Cálculos

Historiografia Dois: A Invenção das calculadoras

A contagem ou somatória numérica através dos tempos



Em que momento o ser humano começou a contar? 
Realizar seus cálculos e medições, além do dia e da noite, do claro e escuro?

É possível afirmar: o ser humano, deu  largos passos, após sua fixação com seu grupo de familiares e agregados, em um local e depender das condições do local para sobreviver, tendo a água como elemento indispensável. (na imagem rupestre temos cinco indivíduos, o quarto é uma mulher - o traço embaixo dos braços marcam os seios)

A melhor organização social humana, ocorreu lá nos primórdios da longínqua antiguidade, em algum momento, ao concluir a dependência, primeiro no grupo familiar, em seguida, daqueles próximos ao grupo, quando o aumento grupal se transformou em condição tribal. 

Nesse estágio houve evolução, pois algumas facilidades foram concedidas ao nosso mais antigo ancestral: o cansaço físico diminuiu; andar sem paradas, por intermináveis períodos a fim de localizar um abrigo seguro era o pior desconforto do grupo; sem ter um local definido, não havia proteção, os perigos eram múltiplos; além dos ataques das feras existentes em cada território onde perambulava, havia as intempéries e todo tipo de imprevisibilidade; o ser humano só carregava o essencial para sobreviver. Sempre lhe faltava um recurso e desconhecer o novo ambiente à percorrer.

A fixação num ambiente fez surgir um acúmulo de bens e utensílios. O ser humano, aprendeu a dominar as possibilidades agrárias, a guardar o excedente da caça e da pesca, como também, daquilo da colhia do seu plantio. Nasceu o intento de calcular as necessidades, a divisão do trabalho e da alimentação. O sentido de posse nascia neste momento... e nunca mais seria perdido...
Na ABA de escolha - HISTORIOGRAFIA - já traçamos o percurso do ímpeto da contagem através dos tempos, num exemplo singular, lembramos a possível impressão do “pintor ou desenhista das cavernas” ao gravar nas paredes, quando ao seu modo incluía  no quadro pictórico "quem e quantos" estavam reunidos, identificando a cada um, segundo seu entendimento. A caverna era a máxima do conforto, o fogo outro elemento primordial, tal qual a água. Insistimos na pergunta:

Quem sabe, qual destes desenhistas, foram os primeiros seres humanos a ter o primeiro contato com a idéia de cálculo ou somatória? Quantos destes? E esse conhecimento foi passado adiante?

Existe uma teoria de que o ser humano só conhecia o um, e acrescia sempre mais outro um. É possível afirmar que a primeira calculadora humana foi a própria mão. Certamente, de início, em seus cálculos, o ser humano utilizou a limitação dos próprios dedos; depois pedrinhas, pequenos paus, frutinhas, ossinhos ou outros; separando, agrupando, juntando, conforme a necessidade de verificação.

O sistema mais comum e natural, entre os povos mais remotos foi o decimal, baseado nas próprias mãos, associada ao número de dedos. O corpo sua primeira calculadora.

Abaixo, o jogo de tabuleiro egípcio "senet" também baseado no sistema decimal, são três fileiras cada qual com dez casas, jogado por meio de dados, sorteando o andamento das jogadas. A caixa de jogos foi feita em ébano, ouro e marfim, datando da XVIII dinastia ou seja, a 1333 a.C.. No quadro à esquerda, quem joga é a Rainha Nefertari, esposa de Ramsés II. Essa pintura data da XIX dinastia, a 1250 anos a.C.. 

É importante destacar a junção de cálculo com o tempo, desde quando o ser humano passou a viver em estado de fixação territorial. Neste estágio ao olhar para o céu passou a reconhecer as estrelas cintilantes que mais se destacavam. É do instinto humano sempre dar  prioridade, àquele item, que pudesse suprir suas necessidades básicas e dentre estas, a de maior premência.

O controle do tempo esteve entre seu primeiro plano. O tempo em Santos ...
Primeiro o ser humano distinguiu o dia da noite. De dia, a claridade se estendia do nascer do sol, e no decorrer do cotidiano, a claridade perdia seu brilho gradativamente, até escurecer através da noite com todos os seus mistérios.
Olhar para o céu na antiguidade, era contemplar a Via Láctea, amplamente estrelada, nenhuma interferência da luminosidade artificial dos nossos tempos. Os insetos povoando a noite, a musicalidade dos seus "efeitos sonoros". Esse efeito conduzia a natureza humana à espiritualidade, suplantava a racionalidade, uma vez que a luz celeste pontilhada de milhares de pontos é um verdadeiro espetáculo da natureza, majestosa em todo seu esplendor. 

O ser humano passou a contar com duas distintas condições: dia e noite, claro e escuro. O dia ficou associado ao trabalho, plantio, caça, pesca e todo labor humano; à noite servia para alegria, dança e relação grupal. Seguidamente, hora do descanso, da meditação ou a interiorização, aspectos da espiritualidade. 

Principiou um certo controle da produção agrário-pastoril; em seguida, os monumentos religiosos suplicando grandeza na edificação para agradar os deuses; ou ainda, a especulação para decifrar o ambiente em que viviam seus deuses maiores, isto é, nos céus – os luminosos e estrelados caminhos celestes. Ao especular, descobriu nas estrelas, o espaço de cada uma, suas distâncias, seu brilho, sua simetria no infinito.

Em todos estes aspectos havia um marco: a necessidade de cálculo, o aprendizado de efetuar a medição de valores comuns, passada a todos envolvidos, ampliando esses aspectos em dimensão cada vez maior.

Nos céus percebeu a estrela luminosa mais próxima, outras mais distantes, umas em distância diferentes de outras; umas de um lado, outras de outro; umas acima, outras abaixo. Assim começou a ter valores de distância.

Cada povo seguia o seu padrão de medição e suas referências. Haja visto, foi na antiguidade que apareceram os primeiros instrumentos de medição do tempo. Ao lado esquerdo: um modelo de relógio do sol, comum entre povos antigos.

O número não é nada. O cálculo é tudo.

Herança numérica do passado
Os egípcios tiveram sua notação numérica significativa, conheciam alguns teoremas. A melhor prova é o papiro de Rhind de 1650 a.C., apresentado na ABA Historiografia, nomeado pelo sábio Ahmes como “Regras para chegar-se ao conhecimento de todos os segredos que as coisas encerram. ”
Grécia antiga
A matemática grega partiu de um início modesto, cresceu em dois ou três anos de modo esplêndido, com influência legada dos egípcios. Foram muitos, grandes matemáticos, dos quais herdamos seus conhecimentos:
- Euclides, nos legou a medida-padrão “PI” para calcular circunferências, matemático no círculo de Alexandria;
- Thales de Mileto, mediu as pirâmides pela sombra;
- Arquimedes, o inventor de métodos mecânicos, úteis até o presente;
- Pitágoras, deixou uma doutrina baseada na matemática, como seu conceito: “número é a medida de todas as coisas, ” ou “Deus geometrizou ou nos números o espírito humano possui a linguagem de Deus; ”

Outros personagens, se dedicaram ao estudo da matemática: Fericides, Anaximandro, Eudôxio, Erastóstenes, Eutóquio, Erastóstenes de Cirene.

Calcular à romana 
Os algarismos romanos não facilitavam a tarefa árdua de cálculo. Entretanto, realizando extenso, ramificado e diversificado comércio ultrapassando suas fronteiras até o longínquo Oriente, ou ainda, manter legiões de soldados em constante perambulação, montar acampamentos como verdadeiras cidades com cerca de mais de dez mil pessoas quando era preciso calcular gastos com alimentação pessoal e animal e todo aparato de intendência.

O encontro desses dois impérios – da própria Roma e da Matemática – precisaram de conciliação para ajustar as contas. Necessitaram de muitos auxiliares para trabalhosa notação numérica e de escrita. Essa tarefa foi facilitada pelo uso do ábaco, instrumento conhecido pelos gregos e bem antes destes pelos egípcios notáveis calculadores, uma vez que ambos tinham caracteres e sinais numéricos complicados. 

Os romanos em seus demonstrativos utilizavam de colunas em suas anotações e conferências, onde cada coluna constava com diferentes ordens de grandezas (unidades, dezenas, centenas, milhares) no sentido da direita para esquerda.   O termo apor, do latim ad-dere significa aditar ou adição.

Queda de Biblioteca de Alexandria
No século III a.C., na cidade de Alexandria, reino ptolemaico do Antigo Egito, foi fundada essa reserva de sabedoria humana para difundir a cultura egípcia-helênica. Arquimedes e Euclides fizeram parte desse monumento. O terceiro bibliotecário chefe foi Erastóstenes de Cirene em 40 a.C.

Com a destruição da Biblioteca de Alexandria perderam-se 600 mil manuscritos. Nessa biblioteca estava Hipóxia, filha de Teon que organizou a obra de Euclides. Hipática foi assassinada por pertencer ao movimento e o pai Téon estavam ligados a escola de Alexandria num ramo de Plotino.

Vamos encontrar em Roma, amantes dos cálculos (matemático, geometria, arquitetura) figuras como: Jâmblico, Apolônio, Vitruvio. Diofante, fundador da álgebra no século III d.C. com seus 130 problemas envolvendo cálculos dessa linha, será estudado modernamente. A letra grega de incógnita, era designada pela última palavra de “aritmos”, número em grego, o “s”, que vamos conhecê-la mais tarde, pelos árabes. Os sistemas numéricos grego e romano eram confusos, penosos, pouco práticos.

Árabes
Estes traduziram obras gregas, como escritas por Hipócrates, Aristóteles, Galeno, Diafonte, ligagas a todo tipo de estudo de ciências, incluindo a matemática.
Século IX
Os árabes eram bons comerciantes, cálculos faziam parte do cotidiano envolvia a arte de compra e venda, da qual se podia auferir a lucratividade. As longas viagens feitas aos lugares mais longínquos para buscar mercadorias, novidades e necessidades para atender compradores no continente europeu carentes de produtos. As caravanas tinham patrocínio da nobreza. 

Nas regiões de Granada, Sevilha e Córdoba sob o domínio árabe neste período, eram três grandes centros culturais, fundamental na influência da ciência europeia nos séculos posteriores, notadamente na matemática. 

Neste século, o califa Al Mamun, tinha em Mohamed Ibn Musa Alchwarizmi, o sábio o encarregado de desvendar o conhecimento grego, como: refundir as Tabelas Astronômicas de Ptolomeu; realizar observações astronômicas; medir a latitude da superfície da terra; traduzir obras científicas dos hindus.

Alchwarizmi escreveu “Arte de Calcular” uma obra concisa e ágil de cálculos devido ao uso de notação numérica hindu. O nome Alchwarizmi sofreu uma corruptela do árabe para “algoritmi”. Hoje uma norma geral de cálculos conhecida em todo mundo ocidental como “algoritmo”.  De outra obra, do mesmo autor intitulada “Aldschebi walmakabala” que significa na tradução “Restauração e Confronto” da palavra “aldschebi” originou-se a “álgebra”.

Século X 
O monge beneditino Gerbert d’Aurillac, erudito em várias matérias, educador de um rei e, escolhido papa em 02 de abril de 999, com o nome de Papa Silvestre II, contribuiu para obter altura de objetos distantes, instrumentos astronômicos. Ensinava cálculo com ábaco, as quatro operações de aritmética e problemas geométricos.
Século XII 
O monge inglês Atelhart de Bath disfarçado de mouro teve acesso as obras de Alchwarizmi levou uma tradução do grego para o árabe de Euclides e uma cópia da Arte de Calcular, que estão na Biblioteca de Cambridge.
1200 em diante 
O uso de tração vertical | veio certamente da noção de uma vara, | para um, || para dois, ||| para três, cinco ||||. A criação dos algarismos romanos (V, X, L, C, D, M e a barra unidade) atingiu seu ápice na Idade Média com a criação do M para mil, antes era CIC (C ao contrário) CICDCCCXXXIII ficou MCMXLIII isto é 1943.

A divisão monetária é atribuída a Carlos Magno. O conceito de dúzia é tido sua origem inglesa: 12 pences num xelim, 12 polegadas num pé; o horário em 12 horas + 12 horas (12 x 2), ou cinco X 12 minutos; ano tem 12 meses. Portanto, há duas bases de sistema: dez e doze.   

Leonardo, filho de Bonacio de Pisa notário público em Bugia, Argélia, estudou com um mestre calculador, estudo do ábaco, símbolos numéricos hindus e segredos da ciência árabe. Fez longas viagens através do Egito, Síria, Grécia, Sicília e Provença buscando ampliar seus conhecimentos.

1202
Aos 27 anos escreveu Liber Abaci, onde relata como conheceu na Berberia o sistema de algarismo dos árabes e pretendia difundir para a Europa. Os cálculos usados em quaisquer situações, quer feitos na numeração grega ou romana eram dificultosos, a vinda dos algarismos hindus árabes foram fundamentais em toda evolução advinda pós Alta Idade para o período do Renascimento e de lá para a Mecanógrafia, fim deste objetivo. Outra etapa do estudo, prática e uso matemático foi a surgimento de simbologia para clarear as fórmulas, teoremas, funções ou mesmo expressar uma relação de simples aritmética.  
Origem do sinal de “menos”Jordanus Nemorarius, monge alemão em 1200 tornou-se geral dos Dominicanos, contemporâneo de Leonardo Fibonacci já empregava notação com letras, utilizava as letras “p” para designar mais (plus) e “m” para menos (minus) nos cálculos lembramos, não existir sinalizações neste período.
Séculos XV e XVI
Calculadores alemães convencionaram o pequeno traço que utilizamos em nossos dias e estão presentes em todas as calculadoras, pós invenção de mecanismos de inversão mecânica no somador para ser possível a subtração. Dele nasceu o símbolo + com acréscimo de um risco vertical. Johann Widmann, de Eger foi o primeiro a utilizar ambos sinais.

1526O símbolo da raiz (√) em trabalhos de Rudolf, certamente oriundos dos hindus que já o usavam.
1557Aparece em o sinal de = em anotações de Robert Recorde;
1631Neste ano, o inglês Guilherme Orghtred, no livro Clevis Matematicae, fez uso do “X” como símbolo de multiplicação, no mesmo ano outro inglês, o pastor Harriot utilizou como símbolo o ponto na mesma operação. René Descartes para multiplicar duas grandezas fez uso das letras “ax”, como também para potências a forma “a¹, a², a³, aʸ ou “n”, validas até o presente.  

1657/1659 - Neste período surgi o sinal que faltava ser convencionado para facilitar a magia dos números, o símbolo da divisão (÷) nas obras de Orghtred e Rahn matemáticos de Zurique.

Toda evolução advinda da criação e descoberta das opções de calcular desenvolvida pela introdução dos algarismos hindu-arábicos foi potencializada, o reino da matemática permitiu alcançar inumeráveis grandezas. A descoberta da “função” criou novas grandezas, rompeu a rígida geometria clássica grega, graças ao empenho de figuras como Newton, Leibniz, Euler e outros expoentes. 

As operações simples de somar, subtrair e multiplicar se associam a variáveis “x e y” e outras constantes. As equações ganham com letras e símbolos, um campo de permissão a novos cálculos definidos pela função algébrica. 
1670 
Neste ano, da função algébrica, surgiu sua inversa - a função exponencial, pela mente do Leibniz, de grande importância na invenção das máquinas mecânicas de calcular. Newton introduz expoentes negativos e fracionários.

Todas essas descobertas exerceram papel importante no campo da física pelo uso de cálculos complexos. Esses temas formam a matemática superior, sólidos fundamentos para toda a ciência do século XIX e todas as modernas invenções, entre as quais a mecanografia. 

1698 
O sinal de divisão  moderno, somente neste ano começa a ser utilizado através de Leibniz.      

Na ABA Historiografia, tratamos da origem da escrita e da leitura, introduzimos a origem do cálculo, necessidade vital nas relações gregárias. Ao contar, medir, trocar ou repartir, noções dos contrários, do maior ou menor, claro ou escuro estava o ser humano realizando acordos.

Na divisão de uma presa da caça, em partes iguais nascia o conceito de frações, encurtar um caminho de curva, cortar um pedaço de pele em determinadas partes, deu ideias de comprimento, fabricar vasos para portar quantidade derivou o volume, a posição de um animal na estepe, a distância. Enfim, embora não fossem padrões de medidas, conceitos ou convenções, essas ações colocou o ser humano diante da matemática, logo depois dos princípios da estética, do formato, da dimensão.

A cerca de 30 mil anos, numerar ou enumerar, teve significado embrionário até atingir a capacidade de contar com os instrumentos do próprio corpo: os dedos. Aumentou sua importância por volta de 10 mil anos atrás, ao fixar-se num lugar, dominar animais para melhorar a sobrevivência, ordenar rebanhos e não perder propriedade. O uso de pedrinhas, um recurso facilitador da contagem: uma pedra para cada animal.

Os números herdados das civilizações egípcia, mesopotâmia e greco-romana foram simplificados pelos algarismos arábicos com os sinais hindu-arábicos. Estes formularam através dos tempos o melhor conceito comunicador universal, a linguagem compreendida pelos humanos em geral. Ex.: 987561 possui o mesmo sentido em qualquer parte do orbe, a pronúncia será local, porém o signo e significado, no mesmo sentido. 

A linguagem matemática composta de poucas palavras, uma dúzia de sinais foram complementados e universalizado no ocidente. O cálculo é provavelmente o terceiro domínio de maior relevância, depois da domesticação do fogo e da invenção da roda. A linguagem humana seria o quarto domínio.

A mecanografia agigantou números e cálculos 
Foi pela necessidade da repetição, conferência para evitar erros dos cálculos, um ato exaustivo, enfadonho, cansativo que permitiu engenhosidades para calcular. Primeiro, as calculadoras mecânicas sem impressão tinham as anotações postas em papel, seguiu-se a impressão dos caracteres numéricos em bobinas. Enfim, anotações numéricas encontraram a comprovação precisa dos somadores mecânicos, velocidade rápida do cálculo, melhoradas em cada novo modelo, permitindo que pranchetas de engenheiros, desenhistas e construtores manufaturarem quaisquer bens ou serviços, de modo generalizado. Como citamos na cronologia acima foi preciso chegar no século XVII com novas descobertas e criação de funções aprimorando as ciências para atingirmos o nível atual.

Os computadores tiveram as programações de dados absurdas, transformando notação numérica em quaisquer grafias evoluindo até o ponto atual. Estes representam o ápice da engenhosidade matemática. Tudo feito através de cálculos, alguns produtos, descritos em nossa ABA, no final deste artigo prestamos homenagem a quem fez o uso mais brilhante de máquinas mecanográficas.

Percorremos (ainda que resumido), nosso presumido caminho na busca do aprendizado do contar, na citada ABA Historiografia - até Blaise Pascal (1623-1662) com sua “pascalina” realizando operações de somas e subtrações. Segundo nosso entendimento, através de extensa pesquisa técnica historiográfica inicial, afirmamos que:

- do  mesmo modo que demonstramos sem dúvida, ser a invenção da máquina de escrever (não um aparelho de escrita) obra de Christopher Lathan Sholes, não do padre brasileiro, nem de outro;

Jornal O País em 13 dezembro de 1923, anunciando 50 anos das máquinas escrever
a máquina de cálculo de Blaise Pascal, é a matriz da origem das somadoras e calculadoras, e ambas seguem os mesmos princípios da máquina “Pascalina”. Pode-se concluir sem erroPascal foi o inventor deste equipamento; no trajeto da invenção das máquinas de escrever vamos encontrar a mesma história de que fulano de tal em tal tempo anterior, etc... 

1623 
Neste ano, é atribuída a Wilhelm Schickard (1592-1635), a construção de uma primeira calculadora mecânica, utilizando engrenagens, aproveitadas de relógios, por tal característica foi chamada de "relógio calculador". (foto à esquerda)

Wilhelm Schickard nasceu a 22 de abril de 1592 em Herrenberg, Alemanha, faleceu a 23 de outubro de 1635 em Tübingen. Foi um polímata alemão, professor de hebraico e Astronomia na Universidade de Tübingen, onde também estudou até 1613 no curso de Teologia e Línguas Orientais.
1613
Neste ano, foi nomeado Ministro Luterano, cargo ocupado por seis anos.
1619
Passou a exercer o cargo de professor de Hebraico na Universidade de Tübingen, onde lecionou hebraico e aramaico.
1631
Neste ano, passou a lecionar Astronomia, também passou a inventar numerosas máquinas, como uma para o cálculo de datas astronômicas e outra para gramática hebraica. Além disso, realizou progressos na cartografia, onde mostrou como produzir mapas muito mais exatos do que aqueles disponíveis na época. Foi hábil entalhador de madeira e renomado gravador de placas de cobre.

Com estas características profissionais, Schickard é segundo algumas cartas enviadas ao amigo Kepler em 1624, acompanhadas de vários esboços, explicativos do desenho e funcionamento de uma máquina que havia mandado construir, ao qual chamou de “relógio calculador”. Explicou também que o exemplar da máquina, fora destruído em um misterioso incêndio noturno ocorrido em sua casa, juntamente com alguns outros pertences. (foto ao lado esquerdo de 1635)
Essa máquina mecânica, "calcular relógio", seria capaz de realizar as quatro operações básicas com números de seis dígitos e indicar um resultado através do toque de um sino. Pelos registros, este fato seria anterior a invenção de Blaise Pascal e Leibniz.
1960
Neste ano, essa máquina perdida durante a “Guerra dos Trinta Anos, recentemente foi encontrada alguma documentação sobre tal invento, que seria capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir. Os esboços do desenho estiveram perdidos até o século XIX, quando finalmente foi construída a primeira réplica que funcionava como a original. 

Durante muitos anos, na verdade séculos, nada se soube sobre tal máquina, é tido que seu uso prático foi usada pelo amigo Johannes Kepler, o revolucionador da astronomia. (foto ao lado)
1642 
Porém, essa tese de "relógio calculador", não encontrou comprovação. No ano de 1642, os caminhos técnicos seguidos, com princípios semelhantes, apontam exaustivamente para os princípios da Pascalina, a máquina do francês Blaise Pascal.

O primeiro nome da sua invenção foi "aritmética máquina", depois chamada de "Pascalina Roda", por fim, "Pascaline". Seu formato era um pouco menor do que uma caixa de sapatos, baixa e alongada. Essa calculadora é baseada em rodas e engrenagens interligadas e sincronizadas. As rodas dentadas quando movimentadas em sentido horário, ao girar completamente a transmissão sobre o seu eixo, produzia uma série sincronizada de movimentos prontos para a próxima operação.

As rodas representam o "sistema de numeração decimal." Cada roda consistia em dez passos, para o qual foi convenientemente marcados com números de 9 a 0. O número total de rodas foi oito (seis rodas para representar números inteiros e duas rodas na extremidade esquerda de um ponto decimal). Com este arranjo, "obtinham cálculos de números entre 0,01 e 999.999'99".
1673
Neste ano, Gottfried Wilhelm von Leibniz  inventou aquilo que ficou conhecimento como: o tambor ou roda de Leibniz.  

Este invento, composto por um cilindro no qual é adicionado um conjunto de dentes de comprimentos incrementais, ao ser acoplado a uma roda de contagem, aciona mecanismos que ao girar essa roda com nove dentes, acopla a uma outra roda de contagem. 
O sincronismo das rodas acopladas permitem mover os dentes em cada rotação, somando ao mover-se para frente ou subtraindo movendo-se para o lado inverso, através de uma manivela. Cada volta da manivela gira as rodas Leibniz numa volta completa, esse movimento permiti que um  contador acrescente em cada rotação, o resultado do cálculo. Esses inventivos mecanismos passaram a ser utilizados, em centenas de marcas, como um padrão,  em uma classe de calculadoras mecânicas.

1694
Neste ano, Leibniz com base em seus princípios técnicos construiu o projeto de uma máquina chamada Reckoner . 

Vamos demonstrar especificamente, primeiro essa classe de calculadoras mecânicas, depois as somadoras, que se utilizaram posteriormente em seus “somadores” dessas rodas acopladas inventadas por Leibniz, seguindo os princípios básicos de Pascal. Estes mesmos princípios foram melhorados e amplamente desenvolvido por W. T. Odhner em período com melhores recursos técnicos.

