Olivetti


Com os logotipos acima, usados em vários períodos de sua história, a Olivetti tradicional empresa do ramo mecanográfico atingiu seu ápice sob a administração dos personagens acima, que vai do fundador ao filho e aos filhos dos filhos. Ao perder o controle familiar, o pensamento do fundador, a marca mantém a empresa, mas a Olivetti dos mecanógrafos, encerrou. 




1868
Neste ano, em Ivrea, aos 13 de agosto, nasceu Camillo Olivetti, filho de um pequeno agricultor e corretor de terras; sua mãe, Elvira era filha de banqueiros. 

 De uma família de classe média judia, teve uma queda irreparável, com apenas um ano: morre o pai do pequeno Camillo. Sua mãe, confiou ao internato Colégio 'Casa Taeggi "de Milan, os cuidados de educá-lo.

O jovem Camillo possuía espírito empreendedor. Almejava com vigor o progresso, aspectos passado pela parte paterna; do lado da mãe, herdou o interesse por idiomas, ela era fluente em quatro línguas. Ao término do ensino médio, matriculou-se no Real Museu Italiano Industrial, em 1960, intitulado “Instituto Politécnico de Turim”, na Escola Superior de Tecnologia Aplicada. Lá iniciou os cursos de engenharia elétrica, ministrados por Galileo Ferraris.
1891 
Em 31 de dezembro deste ano, formou-se em Engenharia Industrial. Viveu por mais de um ano em Londres, por necessidade de aprimorar o inglês e ter experiência de trabalho num lugar aonde a Revolução Industrial estava mais adiantada. Empregou-se uma indústria fabricante de equipamentos elétricos, também exercendo a função de mecânico. Retorna a Turim e passa a ser assistente do antigo professor Ferraris.
1893
Neste ano, acompanhou em viagem aos Estados Unidos, seu mestre Ferraris, convidado para dar uma palestra no Congresso Internacional de Engenharia Elétrica de Chicago.

Camillo Olivetti tornou-se seu intérprete. Juntos visitaram laboratórios de Thomas Alva Edison, em Llewellyn Park, New Jersey, onde se encontraram pessoalmente com o brilhante inventor americano. Após esta reunião, escreveu ao irmão Charles, de Chicago:

13 de agosto de 1893. 
“(...) Agora que eu te dei alguma impressão da cidade, eu vou te dizer como eu gasto meu tempo. (...) O Sr. Martelo nos levou a Llewellin Park, num trem de meia-hora de Nova York para ver o laboratório Edison.

O próprio Senhor Edison veio nos receber, nos deu um pouco de conversa e nós escutamos no seu fonógrafo algumas peças de música. Como você pode ver eu logo comecei a fazer conhecimento com pessoas famosas. Edison Park Llewellin é um enorme edifício, como a maioria dos edifícios industriais privado é de madeira.”

Camillo Olivetti continuou sozinho a viagem de Chicago para São Francisco, para conhecer melhor os Estados Unidos. Pesquisou universidades americanas, e passou alguns meses em Palo Alto, na Universidade de Stanford, de novembro de 1893 a abril 1894, como assistente de engenharia elétrica, onde teve a oportunidade de estudar em laboratório o potencial e as várias aplicações do uso de eletricidade.

Era conhecedor, do ponto atingido pela situação industrial inglesa. Nessa viagem, Camillo Olivetti, pode comparar o quanto a realidade americana era melhor, do que a inglesa, não apenas do ponto de vista da indústria, como também do social.

No retorno à Itália, buscou parceria com dois antigos colegas para juntos capitalizar e importar máquinas de escrever e bicicletas, grandes novidades naquele momento. (ao lado aspectos da cidade de Ivrea, no Piamonte)

1896 – Em Ivrea é fundada a  "C. Olivetti & C.
Com a idéia frutificada daquelas implantadas por Thomas Alva Edison nos Estados Unidos, resolveu fundar uma empresa para produzir e comercializar instrumentos de medição elétrica, para laboratórios de pesquisa.


Primeira fábrica da Olivetti

Nascia assim o início das atividades industriais Olivetti, embora ainda sem os resultados produtivos ansiados. Porém, foi a última vez em que Camillo Olivetti, não tinha a maioria absoluta das ações de uma empresa.


1908 – Neste ano em 29 outubro, nasce a Olivetti das máquinas de escrever
Camillo Olivetti, deixou a cidade de Milão com quarenta funcionários, retornando a Ivrea, para fundar a primeira fábrica na Itália de máquinas de escrever. O contrato de fundação foi assinado com capital de 350 mil liras, na presença do tabelião distrital e inúmeras testemunhas.

O nome da empresa veio do passado: "Mr. Olivetti & C. " e fez questão de acrescer "a primeira fábrica nacional de máquinas de escrever ", famosa, como “sua fábrica de tijolo vermelho,” que logo provocou rápida expansão. Camillo, desde o princípio adotou normas inovadoras e de bem estar social.

Seus trabalhadores foram selecionados, treinados para aprimorar o desenvolvimento profissional necessário exigido nessa empreitada, comprovada pelo amplo sucesso. Seus executivos talentosos, contribuíram para a realização eficaz do empreendimento.

Entre os estudantes, da Universidade de Stanford dos EUA, estava Domenico Burzio, um ex-ferreiro que seguirá Camillo e se tornou o primeiro diretor técnico da Olivetti.



Camillo Olivetti, tornou-se figura típica em Ivrea, de inteligência e imprevisíveis explosões, por vezes autoritário, mas sempre atento aos problemas sociais e do trabalho. Eclético, brilhante e criativo.
A cidade italiana de Ivrea
1911
Inteiramente projetada por Camillo Olivetti, assim com algumas máquinas-ferramentas indispensáveis para a produção das peças do equipamento, começa neste ano, a laboriosa fabricação do primeiro modelo da máquina de escrever. O engenheiro Camillo, treina um grupo de cerca de vinte pessoas, que o auxiliam na invenção da primeira Olivetti M1. 


