima do número 8), retrocedendo um espaço e pressionando o ponto final.

      Espero que tenha ajudado e se tiver mais dúvidas posta. Boa sorte!

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    2. Certo! Muito obrigado !!!
      Ajudou muito, eu estava fazendo algumas coisas erradas então 😅... Então obrigado pelas dicas.

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  3. Não vi referências a Maquina de escrever, calculadoras, contabilidade e uma calculadora chamada Euclides (da qual tenho o manual original ainda) da marca Mercedes.
    Inclusive no Brasil havia uma representante da Mercedes (Mercedes do Brasil Maquinas de Escritório) em São Paulo. Meu pai trabalhou nela até 1965. Ele era mecanógrafo, assim como meu irmão também. Tenho até hoje a carta de demissão dele. Depois constituiu junto com meu irmão a firma Henske&Henske LTDA consertos de maquinas de escritório.

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  4. Tenho uma Triumph adler gabriele em que os caracteres do disco se partiram onde na cidade do Porto-Portugal encontro este material. Obrugado

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