A Evolução Cronológica das Calculadoras


A invenção da máquina de Pascal foi melhorada gradativamente por inúmeros inventores, principiando com a nova versão do tambor com rodas de Leibniz, embora ainda estivesse  muito distante do padrão adequado, tal como as “typewriter”. No quadro acima, a Pascalina e ao seu lado a Arithometer de Charles X. Thomas de Colmar, uma evolução da primeira. Abaixo, alguns modelos "primitivos"...
1850/1900
As máquinas de cálculos compreendem uma vasta série de aparelhos que foram capazes de contar, fosse mesmo, um saquinho com pedrinhas, usados por um pastor de ovelhas para comparar, se o número de animais estava igual ou se alguma ovelha, estivesse desgarrada.

Relacionamos, na ABA Historiografia a série de ábacos utilizados pela humanidade nas mais variadas regiões da Terra, assim como todo o histórico da vontade de contar. Uma outra série de aparelhos de cálculos foram inventados como as pequenas somadoras, das quais não relataremos suas criações, uma vez que foram dotadas de muita simplicidade durante o período apontado do seu uso, como também, pela dificuldade de encontrar material histórico de seus projetos.
Acima um conjunto de somadoras simples
Destacamos somente, as principais máquinas de cálculos que representaram evolução técnica, complexidade de projeto, expressiva aceitação, produção comercial e vendas significativa. Os aparelhos de somar simples podem ser considerados como "artesanais", como os "aparelhos de escrita" da mesma época.

Houveram inúmeras tentativas para melhorar esses mecanismos de cálculos. As calculadoras, também demoraram um longo período, para atingirem um padrão, de uso razoável, aceitável como equipamento eficiente, tal qual descrito nas máquinas de escrever, vide aba HISTORIOGRAFIA. Abaixo, a evolução das máquinas de cálculo e somadoras....

Acima, as imagens de "três caminhos", seguidos por estes instrumentos de cálculo:
- o primeiro, da esquerda para a direita, o padrão inventado por W. T. Odhner,  com a capacidade de realizar as quatro operações, mostrando seu resultado num mostrador;
- a segunda, (do meio) um modelo de Dorr E. Felt, a somadora de teclado cheio, apenas adicionava, ou seja, uma só operação, o resultado aparecia no mostrador na frente;
- a terceira, um padrão da máquina de W. S. Burroughs, teclado cheio com impressão de cálculo para conferir, fosse uma somatória com subtração em qualquer fase dos cálculos, ou ainda,  multiplicava por repetição. Mas, não operava as divisões.
1725
Neste ano, foi descoberto a seguinte inscrição, marcada no interior da tampa de uma calculadora em Washington, EUA em :

DE LEPINE - Invenit ET FECIT - 1725, "réparé en 1844 par le Chr Thomas de Colmar" (reparos feitos em 1844 por Charles Xavier Thomas de Colmar). 

1725
Uma pessoa chamada Lépine inventou e fabricou em uma versão provável de máquina de calcular, projetada por esse relojoeiro francês ou belga inspirada na Pascaline de Blaise Pascal. 

Jean-Antoine Lépine, nascido em Challex a 18 de novembro de 1720, morreu em 1814. filho do inventor Lépine, também relojoeiro continuou o projeto da calculadora: arithmétique  Quando o pai Lépine, inventou a Arithmétique o filho tinha apenas 5 anos. (foto ao lado esquerdo)
1730
Neste ano, a Academia Francesa de Ciências certifica três máquinas projetadas por Hillerin de Boistissandeau. Essas máquinas de calcular eram semelhantes à calculadora de Pascal. Uma das máquinas de Boistissandeau continha 6 posições apropriadas para o sistema monetário francês do século 17. 

Segundo consta, fora fabricado algumas cópias de trabalho, pelo menos dois deles estão preservados para o nosso tempo: o menor, um dispositivo de 8 dígitos, está na coleção do museu CNAM em Paris; o maior, um dispositivo de 20 dígitos está no Museu Nacional da História Americana, em Washington. 
O que isso significa?
O próprio Hillerin de Boistissandeau,  alerta que “a transferida de registros em mais de dois lugares”, em um dos seu inventos não iria funcionar corretamente. Em verdade esses inventos produziam enorme atrito, dificuldade no manuseio, grande esforço manual para o transporte dos discos, além de  bloqueio dos movimentos. Enfim, também foi um produto sem continuidade, simplesmente mais uma tentativa, sem os devidos testes e correções técnicas.
1770
Neste ano, o alemão Philipp Matthäus Hahn, projetou duas calculadoras circulares baseadas no tambor cilíndrico Gottfried Wilhelm von Leibniz. J C Schuster, irmão de fé de Hahn, foi o construtor de alguns desses projetos no início do século 19.
1775
Neste ano, o Lord Stanhope, do Reino Unido projetou uma caixa retangular com uma alavanca ao lado com mecanismos para calcular e projetou outra máquina usando rodas de Leibniz em 1777. 
1777
Neste ano, um outro inventor Stanhope inventou o Logic Demonstrator, uma máquina projetada para resolver problemas de lógica formal, marcando com este dispositivo, o início de uma nova abordagem para a solução de problemas lógicos por mecânica de métodos.
1780/1784
No início da década de 1780, o engenheiro, mestre construtor alemão Johann Helfrich Müller (1746-1830) foi solicitado pelo Gabinete do Superintendente local, para verificar e recalcular alguns quadros relativos aos volumes de árvores. 

Johann Helfrich Müller tinha uma mente criativa e, com esta característica pessoal começou desde o ano 1770, a projetar algumas criações. Como primeira invenção fez um teatro, equipado com efeitos ópticos e mecânicos para os filhos de seu chefe Prince Georg Wilhelm. Algum tempo depois, projetou outros dispositivos.
1780
Neste ano surgiu uma idéia para facilitar sua tarefa profissional: uma máquina para executar somatórias, subtração, divisão e multiplicação.
Partiu em busca de informações tendo encontrado um artigo interessante, sobre a máquina de calcular de Philipp Matthäus Hahn.
Decidiu usar este equipamento como protótipo, logo percebeu, precisar realizar algumas pequenas mudanças, para tentar melhorar essa calculadora de alguma forma.(ao lado, o complexo invento de Philip M. Hahn.)

1782
Neste ano, mês de junho, Müller, depois de estudar muito a concepção do projeto, trabalhou cerca de três meses para terminar os desenhos e remeter ao relojoeiro local em Darmstadt, com o fim de processar em metal os diagramas. 
1784

Neste ano, a máquina de calcular de Johann-Helfrich Müller no dia 20 de junho de 1784, estava pronta. Quatro dias depois, a calculadora de 14 dígitos foi demonstrada na Academia das Ciências de Göttingen; em julho de 1784, o dispositivo foi descrito na revista Göttingische Anzeigen von gelehrten Sachen nas páginas 1201-1206.


A máquina de calcular projetada por Müller, é muito semelhante à máquina de Philipp Matthäus Hahn  baseada no sistema inventado por Leibniz, com as seguintes medidas: 285mm de diâmetro, 95mm de altura, pesando 15,4Kg.
1786
Neste ano, num livro editado pelo amigo de Müller, Philipp Engel Klipstein em Frankfurt e Mainz, traz em 50 páginas de brochura, a idéia mais aperfeiçoada de uma calculadora universal.

Este livro continha, descrição exaustiva de funcionamento, o desenho da máquina, um apêndice sobre suas vantagens, sobre seus cálculos, um relato detalhado dos mecanismos de segurança especial, isto é, de correção, incorporado neste equipamento. Um detalhe: a calculadora nunca foi construída! 
Charles Xavier Thomas de Colmar
1820

Neste ano, Charles Xavier Thomas, nascido em Colmar, a 5 de maio de 1785 e falecido em Paris, 12 de março de 1870. Foi  inventor e matemático francês, projetou e patenteou o equipamento que o tornou mais conhecido: uma das primeiras calculadoras, o Arithmomètre, um aparelho de somar, subtrair e multiplicar, mas nas divisões usava um modo complexo, só funcionando com  ajuda de um operador.
1821
Neste ano,  acresceu ao sobrenome, sua cidade natal, passando a chamar-se: Charles Xavier Thomas de Colmar 

Thomas, depois de curta passagem pela administração francesa, em 1809, alistou-se no exército francês; em 1813 atingiu o posto de Gerente Geral dos exércitos napoleônicos localizados em Espanha. Pouco tempo depois, foi promovido a Inspetor de Abastecimento de todo exército francês. 

Durante esse tempo, como Intendente tinha grande quantidade de cálculos a executar, como responsável por abastecer o exército francês, concebeu a idéia de inventar uma calculadora para ajudá-lo nesta tarefa tão árdua.

Encontrou nos desenhos da calculadora inventada por Leibniz, (foto ao lado esquerdo, ano 1674) a base para projetar a máquina de calcular: Arithmometer. 

Entretanto, Charles Xavier Thomas, havia dedicado por trinta anos, todo tempo e energia nos negócios de seguros.

1851
Neste ano, Thomas de Colmar retoma seu empenho e dedicação ao ramo da mecanografia. Do primeiro modelo da Arithmometer introduzido em 1820 resolveu simplificar o invento, remodelando o mecanismo de multiplicação e divisão. De uma simples máquina de adição, com movimentos do carro e um somador indexado, permitiu a fácil multiplicação e divisão sob o controle do operador. 

A Arithmometer foi adaptada para fabricação na época: uma máquina grande, robusta e confiável, com as seguintes medidas: 70cm de comprimento, por 18 cm de largura e 10 cm de altura, com essas dimensões ocupava o tampo de uma escrivaninha. Foram impressos manuais de instrução e funcionamento, cada máquina continha seu número de série. É tida como a primeira máquina de calcular com certo sucesso comercial.
1870
Neste ano, faleceu Charles Xavier Thomas, a sua unidade de produção tinha construído em torno de 1.000 Arithmometer. A máquina inventada por Thomas  continuou sendo fabricada até 1915 por Louis Payen, Veuve L. Payen e Darras, os sucessivos proprietários e distribuidores da Arithmometer.
1851/1914
A verdadeira comercialização da Arithmometer começou em 1852. A produção por noventa anos, realizadas pelo próprio inventor e seus descendentes foi de cerca de cinco mil exemplares, vendidas para bancos, companhias de seguros e escritórios do governo.

O tamanho da Arithmometer também era inviável para larga aceitação ou produção, em consequência de custos com materiais. A quantidade fabricada no decorrer deste período compreendida por volta de 60 anos foi muito pouca e não poderemos chamá-la de produção de massa.
Dorr Eugene Felt
1882
No início deste ano, com 20 anos, Dorr Eugene Felt chegou a Chicago, e foi trabalhar na empresa Ostrander e Huke. (foto à esquerda, de Dorr E. Felt)
1884
Foi neste ano, que o jovem maquinista, Felt trabalhando com uma plaina, ferramenta utilizada para moldar metais e outros materiais, na oficina da Ostrander e Huke em Chicago, percebeu como a máquina variava as profundidades de corte. Daí concebeu a idéia ao assistir o movimento de avanço de catraca, a solução final para sua invenção: máquina de calcular múltipla ordem. 

Surgia uma técnica similar aplicada à concepção de uma máquina de calcular, um conceito original para o seu tempo. Neste ano, durante os feriados de Ação de GraçasFelt começou a construir o protótipo da nova máquina de calcular, da qual havia planejado. Um detalhe é de máxima importância: o jovem Dorr E. Felt não conhecia as máquinas de calcular anteriores.

O jovem Dor Feltlimitado em recursos financeiros, concebeu por meses o invento e resolveu construiu um modelo de madeira, com uma caixa de macarrão para a caixa exterior, com elásticos em bandas de borracha para o mecanismo interior, fazendo a função de molas, espetinhos de carne, fios, grampos.

Terminou este protótipo, após o Dia de Ano Novo de 1885, que foi chamado amistosamente de “caixa de macarrão”. Atualmente, um protótipo se encontra no Smithsonian Institution, em Washington,

Quando o pessoal da Ostrander e Huke (O & H) conheceu a invenção de Dorr Eugene Felt ficaram impressionados e reservaram um lugar para o inventor trabalhar em troca de parcela resultante deste equipamento.
Um primo do empregador Ostrander, chamado Chauncy W. Foster fêz um empréstimo a título de capital de risco no valor de US$800 para financiar o material para construir as primeiras máquinas que por dois anos usou mecanismo de metal e a caixa de madeira.

1885
Neste ano, na primeira patente concedida a Felt de n° 366.945 EUA, consta como inventores:  Dorr Eugene Felt e Chauncy W. Foster. 

1886
Neste ano, Charles Joseph DeBerard, contador e vice-presidente de Tarrant Foundry de Chicago apresenta o jovem Dorr E. Felt para Robert Tarrant, proprietário da uma loja de máquinas e de fundição. 

Por um determinado período de tempo, Tarrant garantiu a Felt cerca de US$ 5000 para compra de materiais e peças, além de outros gastos envolvidos no desenvolvimento da máquina de calcular.
1887
Em 19 de julho e  11 de outubro deste ano, o projeto original do Comptometer foi patenteado por Felt.
Com os desenhos (acima na lateral e o maior em perfil) Dorr E. Felt,  solicitou a patente em março de 1887 e obteve em 11 outubro de 1887

Até o final de 1887, a empresa tinha construído oito máquinas, destas quatro foram para os escritórios do Tesouro Americano. As quatro restantes foram então compradas por empresas de Chicago. Essas empresas logo descobriram que precisavam de operadores qualificados para obter o máximo benefício de seus US$ 400 do custo de cada máquina. 

Neste ano, em 28 de novembro, catorze meses depois de árduo trabalho foi formada uma parceira, na base de 400 partesFelt recebeu 225 ações; Tarrant 150 ações e DeBerard, as restantes 25 ações.

1889
Neste ano, em 25 de janeiro houve a incorporação: Felt & Tarrant Manufacturing CompanyEm 11 de junho do mesmo ano, também foi-lhe concedida uma patente para o Comptograph, a primeira máquina de cálculos com impressão. 

O primeiro Comptograph (lado esquerdo) foi vendido em dezembro deste ano para o National Bank of Pittsburgh, PA.  1889. 

Era a primeira venda de uma máquina de cálculo e impressão. Atualmente, o modelo se  encontra em exposição no Smithsonian Institution, em Washington, DC.
1890
Comptograph
É um Comptometer com mecanismo de impressão na máquina de calcular, era mais lento e complicado de operar. Entretanto nascia uma máquina de registro total. A empresa construiu os Comptometers e os Comptographs  durante essa década.
1902
Neste ano, a  Felt & Tarrant Manufacturing Company, foram separadas para criar, duas outras empresas. Felt tornou-se o proprietário majoritário com  51% das ações da Felt & Tarrant Manufacturing Company com todos os direitos na fabricação do Comptometer. O controle acionário da empresa a outros, foi de 49% restantes das ações, que continuariam a dividir os lucros com essa outra parte. 

Tarrant, concentrou-se exclusivamente na produção dessas máquinas. Foi criada uma empresa para fabricar as Comptographs, versão da máquina de cálculo com impressão, na Comptograph Company. Essa empresa em 1914 fechou, era o início da Primeira Guerra Mundial.
1930
Neste ano, em 7 de agosto Dorr Eugene Felt morreu de acidente vascular cerebral. Ele acumulou em vida a concessão de cerca de 46 patentes nacionais americanas e 25 patentes estrangeiras, todas relacionadas à evolução de sua Comptometer.

Depois da Segunda Guerra Mundial  com surgimento de somadoras e calculadoras mais sofisticadas, a família FELT vendeu seu negócio para a Victor Calculator que num certo sentido deu continuidade a fabricação desses equipamentos.
1950
Em meados deste ano, quarenta anos se passaram, quando a Comptometer Corporação reutilizou o nome 
Comptograph numa linha 
de 10 máquinas de impressão.




Comptometer foi a primeira máquina que desafiou a supremacia do Arithmometer, porém demorou quase três anos para vender as primeiras 100 máquinas.
As máquinas de Dorr E. Felt no escritório da Armour & Co. - Chgicago 1926
Os modelos de Dorr Eugene Felt - as Comptometer
1887-1903 - Modelo de Madeira
Durante este período, a Felt e Tarrant Manufacturing Comptometers fabricou  a Comptometer mais simples, com cobertura de madeira, tipo caixote. Este modelo continha teclas redondas, molas de recuperação entre as hastes, sendo que os primeiros exemplares buscou o padrão variante nas máquinas de escrever, com um anel de metal cobrindo um baixo-relevo de celuloide contendo o caracter numeral, seguindo um padrão inicial com o teclado chamado de cheio.

Foram produzidas e vendidas nesse período uma quantidade considerável de máquinas. Houve treinamento de pós venda, dado a operadores qualificados das empresas compradoras. As somadoras estavam disponíveis nas versões:  8, 10, 12 e 16 colunas; como ainda, uma versão para o moeda britânica, a libra esterlina, com as frações mais utilizadas na época. Foram vendidos cerca de 6500 desses modelos de caixa de madeira, ao longo de 16 anos.
1889
Neste ano, Dorr E Felt havia patenteado a máquina de somar, acrescida da versão de impressão da Comptometer, chamada de Comptograph.

A Felt e Tarrant Manufacturing Comptometers moveu esforços para convencer clientes dessa versão de máquina impressora, sem grande sucesso. Este novo sonho, parecido impossível, viria a ocupar a talentosa capacidade de Felt por uma quinzena de anos. 

Durante estes anos, Felt e Burroughs estiveram envolvidos em disputas judiciais, morosas, dispendiosos e prejudiciais às finanças de ambos, sobre as várias patentes conflitantes, relativas a mecanismos utilizados pelas duas empresas.
1904 - Modelo A
Neste ano, no mês de janeiro, foi colocado no mercado, a Comptometer modelo A, do projeto concedido pela patente n° 733.379 sendo produzida até setembro de 1906.

O Modelo A, foi o primeiro dos modelos com caixa de aço, tornado um padrão para as demais, seguidos do original “modelo caixa de sapatos", confeccionados em madeira.  Cerca de 2 ou 3 mil máquinas do modelo A foram produzidas durante sua vida útil.

Este modelo distingue-se por uma novidade: uma placa de vidro alongado com indicações do ponto nos decimais. Um padrão seguido por todas as demais máquinas futuras.

Outra genialidade de Felt, estava no uso da escolha dos dados para cálculo, o mecanismo das molas redesenhado e colocada na parte inferior das hastes na caixa; acerto nos mecanismos para evitar erros de funcionamento, preocupação real que não seria alterada por mais dez anos. Outra característica, apelidada de duplex,  permitindo a diferentes colunas serem operadas ao mesmo tempo. 
1906 - Modelo B
Neste ano em setembro, foi lançado no mercado o modelo B, com algumas alterações. Abaixo da linha da numeração dos números “uns” foram acrescidos brilhantes ponteiros decimais, desenhos na caixa, alavanca mais fácil de puxar, melhorou a eficiência do operador. Este modelo foi produzido até maio de 1909, quando entrou no mercado o modelo C.

O modelo B (lado esquerdo) tinha uma característica barulhenta no ato de cancelamento de operação, produzia um som de estridente de raquetes no ambiente de escritório. Quando várias máquinas operavam simultaneamente, era um terror.
1909 - Modelo C
Este modelo de Comptometer, também chamado "C - regular"começou neste ano e, foi vendido por vinte meses, quando foi lançado o modelo "C-light".

Foram também lançados modelos menores, feitas com teclas de celuloide substituindo as empregadas anteriormente e uma tecla de depressão leve. Tal como acontece com os modelo B, as máquinas poderiam ter, não ter, parafusos no painel frontal. Porém, o modelo C-light ostentava cerca de 29 parafusos na tampa do mostrador.
Modelo D
Quem observa a primeira vista, o Modelo D, crê parecer exatamente o modelo F. Entretanto, falta a chave de controle, encontrada ao lado da coluna à direita do n° 9. Também o modelo D, é quase 1 kg mais leve que o modelo F, em conseqüência  de que as 8 colunas tem menos peças. Com tal característica, o custo das peças e mão de obra na montagem, certamente tornou mais barata sua produção. Foram feitas mais de 153 peças deste modelo.
1913 - Modelo E
Em 1913 surgiu o Modelo E, de curta duração, ficando no mercado entre março de 1913 a maio de 1915, com número relativamente pequeno de equipamentos fabricados, indicando que este modelo não teve aceitação. 

Introduzido num dos primeiros anúncios coloridos apareceu na capa traseira em 24 de agosto de 1913 na revista Chicago Record-Herald que saia aos domingos. 

Este modelo, era caro e difícil de fabricar, além de problemas com a manutenção. Suas chaves ímpares quebravam facilmente sob uso constante. Além disso, os modelos "D" e "F” introduzidos simultaneamente com diferentes níveis de preços, permita aos clientes decidir que não valia o gasto extra do modelo E. Por falta de demanda, o “E” perdeu mercado.
1915 - Modelo F
Em maio deste ano, surgiu o Modelo F,  superando todos os modelos fabricados anteriormente, está máquina trouxe uma produção volumosa pela primeira vez para a fábrica Felt e Tarrant Manufacturing Comptometers, permitindo boa vendagem. Ao lado esquerdo um Modelo F.

Uma importante característica introduzida no Modelo E, era a chave controlada, bloqueando o teclado se qualquer tecla, não fosse totalmente pressionada.

Além disso,  operadores foram treinados e capacitados num curso. A possibilidade de correção imediata, sem perda da soma parcial, foi a grande diferença. Com certeza, a principal razão de sua aceitação e a popularidade deste modelo, como também, sua vida útil nos escritórios.
1920 - Modelo H
Neste ano, este modelo foi lançado, pela Felt e Tarrant Manufacturing Comptometers, sendo o primeiro modelo do pós primeira guerra. Distingui-se dos modelos anteriores devido ao logotipo da Comptometer, tanto na parte frontal como traseira. 

Ao lado esquerdo, um Modelo H

Houve melhorias das características operacionais, como colocação na frente da alavanca de correção para zerar o registro num único movimento; internamente, as melhorias incluiu um sinal audível, através de um sino de alerta, no âmbito táctil, na pressão das teclas e rápido deslocamento dos zeros nos registros.

Essas melhorias aumentou velocidade e precisão do operador, embora houvesse aumento de custo pela complexidade dos novos mecanismos. Como suporte técnico, foram elaborados manuais detalhados sobre os dispositivos de manuseio. O Modelo H foi produzido até 1926 com grande sucesso, em razão das muitas melhorias operacionais e estéticas.
1926 -Modelo J
Em fevereiro deste ano, surgi o Modelo J. Embora sem novos recursos, recebeu significativas melhoras nos aspectos operacionais e teve boa aceitação. 
Foto ao lado do modelo J

Este modelo, esteve em constante produção até o início da Segunda Guerra Mundial.

1934 - Modelo K 
Em setembro deste ano, foi lançado o Modelo K. Este projeto elétrico passou por alterações nos mecanismos para acionar os movimento através de um motor e não através de manivela, como nas manuais. 

É conveniente recordar que Dorr E. Felt havia falecido em 1930 e a Victor Calculator assumirá a empresa. Portanto, foi uma inovação da Victor e seus projetistas.

Modelo M
Este modelo foi introduzido antes de estourar a Segunda Guerra Mundial. Tinha um novo estilo, quadros redesenhados, mas outra máquina simplificada. A substituição do modelo H, foi definido visualmente, as chaves verdes substituíram o tradicional preto. 
1946
Neste ano, a empresa  foi listada na New York Stock Exchange. 

1950
Na primavera deste ano, foi lançado o modelo 3D11, (foto ao lado esquerdo) para suceder para o modelo M,  foi redesenhado o mecanismo a um modo automático de controle de erro, a fim de permitir ao operador segurar os dedos sobre as teclas quando corrigisse um erro.  O modelo também continha um estilo mais leve de operar.
1960
A empresa passou a chamar-se Comptometer Corporação. Nesta época enfrentava sérios problemas, tanto nos mercados interno como exterior. 