Camillo centraliza sua invenção, limita as funções dos funcionários, assumindo todas as responsabilidades. Faz mais duas viagens nos EUA, comprou diversas máquinas produzidas na América examinou o nível de concorrência, as criações e modificações utilizadas por inventores de tipewriter. Enfim, procurou checar todas as possibilidades para fabricar a mais aperfeiçoada máquina de escrever.

Quase três anos depois, primeiro modelo o M1, estava pronto. Foram dias difíceis em termos financeiros, o patrimônio líquido se esgotava, uma vez que a fábrica ficou por três anos fazendo apenas protótipos.

A Olivetti M1 foi apresentada na Exposição Universal de Turim, em 1911, comemorando o qüinquagésimo aniversário da " Unificação da Itália". Além da M1, foi apresentado um insight sobre o funcionamento de oficina Ivrea. Dessa feira, vieram as primeiras encomendas. Uma dessas um pedido de 100 máquinas para a Marinha Americana. Dessa forma, começa o sucesso da primeira fábrica nacional de máquinas de escrever no solo europeu.

A máquina de escrever Olivetti modelo M1, era diferente dos modelos americanos mas seguia o teclado padrão QWERT. Tinha maiúsculas e minúsculas, mecanismos inovadores simples e rápidos, linha simples, elegante, boa visibilidade da escrita; tabulador decimal, marginadores manuais ou móveis;
1911/1920 
Durante este período a Olivetti empreendeu a produção de máquinas escrever, modelo  M 1, fabricando cerca de  6 mil máquinas.
1913 
Neste ano, a Olivetti tinha em sua fábrica cerca de 110 funcionários. Abaixo, aspectos interno da fábrica na montagem da M1.

1915 - A Itália neste ano, declara guerra à Áustria.
A Primeira Guerra Mundial, foi de suma importância para a Olivetti. Parte de sua fábrica de máquinas de escrever é destinada, para produzir armamentos bélicos. Do ponto de virada, obteve super lucros, aprendeu com inovação tecnológica avançada de peças para aviões britânicos, fabricados na Olivetti.
1920 
No período pós-guerra, surgiu a Olivetti M20, uma máquina de escrever remodelada, aperfeiçoada em diversos mecanismos que foram melhorados no decorrer de outros modelos.

A Olivetti se organiza modernamente e introduz a linha de montagem, para produção do modelo M20. Dois anos depois, monta 2000 máquinas de escrever. 

Um produto, cujo sucesso permitiu a empresa “Olivetti” implementar um plano de negócios, baseado em assistência aos clientes, através de sucursais, para abranger uma fatia muito maior: o mercado mundial, baseado na assistência aos clientes, através de sucursais. 

A primeira filial, apareceu em Milão, seguida por outras italianas e estrangeiras. Esta estratégia permitiu-lhe vencer a concorrência internacional, principalmente nos mercados americano e alemão, jogando na qualidade do produto, assistência técnica local, facilidade de obter peças. No início dos anos trinta, foi reforçada a rede de distribuição no exterior.
1925  Camillo Olivetti completava 57 anos. Já preocupado sobre a sucessão na empresa, escolhe Adriano, segundo dos filhos, que ingressa neste ano, na Olivetti para no futuro gerir seus destinos.
Quadro de funcionários da OLIVETTI no tempo do fundador
1926
Instalação da fábrica de fundições, “Officina Meccanica Olivetti” (OMO).
A Oficina Mecânica Olivetti, dirigida pelos filhos Adriano e Massimo Olivetti era uma fábrica de estanho. (foto à esquerda das instalações entre 1896-1958) 
Desde seu princípio, a “Olivetti” possuía características de produção muito próprias, caracterizados pela independência de manufatura de suas peças; produzir as próprias máquinas-ferramentas; mesmo parafusos, porcas ou arroelas, eram produzidos pela fábrica. Essa fábrica supria as necessidades materiais da “Ing. C. Olivetti e C.” 

1920/1926
Entre este período, a fábrica atingi a produção de oito mil unidades anuais. Muito diferente, no que diz respeito, as pequenas empresas do mercado italiano.

Nas mesmas instalações, da “OMO”, veio o grande impulso com o primeiro núcleo de pesquisa e desenvolvimento, pela criação do Centro de Formação Mecânica, uma das primeiras "escolas de fábrica”, responsável  não só pelo conhecimento técnico, como também, preocupada em ensinar a amplitude da cidadania, através de conhecimentos gerais e cultura política.

No decurso da década, a Olivetti ampliava sua linha de novos de equipamentos para escritório;  produziu os primeiros modelos de mobiliário de escritório chamado de "Synthesis".

Fábrica Olivetti em Ivrea, setor de montagem das somadoras Summa15
A Olivetti na fábrica de Ivrea na Itália também projetou somadoras conquistando o mercado e a preferência mundial com a série MC 14, como as somadoras abaixo, pertencentes ao acervo do Museu Teclas:
- o modelo MC14 S, uma somadora elétrica simples;
-  o modelo MC14 M, uma somadora elétrica com multiplicação automática graças aos mecanismos acoplados na lateral direita;

1928
Adriano Olivetti, cuida pessoalmente dos processos de produção e cria dois departamentos: o Serviço de Publicidade na Olivetti o qual passa a dirigir, contando com importantes profissionais da área; como também, o Centro de Suporte a Clientes. Serão estes departamentos os responsáveis pelo crescimento sólido da Olivetti mundial.
1929
Abre em Barcelona, a Hispano Olivetti, conquistando outro mercado interessante dentro da Europa; em mais algum tempo surgiram instalações subsidiárias na Bélgica e América do Sul
1932 
A Olivetti, amplia a linha do seus produtos, lançando uma das mais importantes máquinas de cálculo, as MC4S, o teletipo T1p, as primeiras das inúmeras, lançadas através dos anos pela Olivetti. Várias destas contábeis, de muita complexidade mecânica .
1932 - Morre de repente, Domenico Burzio. (Abaixado, o segundo no meio a funcionários da Olivetti)
Numa homenagem ao companheiro fiel, presente desde o início, Camillo Olivetti, cria o “Fundo Domenico Burzio”. Uma fundação sistemática de assistência social e econômica, em favor dos trabalhadores e suas famílias, para garantir seguridade social. Em 1960, o nome é alterado, passa a se chamar Fundo de Solidariedade Interna. Este procedimento de garantia assistencial sempre foi item obrigatório, não somente nas suas filiais em diversos países, como também nas revendas autorizadas. 1931/1950
Durante este período a Olivetti fabricou o modelo M40, uma máquina de escrever manual , evoluído das M20 que teve boa aceitação no mercado.
1933
Adriano Olivetti, é nomeado diretor da empresa para progressivamente assumir o comando da Olivetti, juntando-se ao pai Camillo, que progressivamente passa o comando da empresa ao filho. Ainda no mesmo ano, Camillo Olivetti, no primeiro aniversário de morte de Domenico Burzio,  se expressa no discurso com essas palavras:

No outono de 1894, na minha vila em Monte Navale, empreendi um curso curto de eletricidade primária para os trabalhadores. Eu assisti quatro alunos de todas as idades e diferentes níveis de ensino. O mais jovem era um menino de dezoito anos, não muito desenvolvido fisicamente, mas trabalhava como ferreiro: era Domenico Burzio. Ele havia sido introduzido por seu tio, que ocasionalmente trabalhava em nosso jardim. Então eu tive meu primeiro contato com a pessoa que mais tarde, se tornou meu melhor colaborador.” 

Domenico Burzio, foi colega de Camillo, desde os tempos de estudante na universidade, e o seguiu desde o início do empreendimento, ficando como o primeiro diretor técnico da empresa.
1937 
Com uma nova ala na fábrica, essa expansão permitiu elevar a produção anual: 21575 máquinas de escritório e 15694 de máquinas portáteis para atender aos pedidos nacionais e 9502 para exportação.

No período em que a Itália esteve ligado ao Eixo, a fábrica de Ivrea, torna-se a sede do Comitê de Libertação Nacional lutando contra o fascismo e o nazismo que tentaram destruir a fábrica Olivetti.

Muitos funcionários da Olivetti morreram nessa guerra.  Os nazistas destroem parte da fábrica, alguns operários são mortos. Entretanto, em menos de dois anos a fábrica da Olivetti está a todo vapor.
1938
Camillo Olivetti, com 70 anos, deixa a empresa, sendo substituído na presidência pelo filho Adriano, então com 37 anos, mantido no estabelecimento da gestão das máquinas ferramentas.

Na foto, brasileiros em Monte Castelo, Itália no período da 2ª Guerra Mundial

 
1942
No período em que a Itália se envolveu na Segunda Guerra Mundial por iniciativa do ditador italiano  Mussolini, a fábrica da Olivetti, foi um ponto de luta contra o fascismo e o nazismo

A biografia de Camillo Olivetti e seu modo de pensar não tolerou esse conceito dos países ligados ao Eixo. A origem dos Olivetti é de procedência judia.

(Camillo Olivetti, com 60 anos e sua bicicleta)

No período de 1940 a 1960, mesmo com as dificuldades dos efeitos da Segunda Guerra Mundial os modelos fabricados pela Olivetti, quer na Itália ou em suas fábricas em diversos países permitiram uma imensa expansão, quer pelos produtos inovadores em mecânica e desenho, como os que vamos relacionar.

1940/1960 
Neste ciclo, a "cara" das máquinas mecanográficas, tinha o design industrial do criativo Marcelo Nizzoli responsável pela aparência dos modelos Lexikon 80 com suas respecitivas séries e das portáteis  Lettera 22. Os sucessores de Nizzoli foram Mario Bellini e Ettore Sottsass. Em 1948 foi lançada a Olivetti Lexikon 80 com estrondoso sucesso pela perfeição de inúmeros itens mecânicos que tornou essa máquina de escrever apreciada, principalmente no mercado brasileiro.
1949 
Neste ano surgiu o modelo Summa 15, projeto mecânico de Natale Capellaro e desenho de Marcelo Nizzoli. Houve uma série de somadoras e multiplicadoras baseadas no projeto Summa.

Houve um impulso na fabricação de máquinas mecanográficas para cálculos mecânicas, todas com sistema impressor alimentados por meio de rolos de bobinas de papel. Essas máquinas de cálculo, como somadoras, multiplicadoras e calculadoras foram projetadas para atender compradores dos mais diversificados, de uma simples somadora até máquinas sofisticadas para sistema de contabilidade com cálculos e escrita.


1943 - Morre Camillo Olivetti

A Segunda Guerra, trouxe momentos dramáticos para o país, para a empresa e família Olivetti. Provavelmente afetou a moral e a saúde, precária já a algum tempo. Em 4 de dezembro deste ano, aos 75 anos, morre no Hospital de Biella, Camillo Olivetti.  

Enterrado no cemitério judaico, da mesma cidade, seu féretro foi acompanhado por um multidão, que mesmo diante de tanta chuva, chegou de todos os cantos do país.