Por volta deste período, o mercado mecanográfico estava povoado de novas empresas e novos equipamentos, mais aperfeiçoados, rápidos, com melhor perfil, causando forte concorrência.

Numa tentativa de ressurgir, todos modelos anteriores foram retirados e, quatro novos modelos foram introduzidos denominado: SumlockPrimeiro com logotipo Comptometer,  em verdade uma Sumlock com pequenas mudanças, ou ainda, a máquina mista, mecânica com eletrônica Anita.
1970
Até final deste ano, alguns exemplares ainda sobreviveram em operação em grandes empresas norte-americanas por cerca de cinqüenta anos úteis, um recorde notável no mercado mecanográfico.
Comptometer
Os primeiros modelos de Comptometer, efetivamente lançados como produto de cálculo no mercado, tinham alavancas, cobertura de aço, rodas numéricas com um zero gravado no contador. Quando se operava uma coluna, girava  o mostrador trazia o registro do numeral calculado. Nos zeros, uma mudança distinguida pela cor, evitava erros na leitura, de qualquer grande número com muitos zeros. 

Após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se difícil de obter materiais para todos os fabricantes de um modo geral, a empresa foi encorajada a encontrar maneiras de reduzir a quantidade de metal utilizado. Usando um meio economizador, perfurando buracos ao longo do comprimento das barras dos números, anteriormente barras sólidas. O alumínio, foi outro material, substituindo o aço e trazendo redução nos gastos.

Desse modo, os pedaços que sobravam se transformavam, por exemplo em arruelas, presilhas ou outra peça menor, resultando em considerável economia para a empresa.

O Comptometer foi um equipamento de muita aceitação, repetidamente agraciado com altos prêmios, no comércio e exposições internacionais. Diversas medalhas foram conferidas para o inventor, Dorr Eugene Felt, reconhecendo suas realizações em ciência mecânica; como a medalha John Scott, do Instituto Franklin, concedido pela cidade de Filadélfia em 1889; a medalha de ouro da Exposição Universal em 1893; medalha de ouro, por Lewis e Clark Centennial em 1905; ainda o Grande Prêmio da Exposição Internacional em Turim em 1911.
As honrarias recebidas pelo Comptometer, foram em conseqüência da alta eficiência, conquistada pelo equipamento. Tal fato, levou o impedimento de concorrer nas grandes exposições. Essa decisão tomada por uma comissão de especialistas familiarizados com exigências e performances de equipamentos de escritório. 

A Comptometer atingi a elevada velocidade de 400 ou 500 movimentos numéricos rodados por minuto, com eficiência e perfeita precisão de resultado. Enquanto a maioria dos fabricantes de máquinas de somar, em mãos de operadores especializados atingia somente a velocidade de 120 movimentos numeral rodado por minuto.

A performance da Comptometer, foi conferida por parte dos responsáveis pelas exposições. Esse fato ocorreu pela primeira vez em março de 1905, na Mostra Anual de Aparelho de Escritório e Sistema de Negócios em Chicago. Depois, em agosto de 1907, na Convenção dos Contabilistas Incorporated de Michigan, em Detroit.

As Comptometer verdes e sua evolução

Willian Seaward Burroughs


O inventor William Seward Burroughs, nasceu em 18 de janeiro de 1857 na cidade de Rochester,   morreu em  14 de setembro de 1898, em Citronelle. EUA. Foi Burroughs, quem inventou  um novo tipo de máquina de somar e listagem.

Há uma certa incerteza ou contestação, do papel na área da invenção mecanográfica das máquinas de cálculo.

Porém o tempo, é o Senhor das Dúvidas, trouxe para as máquinas “Burroughs”, o reconhecimento profissional e técnico, consagração indiscutível mundialmente. 

Em março de 1905, William Seward Burroughs, afirmou: "existem mais de 22.000 dessas máquinas agora em uso constante entre os bancos, casas comerciais, departamento de  empresas, lojas, fábricas, gás e luz elétrica, ferrovias, empresas expressas, negociantes da madeira serrada, etc."

William Seward Burroughs, era filho de um mecânico e trabalhou com máquinas em toda a sua infância. Enquanto era muito jovem, seus pais se mudaram para Auburn, New York , onde ele e seus irmãos foram educados em escolas da rede pública.
1870
Burroughs, nesta década ainda jovem, menor de idade, foi trabalhar no Cayuga County National Bank em Auburn, Nova Iorque.
1880
No início dos anos 80, ao trabalhar no banco, aonde havia protótipos das primeiras máquinas, quer em mãos dos usuários inexperientes, ou quer, por erros desses mecanismos complicando a execução e o uso dos novos equipamentos. Esses protótipos eram um desastre, os cálculos falhavam, era preciso conferi-los manualmente.

Um sonho de funcionário bancário incomodava, William Seward Burroughs, um jovem de 23 anos: como agilizar a mesma função rotineira, exercida com quem trabalhava em executar tantos cálculos manualmente, sem exitar em dúvidas, comprovação, exatidão, de que a somatória estivesse correta ou contivesse erros.

Burroughs, tinha prazer e talento para a mecânica, o tédio e a monotonia pesou nos sete anos de banco prejudicando sua saúde. Foi aconselhado por um médico a se deslocar para qualquer área com clima mais quente. Viu-se forçado a deixar esse emprego bancário.

Por causa dessa convivência bancária, Burroughs, ficará incomodado com o problema e resolveu inventar uma máquina de adição. Mesmo tendo saído do banco, por razões de saúde, mudado para St. Louis, nunca se esqueceu daquela lida exaustiva.
1880
Ainda no início dessa década, Burroughs, mudou-se para St. Louis, Missouri, onde obteve emprego na área de sua vocação na oficina: Boyer Machine Company. Esse novo ambiente, acelerou o desenvolvimento da idéia fixa em sua mente.

O novo ofício, deu-lhe oportunidade de colocar em forma tangível, com as ferramentas necessárias, à concepção da primeira máquina de somar. Burroughs, ainda conseguiu  uma pequena área da loja onde experimentou sua invenção. 

1885
Neste ano, William Seward Burroughs patenteou o primeiro mecanismo viável de adição e de listagem, em St. Louis, Missouri. As primeiras máquinas de somar, eram grandes protótipos, por serem novidades nas mãos de usuários inexperientes, as respostas do invento não foram agradáveis.

Burroughs, percebeu o desafio, projetou nova concepção no equipamento, usando um mecanismo de alavanca, permitindo puxar e retornar ao mesmo ponto de partida a alça da máquina de somar, o que melhorou sensivelmente o aparelho.

Burroughs, era um indivíduo de precisão em seu trabalho, materiais simples eram suficiente para a sua criação; seus desenhos foram feitos em placas de metal, sem permitir, aumentar ou diminuir. Trabalhou com ferramentas afiadas em seus desenhos complexos, usando até microscópio para traçar uma linha.
1886
Neste ano, é fundada uma empresa, em St. Louis no Missouri, com intenção de produzir e vender as máquinas de somar inventada por William Seward Burroughs, a futura e promissora Burroughs Corporation.

A empresa reuniu na idéia central de Burroughs, mais três amigos - Thomas Metcalfe, R M Scruggs e W C Metcalfe. Juntos, em 20 de janeiro de 1886, com este quadro societário, nasceu a The American Arithmometer Co.
Burroughs - classe 5
Cada qual com seu papel definido: Thomas seu primeiro presidente, Burroughs foi nomeado vice-presidente, Scruggs tesoureiro, WC Metcalfe, secretário. A empresa tinha uma única linha de produtos da qual consistia num único modelo: a máquina reta de adição e listagem, vendida por US$ 475.
1888
Após vários anos de dedicação como inventor, Burroughs, solicitou patente que lhe foi concedida. As primeiras patentes obtidas nos EUA, permitindo fabricar máquinas somadoras ou calculadoras (calculating-machine) foram emitidas neste ano sob:

- n° 388 116, arquivada em janeiro de 1885; patente emitida em 21 agosto de 1888;
- n° 388 117, arquivada em agosto de 1885; patente emitida em agosto de 1888.
- n° 388 118, arquivada em março de 1886; patente emitida em agosto de 1888.
- n° 388 119, arquivada em novembro de 1887;patente emitida em agosto de 1888.
Aspectos do projeto Burroughs de 1888, obtidos nas patentes acima

Controvérsia histórica: Felt x Burroughs
Há também controvérsias, a respeito da invenção de máquinas de cálculos, no mesmo plano, do que das máquinas de escrever. Tentaremos esclarecer com didática, de modo desapaixonado, comparativamente, como  consta, na aba HISTORIOGRAFIA. Na foto, abaixo à esquerda, a máquina em controvérsia.

Vejamos as duas invenções através da ótica de controle americano:
- Dorr Eugene Felt terminou seu protótipo na cidade de Chicago, após o Dia de Ano Novo de 1885chamado amistosamente de “caixa de macarrão”. A primeira patente concedida a Felt e Chauncy W. Foster recebeu o n° 366.945 EUA, consta como inventores, sem dúvida sob numeração anterior a de William Seward Burroughs, conforme o texto acima de n° 388116. Embora, Burroughs já trabalhará com o invento a alguns anos.

- Em 20 de janeiro de 1886, nasceu a The American Arithmometer Co. a empresa responsável para fabricar um produto específico: a máquina de soma e listagem.

- Somente em 19 de julho e em 11 de outubro de 1887, o projeto original do Comptometer foi patenteado por Felt. No final deste ano, a pequena oficina, havia construído: oito máquinas; quatro foram para os escritórios do Tesouro Americano.

- Em 25 de janeiro 1889 houve o nascimento da: Felt &Tarrant Manufacturing Company, para fabricar as máquinas; em 11 de junho deste ano, também foi-lhe concedida uma patente para o Comptograph, a primeira máquina de cálculos com impressão.

Seria conveniente esclarecer: são dois equipamentos bem diferentes.
- uma somando com mostrador informando o valor calculado; a outra, uma máquina exclusiva de somas com listagem, isto é, trazendo a informação em papel permitindo a conferência posterior ou a qualquer momento.

- a segunda permitindo uma quantidade de conferências de valores em qualquer tempo. A primeira de cálculos imediatos, a segunda de cálculos a qualquer tempo.

A The American Arithmometer Co., de St. Louis, Missouri, teve o desafio de convencer, bancos e empresas, da necessidade deste novo equipamento. Nada foi  surpreendente e não foi fácil fazer enxergar a facilidade demonstrada pelo inovador equipamento de somatória. (foto ao lado, Burroughs 1891)

A empresa americana Arithmometer, contratou vendedores dobrando o Departamento de Serviço, sabia haver estabelecido a necessidade de adicionar uma nova máquina aos escritórios modernos do final do século XIX.  

Nos primeiros dez anos, como previam seus fundadores, a empresa cresceu, ao ponto de incluir na fábrica e escritório, uma equipe com 65 funcionários e três vendedores no campo. 
1891
Assume a presidência da The American Arithmometer Co., o segundo presidente: Charles E. Barney. Em 1893 Barney  é sucedido na empresa por J H Wyeth.
1892
Depois dos primeiros modelos, não serem viáveis, algumas tentativas e erros, ​​ Burroughs, persistiu vindo a patentear um modelo prático, neste ano de 1892, melhorando a performance da nova empresa.
1894
Neste ano, no mês de agosto, um artigo veiculado na “Revista dos Banqueiros” transcrevia sobre as máquinas Burroughs de contadores de registro:

"Uma engenhosa máquina de somar, recentemente introduzida em bancos da Providence, é tida como infalível em resultados, capaz de fazer o trabalho de dois ou três funcionários ativos. Sua estrutura incluí painéis de chapa de vidro pesados, por meio do qual o funcionamento do mecanismo pode ser visto. A máquina ocupa um espaço de 11 por 15 polegadas e é de nove polegadas de altura, com um teclado inclinado de 81 teclas organizado em nove linhas de nove chaves de cada um. A impressão é feita através de uma fita de tinta ". 
1895
Durante este ano, as vendas subiram para 284 máquinas. Foram poucas máquinas vendidas nesses primeiros anos, porém a produção aumentou drasticamente após virar o século.

Nesse mesmo ano, a The American Arithmometer Co., futura Burroughs foi estabelecida na Inglaterra, em Nottingham, conseqüentemente três anos depois, na mesma cidade, nasce a primeira fábrica da empresa, fora os EUA. Também neste ano, marcou o pagamento dos primeiros dividendos da empresa que continuou a manter seu registro de pagamento de dividendos, sem interrupção por mais de 100 anos.

1895/1900
Entre este período, as vendas saltaram: no ano de 1900 para 972 máquinas; as equipes da fábrica e escritório cresceram para 200 funcionários; a força do Departamento de Vendas aumentou com 12 vendedores. 
A Burroughs Adding Machine Co., encontrou no mercado mecanográfico de somadoras uma série de concorrentes, e entre elas a: Dalton, Pike, Standard, Universal, Adder e Wales. Essas empresas concorrentes tinham máquinas com impressões em vista do operador, ao contrário de Burroughs. A Burroughs Adding Machine Co., iniciou um processo de compra das concorrentes poucos anos depois, como descreveremos.
1898
William Seward Burroughs, vislumbrava que o início do fenômeno de automação de escritório estava aumentando cada vez mais, entretanto por causa de problemas de saúde, aposentara-se da participação ativa na empresa. Veio a falecer em 14 de setembro de 1898 em Citronelle, Alabama. (ao lado modelo 1898)

A máquina de adição e listagem usando cartões perfurados, inventada por Burroughs tinha o mesmo princípio foi usado por Herman Hollerith para elaborar o sistema de processamento de dados do senso demográfico americano em 1896.
1899
Neste ano, no mês de fevereiro, aRevista Bankers”, editou uma nova discussão de métodos bancários modernos, afirmando em texto o editoralista:
“A grande ajuda derivada de certos artifícios de economia, vinda através de trabalho com equipamentos mecânicos, entre os quais gostaria de mencionar a máquina de escrever, o registrador contador ou máquina de somar e o telefone.

O contador registrador ou máquina de somatórias, é de introdução comparativamente mais recente, mas eu acho que posso dizer com segurança que provou ser um dos instrumentos mais úteis, introduzidos nos bancos ".
1900
As máquinas Burroughs “Registro de Contas” já eram utilizadas nos maiores bancos em Nova York por cerca de cinco anos. Num anúncio da The American Arithmometer Company, afirmava ser suas máquinas usado por mais de 5000 bancos, também em pequenas, bem como grandes empresas.

Também eclodiu uma luta interna pelo poder, desenvolvida entre Joseph Boyer e o então Presidente e Gerente Geral Edmund G. Langhorne. Joseph Boyer, o proprietário da loja de máquina, Boyer Machine Company onde William Seward Burroughs começara a trabalhar e desenvolver sua invenção, tornou-se presidente da American Arithmometer. 

Ao perder está disputa comercial, Edmund G. Langhorne, levou metade dos empregados com ele da American Arithmometer para Universal Máquina de Adição, também com sede em St. Louis, uma nova concorrente. 
1902
Um outro empresário e fabricante de St. Louis, Joseph E. Boyer, um daqueles que tinha encorajado e apoiado os esforços de William Seward Burroughs por muitos anos, entra para impulsionar o negócio,  tornando-se presidente da empresa. Joseph Boyer  foi o terceiro e último presidente, da The American Arithmometer Company.
1903
Joseph Boyer, (na foto ao lado esquerdo) ao deixar a “Arithmometer” faz secretamente um acordo e adquiri a Addograph Manufacturing Company, cujo diretor era Hubert Hopkins.  James Dalton, presidiu a Addograph Company, que no mesmo ano formou outra empresa, a Company Typewriter Adding, que algum tempo depois, altera a denominação para Dalton Adding Machine Company

Essas empresas tornaram-se importantes no ramo mecanográfico nos anos antecedentes.


1904
Seis anos após a morte de Burroughs, a empresa que começou em St. Louis, Missouri, transferiu suas operações inteiras para Detroit, Michigan.

Construiu uma fábrica de 70,304 pés quadrados, num milharal comprado dessa propriedade da Ferry Seed Company. O local fora dos limites da cidade, rodeada pela segunda e terceira avenidas no leste e oeste, e pela avenida Burroughs e Amsterdam ao norte e sul. 

Todos os funcionários e suas famílias foram transferidas de St. Louis para Detroit em trem especial chamado de "Leaf Clover Express", em apenas: um dia. A fábrica de Detroit ainda passou por ampliação nos seguintes anos: 1905, 1906, 1908, 1910, 1913 e 1916.
1905
Neste ano, a empresa totalmente estabelecida em Detroit, mudou seu nome para: Burroughs Adding Machine Company, em honra e numa justa homenagem ao idealizador de equipamentos mecanográficos tão sólidos: William S. Burroughs, falecido em 1898. As vendas deste ano totalizaram: 7.804 máquinas, com um quadro de 1.200 empregados.
1906
Neste ano em 05 de outubro, a Burroughs afirmava: 40.000 de suas máquinas estavam em uso em mais de 30.000 empresas”. Mas ainda: "noventa por cento de todos máquinas de somar vendidos são Burroughs”.

Ainda neste ano, foi anunciado um modelo elétrico. Nessa época, o preço das máquinas Burroughs variava dependendo do modelo, entre US$300 a US$ 500. 

A Burroughs Adding Machine Company encomenda da Ford Motor Company um grande veículo, equipado especialmente para transportar suas  máquinas de adição, que ficou conhecido como Burroughs Especial.

As somadoras da Burroughs Adding Machine Co., nas primeiras três décadas, foram fabricadas obedecendo a projetos bem distintos com seus grupos, chamados de classes, com características muito próprias de cada projeto. Na esquerda, o cartaz demonstra a quantidade de modelos ofertados.

Nos projetos originais da Burroughs, a leitura das somatórias, foi até chamada de “cega”, tal qual as primeiras máquinas de escrever, quando era impossível ao operador enxergar o resultado do cálculo, uma vez que ficava acima da visão de quem operava. Alguns projetos, chegaram à Burroughs vindos de empresas adquiridas neste período, incluindo máquinas com impressão em bobina de papel.

A Burroughs Adding Machine Company logo tornou-se a maior empresa de máquinas somadoras da América, começando com a P100, uma máquina de somar básica movida a manivela com capacidade apenas de adicionar. Esse projeto incluiu algumas características inovadoras entre as quais, o amortecedor, um recurso que seria comum em inúmeros equipamentos posteriores em diversas marcas. 

Em seguida, veio a P200 incluindo a capacidade de subtração e a P300, fornecendo outro meio somador com dois totais em separado. Em seqüência surgiu a P400 e P600  e o P612 com um carro de somatória móvel e nos modelos P600/P612 com alguma base de  programação limitada, com base na posição do carro.
1907
Neste ano, a Burroughs fabricou sua máquina de n° 50000. As 13.300 máquinas vendidas durante este ano, excederam em vendas combinadas todas as outras marcas de máquinas de somar, durante todos os anos de  existência dessas marcas.
1908
Neste ano, a Burroughs ofertou ao mercado: 58 modelos, cada um foi projetado e construído, para cada linha de negócios. Estes modelos variavam em número de colunas, largura do papel a ser impresso, fosse para cálculos, com frações, medidas como pés e polegadas, libras e onças, cada qual tinha características próprias, tais como contadores e teclados de divisão. 

A Burroughs continuava a confirmar: “nove em cada dez máquinas de somar em uso são de nossa fabricação. A empresa, também adquiriu a Universal Adding Machine Company, de Missouri, descrevendo seus produtos como "uma máquina de escrever transporte numa máquina de adição." 

Durante um certo período a concorrência dificultou o sucesso da Burroughs. Seus concorrentes com máquinas de impressão visível, à vista do operador ganhavam a preferência. A Dalton Máquina de Adição, tinha teclado de dez teclas, ou teclado simples, mais modernos. 

No ano seguinte, a empresa ao adquirir a Universal Adding Machine Company, de Missouri, que descrevia seus produtos como "a typewriter carriage ou adding machine", começava um processo para encampar uma  série de concorrentes e, tornar-se forte mundialmente.
1909
Neste ano, um jornal inglês em artigo sobre escritórios afirma que a máquina de adição Burroughstem habilidade mecânica incrível, quase ao ponto da inteligência humana”. Ampliando seus negócios a Burroughs adquire a Pike Adding Machine Company, de New Jersey.
1910
É lançada, em 1910 no mercado, a primeira máquina de somador duplo, com dois subtotais e totais. A primeira máquina de agregação de subtração é produzida. É considerado como um grande passo em frente para os lançamentos bancários. 

Também em 1910 é lançado 74 modelos entre 6 e 17 colunas, ainda anunciou alguns modelos de máquinas de contabilidade. 
1911
Havia 78 modelos, variando entre US$ 175 a US$ 850. Introduziu no mercado, as máquinas de somar visíveis, Classe 3 com base no desenho de uma Pike, imprimindo numa bobina de papel todas operações realizadas pelo operador.
1912 
Neste ano, devido as complexidades das máquinas Burroughs, seus vendedores recebem treinamento de operação e aplicação das funções, durante quatro semanas.

Uma calculadora lançada pela Burroughs com valor de US$150, era muito similar a uma calculadora da Felt & Tarrant que por este motivo, a concorrente entrou com processo por violação de patente com base na aparente coincidência entre as calculadoras.
1914
Neste ano, um processo antitruste, proibiu a Burroughs Adding Machine Company de comprar outras empresas concorrentes. 
1916
Neste ano, havia 98 modelos de máquinas, incluindo uma máquina com 17 colunas de teclas, aos preços variados de US$ 615-US$715. 

1917 a 1920
Em 1917, a apenas 20 milhas da matriz em Detroit é organizada a filial em Windsor, no Ontário a Burroughs Adding Machine Company of Canadá, Ltd.
1918
A Burroughs introduz uma máquina de contabilidade de luxe equipada com motor para o retorno de carro, fixado seu preço de venda em US$ 1.150. Também se inicia a construção de um edifício no lado principal da fábrica em Detroit, com cinco andares. Em 1966, este edifício é reconstruído para servir de sede mundial para a Burroughs Corporation.
Escritório do DEXTER H. National Bank em Seatle - 1920 com as Burroughs
1920
Neste ano, a Burroughs já tinha vendido um total de 800.000 máquinas  no mundo inteiro, possibilitando um total de 12 mil de empregos. Na presidência da empresa, Standish Backus é eleito presidente, na sucessão a Joseph Boyer.
1921
A Burroughs neste ano, investi e compra a empresa de máquinas de faturamento Hopkins de Missouri, aperfeiçoa, redesenha e melhora a máquina conhecida por “Moon-Hopkins” que combina duas máquinas em uma, sendo uma de escrever elétrica, outra de calcular. Essas foram chamadas de máquinas combinadas com processamento numéricos, utilizada para serviços contábeis complexos.
1924
Neste ano, a Burroughs amplia seu mercado mundial, estabelecendo as principais operações no Brasil, Argentina e México.
1925
Neste ano, a Burroughs introduz a máquina de somar, pesando menos de 20 libras, vendidas por menos de US$ 100; em Detroit, são produzidas duzentos máquinas por dia; 22.000 máquinas são vendidas nos primeiros oito meses de produção.

As máquinas Burroughs nesta época, eram vendidas em 60 países, com um repertório de máquinas especiais, complexas ou simples. Construídas para serem utilizadas em uma variedade de aplicações, desde pequenos negócios, como padarias, quitandas, mercearias, farmácias, oficinas mecânicas; em contabilidades ou auditorias; em indústrias, em departamentos dos governos, nas agências bancárias e grandes empresas, espalhadas por todos os cantos do mundo.

Seja em Moscou, na Rússia; em ferrovias na Índia ou no Peru; nas minas de diamantes da África do Sul; ou em praticamente todos os bancos brasileiros, havia sempre uma Burroughs.
1926
Neste ano, a Burroughs produz a milionésima máquina de suas fábricas e lança uma nova série de máquinas de contabilidade, incluindo registros múltiplos, subtração dupla e outros mecanismos.
1928
A Burroughs organiza nova filial, desta vez em Berlim, na Alemanha: a Deutsche Burroughs Rechenmaschinen, AG. Também é o ano no qual introduz as primeiras máquinas somadoras elétricas. Como também, 100.000 Burroughs portáteis foram vendidos. Em 1935, a empresa oferecia 450 modelos padrão.
1929
A Burroughs estabelece suas operações em vários países. Neste ano, a empresa chegou ao Brasil: em 14 de maio com o início das atividades da Companhia Burroughs do Brasil, instalada na rua da Alfândega, 81A 1° andar no Rio de Janeiro. A Burroughs já era uma preferência no mercado brasileiro deste o princípio dessas somadoras.