A Olivetti cresceu juntamente com a cidade de Ivrea, a qual seu progresso e desenvolvimento estava ligado, muitas de suas decisões sairam do edifíco à direita e, foram importantes para o ramo mecanográfico em todo o mundo. Desde suas filiais, fosse numa metrópole, numa cidade média ou mesmo até numa simples oficina, num canto de pequena cidade, desfrutava-se em cadeia daquilo assumido em sua sede social. Isso era Olivetti!
Adriano Olivetti em meio a operação fabril
Após a Segunda Guerra Mundial, Adriano Olivetti, foi capaz de trazer a Olivetti a posição de liderança na área de equipamentos de escritório. A situação européia era terrível - os principais países estavam destruídos, o trabalho de reconstrução era generalizado em quase toda Europa
Fábrica Olivetti no período de 1896/1958
As fábricas durante todo o período da guerra, verterão a produção para manufaturar material bélico. O produto especializado que cada fábrica industrializava foi deixado de lado e, no pós-guerra as indústrias ou qualquer negócio, não tinham nenhum recurso para aplicar e fazer girar a roda da produção e alavancar o empreendimento. 

As máquinas mecanográficas, eram equipamentos imprescindíveis, quer no desenvolvimento dos projetos ou quer nas administrações, fosse numa indústria, no comércio ou em quaisquer atividades, a Olivetti através da liderança de Adriano Olivetti tinha pleno conhecimento do seu papel nessa novo mundo. A Olivetti, não perdeu tempo, imediatamente começou seu trajeto de sucesso internacional.
1948/1950
Este período foi marcado por uma série de somadoras as "Eletrosummas", começando com o modelo 14 que pesava 10,96Kg, e uma sequência de variados modelos com essa média de peso.
1950
A Olivetti se estabelece nos Estados Unidos sob a liderança do terceiro filho de Camillo: Dino Olivetti. Abaixo, no quadro com tripla imagens, um exemplar lançado neste ano - a Olivetti Lettera 22 desenhada por Marcelo Nizzoli.

Neste ano, a Olivetti registrava um total de 24 mil funcionários em âmbito global, havendo cerca de 17 instalações no exterior em franca expansão.
1950/1960
Neste período foi produzida a somadora Eletrosumma 22, uma evolução das Summas, pesando cerca de 10,53Kg. Também estavam sendo fabricadas neste período a Lexikon 80 e em  1955 foi lançada a máquina de escrever elétrica LexikonE;  a Studio 44 (no centro do quadro abaixo) é datada de fabricação no ano de 1956. A cor original é a padrão, é a exposta na imagem, igual aos três modelos, como também para algumas somadoras. Todas produzidas largamente no período.
1953 
Neste ano, a Olivetti abriu uma fábrica de máquinas de calcular em Pozzuoli, oferecendo empregos com salários acima da média e, a já tradicional assistência para as famílias dos trabalhadores. A produtividade nesta planta superou a produção dos funcionários da fábrica em Ivrea.

Aspectos da produção das somadoras MC20, com uma série de modelos desta linha
 1955
A Olivetti juntamente com a Universidade de Pisa criam o EPC (Electronic Calculator Pisana). O filho de Adriano, Roberto Olivetti é o colaborador e atuador neste projeto.

1956 - Adriano (foto abaixo) é eleito Prefeito de Ivrea; em 1958 funda o Movimento Liberal, torna-se um ativo antifascista e é eleito Deputado. Neste ano, também é lançada a Divissumma 24, pesando 14,38 Kg, projeto de Natale Capellaro.

1957

Dino Olivetti, Arrigo Olivetti e Giuseppe Pero são nomeados para a Vice-presidência da Olivetti


Neste ano, a Olivetti chega ao Brasil, construindo sua fábrica em Guarulhos, São Paulo

A fábrica foi montada com equipamentos modernos, para fabricar em larga escala, uma série de equipamentos de escrever e somadoras.

A primeira máquina fabricada foi a Olivetti Lexikon 80, um sucesso imediato de produção, uma vez que o Brasil importava muitas Olivetti

Seguiu-se um longa série de modelos dos mais diversificados, entre máquinas de escrever portáteis e semi-portáteis, somadoras.

Além de toda linha importada da matriz ou fabricada em outras praças, incluindo a exclusividade de fabricar e montar os aparelhos de telex, sob homologação da Embratel. O telex foi uma invenção super moderna para a época. Em 50 anos estabelecidos no Brasil, a Olivetti do Brasil S/A vendeu cerca de 10 milhões de unidades.

1960/1989
Num ciclo de quase trinta anos, a Olivetti lançou produtos mecanográficos de qualidade prática, leves e com tecnologia eficiente, com opções para diversos segmentos. Juntamente com suas fábricas localizadas em diversos países, conforme relação acima, ocorreram os seguintes lançamentos:
1960, a somadora manual, muito leve, a Summa Prima 20, com teclado redondo;
1964/1980, foi o período de império da escrever manual portátil Lettera 32, muito leve, com maleta ideal para transportes. Deste modelo, seguiram outros usando a mesma estrutura e projeto;
1965/1967, marca o lançamento da máquina de escrever elétrica Tekne 3, um projeto de mecânica arrojada, motor de excelente qualidade, alinhamento perfeito; em 1967, surgiu o modelo Tekne 4, com numeração de nº 6539340, seguido dos modelos Tekne 6 e 7;
1969/1972, período da entrada do modelo Linea 88, uma máquina de escrever tipo standard, leve, mas de mecânica inferior a antiga Lexikon 80;
1969/1975, foi o período de fabricação da máquina portátil elétrica Praxis 48;
1972/1977, nestes anos, a última série de modelos de máquinas de escrever manual do tipo padrão, a Linea 98, sendo um modelo especial entre 1973/1977; este último projeto teve uma variante, os modelos Underwood 198 e 298. Todos modelos tanto da série Linea 98 e Underwood, ofertavam recursos variados.
1976/1985, neste período é lançado o modelo de escrever elétrica semiportátil Lettera 36;
1989, deste ano em diante, houve um avanço tecnológico e lançamentos de máquinas de escrever, do tipo eletrônicas com escrita de margaridas e cartuchos de fitas e corretivos, para diversas opções.   