A empresa americana também fincou atividades com suas filiais nos seguintes países: Austrália, Áustria, Dinamarca, Nova Zelândia, Ilhas Filipinas, África do Sul e Suíça.
Década da 30
Nesta década, a Burroughs cria uma série de novidades, em 1930, lança um novo documento de orientações (Livro Machine) para bancos contabilizarem poupança; 1931:  introduz o "Burroughs Padrão Typewriter, lançado em shows nacionais para empresários em Nova York e Chicago; 1933 lança a primeira calculadora elétrica duplex (duplo somador); 1935 a linha dos produtos da Burroughs somam 450 modelos padrão; 1938 ampliando a produção fica concluída e pronta para entrar em operação, uma grande fábrica em Plymouth, MI.
Período da Segunda Guerra Mundial
No ano de 1940, a Burroughs começa a fabricação de produtos ligados ao movimento de guerra. Surge uma máquina portátil, para o governo na cor cáqui, depois verde para o exército, com recursos do teclado especiais protegidos contra pó e faísca.
1942
Tanto a produção de máquinas da Burroughs, como a produção de automóveis, ficam restrita às necessidades militares e aos programas ligados a guerra.
1944
A Burroughs por se envolver na cooperação aos esforços de guerra, é premiada com um "E" Army-Navy uma proeminente condecoração.
1946
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Burroughs novamente volta seus esforços para o mercado de máquinas mecanográficas e introduz 46 novos modelos para ampliar suas perspectivas nos negócios comerciais da empresa.

1947 A Burroughs finalmente adota uma marca efetiva, com destaque para a letra "B".

1948
As receitas da empresa, excedem a US$100.000.000. Suas máquinas contábeis estão em uso em ​​cerca de 14 mil bancos espalhados na maioria dos países, como as máquinas de “boca de caixa”.
1949
A Burroughs adquire um fabricante de fitas a Mittag & Volger e Acme Carbono & Company e ainda neste ano, implanta em Filadélfia, as instalações necessárias para pesquisa e desenvolvimento na área eletrônica.
1950
A Burroughs lança no mercado a Sensimatic, primeira máquina com painel de controle programado, o maior avanço em máquinas de contabilidade dos últimos 25 anos. Começa a década trabalhando com o Banco da Reserva Federal desenvolvendo um computador para processar e reconhecer caracteres de fita magnética, da sigla MICR, para o processamento dos cheques bancários. 

A Burroughs criou o MICR especial e OCR, classificador/leitor para sua linha de sistemas de computadores - 2700/3700/4700 destinados aos computadores da rede bancária.
1951
Neste ano, a Burroughs começa o desenvolvimento em direção aos caminhos da computação, com a máquina eletrônica de contabilidade, chamado BEAM.  No ano seguinte 1952 projeta um sistema de memória eletrônico para o computador ENIAC.

Nas imagens abaixo, técnicos da filial da Burroughs em Santo Amaro, São Paulo, Brasil estão revisando uma máquina de somar série J e ao lado direito estão três modelos com teclado do tipo reduzido, fabricados no Brasil de boa aceitação no mercado. Maiores informações na ABA Máquinas Mecanográficas no Brasil.
1953
A Burroughs Adding Machine Company altera sua denominação para Burroughs Corporation. Um nome para a forte marca e sua ampla gama de produtos. Foi mais alargada com a inclusão da série "J", como as Tenkey, que forneceu um mecanismo de cálculo único, teclado reduzido, pequena. Destas surgiram uma série de modelos, com multiplicador como a J 700.

O mercado mecanográfico continuava forte, as máquinas Burroughs estavam entre as melhores mecanicamente, as mais complexas e confiáveis, com modelos que escreviam, somavam e calculavam, mas ainda tinham um amplo campo para avançar, especialmente em bancos e instituições similares. No entanto, a Burroughs também se movia, no nascente campo dos computadores. Insipiente, com muito a acrescer.
1956
Em junho deste ano, a Burroughs inicia um processo de aquisição, adquiri a Electro Data Corporation, de Pasadena, Califórnia que tinha construído o Datatron 205 e trabalhava no Datatron 220; a Consolidated Engineering Corporation, que projetará instrumentos de teste. O primeiro grande produto de computação, veio desse casamento: o computador de tubo B205. 
1960
No final deste ano, surge a faixa TC, ou seja, o TC500-Terminal Computer 500 com uma impressora do tipo “bola de golfe”. Da máquina de somar revolucionária a Sensimatic, capaz de realizar funções semi-automaticamente. Tinha um carro com movimento programável e capaz de armazenar 9, 18 ou 27 saldos em operações de lançamento contábil e agregada tinha uma máquina de somar mecânica marca Crossfooter. 

A Sensimatic desenvolvida com mais recursos, resultou na Sensitronic armazenando saldos em uma tarja magnética, parte do “cartão de razão”. O cartão inserido na plataforma móvel acumulava os resultados.

O Sensitronic foi seguido pelos modelos E1000, E2000, E3000, E4000, E6000 e E8000 um sistema informático de suporte de fita magnética, cartão leitor, uma impressora de linha e 1K (64 bits) de disco de memória.

No final da década de 60, a Burroughs desenvolveu uma calculadora com display eletrônico, que ainda carecia de aprimoramento como todas as calculadoras eletrônicas desse período.
1986
Neste ano, em setembro a Burroughs Corporation fundiu-se com Sperry Corporation para formar Unisys. W. Michael Blumenthal, era o presidente da Burroughs Corporation e Joseph J. Kroger, era o presidente da Sperry Corporation. Essa fusão, foi realmente a aquisição da Sperry pela Burroughs pelo valor de US$ 4,8 bilhões.

fusão, tinha sido iniciada a mais de um ano, concluída após um período de reorganização, desinvestimento de negócios não relacionados com área de informática, encerramento de algumas instalações, combinando departamentos semelhantes ou de dupla atividade, entre Burroughs e Sperry.

Na época, foi a maior fusão da história da indústria de computadores, entretanto a empresa formada, a Unisys, era apenas cerca de 1/5 do porte da IBM, com receita em cerca de US$ 10,5 bilhões. W. Michael Blumenthal tornou-se presidente e CEO, e Joseph J. Kroger, vice-presidente, da nova empresa: Unisys Corporation. 
1886 - 1986
A Burroughs deixava o mercado mecanográfico definitivamente para se concentrar totalmente nas linhas relacionadas com computação. Fim de uma época, numa empresa que contribuiu decisivamente num universo novo - de máquinas facilitadoras do trabalho físico e mental humano por um século. Seguiu sua história no campo da informática, mais para a TECLAS: terminou sua missão. 

W. T. Odhner e as calculadoras 

Willgodt Theophil Odhner, ou simplesmente W. T. Odhner, engenheiro e empresário sueco, tornou-se mundialmente famoso como inventor do Odhner Arithmometer”, um tipo popular de calculadora mecânica portátil da qual se originou a maioria das calculadoras mecânicas, do tipo de tambor movida à manivela, devido ao seu princípio, estilo “catavento” e funcionalidade para cálculos de alta precisão.
1868
Com 23 anos, mudou-se para São Petersburgo, Rússia, sem ao menos falar russo. Ao chegar, buscou o consulado sueco, onde conseguiu emprego numa oficina mecânica, porém meses depois, foi para a fábrica mecânica de propriedade do sueco, chamado Ludwig Nobel (1831-1888), irmão de Alfred Nobel,  famoso inventor da dinamite e criador do Prêmio Nobel.
1871/1873
Neste período, Odhner teve oportunidade de conhecer um equipamento que mudaria seu destino: consertar uma máquina de calcular Arithmometer Thomas. Ao tomar conhecimento deste mecanismo destinado a calcular, até então, para si desconhecido, concluiu que teria capacidade de melhorar ou fazer uma máquina  mais simples para  cálculos.

Após desenhos e estudos, Odhner, desenvolveu sua primeira versão de calculadora mecânica. Substituiu os pesados e volumosos cilindro do tipo “Leibniz por um tambor menor e mais leve, com discos e pinos, com precisão de 8 casas para calcular.

O dispositivo da calculadora baseada num conjunto de rodas com pinos, giradas por uma alavanca que a cada giro promovia cálculos. O equipamento ficava alojado numa caixa de madeira retangular. Desse modo, foi desenvolvida a primeira versão da calculadora mecânica com o nome de Odhner Arithmometer, a junção dos dois equipamentos, resultou  num nome híbrido, o de Odhner aquele que aperfeiçoou, o de Thomas o inventor desta máquina em 1821: Charles Xavier Thomas de Colmar. 
1875
O protótipo foi terminado no final de deste ano. Não importa quando Odhner iniciou sua Arithmometer, ou outras controvérsias quanto a invenção do mecanismo; se dispositivos ou princípio foram retirados de modelos existentes, sem dúvida - a idéia central de calcular em modo mecanizado partiu da “pascalina”. Inventar o equipamento, foi um conceito perseguido por outros que usaram a mesma idéia central, como descrito anteriormente. Porém, Odhner foi o único a ir além e projetar algo diferente, simples, factível de ser produzido a custo muito menor. 

W T Odhner, foi o responsável em criar um invento original, um modelo simplificado,  à posterior, vastamente copiado, por centenas de outros fabricantes.
1875
Neste ano, é o marco zero das calculadoras mecânicas como modelo prático, ágil e aceito mundialmente, por quem se interessou em promover seus cálculos rapidamente.
1876
No final deste ano, Odhner procurou seu patrão, “Ludwig Nobel” para iniciar a produção da calculadora. Num acerto, Nobel garantiu os custos iniciais do negócio, ambiente apropriado à produção. As partes compartilharam da receita, despesas e divisão pela metade dos lucros. Desse negócio, entre Nobel e Odhner, significou a fabricação das máquinas com um segundo protótipo.
1877
Odhner usou a pequena parte da fábrica para trabalhar. No meio deste ano, ficaram prontas, 14 calculadoras. A capacidade dessas máquinas, ficou de 10, ao invés de 9 casas de precisão, conforme o primeiro modelo. Entretanto, após a primeira fase, Nobel perdeu o interesse. A produção cessou.
1878
Neste ano, Odhner recebeu a patente US №209416, com alterações no seu pedido. Ocorreu reivindicações e queixas, por ter esse projeto, conflito com registros antecipados, como da parte de Baldwin e Alonzo Johnson, titulares da patente №85229 de 1868 concernente a dispositivo similar. Odhner ficou trabalhando na fábrica do sueco Nobel, um ano após sua primeira produção de calculadoras.
1885
Odhner começou a trabalhar na “Expedition”, uma grande fábrica de construção de máquinas para produção de alta qualidade, destinadas as empresas. Um de seus maiores projetos foi a fabricação de prensas de impressão. Também fez máquinas para fabricação de cigarros, de papel e instrumentos científicos. Trabalhou até 1892, e enquanto estava na fábrica, Odhner começou a construir sua própria oficina.
1890
Neste ano, em São Petersburgo,  oficialmente foi  iniciada a produção em série das calculadorasOdhner Arithmometer”. Odhner, nesse início, teve apoio financeiro de um sócio: o Sr. F N Hill, um cidadão britânico, que ficou na sociedade por sete anos.

Houve melhora da versão original, inventada dezessete anos antes na Rússia, por W T Odhner, imigrante sueco, depois patenteada em vários países, tornando-se muito popular, pois a produção durou 30 anos. A fábrica foi fechada e nacionalizada durante a revolução russa de 1917.
1891
Odhner abriu uma filial na Alemanha, porém vendeu-a no ano seguinte para: Grimme, Natalis & Co. por dificuldade de manter duas instalações fabris tão distantes. A Grimme, Natalis & Co. iniciou a produção em Braunschweig. Essas máquinas foram bem sucedidas em vendas, com a marca Brunsviga, nome latino dessa cidade.

1892
Deste ano, até meados do século 20, diversas empresas independentes, como a Brunsviga, Triumphator, Schubert, foram criadas em todo o mundo para fabricar autenticas cópias da Original Odhner.

Na década de 60 do século passado, milhões de calculadoras desse tipo, com modelos dos mais variados foram vendidos, tornando-se  um dos mais bem sucedidos projetos de calculadora mecânica.

Esse tipo de calculadora manual vingou em fins do século XIX e seu consumo foi acelerado  no século XX, quando surgiram diversos fabricantes produzindo os mais diversificados modelos, mas todos seguindo um mesmo e único princípio.

Nas mesas dos melhores escritórios, nas oficinas, comércio em geral eram as "preferidas" nas mesas e nos balcões. Abaixo, uma amostra de algumas marcas e modelos do Acervo Museu Teclas que conta com um pouco mais de uma centena de modelos em mais de uma dezena de marcas. Alguns dos nossos modelos são raros com mais de um século.

1892 em diante
Após a saída do sócio, até sua morte, Odhner foi o único proprietário de sua empresa de calculadoras mecânicas.
1905
Willgodt Theophil Odhner, ou como ficou conhecido, W T Odhner morreu de ataque cardíaco em 15 de setembro de 1905, calendário gregoriano, em São Petersburgo, Rússia.

Após sua morte, seus filhos Alexander e Georg, deram continuidade e produziram cerca de 23.000 calculadoras até 1918 quando a fábrica foi forçada a encerrar as atividades por ter sido nacionalizada pela Revolução Russa e sua filosofia estatal.

Em 1924, a unidade de produção é levada para Moscou pelo governo russo. A calculadora recebeu a marca de  Felix Arithmometer sendo comercializada até 1970.

1918
No final deste ano, a família Odhner retorna à Suécia e reinicia a produção da calculadora, sob o nome Original Odhner. 

 Alegações de outros pretensos inventores
A Arithmometer Thomas era a única calculadora mecânica em produção naquela época. Há versões sobre o invento de W T Odhner, como: em 1875 Odhner teria lido artigo sobre Dinglers Polytechnisches Journal sobre a calculadora Thomas e “acreditou que poderia ser possível construir uma máquina de calcular mais simples.”

Ou, a máquina de “Staffel” conhecida na Rússia, descritas em língua russa e apresentada na Academia de Ciências da Rússia em São Petersburgo, ou ainda, a de Frank Baldwin, segundo sua entrevista, sob sua patente de fevereiro de 1875. Ou ainda, baseou seu projeto em Roth, patenteado por seu agente  David Wertheimber em 1843.

A afirmação de Baldwin é bastante questionável, quando afirma: “na época que um dos seus modelos de 1875, encontrou o caminho para a Europa, ao cair nas mãos de um senhor Odhner,” e ainda, “ele tirou patentes em todos os países europeus em um máquina que não variou em nada especial da minha (Baldwin), etc.”

Werner Lange analisou cuidadosamente as diferenças dos modelos de Odhner e Baldwin e observa: “o sistema de Odhner, onde registra, o resultado está se movendo e as rodas de entrada são fixas, é melhor mecanicamente”. Ou seja, foram somente insinuações e ataques, sobre os princípios do invento da calculadora de Odhner.

A prova inconteste do inventor procede pelas séries de patentes concedida. Além disso, sua calculadora foi copiada em vários partes do mundo, com renomes específicos por parte de cada fabricante, mas enfim, somente cópias. O projeto deu formato definitivo para esse tipo de calculadora manual acionada por alavanca. Os demais nunca vingaram!

O processo de patente para Odhner, foi muito rápido e fácil. A empresa Königsberger encarregada em registrar a patente em outros países, obteve a concessão da patente alemã em 1878 sob №7393; em 1879, a patente sueca de №123 e a patente russa em 1879 sob  №148.
1932  
Foi introduzido na calculadora Odhner, um teclado numérico de duas linhas e outras alterações mecânicas. Em 1935, houve um modelo de máquina de somar a Odhner modelo7, vendida como Facit S
1942
A Original-Odhner uma nova marca no grupo AB torna-se parte do grupo AB Atvidaberg Indústrias, definitivamente vai ser vendida como novo produto FACIT. Enfim, houve uma nova série de equipamentos de multiplicação mecânica e de máquinas somadoras, mas todos com marca Facit.

Vista do tambor e jogo de rodas numéricas do padrão Odhner
O princípio Odhner aparece sob nomes de dez a quinze nomes na Europa, os mais importantes sendo Brunsviga e Triumphator, fabricado na Alemanha. Várias grandes empresas de manufatura da Europa levou o padrão Odhner por todos os cantos.

O Padrão Original Odhner
Sem nenhuma dúvida, o surgimento do padrão  Odhner Arithmometer,  trouxe consigo o mais bem sucedido tipo de calculadora pinwheel (catavento) inventado na Rússia em 1873 pelo sueco imigrante W T Odhner. Essas calculadoras mecânicas  eram portáteis, de tamanho pequeno, funcionando  por cursores e manivelas  sem utilizarem, qualquer energia, senão a cinética.

A base desse mecanismo é a sincronização de três jogos de rodas circulares, sendo um tambor maior, composto com discos acoplados, um conjunto com engrenagens circulares móveis e ajustadas, com nove ranhuras onde é possível obter nesses ajustes a escolha de 1 a 9, o zero passa direto.

No primeiro modelo Odhner havia oito casas (no futuro foi possível aumentar, sem alterar este princípio). Desse tambor maior, manualmente escolhe-se qual operação se deseja: entre a primeira e oitava casa com o limite de operar até  999.999.99. Escolhido valores para as somas, uma alavanca maior movimenta esse tambor maior em sentido horário, para somas e multiplicação e em sentido anti-horário para a subtração  divisão.

Numa soma simples, se escolhe qual valor e roda-se a alavanca em sentido horário; escolhe-se outro valor a adicionar, outra vez roda-se o tambor e quantos outros quiser. O registro fica num outro jogo de engrenagens dentadas, com 10 dentes circulares do lado esquerdo onde se acumula o resultado; do outro lado, um outro jogo de rodas dentadas indica quantas vezes se adicionou ou mesmo subtraiu, se x, x1,x2, etc.

É possível somar um valor em sentido horário, pegar outro valor à menor, em sentido anti-horário executar a subtração; se desejar multiplicar por unidade, dezena, centena, milhar, é possível tendo a somatória como padrão utilizar um recurso especial dessas calculadoras: o movimento do carrinho que contém os dois conjuntos de rodas dentadas. A divisão é feita de modo inverso. Este foi o padrão Original Odhner. (foto ao lado)

A princípio creio ser difícil entender esse funcionamento que vamos demonstrar detalhadamente em futura ocasião. Afirmamos ter sido este sistema de cálculo ou princípio de calcular o mais perfeito até o início dos anos setenta. Foi o ábaco mecanizado.
1950
Por volta deste período havia milhões de modelos fabricados, tal qual clones do modelo o Original Odhner, todas com boa aceitação popular, um tipo de calculadora mecânica de qualidade indiscutível. Foi copiada, fabricada e vendida por inúmeras empresas em todo o mundo. 

Na Alemanha, com a marca de Thales, Triumphator, Schubert, Walther e Brunsviga. Na Inglaterra, havia a Britannic e Muldivo. Na Suécia, Multo e Original Odhner. Na Rússia, Felix e no Japão,  Tiger e Busicom. Está última, famosa posteriormente, quando a Intel criadora do primeiro microprocessador, o Intel 4004, projetou uma das calculadoras eletrônicas em 1970.  
1892 a 1970
Mesmo com a aparição das calculadoras eletrônicas, deficientes na época, com constantes defeitos quer por aquecimento, má qualidade dos componentes, material empregado nos componentes de pouca resistência a intempérie, dificuldade de encontrar técnicos especializados, as calculadoras mecânicas persistiam solidamente pela habilidade dos seus operadores.

Triumphator
1900
Neste ano, foi fundada por Richard Kluge a empresa Leipziger Röhrenwerke GmbH para produzir tubos, sem obter resultados positivos, foram efetuados estudos e um novo projeto alterou os destinos da empresa.
1903/1904
Neste ano, começou a produção de máquinas de calcular manual do tipo de tambor e rodas dentadas, com obtenção da patente n° DE157591, sob a presidência de Otto August Moritz Fritz Heer. No ano seguinte, a usina metalúrgica adotou a marca Triumphator.
1905
Um novo presidente assume: Carl Sales Behr.
1906
Neste ano, é registrada a patente DE191982 e, foram fabricados os seguintes modelos:
Triumphator A (9X10X18); Triunfante B (9X8X13); Triunfador H e Triumphator K.
1907
Neste ano, a empresa foi nomeada Triumphator Rechemaschinenfabrik GmbH. Também é concedido outro registro de patentes sob n° DE204910. No seguinte, em 1908 a empresa passa a ser presidida por Friedrich Sales Schrey.


1909
Neste ano, em 27 de maio, a empresa foi outra vez renomeada para uma marca mais simplificada: Triumphatorwerk GmbH.
1907/1920
No período compreendido, foram fabricados os seguintes modelos de calculadoras pequenas e leves: Triunfante pequena (1907-1919); Triumphator tipo I, II, IIa; Triunfante tipo III e V; Triumphator tipo V e VI; Triunfante tipo VII e VIII; Triumphator tipo XI e Duplex;
1920
Neste ano, dois modelos são lançados: Triunfante C2 e o Triunfante C. A Triumphator mudou-se em abril deste ano, para a cidade de Lausen-Mölkau, perto de Markranstädt para o edifício de uma antiga fábrica de pianos em Leipzig-Mölkau. Abaixo, um modelo do Acervo Museu Teclas.

1924
Neste ano, marca o lançamento dos modelos, padrão K: Triunfante K4, K6, K8 e KIII; os modelos mais leve da mesma série, Triumphator K, K1, K2 (com apenas 2k) são fabricados até 1940 em plena segunda guerra mundial para o exército alemã.
1925/1938
Em 1925 a empresa projetou o modelo Triumphator CE elétrica que não foi produzido e, em 1928 mas dois modelos: Triumphant CB e CE Triunfante. Em 1927 a produção esteve com os seguintes modelos: Triunfante P , P2, Duplex Triumphator P, PP Triunfante, PR Triunfante. No ano de 1929 foram fabricados os modelos: Triunfante H, H2, D2 e DRN 1.
1929-1935
Nestes anos foram fabricados os modelos:
Triumphator K3, com 4 quilos, Triumphator Z; Triumphator H. Também entre 1934-1937 surgem os projetos dos modelos: Triunfador H3Z, HN Triunfante; Somente em 1935 fabricou-se os modelos: Triumphator HR; HN Triunfante; H III, Triumphator H3N e HR Supra.
1936
Este ano surge os modelos mais avançados: CR Triunfante e CR Triunfante Supra.
1938
Neste ano, foi alterado o nome da empresa para Triumphatorwerk Heer & Co. permanecendo na mesma cidade, lançando os seguintes modelos: Triumphator CU semelhante ao modelo CN e o modelo HRN Triunfante.

1939/1945
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, a Triumphator como outras fábricas de máquinas com usinagem e toda estrutura para fabricar produtos metálicos, foram convertidas para operar a manufatura de equipamentos bélicos. No final da guerra, foi atacada pelas forças aliadas sendo destruída parcialmente.

Há registro dos modelos Triunfante HZN e HZU entre 1938-1940; no ano de 1939 da fabricação do modelo HRN Triunfante, certamente produzidos para consumo do Regime Nazista, usar em departamentos e escritórios de cálculos, vinculados as manobras naqueles tristes anos de beligerância no continente europeu. 
1948
Ao término da guerra, a usina renasceu com a denominação de VEB Triumphator-Werk Rechenmaschinenfabrik.
1951-1959
Entre estes anos, houve a produção dos modelos: Triumphant CRN e CRN Triunfante 1.
1958
Registros apontam a produção dos modelos Triumphator CN projetado em 1939 e produzida até o presente.
1959-1964
Este período final da empresa, teve a produção de projetos dos modelos: Triunfante CRN 2; Triunfante CN1; Triunfador CN2.
1965
A empresa existiu na Alemanha em Leipzig durante 62 anos, começado em 1963, fabricando máquinas de calcular com o princípio de rodas dentadas, resistindo sem inovar em projetos atuais. Em contrapartida, havia qualidade e poucos defeitos nos antigos e mecânicos equipamentos, desempenho técnico mecanográfico em larga escala, além do hábito de uso. 

Todos estes aspectos, permitiram perdurar este tipo de calculadora por volta de uma década e meia, isto é, próximo aos anos l990. Pode-se afirmar sem pejo: sua duração foi centenária. O modelo Felix na Rússia, atingiu em 1969 o pico com 300 mil máquinas fabricadas. 

Wales Adding Machine Co
1902
Neste ano, em setembro, Charles Wales, natural do estado de Maryland, na cidade de Detroit EUA, um inventor criativo, especializado em movimentos mecânicos, solicitou seu primeiro pedido de patente para máquinas de adição. Wales foi um notável inventor, deixou dezessete patentes registradas nos EUA e, outras patentes no estrangeiro.
1903
Neste ano, em 1° de dezembro, foi concedida a patente US nº 745539, sob o projeto do dispositivo para cálculo em listagem de adição. De posse da patente, fundou em Detroit, a Wales Adding Machine Co. para fabricar seu dispositivo de adição.

1906
Neste ano, Wales Adding Machine Co., de Charles Wales transferi suas patentes do dispositivo para cálculo em listagem de adição de Detroit para Wilkes-Barre, Pensilvânia, para ser fabricada pela Adder Machine Company.

A empresa, juntamente com a Comptometer de Baldwin e a Dalton de Hopkins, fazem parte de um grupo  que exercem forte concorrência para a Burroughs Adding Machine.
1908
Neste ano, a  Adder Machine Company inicia uma campanha publicitária para divulgar seus produtos. As máquinas de adição inventadas por Charles Wales dispunham de um mecanismo de impressão visível, facilitando consultar os resultados. O tamanho era considerável, suas dimensões eram de 38 x 50 x 25 cm, pesando 29 kg. A máquina foi na época, popular em bancos e diversas empresas.
1909
Neste ano em 23 de novembro, Charles Wales obteve a última data da patente no seu dispositivo. Wales, ainda desenhou um pouco mais tarde o White, também conhecido também Federal , uma máquina de adição barata fabricada pela Colt Fire Arms Manufacturing Company de Hartford.
1916
Neste ano, os informes de empresas listavam estar em uso as máquinas Wales, em mais de 2000 bancos e 54 empresas usando entre 5 a 83 máquinas cada qual.
1923
Por volta deste período, a empresa ofertava mais de 40 modelos, diferenciados pela largura variável do carro, capacidade de teclado, de somatória e alguns itens auxiliares. No quadro acima uma Allen Wales, como um dos modelos diferenciados de carro móvel. A linha desses produtos, estavam consolidadas em duas classificações principais - as grandes máquinas e os pequenos modelos portáteis.

1926
Neste ano, houve a fusão da Wales Adding Machine Company e da Allen Corporation para fabricar as Allen Wales. Em 1944, a empresa foi adquirida pela National Cash Register que lançou as somadoras. ( na foto à esquerda, um modelo como a patente projetada por Charles Wales ).

Charles Wales deixou a empresa  para trabalhar em desenvolvimento de produtos no Departamento de Invenção de Burroughs Adding Machine, aonde patenteou o mecanismo de impressão visível usado em suas máquinas.
 

Victor

Oliver Johantgen (1875-1932) e a origem da “VICTOR”.
Oliver Johantgen foi um inventor de cidade pequena cidade, mas interessou-se muito cedo por máquinas de adição.
1906
Neste ano, conseguiu a primeira de uma série de patentes para uma somadora com impressão, dez teclas usando mecanismos numa caixa.
1915
Neste ano, Johantgen projetou uma máquina com teclado em duas fileiras.
1916
Neste ano, com 41 anos, conseguiu um meio de obter o suporte financeiro para patrocinar suas invenções e colocá-las no mercado. Trabalhou sem descanso durante dois anos no desenvolvimento dessa máquina, a futura Victor, o modelo 110. A Victor 110, chegou ao mercado em 1919, conforme descrito à seguir.
1918
Neste ano, no mês de setembro, surgiu em Chicago, uma empresa por cotas, de um modo inusitado. Oliver D. Johantgen reunia um grupo de acionistas para fundar uma fabricante de máquinas de somar, quando um operador da Buehler Bros trouxe o valor de US$100, com intuito de comprar uma máquina de soma. Porém esse valor, foi colocado no montante arrecadado dos acionistas, tal como, tratava a finalidade dessa assembléia.

Carl Buehler, dono da Buehler Bros, uma cadeia de lojas de varejo de carnes, fora quem ordenará esse funcionário, a comprar aquela novidade facilitadora das somas. Tentou reaver em vão seu dinheiro, mesmo provando esse mal entendido, sem sucesso.

Por fim, aceitou participar dessa empreitada, convencido por Oliver D. Johantger, como também antevendo lucros futuros. Logo, assumiu a direção dos negócios da Victor Adding Machine Co., e três meses depois assume a presidência de um ramo do qual nada conhecia.
1919
Neste ano, é lançada a primeira máquina de somar no mercado americano, de acordo com a patente expedida em 20/junho/1919 e alterada em 13/abril/1920. 

Carl Buehler presidente da Victor Adding Machine Co., por ter recursos suficientes de outra atividade, resolveu reinvestir a maior parte dos lucros da nova empresa, para que o crescimento da empresa fosse acelerado. 
1920
Desta década em diante até 1960, as máquinas de somar foram fabricados na fábrica principal na cidade de North Rockwell Street, em Chicago
(ao lado uma Victor ano 1920)

1921
Neste ano, a Victor Adding Machine Co., que contava com o filho de Carl Buehler desde seu início, na época com 21 anos de idade, tinha agora, Albert C. Buehler,  24 anos, com mais idade e experiência, apto para exercer as funções de Vice-presidente de Operações. Carl Buehler aconselhou-o a operar a empresa com o seguinte provérbio: "trabalhar como o diabo, mas tratar os empregados direito e permitir-lhes fazer algum dinheiro". 
1921
Neste ano, foi lançada, a série 200. A máquina sofreu modificado, estendendo a parte traseira para incluir os mecanismos de impressão.
1921/1925
Durante este período, as vendas anuais da Victor Adding Machine Co., saltou de aproximadamente US$ 300 mil para cerca de US$ 2 milhões. Em 1924 uma Victor era vendida a US$100.
1923
Neste ano, mais aperfeiçoada saiu com o modelo, série 300

Depressão
Após o período da depressão americana, quando as dificuldades econômicas se acentuaram ao extremo, a Victor, assim que seus negócios melhoraram anos depois, trouxe Thomas O. Mehan para atuar como Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento dos seus produtos. Mehan (foto lado esquerdo) projetou a calculadora de "Brennan", uma somadora que se tornou muito popular ao ser relançada com a marca “Remington Monarch".
1928
Neste ano, nove anos após o lançamento da primeira somadora, o  modelo 110, a Victor Adding Machine Co., colocou no mercado máquinas com "subtrativo", isto é, que tanto poderia somar e subtrair.

Além da primeira máquina com subtração direta, foi lançada a série 300. Esta série,  ampliou seus modelos incluindo máquinas diferentes com 6, 8 ou 10 colunas, versões para frações, tempo, pés e polegadas, além de modelos exportação para moeda esterlina.
Década de 1930
Nesta década, a Victor ocupava lugar de pioneira com sua linha de cálculos, líder nesse tipo de indústria, empregando cerca de 200 homens e 200 mulheres na planta de North Paulina Street, em Chicago.

1931
Neste ano foi lançada a série 500 que poderia ser adquirida, com opcional de motor. Todos os modelos foram baseados  no modelo original série 110 de 1918, inventado por Oliver Johantgen.

1932
Neste ano, Albert C. Buehler assumiu o controle da Victor Adding Machine Co., com a morte de seu pai, Carl Buehler proprietário da empresa, conseguindo elevar seu patamar a um condição ainda maior. Oliver D. Johantger faleceu também no mesmo ano.

A foto do lado esquerdo acima é um modelo de escrever Victor de 1920.
1936
Neste ano, a Victor Adding Machine Co., recebe um profissional muito qualificado. Trata-se de Thomas O. Mehan um engenheiro de Chicago que havia projetado uma pequena e leve máquina de somar em meados da década de 1920.

Thomas O. Mehan trabalhará integralmente na somadora “Brennan” vendida com direitos de patente para a Remington. No retorno à Chicago então Chefe do Departamento de Pesquisa, trabalhou em projetos de novos desenhos e no desenvolvimento de uma série de somadoras pequenas, leves e simples da Victor resultante na base de extensa gama de produtos até a década de 70.
1939
Neste ano, foi lançada uma máquina de somar altamente competitiva, vendida a US$ 47,50, ou seja, menos da metade do preço das máquinas mais baratas da própria Victor.
1940
Neste ano, o engenheiro Thomas O. Mehan modificou a estrutura das somadoras da empresa, permitindo a máquina ser montada com qualquer teclado cheio ou reduzido, mantendo o mesmo mecanismo atuante nos cálculos e com o mesmo invólucro externo. Uma alteração econômica e extraordinária.

Na foto abaixo, estão seis somadoras, todas com o chamado "teclado cheio". Na parte superior, nas laterais as mais antigas, na esquerda, década de 1920 e à direita de 1931. A máquina central (teclado esverdeado) é da série 500; na parte inferior, nas laterais - pequenas somadoras e no centro um modelo de 1950. Essas somadoras são de projeto orientado pelo engenheiro -Thomas O. Mehan.
1941
Surgiram com tal alteração, as máquinas série 600 de teclado completo, e outras com oito colunas maiores, com subtração direta. Outra opção, veio com a série 700 com dez chaves. As máquinas maiores de 8 colunas com subtração direta seguiram-se no início deste mesmo ano.
Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Victor Adding Machine Co., como as demais fábricas de produtos mecanográficos e outras empresas fabris, serviram de base para produção de material militar.

A Victor contribuiu para o esforço de guerra, fabricando o “Norden Bombsight”. Uma peça de tecnologia revolucionária, tal qual uma bússola para aeronaves B-24 na qual a mira para bombardeiro era bem precisa, permitindo aos pilotos lançarem bombas com exatidão, minimizando desse modo, as baixas civis.

A Victor Adding Machine Co., para suprir esses fins militares, aumentou o número de trabalhadores na fábrica de North Rockwell de cerca de 350 para 1400. 
1947
No período pós-guerra, a empresa manteve o efetivo e, continuou a crescer. As somadoras Victor, tinham os elementos necessários para obter sucesso: uma fábrica eficiente, produtos de qualidade, departamento de pesquisa atuante, uma organização em vendas eficaz e um serviço de assistência técnica atencioso e prestativo. 

Portanto, não foi nenhuma surpresa que tenha se tornado a maior fabricante exclusiva do mundo de máquinas de somar, atingindo a marca vendas anuais para US$ 5 milhões em unidades vendidas neste período.
1950
Neste ano, o engenheiro Thomas O. Mehan responsável pelo sucesso das somadoras Victor, faleceu em plena atividade. Nesta década, a Victor começou a diversificar a linha de produtos com caixas registradoras, brinquedos e artigos esportivos.
1951
No início desse ano, a Victor contratou como consultor da empresa, Oscar Sundstrand, que se aposentará recentemente, após uma carreira de 30 anos de Sundstrand para a Underwood-Sundstrand, aonde prestou serviços como chefe designer das máquinas somadoras e de contabilidade. 

Oscar Sundstrand veio substituir o falecido Thomas O. Mehan. Procurou desenvolver a Victor, partindo dos conceitos de Mehan, de “uma máquina totalmente automática de quatro funções”. Trabalhou inclusive, boa parte no projeto, em sua casa em Connecticut, atualizando os mecanismos de adição e impressão, como comprovado por Mehan. O resultado foi a concepção inovadora de máquinas da série "Custom" e "Premier". 
1953
Neste ano, a Victor adquiriu seu cliente de longa data, a Mc Caskey Register Company. Essa aquisição representou importante fase para expansão dos negócios no setor de caixas registradoras usada em lojas de departamento, todo tipo de comércio em geral, para guarda e registro de moeda corrente.
1956
Neste ano, a Victor estava vendendo calculadoras de impressão, ocupando uma quota de um quarto do mercado nacional para máquinas de somar, com valor de vendas de  US$ 28 milhões.
1958
A Victor Adding Machine Co., fabricou cerca de 1,5 milhões de calculadoras, entre os anos de 1918 e 1958.
1960
Em meados desta década, a Victor Comptometer Corporation estava produzindo mais de 75 modelos básicos, dominando cerca de 25% do mercado americano de calculadoras. Abaixo, um do modelos deste período, o Premier.

1961
Neste ano, a Comptometer Corporation um antigo nome no mercado, fundada em 1887, na cidade de Chicago, por Dorr E. Felt e Robert Tarrant, com a denominação de Felt & Tarrant Manufacturing Co., fabricantes de somadoras, embora muito mais velha, tinha atualmente apenas a metade do tamanho da Victor. 
Victor Comptometer elétrica e com impressão
A Comptometer fundiu-se com a Victor Adding Machine Co., tornando-se Victor Comptometer Corporation. Após a revolução do microprocessador, quando as calculadoras passaram a ser eletrônicas, o nome mudou para: Victor Tecnologia LLC.

1966
Victor Comptometer manteve desde seu princípio, postura agressiva na expansão de sua linha de produtos. Neste ano, a linha chamada “registro de dinheiro”, começou com uma calculadora montada numa gaveta de guarda de moeda corrente

Ao lado, uma Victor "cash register" - embaixo a gaveta para guardar moeda corrente e papéis monetários; acima a máquina de somar com impressão dos dados registrados. O aperfeiçoamento desse tipo  de equipamento é descrito na ABA Registros & Contábeis.

A Comptometer Corporation, ampliou esse setor, incluindo em sua linha a caixa registradora Hugin,  um produto sueco distribuído pela Victor nos EUA e Canadá. 
1967
Neste ano, havia 75 modelos básicos na linha de Victor e foi dado início a projetos de calculadoras eletrônicas que estavam entrando pouco a pouco no mercado mecanográfico. 
1968
Neste ano, a Victor Comptometer era proprietária de 18 plantas fabris nos Estados Unidos e no Canadá, empregando cerca de 8 mil pessoas em todo o mundo. 
1969
Neste ano, a Victor vende a divisão de eletrônicos para a empresa alemã Nixdorf, e abandona o mercado de máquina de somar.
Década de 1970
1971, foi lançada a primeira linha de calculadoras eletrônica, a série 1800;   
1973, foi introduzido uma revolucionária impressora matricial, vendida como um produto OEM ; 
1974, foi lançada uma série de calculadoras programáveis ​que conquistou o segmento bancário e pequenas empresas; 
1975, a Victor começou a produção de caixas registradoras eletrônicas, disponibilizando diversos modelos. Neste ano, as vendas anuais, ultrapassaram US$ 200 milhões. A empresa empregava cerca de 1.300 pessoas na fábrica de Chicago. 

Dentre essa variedade, houve mais de 50 modelos exclusivos, além das somadoras, estão as calculadoras de impressão, as científicas, as financeiras ou mesmo as calculadoras básicas, portáteis e de mesa, acessórios em geral,  caixas registradoras, indo recentemente aos computadores e até aos carrinhos de golfe.

Foi a marca americana n° 1 em calculadoras, tendo uma calculadora para quase todas as necessidades. No final desta década, a Victor Comptometer foi comprada pela Kidde Inc. de Nova Jersey.

A Victor surgiu como Victor Adding Machine Co., mudou para Victor Comptometer Corporation, e durante quase um século, produziu e vendeu uma gama de produtos.
1977
A Victor ao ser adquirida pela Kidde Inc. de Nova Jersey, teve seu nome alterado, foi renomeada como Victor Business Machine, começou nova fase procurando os nichos de negócios do futuro ligados à área da informática. 
Addo
1918
Neste ano, é fundada na cidade de Malmö (málmø) capital da província de Skåne (Escânia) na Suécia, a Aktiebolaget Addo, por Hugo Agrell, um representante de calculadoras importadas diretamente dos EUA e da Alemanha

Entretanto, nesse período marcava a Primeira Guerra Mundial quando havia sérias dificuldades para importações de produtos em geral. Ao lado, Malmo, a terceira maior cidade da Suécia.

Os empecilhos enfrentados para trazer estes específicos produtos mecanográficos, não foi de tudo negativo, uma vez que conduziu Hugo Agrell, a convidar seu primo, o engenheiro Oscar Printz, para iniciarem a fabricação, mesmo em pequena escala de máquinas somadoras, numa casa de fazenda de School Street.



A princípio copiaram os mecanismos da calculadora alemã Brennan. Porém, logo passaram a encontrar alternativas num novo projeto, à partir dos próprios desenhos aprimorados do primo Oscar Printz, para construir as máquinas de somar Addo.

O processo estrutural foi até rápido e fácil, prosperando ao ponto do equipamento, estar apto a entrar no mercado em pouco tempo. Conseguir o intento - ter uma somadora suíça.

1926
Neste ano, a empresa deixou a fazenda, mudando para instalações maiores, em East Förstadsgatan.

1928
Neste ano, numa fábrica devidamente preparada começou sua primeira produção, ocorrida em Malmö, na East 10th Förstadsgatan.

Década de 1930
Num curto espaço de tempo desta década, a empresa suíça “quintuplicou o número de trabalhadores”, e sua lucratividade na mesma proporção. Passados alguns anos, ganhava o mercado exportador levando seus produtos além das fronteiras suecas. Alguns anos mais, hora de outra mudança, para um ambiente fabril maior em Äggcentralens nas antigas instalações de Industrigatan 20.

A Addo evoluiu, tornou-se uma das maiores indústrias de Malmö, expandindo gradualmente, em alguns felizes anos, de modo promissor contando em  1933 com 70 funcionários
na produção de 3.000 máquinas por ano.
Um dos primeiros modelos Addo-X elétrica
1935
Neste ano, lançou o seu produto mais famoso:  a somadora Addo-X. 
Período: Gunnar Hson Agrell,
O filho de Hugo Agrell, fundador da empresa de máquinas de escritório AB Addo em Malmo, Gunnar Hson Agrell, nascido em 26/set/1911 e falecido em 17/março/1999, formou-se engenheiro no Royal Institute of Technology em 1938.
1939/1942
Gunnar Hson Agrell, após sua formação profissional, veio exercer suas funções na empresa familiar AB Addo em Malmö, apto para dar continudade a boa marca, alçando caminhos mais largos.
1942/1944
Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, o jovem suiço, tornou-se capitão das tropas suecas na iminente necessidade européia de vencer as forças beligerantes alemãs, indo para reserva em 1944. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, a empresa conseguiu crescer, passando a contar com 250 funcionários.
1949
Gunnar Hson Agrell, ficou como Diretor Técnico entre 1943-1949, depois tornou-se  vice presidente do grupo.
No quadro acima, a evolução dos modelos de somadoras manuais

O período do pós-guerra trouxe a AB Addo, uma oportunidade de grande expansão com fábricas estabelecidas no estrangeiro, como em Cirencester, na Inglaterra e no Rio de Janeiro, Brasil, passando a contar com 3.200 funcionários em suas unidades. 

1954
Neste ano, o número de funcionários havia crescido para 1000, na Addo - planta industrial em Norra Sorgenfri, Malmö; na fábrica em Hörby, Örkelljunga onde era fabricada as calculadoras Multo – as multiplikationsmaskinen, como em Estocolmo e Eskilstuna, e a Addomöbler em Lammhult. 

A empresa modernizou-se contratando o design gráfico Ladislav Sutna e além disso, buscou expansão através de  “showrooms” em Nova Iorque, para conquistar o mercado americano. 
1960/1966
Na década de 1960, a AB Addo começou a ter problemas financeiros.  Gunnar Hson Agrell,  estava como Diretor-Geral da empresa entre: 1950-1966.

O maior concorrente local da AB Addo, era a Facit AB. Foram feitas tratativas de aquisição, enfim em 1966, o Grupo Facit incorporou a AB Addo, porém as empresas não foram totalmente fundidas e puderam agir de forma independente por um bom tempo. Gunnar Hson Agrell, ficou como vice-presidente e foi o último presidente no biênio 1971 a 1972. 
1970
Neste ano, a empresa era o segundo maior empregador da cidade de Malmö, com a fábrica contabilizando 1.600 funcionários.
Calculadoras pequenas (bolso) começaram a ser produzidas pela ADDO
1980
Até este ano, a Addo como marca permaneceu como uma subsidiária do “GrupoAB Facit, que já havia passado o controle acionário para a Electrolux. 

Gunnar Hson Agrell foi Diretor da Divisão Internacional da Addo-Electrolux entre 1973-1982, e Consultor em Sistemas de Informação Ericsson entre: 1983-1984.
Dois modelos de Addo fabricadas em Malmo, Suécia do Acervo Museu Teclas
1906  Neste ano, é fundada originalmente como “AB Atvidabergs Industrier” a futura Facit, com sede em Atvidaberg, Suécia, para produzir produtos e móveis de escritório. A empresa faliu em 1922.

1924  A AB Atvidabergs Industrier” neste ano, assumiu a empresa de Axel Wibel, mais tarde adotou a marca Facit nos seus produtos, lança a primeira calculadora com nome de Facit, feita em 1918 pela empresa de Wibel, em Estocolmo, a partir de uma Odhner. Este é o início de uma marca de calcular revolucionária.

Embora a Facit também mercadejou máquinas de escrever, de contabilidade e somadoras, todas de diversificados modelos e utilidades, trataremos neste bloco apenas a fabricação das calculadoras que tornaram a Facit, marca de renome internacional

A marca Facit AB, inicialmente pertencia a Axel Wibel AB em Alströmergatan, Estocolmo. A empresa falida, comprada pela AB Atvidabergs Industrier aproveitou para ampliar o negócio, além dos móveis de escritório, acrescendo vendas de máquinas de escritório e a fabricação de calculadoras, em continuidade ao novo invento.

FACIT  - Karl Viktor Rudin e sua patente

Rudin, teve seu pedido de patente depositado em 2 de agosto de 1918 sob n° série 247.969, conforme parte
da petição endereçada ao Rei da Suécia:

Para todos a quem possa interessar:

“Seja conhecido que eu, KARL VIKTOR RUBIN, correspondente, assunto do rei da Suécia, residente em 
12, Karduansmakaregatan, 6 Estocolmo, Suécia, ter inventado melhorias novas e úteis certas no 
cálculo - Machines, dos quais o seguinte é uma especificação.

Esta invenção refere-se a melhorias em máquinas de calcular, o objeto da invenção de ser para introduzir 
melhoramentos na construção do eixo longitudinalmente móvel sobre o qual as rodas numéricas são 
montados, e da alavanca que controla o deslocamento lateral da carruagem, para evitar simultânea 
operação da alavanca de carro deslocando e o retorno aos dispositivos de zero, e ainda assim permitir 
que a referida alavanca e disse que o retorno aos dispositivos de zero a ser alternadamente operado 
como pode ser necessária...”

A cópia do pedido acima, é apenas a introdução
do invento da Facit. Essa mesma calculadora, foi 
também patenteada nos Estados Unidos, através
de escritório de patentes, apresentado com data: 
AUG-2. 1918, sob n° 1.360.322, patenteado em 
30 de novembro de 1920.

A máquina padrão Facit (em sueco: solução) foi
desenvolvida e desenhada por Karl Viktor Rudin. 
Esses modelos iniciais Facit, foram baseados 
essencialmente com base nos planos mecânicos de 
Willgodt T. Odhner de St. Petersburgo. 
Seguiam as patentes DE7393 e DE6492,5 
começavam com o número de série 100. 

As primeiras calculadoras foram fabricadas pela Axel Wibel AB, quando a empresa representava as máquinas da The American Arithmometer Co., fabricantes das Burroughs e as calculadoras Odhner e Brunsviga, mas principalmente consertava calculadoras, na oficina de reparação em Klara Norra Church Street,  Estocolmo, fato que mudaria a história da mecanografia. 