Abaixo, um modelo de Olivetti Studio 46 fabricado pela Olivetti Mexicana S/A., fabricada em fins da década de 1990. O exemplar apresentado está em perfeito estado de conservação.
Abaixo um quadro com máquinas elétricas em diferentes modelos e funcionalidade: uma de escrever elétrica standard à esquerda; ao centro uma de escrever portátil e uma somadora ao lado direito. A Olivetti Tekne 3 fabricada no Brasil, o semi-portátil elétrica na Itália e a somadora na Argentina.

1959 
Neste ano, a Olivetti absorveu , a “Underwood” americana e sua larga linha de produtos em toda extensão do ramo mecanográfico. A Olivetti, já possuía uma ampla linha de produtos, como as máquinas contábeis Audit, na foto abaixo, em cansativos testes com diversos parâmetros.
Uma linha de testes de máquinas contábeis complexas
Com cerca de 11 mil funcionários, pode-se avaliar seu tamanho, a Underwood era a principal concorrente da Olivetti mundial com suas máquinas indiscutivelmente de toque suave, rápida, de aceitação mundial por uma centena de anos.

O Papa Pio XII, em 1958 usando uma Olivetti Studio 42
1960 - Morre num acidente de trem, Adriano Olivetti.
Da época de sua morte, a Olivetti Industrial, saída de uma pequena oficina do norte italiano, se encontra com fábricas nos Estados Unidos, Espanha, México, Argentina e Brasil (Guarulhos, Estado de São Paulo).

Dois dias depois da morte de Adriano a liderança da Olivetti, passa por transição traumática e confiada em curto período a Joseph Pero. Este logo foi substituído pelo filho mais velho de Adriano, Roberto Olivetti. Seu nome é ligado ao avanço da eletrônica em geral na Itália e em particular da própria Olivetti.
Operando com milhares de funcionários em todo o mundo, seja com seu quadro ou daqueles pertencentes aos representantes, distribuidores e oficinas autorizadas em centenas de cidades de dezenas de países, todos respiravam o ar "Olivetti"  com orgulho. Sem contar, com as milhares de casas comerciais de revenda, ou oficinas mecanográficas, também espalhadas por todos cantos, podendo atender a Linha Olivetti sem restrição, de conseguir peças, acessórios ou qualquer material de reposição. Nada comparado com a Olivetti e seus produtos. Desde a aquisição da Underwood americana, a Olivetti no decorrer dos anos adquiriu inúmeras empresas. 

1960 -  Último dos Olivetti : Roberto Olivetti.
Roberto na fundação que leva seu nome

Nascido em Turim em 18 de março de 1928, formado em 1952, pela Faculdade de Economia e Negócios da Universidade de Bocconi de Milão, logo ocupou o setor comercial da indústria.

Em 1954, vai para os Estados Unidos fazer um curso de Administração de Empresas na Universidade de Harvard em Boston.

Retorna em 1955 para o cargo de Assistente de Direção Administrativa Geral, mas em 1958 é nomeado Gerente Geral da Administração da Olivetti.


Neste mesmo ano, Roberto Olivetti desempenha papel importante na implantação do primeiro laboratório italiano de buscas eletrônicas em Pisa e decide lançar o projeto para produzir processadores eletrônicos para fins comerciais.






Este canal para a via do mundo eletrônico, garantiu à Olivetti um extraordinário avanço. Muitas das descobertas através desse laboratório foram utilizadas em calculadoras, máquinas de escrever eletrônica, fax, impressoras, computadores, automação bancária. Todos saídos desse inovador laboratório e frutos resultantes desse empreendimento.

Manter uma divisão de eletrônica, na década de 60, mesmo numa empresa como a Olivetti, provoca problemas financeiros derivados do alto custo, quer seja do material empregado ou das tentativas até chegar no ponto ideal.

A Olivetti viu-se obrigada à vender essa divisão para a General Electric, a Fiat e a Pirelli. Como vemos, o suporte de investimento de tal porte precisa de volumosos recursos financeiros.

1962
Nasce a primeira calculadora programável a P101, desenvolvido as escondidas pelos técnicos da empresa, por não contarem mais com a divisão eletrônica. A P101 foi comprada pela NASA, exército americano e inúmeras grandes empresas americanas. (ao lado esquerdo, um modelo P6040)
1970 
A Olivetti se lança no negócio de máquinas de controle numérico (CNC)
1973/1975
Nesse período, a Olivetti desenvolveu o sistema operacional Cosmos.
Em abril de 1975, na Feira de Hannover, a Olivetti demonstrou seus dois novos computadores pessoais: o P6040 e o P6060. Sendo o primeiro, com  microprocessador Intel 8080; o segundo, com tecnologia CPU TTL, com impressora gráfica de agulhas e disco flexível. Estes produtos tiveram pouco sucesso.
1978
Carlo De Benedetti, torna-se um novo acionista pela compra de um grande número de ações. Por preferência de outros acionistas assumi a presidência da Olivetti, uma estrutura poderosa, uma marca mundialmente conhecida, graças ao empenho de trabalho familiar.

A empresa estava endividada por causa de  recursos retirados por interesses familiares, no qual essa divisão de bens, enfraqueceu as finanças e recursos econômicos da Olivetti.

Abaixo, três modelos completamente fabricados pela Olivetti do Brasil S/A de excelente aceitação,  numerosa venda no país, também exportado para diversos países, colocando a marca como líder mundial.
1979
Nasce a ATC (Olivetti de Tecnologia Avançada) em Cupertino, EUA, na 4 Mariani Av., aonde a dois quarteirões dali está sendo projetado o chip LSI para a primeira máquina de escrever eletrônica mundial, a ET101 que estava sendo projetada em Ivrea, Itália.