Foi neste tempo que Karl Viktor Rudin (1882-1939) iniciou o desenvolvimento de sua própria máquina de
calcular de quatro operações, conhecida mundialmente como Padrão Facit, o equipamento inovador, 
além do princípio de Leibniz.  Abaixo, um exemplar de 1928/1931.

Karl Rudin, formou-se em sua cidade natal, na Universidade de Uppsala, na área universitária de Ciências Humanas. Porém, abandonou a carreira acadêmica por motivo de doença.

Karl Rudin, era amigo de Axel Wibel que o visitava com freqüência em sua oficina de reparos. Embora sem formação técnica, estava muito interessado nesse atividade mecanográfica. Nesse ambiente, nasceu a intenção de construir máquinas de calcular. Desse encontro, houve o desenvolvimento da máquina de calcular chamada de "Facit Original", baseada no projeto de W. T. Odhner.

A Facit Padrão, entrou na negociação entre Axel Wibel  e a Indústrias Atvidabergs AB, passando a ser um novo produto de produção, porém Elof Ericsson estava cético sobre a potencialidade desse tipo de máquinas e quase vendeu-a para a Brunsviga.
1918 a 1924
Durante este período, ocorreu o desenvolvimento da calculadora Facit, seguida do modelo Facit Standard 
entre os anos - 1924-1931 - outra máquina de manivela do tipo  Odhner, mas com modificações interessantes. 
Foto lado esquerdo, Standart.
1928 a 1931
Neste período, passou a ser construída Facit modelo 10
construído com transmissão de dezena das unidades
aritméticas; movimentos efetuados por uma única alavanca, permitindo mudanças rápidas, bom resultado de menor tempo nas operações, como também, características especiais e aperfeiçoamentos em comparação com os princípios de outros fabricantes. 

Não existiam aparelhos para transmissão de dezenas, montados num carro, ao lado de firmeza do corpo da máquina, através do novo sistema de disco de seleção, permitia ao carro o resultado mais rápido, e um 
número relativamente elevado de valores 9 x 10 x 15 nos contadores. 

Rudin ainda desenvolveu novos dispositivos de bloqueio, quer para os mostradores, operando sem molas, sob patente n° DE345070; do bloqueio inverso, sob patente n° DE355198, evitando a rotação inversa da manivela, quando há um desvio específico. 

Outra característica, distintiva dos primeiros modelos Facit é o quinto pilar não encontrado em qualquer 
outra marca, isto é, a seleção automática, de auto-comutação do sentido de rotação, sob patente n° 
DE477002. 
1929
Karl Viktor Rudin ainda desenvolveu vários tipos de mecanismos para as calculadoras Facit, recebeu 
diversas patentes, todas entregues a Indústrias AB Atvidabergs. Segue a relação de patentes, concedidas
na Suécia:

CA192323 de 26/agosto/1926;1919/08/26 sobre máquina de calcular;
CA206083 de 30/novembro/1920 mecanismo de contagem de máquina de calcular;
CA207910 de 25/janeiro/1921 sobre máquina de calcular;
CA208787 de 22/fevereiro/1921 sobre máquina de calcular;
CA214261 de 15/novembro/1921 sobre máquina de calcular.

Neste ano, Rudin, solucionou uma questão mecânica na trajetória de ajustamento de força para girar a roda dentada, recebeu a patente sueca sob n° SE74358. Ainda recebeu patente americana sob: 
Número de aplicação, US22482218A
Data de publicação: 1923/07/24 Data para arquivamento: 1918/03/26
1932 a 1939 - Modelo T
Surgi a primeira calculadora de dez dígitos, com nova estrutura e formato, fabricado pela AB Atvidaberg 
Industries, com nome FACIT modelo T, reconhecido sucesso, mundialmente sinônimo de calculadoras 
chegando ao mercado em 1932 e ficou até 1939.

O Modelo T (a letra T de Totaltabulierung, significado em sueco:“tangente”) trouxe um princípio revolucionário de mecanismos ajustados e sincronizados, típico somente nas Facit, segundo patente obtida n° DE535576. Na nova calculadora Facit houve três grandes inovações em relação à construção do princípio das Odhner:

- teclado numérico de 0 a 9;
- mostradores dos quocientes de resultado acima para melhor visão do operador;
- o tambor numérico, o “Sprossenradroto”, escalonado em discos de 0 a 9, sueco deslocado através de 
   setas direcionais. 

1934-1939 -  Modelo E
No ano de 1934, veio Modelo E, a versão 
provida de motor adaptado no modelo T. Foi o 
primeiro modelo de Facit calcular elétrica, atingindo 
uma velocidade de cerca de 400 rotações por minuto. 

O modo E, além das dez teclas numéricas (0 a )), 
havia três teclas de ajuste e guias para as operações: 
a  tecla +, função da adição/multiplicação; a tecla função de subtração/ divisão. Na parte dianteira, uma alavanca móvel, podendo ser ajustada em duas, na parte inferior  para adição/subtração e na camada superior, para multiplicação/divisão. Também uma alavanca com tecla para o zeramento. Tanto o modelo E, como o EK são projetos de Rolf Erik Annerén.
1935
Neste ano, Rudin recebeu em  cerca de 192.000 coroas suecas por sua invenção. Para que se tenha uma analogia desse valor, um engenheiro da Facit, naquela época recebia renda mensal de 500 coroas. Somente neste ano, Rudin desfrutou a fama e o reconhecimento, embora tardio.
1939
Neste ano, morre Karl Viktor Rudin vivendo até a morte num ambiente modesto. Enfim deixou um novo equipamento de cálculo diferente, em 1932. Dali em diante, todos os outros modelos se utilizaram do mesmo princípio de Rudin, resistente e insubstituível, mesmo até a entrada das calculadoras eletrônicas, na década de 1980

Em verdade, Rudin,  nunca teve a visão perspectiva de sua valorosa invenção, num certo sentido há uma linha evolutiva de Pascal a Odhner, destes a Rudin, neste tipo de calculadora mecânica usada a mais de cem anos em todo tipo de atividade empresarial.

John Elof Ericsson da AB Åtvidabergs Industrier, fez menção sobre a personalidade destituída de ambição, de Karl Viktor Rudin, afirmando: "A última vez, quando eu conheci Rudin, ele vivia sozinho em um estúdio com uma cama de solteiro, uma mesa, uma cadeira e um cofre". Abaixo modelo LX carro móvel.

1936-1943 -  Modelo EK
Tanto o modelo TK e o EK, foram introduzidos em 1936, e possuíam mecanismos comuns em divisão. No ano de 1943 houve o lançamento do modelo NEA, uma versão melhorada da EA. Neste período, o logotipo Facit curvo e prata, foi substituído por um emblema em fundo preto e as letras FACIT em claros.

1936 a 1954 Modelo TK
O modelo TK é um aperfeiçoamento do que fora projetado por Rudin no modelo T, principalmente para a divisão, quando se pode tabular o tambor dos discos para várias posições à esquerda. 

A letra K no nome do modelo, vem do sueco Kvotkoppling, ou “circuito deslizante”, ou seja, o mecanismo correspondente, descrito na patente DE719718 dos engenheiros Rolf Erik Annerén e Bengt Carlström.

Essa foi a solução técnica, que eliminou em 1936 através do modelo TK ( foto abaixo à esquerda) uma
imperfeição do modelo T, fabricado no período apontado. Entretanto, o Padrão Modelo T foi transferido para os demais modelos e durou uma geração até o modelo CA1-13, totalmente automático. De 1943 em diante, o modelo TK vinha com pintura verde oliva na tampa de cobertura, uma cor tornada padrão da Facit.

1938-1954 -  Modelo LX
O Modelo LX, lançado em 1938, foi desenvolvido quase em paralelo com a entrada no mercado da Facit TK. Entretanto, no modelo LX foram realizadas inovadoras alterações técnicas em relação ao TK. Este modelo ficou até 1954.

Uma intensa quantidade de clientes, pediam uma calculadora com maior capacidade numérica nos resultados. A capacidade de registros das máquinas anteriores girava em torno de dez casas. 

A solução encontrada pela Facit veio com o projeto de Bengt Carlstron sob patentes DE703464 e DE735954, alterando a parte superior, transformando a parte fixa num carro móvel. Isso aumentou a capacidade para 19 casas de registro, no chamado em sueco  Sprossenradrotor.

1939-1943 -  Modelo EA
No ano de 1939, é lançado o Modelo EA, projetado por Bengt Carlstron com mecanismos semi-automáticocom a mudança automática quanto a divisão e multiplicação.  

Todos modelos de calcular elétrica ficaram equipadas com parada na divisão quando o mecanismo acumulador de registros completa, todos zeros ou noves.

Comparando com o modelo EK, houve aperfeiçoamento com mais controles: a introdução do botão ADD para adição isolada; outro de fácil cancelamento do registro; há um ponto de multiplicação múltipla e a divisão com tecla de ÷ combinados; uma alavanca de controle principal ajustada em três posições: multiplicação, na posição esquerda; na posição da direita a divisão; e na posição central a alavanca de controle principal faz a parada do transporte automático e desliga a posição da esquerda ou direita. 

O sistema que permiti a divisão automática da Facit, é diferente dos modelos de outros fabricantes, aos quais são menos eficiente. Por conseguinte, pode-se afirmar, a divisão é encurtado. Embora em alguns casos, a execução dessa operação leve mais tempo, como no cálculo de aproximação: de 1.000.000÷:999.

Descrição no pedido da patente EMKZ Walther, DE480805 do Modelo EA: 

"Não tem sido descrita uma máquina de calcular, em que a direção do deslocamento do carro é determinado por uma alavanca de ajuste concedida após soltar o botão duração da execução divisões acontece depois; a transferência de uma outra alavanca na posição operativa, as restantes definições e cálculos feito automaticamente. com esta máquina conhecida pode estar na configuração da alavanca de controlo em automaticamente apenas uma conta, e embora apenas executar um cálculo de divisão, que termina automaticamente com o retorno da alavanca para a sua posição original. " 

A descrição detalhada da patente DE871079, concedida a Facit, do projetista Bengt Carlstron, Erik Konrad e Sture Toorell para o modelo EA.

1942 - Original-Odhner uma nova marca no grupo AB
A Original Odhner torna-se parte do grupo AB Atvidaberg Indústrias, e definitivamente vai ser vendida como produto FACIT. Enfim, vai surgir uma gama nova de equipamentos de multiplicação mecânica, de máquinas somadoras, de calcular com manivela e elétricas. Todos com marca Facit. Além das máquinas de escrever, contabilidade e outros produtos.

1943-1948 -  Modelo NEK
O Modelo NEK, lançado em 1943 é uma variante elétrica dos modelos E, e EK. As diferenças são poucas na aparência, exceto a cor, alterada para um verde mais claro, deixando o teclado mais visível e houve melhora nos comandos de acionamento. A melhora ocorreu no motor com capacitor, um componente eletrônico, compensando as variações de tensão elétrica da corrente alternada.
1945
Neste ano, há o lançamento do Modelo ESA, com divisão e multiplicação automática.

1949-1956 -  Modelo ESA-0
Em 1949, um novo modelo ESA-O, substituí o modelo ESA, aperfeiçoado maior velocidade, permitindo compensação elétrica de todos os registros. Esta é uma evolução do ESA, a cor verde recebe um outro tom, todas as funções são controladas por processos elétricos mecânico pela primeira vez neste tipo de equipamento. 

Invés de duas alavancas, ao lado esquerdo da máquina e o botão 0, esta máquina tem três teclas vermelhas de disparo: I, II e III para zerar e limpar os mostradores. Na versão inicial, o modelo ESA-0 foi equipado com apenas uma alavanca para as posições MULT-ADD-DIV.

1953-1956 -  Modelo NE
A versão sueca da Facit do Modelo NE, lançado em 1953, difere do NEK nas teclas de função para adição e subtração. Ao contrário, os botões + e - (adição/subtração simples) ÷ (combinado / Sub-chave divisão) x (botão de multiplicação) e a alavanca SUB-STOP seguem com as respectivas funções. 

1954-1956 -  Modelo NLX
O Modelo NLX, lançado em 1954, substituiu o modelo LX uma vez que sua fabricação findará no ano deste lançamento. Este modelo durou apenas dois anos, enquanto estava sendo preparado uma máquina mais moderna.

1954-1957 -  Modelo NTK
O lançamento do Modelo NTK, 1954 trazia um modelo menor, com novo visual, nova cor em tonalidade verde, melhor isolamento acústico, toda numeração operada exposta num mostrador tipo painel, em plástico em tom creme e claro. As tampas de fechamento eram em duas partes: fundo e cobertura facilitando a manutenção e correção de problemas técnicos.
As onze calculadoras manuais dos quadros acima, TODAS C1-13 pertencem ao Acervo do Museu Teclas.

1957 -  C1-13 
O Modelo C1-13, tem toda a estrutura mecânica do modelo NTK lançado em 1954. Mudou a cor no tom de 1967. Além disso, o desenho das tampas foi de autoria de Sigvard Bernadotte, membro da realeza sueca.
Da Facit NEA foram tomadas sobre o botão ADD verde, recebeu  nova pintura em diferentes tons de cinza.

1956-1960 -  Modelo C1-19
O Modelo C1-13, têm a mesma estrutura do NLX, vendido entre 1954-1956, sofreu várias alterações no desenho, como nas tampas de cobertura,  na cor com tom de cinza, uma alavanca de limpeza do tambor embaixo no lado direito, mas manteve o carro móvel na parte superior. A caixa foi projetada por Sigvard Bernadotte, o membro da família real sueca.

1956-1960 -  Modelo CE1-13
No ano de 1956, o lançamento do Modelo CE1-13, teve sua aparência  mudado. Porém, logo perdeu mercado para o modelo seguinte em melhor qualidade.

1956-1973 -  Modelo CA1-13
No ano de 1956, houve também o lançamento do Modelo CA1-13, com aparência remodelada. Derivado do antecessor, o CE1-13, veio com os cantos das tampas arredondados, na cor verde em tom de folha, e melhorias técnicas. O painel foi substituído por desenho de Bernadotte.

1959-1972 -  Modelos CM2-16 e 1004
Os dois modelos CM2-16 e 1004, possuem a mesma estrutura, só são diferentes pela aparência externa do produto da cobertura. O primeiro modelo, o CM2-16, fabricado de 1959 até 1967 continuou em seguida, renomeado de 1004, num novo desenho da tampa em plástico em branco.

Entretanto, embora o princípio fosse da Facit T de Rudin, os mecanismos são conceitualmente diverso, diferente em suas características, é alongado em sua base, fabricada de chapa de ferro, enquanto os modelos anteriores a base é de dura alumínio.

Outra alteração completamente diferente, no CM2-16, foi ampliada a capacidade de cálculo de 11 para 16 casas contém um teclado em bloco na forma moderna de teclado reduzida das somadoras, um outro assunto no qual a TECLAS irá se debruçar em seqüência.

Modelo CM2-16S
Além do modelo CM2-16, a Facit colocou no mercado, a versão simplificada com os modelos CM2-16S e uma variante o CM2-13S, de capacidade menor 9 × 8 × 13. Esses modelos duraram um curto espaço de tempo.

1967-1972 -  Modelos 1005
No ano de 1967, com o lançamento do a Modelo 1005,  a AB Åtvidabergs Industrier desde do ano anterior, passará a chamar-se Facit AB, finalmente no mercado com a primeira e única totalmente máquina automática de quatro operações, com uma unidade de impressão. 

No modelo 1051 equipado com rolo, capacidade total de 13 casas de impressão, um produto de a velocidade de processamento de 430 revoluções por minuto. O controle dos processos complexos da unidade mecânica, de acordo com as patentes DE1524033, US3451617 e US3484041 foi projetado por Erik Konrad Grip.

1959-1973 -  Modelos CM-16/02 - CA 2-16 - 1007
Com curta duração, mas interessante citar, surgiram do modelo CM 16/02 de 1959 com mesmo sistema mecânico, numa versão elétrica e em 1962, o chamado CA 2-16 interrompida sua fabricação em 1973. Por fim, uma remodelação do modelo 1004, o 1007.
Fim das calculadoras do “Padrão Facit Rudin”
Enfim, desapareceram as últimas novidades Facit, fundamentadas no padrão inciado por Rudin, no campo de calculadoras eletro-mecânicas, o final veio em paralelo. Findava assim, modelos das calculadoras só com fins de cálculos. As máquinas de cálculos com impressão, seguiu  um caminho sem retorno aos fabricantes.

Chegaca gradativamente ao mercado as calculadoras eletrônicas, ainda carentes de aperfeiçoamento., isto permitiu as mecânicas um prazo no qual elas resistiriam ainda por um espaço de tempo. Por mais de um centenário, dos cálculos comuns, aos mais avançados, nas milhares de atividades exercidas por profissionais ou pessoas comuns, das calculadoras criadas pelo método de Blaise Pascal, aos tambores de Leibniz, destes os princípios criados por W T Odhner aperfeiçoados por Rudin  no padrão Facit, perderam seu campo de precisão e, neles estava a mecanografia se aproximando do fim.

Sundstrand
Consideramos a contribuição dos “Sundstrand” fundamental para as atividades mecanográficas, notadamente pela invenção do teclado numérico. Embora tenham progredido em outras atividades da indústria americana, nos concentraremos apenas naquilo de interesse à nossa atividade.
1882
Neste ano, a família Sundstrand, formada pelo casal Lars G. Sundstrand e Anna Sundstrand, após imigrarem da Suécia aos EUA, se localizaram em Rockford, Illinois. Nessa cidade, a quantidade de imigrantes suecos era numerosa.

O casal trouxe o filho David Sundstrand (foto ao lado esquerdo)com um ano e meses de idade, nascido na Suécia em 8 de março de 1880. Outros filhos do casal foram: Oscar Sundstrand nascido nos EUA, em Rockford, a 21 de novembro de 1889, Adolph, Agnes Sundstrand e a irmã mais nova Elizabeth.

O patriarca Lars trabalhou como empreiteiro em Rockford durante muitos anos. David e Oscar foram criados em Rockford e freqüentaram escolas locais. David Sundstrand mais tarde, trabalhou como aprendiz, na Ingersoll Milling Machine Co., em Rockford.

A empresa fundada em 1891 por Winthrop Ingersoll mudou-se de Cleveland, Ohio para Rockford, dedicada quase inteiramente no ramo de máquinas, processos de moagem e  remoção de metal.
1905
Neste ano, é fundada a Rockford Tool Company, na “sueca” Rockford, Illinois, por Levin Faust, inventor e maquinista. Levin Faust, inventará um pequeno mandril de metal para esculpir móveis. O inventor convidou dois jovens fabricantes de ferramentas, Elmer Lutzhoff e Swan Anderson, para se associarem no empreendimento investindo US$ 500 cada, correspondente aos recursos necessários para tocar o negócio. Todos suecos.

Levin Faust também desenhou um dispositivo de polimento, que se tornou o produto mais popular da empresa. As vendas aumentaram e os sócios, decidiram buscar mais capital para expandir e financiar novos produtos. Convenceram Hugo Olson, contador e agente de seguros, a investir US$ 1mil e se tornar um parceiro na empresa, e mais ainda, atuar como consultor financeiro.

Hugo Olson também nascido na Suécia em 1877, imigrou à  Rockford em 1892. Freqüentou as mesmas escolas locais, Brown's Business College. Formado na faculdade, trabalhou em Rockford, num escritório de seguros onde chegou a chefe contador.
1906
Neste ano, David Sundstrand sentiu oportunidade de trabalhar por conta própria, abrindo uma pequena oficina de reparações, com instalações limitadas, na cidade de Minneapolis.
1908
Neste ano, em 12 de maio, Agnes Sundstrand casou-se com Edwin Cedarleaf. Os irmãos da esposa, David, Adolph e Oscar mais tarde, se associariam em negócio com o cunhado.
Edwin Cedarleaf nasceu em 23 de outubro de 1879 em Smoland, Jon-Koping, Suécia, filho do ferreiro e maquinista John Cedarleaf e de Agusta Cedarleaf. Imigrou em 25 de abril de 1902, para Chicago, onde viveu com os tios Per e Sophia Cedarleaf.

Edwin, conseguiu seu primeiro emprego na Western Electric Co. um fabricante de ferramentas. Depois mudou-se para Rockford, Illinois, onde primeiro, empregou-se na National Lock, Co., depois na Rockford Lathe and Drill Co.
(ao lado esquerdo, propaganda dessa época da Western Electric que também fabricava máquinas de costuras)
Certa manhã, Edwin viajava de bonde ao trabalho, no assento do veículo havia um jornal deixado por algum passageiro. Ao lê-lo, um anúncio chamou-lhe atenção: uma pequena loja estava à venda no distrito de energia hidráulica. Naqueles tempos, a energia elétrica era raridade e a hidráulica somente ao lado de algum rio.

Ao invés de dirigir-se ao trabalho, continuou no bonde até o local anunciado. Tratava-se de uma pequena empresa fabricante de fresadoras de bancada. Edwin interessou-se pelo negócio, discutiu os termos da compra, tratou de concretizar o tal negócio.

Obteve empréstimo num banco local, mas o negócio precisava de mais sócios. Edwin convidou o cunhado Oscar Sundstrand, que acabara de voltar de Minneapolis, onde trabalhou na loja de máquinas do irmão David.

A origem da empresa comprada pelos cunhados, remontava ao final ou princípio do século anterior, cujo nome era Dahlen Brothers Co. A nova empresa formada inicialmente por Edwin Cedarleaf e Oscar Sundstrand foi denominada “Rockford Milling Machine Co.”.

Estava localizada um prédio, a leste da South Main Street, no distrito de energia hidráulica, que tanto interessou a Edwin Cedarleaf.

No mesmo prédio de três andares, da 668 Race Street da cidade de Rockford, também estava instalada outra empresa: a  Rockford Tool Co. fundada em 1905, alugando o segundo andar, para fabricar ferramentas de corte, máquinas pneumáticas de polimento e de polimento para fábricas de móveis.

O edifício tinha um cartaz pintado "Rockford Tool Co.". Na direção desta empresa na época, estavam: Swan Anderson, Elmer Lutzhoff, Levin Faust e Hugo Olson.
1909
Neste ano, o edifício da empresa Rockford Tool Company ganhava as instalações da empresa vizinha Rockford Milling Machine Company, propriedade de Oscar Sundstrand e seu cunhado Edwin Cedarleaf.

As duas empresas estavam em campos relacionados de fabricação, de certa forma concorrentes, porém unidas quer pela força hidráulica, vindo próxima do rio ou na relação amistosa entre parceiros suecos. Embora operassem completamente separadas, estavam tão unidas que era difícil distingui-las. O competente Hugo Olson inclusive atuava como Gerente Geral de ambas.
1910
Neste ano, a Rockford Milling Machine Company em pleno crescimento mudou-se para um prédio com espaço maior para gerir seus negócios. David Sundstrand vendeu seu negócio e se juntou ao irmão Oscar Sundstrand e a Edwin, seu cunhado, nesse novo empreendimento. Hugo Olson, amigo e sócio da Rockford Tool Co., também se associou à empresa.
1911
Neste ano, David Sundstrand, construiu o primeiro modelo de trabalho de sua máquina de adição. Ao juntar-se à empresa criada pelo irmão e cunhado, trouxe consigo amostras do projeto da máquina de adição com dez chaves, fruto de sua invenção.

Não há dados sob o interesse do inventor nas máquinas de adição (cálculos), nem quando houve o despertar, qual foi a influência, etc.. Entretanto, no EUA haviam projetos de máquinas de adição e calculadoras manuais, bem como, inúmeras tentativas inventivas de máquinas mecanográficas.

A Rockford Milling Machine Company estava se expandindo rapidamente.