Fora parte dos sonhos e anseios de Roberto Olivetti, seu endereçamento no uso da eletrônica no mundo mecanográfico. Outros produtos relacionados ao mundo dos escritórios e administração, como: fax, copiadoras e caixas registradoras iriam ampliar o leque da Olivetti.  De certa maneira, a história familiar fechava um ciclo da escrita mecanizada e partilhava da informática - ainda como atividade mecanográfica.

1982 - Fabrica o primeiro computador europeu.
Fabrica o primeiro computador europeu Olivetti M10. Nesse período atingi a qualidade de ser uma das dez empresas de informática do mundo.
1983
A Olivetti lança no mercado um série de produtos; dentre estes, um dos primeiros computadores domésticos com programas para conectar-se com computadores remotamente. Surge o Olivetti M20, uma espécie de clone do IBM PC; o M24 em parceria com a americana AT & T, considerado um sucesso;
1984
A Olivetti incorpora a inglesa Acorn Computers, e amplia a participação no mercado internacional.

1985 - morre aos 57 anos, Roberto Olivetti.
Em 27 de abril de 1985, quase um mês após completar 57 anos, morreu prematuramente, um empreendedor culto, de visão humanística e natureza inovadora. Muitas vezes, obrigado a limitar sua amplitude comercial, por oposição e críticas de acionistas, dentro destes familiares.

1986
Em abril deste ano, a Olivetti, o maior fabricante de máquinas de escritório, e também de computadores italianos com cerca de 280 mil unidades vendidas, anunciou a compra da Triumph Adler e da Royal do grupo Volkswagen. Por quase duas décadas a Royal foi uma parte da família Olivetti.

1988 - 1989  Acordo “AT & T e Olivetti
Ao final da década de 80, transformou essa parceria numa das maiores fabricantes de computadores pessoais na Europa, com 13% de domínio europeu. A única empresa na Europa, a desenvolver e produzir discos rígidos para seus computadores pessoais. 

Também forneceram “aparelhos de teletipo (telex)” à OTAN . Ainda em paralelo à produção dos computadores pessoais, outra projeto chamado "Linha 3000" montava mini computadores potentes, usando o microprocessador Motorola 68000.
1989/1993
A Olivetti Mundial neste período continuava a projetos de máquinas de escrever eletrônicas com um excelente padrão de escrita, mudanças de fonte através do sistema das margaridas, recursos para escrita em negrito, textos gravados para serem repetidos e uma série de avanços, concorrendo obstinadamente com a impressão matricial de qualidade inferior.

Havia mercado para estes equipamentos de escrita com estética agradável à boa imagem das empresas. Os equipamentos de escrita, iam progredindo em tecnologia à medida de novos projetos. Os projetos oriundos das famosas ET com suas séries bem definidas, como as primeiras acima ou os modelos do quadro abaixo, foram fabricados tanto na Itália, como no Brasil ou no México.

1981 - O Banco Ambrosiano
Carlo De Benedetti, através da aquisição de 2% do capital, tornou-se  vice-presidente do banco italiano: Banco Ambrosiano. Porém deixou o cargo com apenas 61 dias.
1992
Em abril deste ano, Carlo De Benedetti e 32 outras pessoas foram condenados por fraude por um tribunal de Milão por conseqüência  do colapso do Banco Ambrosiano por operações fraudulentas. Benedetti foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão, mas com seus recursos, conseguiu anular a sentença em abril de 1998, pelo Tribunal de Cassação .
1993
Durante as operações da “Mani pulite” (mãos limpas), o empresário e político corrupto Carlo De Benedetti, foi preso e confessou ter pago suborno de 10 mil liras italianas para partidos políticos ligados ao governo com fim de vender os obsoletos aparelhos de telex e computadores antiquados ao Serviço Postal Italiano. Em maio deste ano, foi investigado, confessou, mas nunca foi a julgamento. Graças ao Estatuto das Limitações, o prazo expirou e mais uma vez saiu ileso.

1995 - Outros padrões na informática
A concorrência no modo tradicional, de registro e uso de dados, através de máquinas de escrever e nestas as eletrônicas, afetou a todos aqueles que se utilizavam de um plataforma convencional e fez surgir um modo diverso, novo, inovador.

A Olivetti perdeu sua linhagem profissional e sem aparecer o insólito, alguém de vanguarda, quem se projetasse adiante, ficando alienado esse espaço, outros padrões nasceram, à luz de uma novidade, dentro da qual se usufruía descobertas nascidas no seio da própria Olivetti.

A Olivetti por intermédio de suas exaustivas pesquisas, inventou a impressão matricial por meio de agulhas utilizada nas calculadoras Olivetti; o encooder que permite leitura ótica com paradas programadas de motores de passo; inventou a impressão térmica aplicada num modelo de calculadora a Summa 33. Foram centenas de invenções e inovações no meio do mercado dos escritórios.

O Windows 95, com o sistema de plug and play  foi o facilitador, de inúmeras dificuldades de uso dos periféricos, ou seja, os aparelhos que funcionam para imprimir e outros fins.

Quem se relacionou com o pessoal de escritório na década de 1980, constatou as dificuldades para aderirem quando da entrada das calculadoras eletrônicas, podia entender que aquele momento do Windows 95 iria facilitar a informática aos leigos e, que um tempo diferente estava selando o final de uma era - a mecanográfica - que cedia espaço para um novo patamar: a telemática.

O padrão de impressão das máquinas mecanográficas e do meio mecanográfico, sempre um foi com mesmo fim: imprimir por si própria. A possibilidade de escrever e imprimir acoplado num meio e externo de comando foi um recurso extraordinário.
1997
A Olivetti tinha em 1997, 26.059 funcionários. O Grupo Olivetti vendeu uma parte dos ativos para a multinacional Wang. Estava com a seguinte situação em 31 dezembro de 1997: 3,4 bilhões de dólares em receitas e um total de 11.970 funcionários. 