1912/1914
Em 1912, David Sundstrand registrou patente nos Estados Unidos para uma calculadora de somar com impressão, teclado de dez teclas de duas linhas, que foram emitidas em 1913; no ano seguinte, 1914 obteve outra patente numa versão melhorada com teclado em  três filas. 
1914
Neste ano, o inventor sueco David Sundstrand (1880-1930) imigrante nos EUA, lançou no mercado o modelo da sua primeira máquina de adição, a Sundstrand. A designação de “10-chaves”, exemplifica que é um teclado reduzido com apenas 10 teclas composto com números de zero até nove.
Modelos de teclado numérico reduzido, aplicado em alguns exemplares
O teclado usual da época, era composto por fileiras inteiras, repetindo números em cada fileira horizontal, na ordem de uma fileira só com números 1, 2, 3 até a fileira 9, cada qual na horizontal em máquinas de adição até aquele momento. Este é o teclado cheio.
 

O novo teclado numérico composto somente com numeração de zero até 9, veio a prevalecer nas somadoras, calculadoras e uma série de equipamentos e mesmo tão comum, nos atuais computadores, telefones e celulares. Este invento recebeu a patente n° 1198487, publicado em 14/março/1914 e 19/setembro de 1916. Portanto, David Sundstrand foi o inventor do teclado, chamado de reduzido
Década de 1920
Até está década, as máquinas industriais fabricadas pela Rockford Milling Machine Co. eram acionadas por correias à partir de um eixo de linha, movido por energia hidráulica. A energia de corrente elétrica “alternada”, providas por usinas hidrelétricas, cada vez mais estava disponível para residências, mas principalmente, para as plantas industriais, tornando necessário equipar as máquinas com motores.
1925
Adolph Sundstrand, irmão de Oscar e David, tinha projetado um torno chamado de "Stublathe", o qual adotava um novo conceito de manuseio, recursos mais avançados, desenhado com um desvio radical.
 
(Oscar, em foto ao lado esquerdo)

O “Stublathe” tornou-se muito conhecido nos EUA e em vários países. Utilizado na industrialização de automóveis e máquinas agrícolas, assim como, parte importante da produção de máquinas-ferramenta da Rockford Milling Machine Co.. Este modelo de torno permaneceu popular até 1966.
1926
Neste ano, no mês de junho, Hugo Olson sugeriu que as duas empresas Rockford Milling Machine Company e Rockford Tool Company se fundissem. Embora por caminhos separados, as empresas mantinham boas relações industriais a quase dez anos, o rápido crescimento do negócio, no ramo das máquinas de somar, tornos e outros produtos, exigia ampliação, diversificação e mais espaço de produção.

A nova empresa foi renomeada como "Sundstrand Machine Tool Co.", tendo como presidente, Hugo Olson. As vendas cresceram tão rapidamente, que a Sundstrand, criou uma subsidiária, a Sundstrand Adding Machine Company, para cuidar especificamente das máquinas de adição. 

Os Sundstrand construíram um novo edifício, com quatro andares para acomodar seus empreendimentos, a Sundstrand Adding Machine Co. ocupava um desses ambientes.
1927
Neste ano, a empresa concluiu não possuir estrutura suficiente para comercializar as máquinas de adição, cada vez mais populares, atingindo mercados cada vez maiores.  Hugo Olson era o presidente da empresa e, poucos meses depois, ficou decidido à venda das máquinas de adição Sundstrand.

A compra da Sundstrand Adding Machine Co. foi feita pela fabricante de máquinas de escrever e outros equipamentos de escritório, a Underwood Elliott-Fisher Co. sendo adquiridos todos os direitos da linha de produtos. A Sundstrand aceitou uma proposta espetacular de três milhões de dólares, a maior transação industrial na história de Rockford até aqueles tempos.

No final do ano, em dezembro, a fusão ocorrida entre a Underwood Typewriter Company e Elliott-Fisher Company, passou a ser denominada: Underwood Co. levando para sua fábrica, Oscar Sundstrand como engenheiro de pesquisa, designer e desenvolvedor das Sundstrand.

David Sundstrand o inventor do teclado numérico, desassociou-se do projeto das máquinas de somar e passou seu tempo projetando e desenvolvendo tornos, centralizando máquinas, etc. da "Sundstrand Machine Tool Co.".
1949
Neste ano, Oscar Sundstrand se aposentou aos 60 anos, da Underwood Co., três anos depois, em 1952, foi convidado pela Victor Adicionando Machine Company para assumir cargo de consultor técnico para enfrentar a força dessa concorrente. 
1954
Neste ano, Oscar ainda apresentou uma série de patentes para novos mecanismos de função, como de multiplicação automática e divisão, incorporados em novos modelos série “Costum” de 1955 e na série Premier, em meados dos anos 60, nas máquinas Victor Adicionando Machine Company.
1959
As máquinas Sundstrand permaneceram em produção até este ano, quando a Underwood foi adquirida pela Olivetti.
1968
Até este ano, Oscar Sundstrand  trabalhou na Victor. Faleceu poucos anos depois em 06 de janeiro de 1972 aos 82 anos.

O “grupo familiar Sundstrand” continuou uma longa trajetória no campo da tecnologia com as gerações futuras progredindo, com trabalhos ligados inclusive com a NASA, mas esse não é nosso alvo. É importante frisar outra vez, a contribuição inventada por David Sundstrand, isto é, o teclado numérico e o conjunto de mecanismos articulados de funcionamento dessa simplificação mecânica, foi fundamental para o desenvolvimento de uma vasta gama de máquinas, como a Victor e tantos outras, que continuou por décadas atingindo outros inventos até nossos dias.

Monroe

1883
Neste ano em 6 de janeiro, em South Haven, Michigan nasceu Jay Randolph Monroe, III, filho de um banqueiro de Michigan, de ascendência escocesa. Seu avô, foi o juiz Jay Randolph Monroe, fundador da cidade de South Haven, onde havia nascido e crescido nas margens do Lago Michigan, onde também foi o primeiro a interessar-se pela prática do esporte náutico à vela. Seu tio, Jay Randolph Monroe, Jr, era um banqueiro em Kalamazoo, o acréscimo (Jay Randolph Monroe III) do algarismo romano, obedece a repetição familiar do mesmo nome e sobrenome.( lado esquerdo, Jay R. Monroe III)
1893/1900
Neste período, recebeu educação clássica completa na Flórida. 
1901/1903
Nestes anos, estudou no Kalamazoo College Preparatory School, Michigan.
1906
Neste ano, recebeu a graduação em advocacia na Universidade de Michigan, e no mesmo ano conseguiu emprego na Western Electric Company, de Chicago, não como um advogado, mais como funcionário administrativo, numa atividade muito diferente daquela que estudou, quem sabe por influência familiar (como apontado, seu avô era juiz).
1907
Neste período, em 1907 foi transferido pela empresa para Pittsburgh, onde veio a contrair as núpcias.
1908
Neste ano, em 22 de agosto casou-se com  Bette Belle Baughman.
1910
Neste ano, é transferido para a cidade de New York, como o caixeiro principal geral, na época uma espécie de administrador de negócios.
1911
Neste ano em New York, Jay Randolph Monroe III por conta de suas atividades comerciais, conheceu pela primeira vez a calculadora “Baldwin Calculator”, inventada e patenteada em 1874 por Frank Stephen Baldwin.

Essa invenção de Baldwin ganhou a Medalha John Scott pelo Instituto Franklin como a invenção mais notável do ano. Entretanto, não entrou em uso comercial tendo seu desenvolvimento e testes operacionais prejudicados. Jay Randolph Monroe III conheceu Frank Stephen Baldwin, travaram estreitos contatos, acertaram enfim um método para fabricar o invento.
1912
Neste ano, em abril, Jay Randolph Monroe III depois de boa reflexão, fundou em Nova York, a Monroe Calculating Machine Company para fabricar máquinas de adição e calculadoras. Monroe III sentia que poderia ser bem mais do que um concorrente: ter sucesso caso projetasse uma máquina eficiente.

A empresa de Jay Randolph Monroe III ganhou reforço financeiro de seu primo mais velho, Stephen B. Monroe juntamente com um grupo de sócios de Kalamazoo. (ao lado esquerdo modelo de 1912)

A  Monroe nascia desse aporte significativo, juntamente com os recursos do fundador, com este montante, formou-se o capital original dessa empresa. A Monroe durante muitos anos,  esteve sediada em Orange e Morris Plains, em New Jersey, com suas fábricas em Nova Jersey, Bristol, Virgínia e Amsterdã .

Jay Randolph Monroe III
Embora oriundo de outra formação acadêmica, Monroe era por natureza - homem de negócios – com tendência natural pela mecânica, percebia bem as limitações das calculadoras e somadoras da época.

As máquinas de adição e catalogação usadas pelas casas bancárias eram grandes, pesadas, limitadas, só executavam adição e totalização. As demais operações esbarravam em limitações técnicas.

Existiam as máquinas de Felt, os “Comptômetros” de teclado cheio, capazes de adição muito rápida, precisa, de fácil manejo; mas para fazer multiplicação e divisão, exigiam um operador treinado e qualificado para obter sucesso nessas operações.

Também existiam as calculadoras baseadas nos mecanismos do tipo “catavento”, com rodas de pino e tambor, mostradores rotativos e visíveis, inventadas por Odhner,  de manuseio simples em todas as operações, porém sem imprimir em papel. A Burroughs Adding Machine Co. já tinha um bom conceito em somadoras com impressão, em franca expansão.

Monroe, percebia haver a necessidade de se projetar uma calculadora simples e portátil, com treinamento mínimo para os operadores usarem em seus negócios. Buscou em máquinas com chave  e calculadoras rotativas de capacidades aritméticas completas. 

Frank Stephen Baldwin
Frank Stephen Baldwin, foi um americano nascido em 10 de abril de 1838 e faleceu em 8 de abril de 1925, inventor de uma calculadora tipo “pinwheel” em 1874.
1873
Aos trinta e cinco anos, Baldwin que era arquiteto por profissão, mudou-se com a família para Filadélfia, onde dedicou-se intensamente ao ambiciosa projeto.
1874
Neste ano, em 28 de julho projetou e obteve patente emitida da máquina de somar denominada de "Aritmômetro" em de 1874. Conseguiu produzir dez de suas máquinas de calcular e ao terminar, vendeu uma ao escritório da estrada de ferro de Pensilvânia a George M. Taylor, auditor de recibos do frete da empresa. Foi uma das primeiras máquinas de adição vendidas nos Estados Unidos.
1900
Neste ano, Baldwin patenteou a máquina com a denominação: “Baldwin Computing Engine”, com possibilidade de executar as quatro operações.
1905
Neste ano, Frank Stephen Baldwin iniciou o projeto tentativa de pôr essa máquina nova em prova de função, porém ainda iria esperar mais anos para fabricar a Baldwin. (foto à esquerda deste modelo)
1908
Neste ano, é concedida patente, a outro equipamento a "Baldwin Recording Calculator", uma máquina com impressão em bobina dos cálculos efetuados.
1911
Neste ano, a união de objetivos entre Frank Stephen Baldwin com Jay Randolph Monroe III  permitiu finalmente a compra do segundo, dos direitos exclusivos para fabricar a máquina inventada pelo primeiro, através da Monroe Calculating Machine Company.
1920
Neste ano, vivendo em East Orange, New Jersey com esposa e filhos, finalizou seu projeto com a participação de Jay Randolph Monroe III.

Baldwin continuou a trabalhar no desenvolvimento de uma variedade de mecanismos para calculadoras ao longo de sua vida produtiva, como inventor prolífico garantiu patentes em vários campos. Duas de suas calculadoras foram para exibição no Instituto Franklin onde foi premiado com a Medalha John Scott como a "invenção mais meritória" do ano.
1925
Neste ano, Frank Stephen Baldwin faleceu pouco antes de completar 87 anos.


1913
No ano seguinte da fundação, a empresa mudou-se para New Jersey, onde a nova empresa adquiriu as instalações da Pike Adding Machine Company, que após ser comprada, transferirá seus modelos e patentes, para a Burroughs Adding Machine Co. sua adquirente.

Jay Randolph Monroe, III, começou se utilizando dos princípios da Baldwin Calculator, no pequeno quarto alugado  de Newark, Nova Jersey, nas instalações da Pike. Contando o  pessoal da fábrica com apenas nove homens e, usando equipamento pesado, constituído de um torno e duas pequenas prensas.

Esse ferramental simples, usado com precisão, mantidos milésimos de polegada nas tolerâncias das peças a serem fabricadas, garantiria um bom desempenho geral na montagem da máquina. A Monroe Calculating Machine Company com essa filosofia iniciou a fabricação da primeira Monroe Adding-Calculator.

Neste projeto, Jay R. Monroe desempenhou papel significativo mecânico e inventor com várias patentes desenvolvidas para melhor aprimoramento técnico, desse novo equipamento de cálculo.
1914
Neste ano, é lançada a primeira “Monroe High Speed Adding Calculator ao mundo dos negócios, buscando uma fatia com seu produto mais avançado. O começo, do denominado mais tarde “o mecanismo de Monroe” recebeu sua patente nos Estados Unidos sob n° 890888 de 1908, projetada quando Baldwin estava com 70 anos. Baldwin morreu em 1925, pouco antes de completar 87 anos.

Um dos projetistas da Monroe Adding-Calculator foi Edgar Phinney com importante participação, permaneceu trabalhando em seu desenvolvimento até aproximadamente 1920.
1915

Neste ano, começou a ser fabricado modelo "D" que tinham a numeração de série abaixo de 4.000. Entretanto, os primeiros modelos de calculadora designados pelas letras, “A, B e C” têm seus registros perdidos por terem sido dedicados à construção do modelo piloto adequado.

1916
Neste ano, começou a fabricação do modelo "E" com seus números de série começando a partir do n° 4.000. No ano seguinte, veio o modelo "F" com números de série acima de 6.000, ou seja, o ano anterior foi construído 2 mil máquinas.  
1917
Neste ano, é lançado o modelo "F" com números de série acima de 6.000.  Também neste ano, chegou para desenvolver o departamento técnico da Monroe Calculating Machine Company, o engenheiro George Chase, logo designado como coordenador principal da empresa.

George Chase permaneceu por mais de trinta anos, ativo na empresa até a década de 1950, ajudou a projetar os modelos K, L e M e a MonroeMatic, fabricados e lançados conforme descrição abaixo.

1919

Neste ano, é lançado o modelo "G" a primeira máquina de estilo mais aprimorado, com numeração de série acima de 20.000.  Ainda foram lançados os modelos "H" e "I" como novas opções.

1921

Neste ano, é lançado o modelo "K" uma máquina manual, de grande sucesso e aceitação no mercado e uma alavanca para o sucesso da Monroe Calculating Machine Company. Baseada nessa série surgiram os modelos: KA, KAS, KAA, KASC, KASE, todos automáticos, bem diferentes das antigas.

1929

Em seqüência foi lançado o modelo "L" produzido entre janeiro de 1929 e fevereiro de 1971.  O modelo "M" foi uma máquina  de melhor qualidade do que a anterior.

 

No período de 1920 a 1970, a Monroe era um equipamento amplamente usado em centenas de escritórios de engenharia e em aplicações uso científico e comerciais.

Anos 1930
A Monroe Calculating Machine Company, para melhorar seu perfil, adquiriu neste período, uma gama de máquinas com impressor, de adição e listagem de teclado completo da empresa Gardner.
1932
Neste ano, a empresa recebeu a Medalha John Price Wetherill do Instituto Franklin pela eficiência de seus produtos.
1937
Neste ano, no dia 29 de abril, faleceu de hemorragia cerebral, em sua casa em South Orange, New Jersey Jay Randolph Monroe III - o fundador da Monroe Calculating Machine Company.

Monroe III exerceu várias atividades profissionais, foi presidente de duas subsidiárias, a Gardner Company, fabricante de máquinas de somar e a Defiance Manufacturing Company, fabricante de máquinas de cheques.

Também foi vice-presidente da Monroe Realty Company fundada por seu pai junto com um diretor do Maplewood Bank de Maplewood, de Nova Jersey; presidente da Calculator Equipment Corporation, e diretor do Saving Investment and Trust Company das Laranjas de Nova Jersey.
Período pós- guerra
Depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa precisava ser reconstruída e o Plano Marshal com fartos recursos fomentou a reconstrução européia, favorecendo várias atividades, como a construção de novas plantas de fábricas.

A Monroe também partilhou desses recursos estabelecendo novas fábricas na Holanda e na Itália. Máquinas de adição de 10 teclas com sua marca, foram construídas pela Olympia na Alemanha e revendida em todo mercado. Foram fabricadas uma série de modelos opcionais.
1940/1950
Neste período, foram desenvolvidas pela Monroe Calculating Machine Company uma linha bem sucedida de máquinas de contabilidade, tendo acoplado no sistema as calculadoras de impressão Gardner.
1958
Neste ano, a empresa Monroe Calculating Machine Company foi adquirida pela Litton Industries, tornando-se parte do grupo de negócios da Litton.
1960/1970
Durante a década de 60, o desenvolvimento e a produção das calculadoras Monroe continuaram, porém na década seguinte, o nome da marca “Monroe” passou a ser utilizado nos equipamentos de escritório e fotocopiadoras dentro do Grupo Litton.

A gama de produtos com marca Monroe abrangeu uma extensa variedade de produtos mecanográficos, com características diversas, passando por máquinas a manivela até as elétricas, de alta velocidade com múltiplos registros e multiplicação e divisão totalmente automáticas, com diversos modelos competitivos e sucesso de vendas. Como o modelo N da série MonroeMatics, desenvolvida por Herman Gang.
1964
Neste ano, em 2 de dezembro, numa quarta-feira, a Divisão da Litton Industries, a The Monroe International lançou a calculadora eletrônica de mesa, entrando no mercado de produtos futuros.
1970/1980

No período dessas décadas a empresa já tinha cerca de 300 filiais de vendas e serviços nos Estados Unidos e muitos representantes espalhados em diversos lugares fora do continente americano.

 

Por volta de meados dos anos 1980, a empresa perdendo mercado na linha de calculadoras, passou a diversificar seus produtos, lançou uma linha de copiadoras com rótulo privado (fabricado pela Mita Corp.), trituradoras de papel em corte transversal e outros equipamentos de escritório. Entretanto, a produção desses itens seguiu de modo descontinuado.

1972

Neste ano, a Monroe continuou perseguindo o mundo do futuro. Anunciou ao mercado uma calculadora eletrônica de bolso por US$ 269.

 

As calculadoras eletrônicas fabricadas no Japão, tinham baixo custo de fabricação, enquanto em outros países o valor era muito alto. A larga distribuição no varejo, desses equipamentos portáteis em pouco tempo, estavam prontamente disponíveis.

 

A chegada das calculadoras portáteis transformou o mercado levando as calculadoras como Monroe, Friden, Marchant  e outras, a sofrer um impacto de concorrência violenta, no que resultou nas décadas seguintes no completo desaparecimento da linha eletro-mecânica.

1984

Neste ano, a Litton vendeu toda essa linha ligada ao escritório e a mecanografia. A empresa passou por várias denominações, por último como Monroe Systems for Business, também foi conhecida como THE Calculator Company e Monroe Division de Litton Industries.

A empresa ainda fabricou as máquinas:
- calculadora eletrônica com visor, séries 400 e 600;
- calculadora com bobina de papel e visor séries 1300 e 1400;
- calculadoras modelos programáveis, séries 1600 e 1800, feitas por Compucorp OEM
- máquina de faturamento, modelo 200, para contas a receber e outras funções.
- máquina de cálculo Monroe modelo XI ou "Monrobot XI"


Marchant

1910
Neste ano, em meados do final, foi fundada a Marchant Brothers pelos irmãos Rodney Marchant e Alfred Marchant. A sede da empresa ficou localizada no Edifício Realty Federal, no centro de Oakland, Califórnia, e a fábrica na esquina da Powell Street e 4th Street (atual Horton Street) em Emeryville, para fabricação de máquinas de somar.
1911
Neste ano, em 23 de fevereiro, Rodney H Marchant, de Oakland, Califórnia obteve uma patente nos EUA sob n° 994.414, com melhorias na mudança e transporte dos mecanismos de enrolamento da máquina de calcular manual  Original Odhner, de estilo pin-roda, o dispositivo conhecido por cata-vento, permitindo uma ação superior, ao das máquinas Odhner, Brunsviga e outras do mesmo princípio.
1913
Neste ano, a Marchant Calculator Machine Company adquiriu os ativos da Marchant Brothers, e iniciou campanha sistemática de vendas das novas máquinas, especialmente para o Oeste Americano.

Era é um exemplo clássico de uma máquina lançada relativamente cedo, fabricada sob as patentes dos anos  1911 e 1916 obtidos pela Marchant. As máquinas incorporaram melhorias e, provaram ser extremamente popular com a boa aceitação do mercado.
1917
Neste ano, em 1° de dezembro, a empresa comemorou com abertura formal elaborada de recepção pública, para apresentar a expansão da fábrica em Emeryville.
1918
Neste ano, Rodney Marchant por ter negligenciado a licença dos mecanismos alterados de “pin-wheel” e com estes melhorias de funcionamento, sofreu acusação de violação sobre as patentes, por parte de concorrentes.
Documento  de 1919

Carl Friden
A Marchant, conseguiu solucionar esse entrave através do jovem engenheiro sueco chamado Carl Friden que trabalhava na empresa, mas estava em período de guerra de 1914-18 em Sydney, Austrália.

Foi durante o tempo na guerra, que  Friden desenvolveu alguns projetos, entre estes, concebeu um novo modelo para calculadoras, tipo catavento. Ao invés de pinos individuais no rotor, propôs um segmento de engrenagem deslizante que se estende e retrai nos momentos adequados, para avançar o registro exigido nas devidas posições.

Ao retornar à América, Carl Friden vendeu a Marchant um original do projeto para mecanismo “pinwheel” modificado, com isso salvou o futuro da empresa.
1920
Até o final desta década, Friden continuou a desenvolver projetos para as máquinas do tipo “pinwheel”, além de uma gama de produtos, incluindo projetos para máquinas de somar manuais, com mecanismos de alavanca, a criação teclado completo, máquinas elétricas, com multiplicação semi-automática e divisão.
1931/1932
Neste ano, Harold T Avery, tornou-se engenheiro-chefe da Marchant liderando o desenvolvimento de um mecanismo notável a "speed ​​silenciosa", lançada pela primeira vez em 1932.

A velocidade silencioso foi baseada num mecanismo de movimento contínuo, ajustadas com engrenagens proporcionais e diferenciais. Esse tipo de aperfeiçoamento, foi o mais rápido e mais silencioso, do seu tempo, base da produção Marchant nos próximos 30 anos.

Harold Avery ainda projetou mais de 60 patentes para o sistema de mecanismo de velocidade silencioso.
1935
Neste ano, Carl Friden após ter dado muita contribuição à empresa aonde começou a trabalhar muito jovem, deixou a Marchant para montar sua própria empresa de calculadoras.

1952
Neste ano, a empresa alterou seu nome para Marchant Calculadoras, Inc.
1958
Neste ano, em 1° de julho, a empresa fundiu-se com Smith Corona e formou uma nova corporação: Smith-Corona Marchant Inc., ficando a Marchant Calculadoras, Inc. como uma das principais divisões da corporação. Mais tarde, a denominação ficou somente conhecida pela sigla: SCM Corporation.

A SCM expandiu sua gama de produtos, através da revenda de máquinas importadas, como a alemã Diehl para concorrer com a Friden, calculadoras mecânicas e eletrônicas, também com impressor de teclado reduzido, como a Hamann Tenkey Master. Essa variedade de calculadoras, sob o nome Marchant, incluindo a Clary Addmaster e a Compucorp.
1973
Neste ano, a SCM fechou suas produções. 
SCHUBER/Thalles
Emil Schubert (28/dez/1883 Mülsen Saint Jacob, Saxônia – 1952 Rastatt) foi um engenheiro construtor de máquinas de calcular, tipo rodas dentadas, um sistema conhecido como cata-vento. Completou estudos como mecânico em Zwickau, participou do projeto e fabricação das calculadoras Triumphator, em LeipzigAbaixo, modelos fabricados pela THALES com participação de Emil Schubert. Ao deixar a empresa, por razões contratuais, não pode levar suas patentes.
1911
Neste ano, Emil Schubert participou como cofundador de uma empresa: a Thaleswerk Rechenmaschinenfabrik GmbH destinada a fabricar máquinas de calcular (mais tarde Rastatt/ Baden em Landau / Pfalz). O nome da fábrica e da calculadora foi uma homenagem ao filósofo e matemático Thales de Mileto (650 a.C.) considerado por Platão como um dos sete sábios da antiga Grécia.