No final, dessa reorganização a Olivetti obteve um volume de negócios equivalente a € 3380000000 (euros) e 15.402 funcionários. Dos 11.970 funcionários transferidos para a Wang.
1998

Roberto Olivetti, o último dos Olivetti; 2° da esquerda p/ direita
1999
De fevereiro em diante, através da subsidiária, Olivetti Tecnost,  faz oferta pública de aquisição e troca da Telecom Itália. Em junho deste ano, obtém o controle da quota de 51,02%, dessa empresa.

Abaixo, um modelo  - a Olivetti JetWriter 900 - que seria o mais revolucionário de todos, caso a Olivetti mantivesse seu pioneirismo com um membro da família cotinuando o lema do fundador. A JetWriter 900 foi o notebook que imprimia.

O valor dessa aquisição foi financiado num total de: 61 milhões de liras, diretamente através dos bancos com títulos da subsidiária Olivetti Tecnost pela emissão de novas ações com valor de mais de 37 bilhões. A empresa Bell, sediada em Luxemburgo passa controlar 22% da Olivetti. Houve outras operações neste período e essa compra foi considerada duvidosa e incompleta.
2000
Em julho deste ano, o principal acionista da Olivetti era a HOPA com 26% controlado pela Fingruppo Holding SpA com 32,59%; a National Trust SpA com 6,29%; o GP Finanziaria SpA com 3,62%); a Omnia Holding SpA com 3,15%; o BC Com S/A com 2,53% e o Banco di Brescia com apenas 2,21%.
2003
Em 29 de julho deste ano, a Olivetti SpA é incorporada Telecom Itália SpA com 54.610 milhões de euros em receitas e 129.063 empregados.  A continuidade da conceituada e centenária marca Olivetti fica assegurada pela Olivetti Tecnost, embora controlada 100% pela Telecom Itália.

2003 - A Olivetti é comprada pela Telecom Itália.

2004 - em diante
O fim da Olivetti, como Olivetti - a última...

Desse confronto, com novas tecnologias eletrônicas em outro modus, perdeu a Olivetti e o mundo da mecanografia, principalmente no campo das impressoras, um segmento aonde o resultado da impressão é “periférico”.

A Olivetti já havia desenvolvido uma máquina de escrever, com HD, display, programas e conjunto de impressão à tinta recarregável, que certamente iria diferir da “exploração de cartuchos” que impera no mercado, torna potencialmente oneroso imprimir um simples folha A4. O leitor terá oportunidade de conhecer tal equipamento, parte do acervo do Museu Teclas.



As mais aprimoradas, 
as OLIVETTI dominaram 
mercado mundial.

As máquinas portáteis Olivetti, tornaram-se as mais procuradas, a foto à esquerda. 



A distribuição dos equipamentos quer nas revendas autorizadas ou em rede de inúmeras lojas espalhadas, como no  Brasil, ainda a facilidade de compra de peças para reparos fizeram a aceitação do produto ser líder absoluto de preferência.





Juntamente com as máquinas portáteis, as semi-portáteis 
também desfrutaram da preferência dos consumidores, 
a principal características das semi-portáteis e a robustez, 
o que permite datilografar com mais eficiência. 



Esses modelos foram preferidas por escreventes de cartórios. A Olivetti Studio 45 vinha acompanhada de 

uma maleta estojo, na cor verde.  



Essa Olivetti modelo Linea 98 podemos resumir como equipamento da mais apurada técnica aliada a leveza 
e recursos facilitadores de escrita. 




Disponível com carros de escolha em quatro comprimentos e escrita em dois tipos - os mais usados - o tradicional paica e a elite, de tamanho menor.



Nos dois últimos cartazes dessa relação, apresentamos as máquinas de escrever elétricas - a modelo Tekne 3 e embaixo o modelo Tekne 7. 



Ressaltamos haver ainda os modelos de Tekne numeradas como: as n°s.:  4 e a 6. 


O funcionamento destas máquinas tornavam a datilografia mais suave. O retorno do carro feito de modo automático junto com este, a mudança de linha pelo movimento do entrelinhas. 

A escrita segue com melhor alinhamento, uma vez que a impostação é igual para as escolhas do caracteres. 
O modelo à esquerda, possuí cartucho de fita de polietileno 
e cartucho corretivo, para eliminar os erros. 



Produzia uma impressão tipo das " impressoras a laser". 



Os cartuchos encareciam seu uso; jamais como custam em despesa os cartuchos das impressoras jato de tinta que representam um verdadeiro "estelionato" no bolso do consumidor.



TODOS OS CINCO CARTAZES FORAM DISTRIBUIDOS PELA OLIVETTI DO BRASIL S/A.

Essas máquinas, apresentadas pelos cartazes de divulgação representam como modelos, 
os últimos lançamentos colocados à venda. 



A Olivetti do Brasil foi líder no mercado 

dos anos 60 até o final dos segundo milênio.


Na cópia da matéria acima de 20 anos atrás na "Folha de São Paulo" anunciava o término da produção das Olivetti no Brasil. A foto do jornal mostra a linha de teste final, das máquinas de escrever Olivetti Linea 98 ou mesmo a Olivetti Underwood 298 (uma vez que ambas tinham a mesma estrutura). Passado os testes, não havendo nenhuma deficiência técnica, obrigando a retornar para intervenção, as máquinas de escrever seguiam para montagem final e empacotamento. 
 









19 comentários:

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  2. A Olivetti ainda vende no Brasil? Tem algum forma de comprar da fabrica direto?

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    1. Sr. Rene
      Boa Noite,
      Desculpe a demora. Não a Olivetti não fabrica mais produtos como máquina de escrever ou calcular com sua tecnologia. Na Italia existem produtos de informática, medição, cronometragem e outros. As calculadoras são de origem chinesa. São produtos de péssima qualidade.

      Um abraço

      JR Pino
      Teclas

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    2. Boa Noite, Rene Mario

      Aceita desculpas e motivos já respondidos. Não, conforme consta em ABAS deste bloque. A Olivetti nem outra marca fabricam máquinas de esfrever, somar ou calcular. Máquinas de escrever a útima fábrica a fechar foi a Facit que no Brasil pertencia a Sharp (ver ABA Máquinas Mecanográficas no Brasil) brasileira (mesmo). A última fábrica fechou na India
      no princípio do século XXI. Todas as calculadoras são "ching ling" com a marca apenas do emblema.

      J R Pino

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  3. Sobre a Olivetti Linea 98, há como saber o ano aproximado de fabricação tendo em vista o numero de série gravado no corpo da máquina? Gostaria de saber sua opinião sobre a qualidade deste modelo de maquina de escrever, e se concorda com um amigo meu que a melhor maquina de escrever produzida no Brasil, e está até mesmo entre as melhores produzidas no mundo é a Linea 98. Grato!

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    1. Boa Noite,

      Desculpas, só consulto todo contéudo para contagem de páginas de tempos em tempos. Nossa comunicação é via e-mail: tecle.teclas@gmail. com

      A resposta é não. Porém foi lançada na década de 1985/1990. A melhor, a mais conceituada por longos anos foi o modelo Lexikon 80 - a máquina que elevou o patamar Olivetti em máquinas de escrever standard. Está avaliação diz respeito a uma série de mudanças mecânicas, facilidade de manutenção e montagem. Itens como aparelho de fita, bloco de espaço, espaçamento vertical e mesmo o desenho foram inovadores. a Linea 98 já é de uma
      época com produtos de menor resistência. Como exemplo: no segmento o material empregado
      gasta com o uso e provoca "desalinhamento"; as barras de tipo são de metal mais inferior.
      Sobre a melhor é preciso levar em conta inúmeros itens, os quais descrevo ou descreverei na ABA Museu Teclas, a medida que for incluindo mais marcas/modelos. Entre as melhores em qualidade estão as alemãs: Olympia, Triumph, a suiça Hermes.

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  4. Olá, tenho uma máquina Olivetti Tekne 4 e eu gostaria de saber onde eu posso restaura-lá... Obrigado pela atenção.

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  5. Boa Noite,

    Desculpas por não ter respondido antes. Temos e-mail tecle.teclas@gmail.com para as comunicações.
    Nas abas inserimos o material informatico e muitas vezes não é no final. Desculpe!

    Atenciosamente

    JR Pino

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  6. Para informações, via e-mail: tecle.teclas@gmail.com

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  7. Parabéns pelas informações neste blog.
    Me fez recordar muitas histórias e vivências com as máquinas de escrever, somar, contabilidade da Olivetti.
    Valeu.

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  8. Fotos da,fábrica da Olivetto um Brasile... gostaria de ver...era um exemplo de arquitetura ... se tiverem me enviem por favor grato paulo scarpello

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    1. Paulo, sobre a arquitetura, o prédio onde era a fábrica Olivetti, a única coisa que posso de dizer é que o seu telhado, visto de cima é um é um teclado de máquina de escrever, em uma foto acima neste artigo se vê uma cúpula e são várias cúpulas cada uma na posição de uma tecla. Hoje lá é um Shopping Center, más a área do teclado teve de ser preservada em cláusula contratual.

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  9. Na parte que se diz que em 1970, a Olivetti investiu em máquinas CNC, que são máquinas destinadas à usinagem, era, programadas em fita perfurada por onde o computador lia as instruções de operação, são as máquinas chamadas Centro de Usinagem, em 1973 a Ferrari utilizava as Maquinas CNC Olivetti na usinagem dos blocos de motores de seus carros, era um grande cliente, aqui no Brasil tivemos algumas destas máquinas instaladas e funcionando, neste setor da Olivetti também tínhamos equipamentos de medição tridimensional(XYZ) que também tinha alguns instalados aqui no Brasil, muito antes de chegarem aqui os medidores tridimensionais japoneses.

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  10. Por favor onde posso verificar na máquina, o ano de fabricação de uma lexikon 80 fabricada em Guarulhos?

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    1. Olá, geralmente, na máquina em si, pode ser que não encontre a data de fabricação, sendo que apenas alguns modelos de máquinas possuem um adesivo ou coisa do tipo com a informação. O que pode fazer é acessar o site https://typewriterdatabase.com/ e pesquisar por lá pelo Nº serial da máquina. Neste link (https://typewriterdatabase.com/1953-olivetti-lexikon-80.4963.typewriter), você pode ver onde se encontra o serial. Boa sorte!

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  11. Excepcional essa história. Sou jornalista historiador e fiquei fascinado. E mais conheci um prédio de propriedade da família Olivetti o que me levou a esse blog.
    Mais do que isso a Olivetti fez parte da minha história, desde o curso de datilografia até a transposição das máquinas de escrever pará computadores e notebooks. Abraços.

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    1. Olá, como sendo você um ornalista historiador e, notadamente apaixonado pela marca Olivetti, pergunto-lhe se haveria interesse seu em adquirir de minha parte, uma Olivetti Léxico 80, de 1960.

      Totalmente reformada com pintura e cromeação novas, em perfeitas condições de uso. Meu e-mail é cmprangel@gmail.com, caso queira, faça contato e conversamos.

      Cristina Rangel

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  12. GOSTARIA DE OBTER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS MÁQUINAS AUDIT E MERCAOR DA OLIVETTI - MANUAIS E PROIGRAMAÇÕES ALÉM DE PEÃS DE REPOSIÇÃO - É POSSÍVEL?
    RESPOSTAS PARA rbagulha@gmail.com

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