Os modelo da Thales, como a SN 11139 (imagem abaixo) acionava no sentido horário nas adições e multiplicações; em anti-horário (inverso) nas operações de subtração e divisão. Um padrão estabelecido para as demais máquinas de calcular deste tipo, convencionado deste as primeiras. Nos comandos de limpeza de cálculos do carro, em certos modelos foram usadas borboletas ao invés de alavancas.

A Thales foi produzida através dos projetos de Emil Schubert em quatro modelos ( A, B, C e D) e algumas séries destes modelos, como:
A (9X8X13, 4,5 Kg) – AE, AR, AER;
B (9X10X13, 5,5 Kg) – BE;
C (9X8X18, 9 Kg) – CE, CR, CES;
D – DE, THE (1955) e
GE, GEO.
- Modelo A (1), tipo cata-vento entre 1912-1924 no tamanho de 24x12x9 cm entre mil e quinze mil unidades;
- Modelo A (2) tamanho 31x13x10 cm de 16.511 a 19.786;
- Modelo A (3) este modelo foi produzido entre 1930-1940 om cerca de 43 mil unidades; (completar dados NET)
O valor de venda da máquina de calcular manual Thales modelo A era de 425 marcos.
Abaixo, outros modelos: MEZ 1939 6X5X10; CE 1955.

Schubert & Co. KG Rastatt / Baden
1936
Neste ano, Emil Schubert deixou a Thaleswerk, como consta no balanço de 31/dez/1936. Entretanto,  sem ter a permissão de levar, mais uma vez, seus projetos ou de usar as patentes (DE 425906 de 30nov1923 e DE 422371 de 14fev1925) de seus inventos que permitiram colocar em funcionamento as máquinas de calcular de rodas dentadas Thales.

1938
Neste ano, após estudar um novo modo para construir uma calculadora manual, projetou outra e nova máquina de cálculos de rodas dentadas, a Schubert e fundou uma nova fábrica. A Schubert estava instalada  em Hardbergstr. 11 na cidade de Rastatt código 76437 no estado de Baden Wurttemberg tel.: 07222 90960 e fax: 07222. 90696.

O novo trabalho de Emil Schubert resultou numa máquina de calcular que estava entre as melhores daquele período, seja em termos de desenho, produção, técnica, leveza de uso e de fácil manutenção. Foram criados os seguintes modelos: DRV, DW, CRV e CW.
1936/1953   Schubert DR
Os modelos DR foi fabricado na cor preta, com três modelos em verde no mesmo padrão das DRV.
1953/1974   Schubert DRV
Este modelo, baseada em rodas dentadas, dispunha de quatro opções, como a mais vendida o modelo de 10x8x13, sendo dez os seletores de disco para escolha numérica, oito os contadores de cálculos e treze o resultado das operações de cálculos.

Os modelos DRV diferiam das outras do seu padrão de calculadora manual com acionamento dos discos, por serem bem móveis, com cerca de 5,5 Kg, permitindo movimentos leves e rápidos, enquanto suas concorrentes eram geralmente pesadas e volumosas. Nos países ingleses do Reino Unido com a denominação de “ADM Teacher”.

Schubert CRV
Este modelo, o CRV é muito semelhante ao DRV, com mesmas dimensões externas diferindo da capacidade reduzida de 6X6X11. Abaixo, ao lado esquerdo um modelo CRV e do lado direito um modelo CW  do ano de 1952, do acervo do Museu Teclas.

1974

Foi um modelo que obteve sucesso até o presente ano, com valores iniciais de 559 marcos, aumentados para 660 marcos, mas no ano citado (1974) em 205 marcos alemães.

Walther Burömaschinen GmbH, Gertetten

1780
Neste ano, é fundada uma fábrica por Matthias Conrad Pistor, chefe dos armeiros do Kassel Armory, dedicada ao fabrico de pistolas e diversos tipos de armamentos. A neta de Gustave Wilhelm Pistor casou-se com August Theodore Walther, ancestral da família Walther.
1886
Neste ano, Carl Walther fundou a Walther Company, em Zella-Mehlis, na Alemanha, seguindo a tradição familiar na fabricação armas de fogo para caça e tiro ao alvo.
1924
Neste ano, a situação econômica na Alemanha, pós primeira guerra mundial era terrível, a depressão provocou imensa dificuldade, foi quando a Walther Company alterou sua atividade fabril, iniciando a produção calculadoras de roda dentada, baseada nos modelos da Odhner. Era mais um empresa de armamentos que se voltou para a mecanografia, tal a rentabilidade e alto consumo desses produtos.


A empresa produziu calculadoras mecânicas de rodas dentadas, sendo as primeiras os seguintes modelos: Walther n° 1, 2 e 3. Seguidas dos modelos abaixo mencionadas, todos apresentados e iniciados com a marca Walther, para facilitar a descrição anotamos apenas as designações:

DMK2, DRKZ; EM, EMKD; R, RK e RKZ; RM, RMK e RMKZ 16; WR10, WR16; WSR 11, WSR 16, WSR 110 e WSR 160

1931
Neste ano, como Carl Walther GmbH, a empresa lançou a linha TASMA, somadoras com um teclado completo e grupo de impressão em papel, diversificando a produção na linha mecanográfica.
1948
No período compreendido, marcado pelo regime nazista, a empresa quase desapareceu. Passado a Segunda Guerra Mundial, a Walther ressurgiu.

Fritz Walther conseguiu construir uma nova fábrica em Gerstetten na qual projetou a linha de máquinas “Comptess” como as S32 e as calculadoras mecânicas da linha Multa-32 e Multa-33 quer pela eficiência e estética, tornaram-se populares na Europa e, mesmo no mercado brasileiro, embora com poucas unidades.
1952
Neste ano, marca o lançamento dos modelos de teclado reduzido, com formas simples: DS 12 “Duplex 12”; S 9; S 12 “Simplex 12”; SM 12 Admulta; SR 12 e SR 13.
1962
Neste ano, marca os lançamentos de  modelos: Comptess; Duplex 32; Multa 32; Multa GT; Simples 30; Simplex 32, todos com um projeto moderno, tendo nos contornos externos curvos, um agradável visual, a quem manipulava os equipamentos cotidianamente.
1970
Durante essa década, a empresa iniciou a fabricação de calculadoras eletrônicas, na tentativa de resistir aos novos tempos, competindo num novo mercado em franca expansão, porém a forte concorrência, quer pelos produtos japoneses ou mesmo pelas calculadoras eletrônicas brasileiras exportada em grande quantidade para inúmeros países. Neste época a Walther contava com 2000 funcionários produzindo cerca de 120 mil máquinas por ano.
1971
Neste ano, marca lançamentos de modelos com formatos retos, bordas levemente arredondas: Comptess 11; Diwa 32; Duplex 32, 132 e 232; Multa 32 e Multa 33; Simplex 32; Simplex 224n e BC 424.
1980  
A empresa perdurou alguns anos, encerou suas atividades em consequência de situação financeira no setor de mecanografia. Porém, ficou somente com o rentável negócios de armas, onde continua nesse ramo de fabricação de armamentos bélicos. Possui uma subsidiária, a Carl Walther Arms, Inc., unidade de negócios em Fort Smith, Arkansas, USA.

O Museu Teclas possui variados modelos destas raridades, fabricados pela Walther em diversos período, como a Walther modelo RMKZ16 n° 59.574, R-0373.
Abaixo, no quadro de imagens, a Walther modelo SRN13 de registro R-0636 do Acervo Museu Teclas é um exemplar de raridade especial. No mesmo quadro, do centro para a direita, vemos mais dois modelos, um 101 e outro uma Victor.  

Nesta ABA, mais acima, ao descrever as máquinas Victor esclarecemos sua relação com a Comptograph de Dorr E. Felt. Entretanto, além da tarja "Comptograph com a marca alemã Walther" não há informes entre a Comptograph e a Walther.

Brunsviga
1871
Neste ano, em 3 de novembro, na localidade de Brunswick, Braunschweig, na Baixa Saxônia, Alemanha, foi formada por Carl Grimme e Kaufmann A. Natalis, a empresa: Grimme, Natalis & Co., para fabricar máquinas de costuras, uma atividade em crescimento neste período.
Ao lado, uma máquina de costura também fabricada por indústria que migrou para a mecanografia. Várias empresas começaram fabricando máquinas de costura.
1890
Neste ano, a  Grimme, Natalis & Co., procurou diversificar seus produtos, quando surgiu uma oportunidade da produção de calculadoras mecânicas, uma atividade mecanográfica em constante evolução e, em falta de peças num amplo mercado de consumidores mundial.

1891
Neste ano, a Odhner abriu uma filial de sua fábrica da Alemanha, que por dificuldades de manter duas fábricas distantes, a empresa negociou com a Grimme, Natalis & Co., a licença para fabricar calculadoras mecânicas.
1892
Neste ano, no mês de março, a  Grimme, Natalis & Co., selou o acordo de licença de patente para fabricar calculadoras do tipo cata-vento, através do inventor Willgodt Theophil Odhner das famosas máquinas de calcular mecânicas Odhner para Alemanha, Bélgica e Suíça pelo valor de 10 mil marcos e 10 marcos por máquina produzida.

Fazia parte da empresa, o engenheiro Franz Trinks que liderou  com um grupo de engenheiros e operários da fábrica de costura, num novo e grande projeto: o desenvolvimento de calculadoras mecânicas. Conhecedores da mecânica leve, estudaram modelos existentes para uma nova criação.

Por uma década estes projetos de fabricar calculadoras mecânicas evoluíram, ganharam novas formas de ação, funções mecanicamente inovadoras, com modificações e patentes continuadas, partindo do projeto original das Odhner. O modelo T. Triplex foi um dos mais avançados tipos que surgiram.

No final deste ano, já haviam sido fabricadas cerca de 60 calculadoras mecânicas, idênticas ao projeto do modelo fornecido pela Odhner com o nome de Brunsviga, vendidas por 150 marcos. Posteriormente, essas calculadoras foram sendo modificadas, com patentes novas, até surgir uma marca própria.
1892/1901
Neste período a produção da Brunsviga atingiu cerca de 4 mil unidades.
1893
Neste ano, na Feira Mundial de Chicago, a calculadora Brunsviga, representando produto da Alemanha, foi apresentada ao mercado americano, como uma calculadora resistente de 10 casas. Uma outra calculadora mecânica, do alemão Arthur Burkhart, semelhante ao aritmômetro de Thomas Colmar era vendida por 675 marcos.
1902/1911
Neste período as vendas atingiram cerca de 11 mil unidades. O mercado de calculadoras na Alemanha tinha boa aceitação de produtos mecanográficos. Entretanto, na Europa Ocidental a realidade não era a mesma.

Para aumentar as vendas, convencer o mercado mais restrito, houve uma intensa campanha publicitária usando o slogan “cérebro de aço”. Através de listas telefônicas, foi selecionado clientes potenciais, aos quais foram remetidos folhetos publicitários para fomentar ação de venda direta. Nos anúncios, a Grimme, Natalis & Co., prometiam ser possível aprender a usar uma calculadora Brunsviga em 10 minutos.

As vendas feitas por representantes, recebiam um curso de treinamento durante seis semanas na própria fábrica da Brunsviga, incluindo além das explicações técnicas, aprendiam a apresentar solução de cálculos de modo eficiente.
1921
Neste ano, a empresa tornou-se uma sociedade anônima, para tanto, sua denominação passou a ser: Grimme, Natalis & Co AG (ou seja, Aktiengesellschaft). A Primeira Guerra Mundial trouxe um certo atraso no desenvolvimento e produção da Brunsviga.
1925
Franz Trinks foi responsável pelo desenvolvimento técnico das máquinas de calcular mecânica Brunsviga até o presente ano, vindo a falecer em 1931. (ao lado esquerdo, o Sr. Trinks com um dos seus projetos na mesa)
1927
Neste ano, a empresa novamente alterou sua denominação Brunsviga Grimme, Natalis & Co AG, mais logo foi renomeada por razões dos seus acionistas, definitivamente para Brunsviga Maschinenwerke AG., até ser adquirida em 1957.

Produzindo com sucesso, as calculadoras mecânicas marca Brunsviga, com uma série de modelos para diversos fins de cálculos, com a principal característica de ser um produto mecanográfico muito resistente, ideal mantido até o término de sua produção. A empresa ganhou preferência no mercado de boa parcela de clientes, fiéis ao resistente e preciso equipamento de cálculos.
1932
Neste ano, foi apresentado a calculadora mecânica Brunsviga 10, projetado com rolos escalonados, permitindo a Brunsviga lançar não apenas calculadoras de rodas dentadas, mas um novo padrão de mecanismo de cálculos.
Segunda Guerra Mundial
Neste período, cortes importantes no desenvolvimento da empresa em consequência do período bélico, causaram restrições na construção e projetos das máquinas de calcular Brunsviga.
1946
As instalações fabris, visto do ponto destrutivo da guerra, sofreu danos insignificantes permitindo a Brunsviga Maschinenwerke AG., que dois terços da produção chegasse ao normal.
1952
Neste ano, a produção chegou a 260 mil máquinas. Nos anos seguintes, as calculadoras tinham aceitação garantida num crescente mercado, mas a concorrência também imperou com melhores artigos, ainda tinha a pressão de preços causada pelo desequilíbrio financeiro do pós guerra, principalmente na Alemanha devastada pelos horrores da guerra.
1957
Neste ano, a Brunsviga Maschinenwerke AG., chega ao auge das dificuldades, a situação financeira insustentável. Com as operações em declínio, a empresa entra em acordo com a Olympia Werke AG de Wilhelmshaven do grupo AEG, para fomentar com capital o incremento de seus produtos.
1959
Neste ano, em 16 de janeiro, o acordo não vingou e os ativos da Brunsviga Maschinenwerke AG., foram transferidos definitivamente para a Olympiawerke AG.
1963
Até este ano, a Olympiawerke AG., que havia assumido a distribuição dos produtos da marca Brunsviga como a mais recente linha 13RM, sentia dificuldades de inserir no mercado mecanográfico estes produtos, em fase dos novos modelos e marcas, mais modernos, mais leves, com mais velocidades, ágeis, novos recursos e projetos atualizados.
1967
Os produtos Brunsviga estavam sendo fabricados na unidade da Espanha. A empresa permaneceu durante um século na localidade antiga de Kastanienallee, 71, cuja denominação nova ficou: rua Exerzierplatz, 71.

No presente ano, ocupou uma nova planta no novo edifício, na Gifhorner Strasse. Durante sua história, a Brunsviga Maschinenwerke AG., produziu em suas fábricas cerca de 500 mil unidades.
Madas
1893
Neste ano, a Madas foi criada pelo engenheiro suíço H. W. Egli (1862/1925) em Munique que se alia a Otto Steiger (1858/1923) engenheiro de St. Gallen conhecedor do princípio e mecanismo da calculadora inventada por Léon Bollée. Em 1892, Otto recebeu patente de uma calculadora capaz de efetuar multiplicações diretas.
1896
Neste ano, surge a primeira calculadora de multiplicação direta para ser produzida em série industrial. H. W. Egli efetuou numerosas mudanças no projeto para melhorar seu desempenho. Assim surgia uma nova calculadora, com o nome de Millionare.
1897/1935
O preço do produto saiu muito caro, sendo vendidas neste período, cerca de 5 mil calculadoras.
1898
Neste ano, H. W. Egli retorna para Zurich onde estabelece uma oficina.
1904
Por fim, neste ano firma endereço definitivo em Wollishofen com objetivo de projetar, desenvolver e fabricar uma calculadora complexa e eficiente.
1908/1911
Neste período, foram projetadas máquinas mais leves, com desenvolvimento de tambores escalonados no estilo do aritmômetro Thomaz, desenvolvidos pelo engenheiro alemão Erwin Jahnz de Zurich.
1911/1927
Durante este período foram feitas mais modificações, aprimoramentos técnicos, melhoramento nos mecanismos como adição de motor elétrico e teclado.
1914
Nasce o nome Madas que é um acrônimo de: M multiplicação, A aomática, D de divisão, A de adição, S de subtração. Uma marca de produto eficiente, robusto, rápido e para operações com elevado grau de complexidade.
1914/1918
Durante a Primeira Guerra Mundial houve um impacto na economia européia, afetando países, consumidores e suas fábricas reduzidas a baixas produções.
1915/1935
Este foi o período em que a Egli AG teve rápido crescimento pela venda de um projeto de calculadora simples com 67cm e pesando 36Kg, como ainda de modelo complexo com motor elétrico pesando 73kg. Em 1919, Frederick Rosing Bull (25/12/1882-07/jun/1925) consegue patentes de máquinas de tabulação. Foram as seguintes as alterações e avanços técnicos, segundo cronologia descrita abaixo:
1922
Neste ano, houve o projeto para colocação de teclado nas calculadoras. Como também foi um ano com muitas greves e reinvindicações.
1925
Neste ano, faleceu H. W. Egli, entretanto a empresa continuou evoluindo, com o engenheiro Oscar Bannwart e seu filho Friedrick Egli, assumindo a direção técnica com a esposa de Egli, Presidente do Conselho, cargo exercido até 1970 quando a empresa foi liquidada.

Neste ano, surgiu o mecanismo de segurança para bloquear a limpeza dos contadores se a manivela não estiver em repouso. Este mecanismo anulava situações de travamento do equipamento.
1926
Neste ano, o motor deixa o lado externo, passa a ser integrado na própria cobertura que protege a parte interna.
1927
Neste ano, é inserida a tecla DIVSTOP permitindo parar operações de divisões, além de ser lançado o primeiro modelo completo da Madas. Também neste ano, houve compra de patentes inventadas pelo engenheiro norueguês Frederick Rosing Bull (25/12/1882-07/jun/1925) de máquinas de tabulação, falecido em 1925 de câncer que vai permitir a implementação dessas máquinas.
1928
Neste ano, mais um item é introduzido, uma tecla de toque especial para iniciar a multiplicação. Todos esses detalhes deram a calculadora MADAS uma complexidade de cálculos impressionante, muito eficiente, com rapidez promovida pelo motor elétrico veloz.
1928/1930
As máquinas de tabulação foram desenvolvidas nesta etapa com a empresa contando com cerca de 300 empregados.
1930/1935
Neste período nasce uma máquina de tabulação de dados por meio de cartões perfurados em parceira das patentes, as famosas T-30 lançada em 1931, muito utilizadas até 1949. A Egli-Bull mudou-se em 1931, para a França estabelecendo-se em Paris por ter um mercado maior e mais facilidade de crescimento.
1944
O engenheiro Oscar Bannwart ficou até este ano na empresa falecendo em 1946. Friedrick Egli, filho de H. W. Egli, continuou tendo o filho de Oscar, Herbert Bannwart Mousson dirigindo a empresa até 1969.
1960/1969
Neste período, marca a decadência do padrão de calculadoras mecânicas, como a Madas, até o encerramento das atividades da empresa. Sua complexidade de cálculos estava sendo vencida pela rápidez das calculadoras eletrônicas ou mesmo pelas mecânicas da Olivetti e Facit

Totalia Lagomarsino
1896
Neste ano, Enrico Lagomarsino fundou em Milão, a SICM – Società Italiana Commercio Machine, uma distribuidora de máquinas mecanográficas alemãs das marcas Facit, AD Addo e Brunsviga. Algumas máquinas eram vendidas com duplo nome agregando a marca Lagomarsino, através de permissão por contrato entre as empresas.
1907
Neste ano, Enrico Lagomarsino decidiu projetar suas somadoras devido ao sucesso de vendas desses produtos, fundando uma unidade fabril na Viale Umbria em Milão, a FAI Fabbrica Addizionatrice Italiana.
1910
A fábrica obteve desenvolvimento e cresceu, tendo que admitir cerca de 1800 funcionários neste período.
1918
Neste ano, com a morte de Enrico Lagomarsino, seu filho Luigi Lagomarsino assumiu a direção dos negócios. Luigi possuía espírito empreendedor e logo proporcionou em mercado mundial, o desenvolvimento da marca Totalia Lagomarsino.
1937
Neste período, a empresa Fabbrica Addizionatrice Italiana passa ter uma produção em quantidade de larga escala industrial de máquinas de adição, cálculos e algumas para contabilidade. A Numeria obtém patente em 1º/julho/1938 com aprovação em 1º/maio/1942 projeto de Angelo Raimondi. Abaixo, três aacervos do Museu Teclas, incluso no Museu Virtual deste bloque.

No Pós Segunda Guerra Mundial
Deste período em diante, Luigi Lagomarsino introduziu duas novas linhas de produtos, uma com calculadoras eletromecânicas e caixas registradoras e outra no ramo de papelaria, com lápis, tintas, canetas-tinteiro, papéis e artigos de escritório. A marca Lagomarsino foi dividida em duas séries de máquinas: a Totalia e a Numeria, que era um projeto da americana Monroe.
1970-1980
A concorrência com a Olivetti em território italiano ou fora, não era fácil, uma vez que a estrutura mundial dessa marca atingia um grande volume de vendas, uma rede de distribuidores em vários países e no exterior. A produção da empresa continuou até esse período quer pela queda do comércio de máquinas mecânicas ou mesmo devido a concorrência de outras marcas. 

INZADI 
1935/1938 
máquina de somar de marca conhecida como “INZADI” foi fabricada pela empresa de Sozzi-Inzadi fundada por Angelo Sozzi e Guiuseppe Inzadi (27/julho/1898 em Milão, falecido em 24/dez/?).

Pouco se sabe sobre projetos ou produção da marca Inzadi. Sabe-se que funcionou somente por três anos, produzidas pela Fabbrica Italiana Addizionatrice Saiventi, sediada na viale Abruzzi, 52 Milão.

Neste ano, começou a produziu a Alfa, como primeiro modelo de máquina de somar para o mercado italiano, sucesso de vendas, distribuída pela empresa Cesare Verona com sede em Turim

O motivo de ter encerrado as atividades no ano de 1938, não conseguimos informações mais detalhadas, entretanto o destino das instalações foi para a Office Serio.

Outras marcas e seus modelos ainda viram....
Abaixo apresentamos três quadros com máquinas de cálculo, algumas já citadas nesta ABA, outras novidades que circulavam em diversos escritórios, mesmo sem muita expressão em vendas, quer pela falta de propaganda, ou quer por não terem sido importadas. Algumas destas, desapareceram nas décadas de 1960/1970.
As marcas Hamann, Morse, Clary e tantas outras que ainda não constam em nossas informações serão ainda detalhadas nesta ABA num momento posterior. Alguns itens estão em edição ou pesquisa, porém temos tido muita dificuldade de encontrar maiores dados. 

A ida do homem à Lua
A certeza de cálculos das engenheiras, eficientes calculadoras matemáticas da mais elevada categoria, juntamente com uso de máquinas de calcular mecânicas complexas, precisas e rápidas, previam cálculos precisão, como de inclinação do módulo de entrada na atmosfera terrestre, sua saída e todo seu trajeto. Aqui, prestamos justa homenagem mecanográfica a: Katherine Coleman Goble Johnson (26/ago/1918-24/fev/2020)

A matemática, física e cientista espacial Katherine liderou um grupo de mulheres matemáticas, chamadas de “computadores de cor” que trabalhando segregadas eram as responsáveis pelos cálculos mais avançados de exatidão incontestável.

Entrou para a NACA em 1953 através de um concurso seletivas para mulheres, em especial negras. A NACA passou a denominar-se NASA, a agência espacial norte-americana. Esse grupo de mulheres negras, produziram estudos avançados como de “Analise redução das rajadas para aeronaves NASA” apresentado com sucesso em 1º outubro de 1958.

Tinham correção na navegação astronômica, calculando trajetórias, janelas de lançamentos, caminhos de retorno de emergência, utilizadas no Projeto Mercury desde a primeira missão de John Glenn e Alan Shepard no Apollo II em 1969. Em 1959, calculou a trajetória do voo de Alan Shepard o primeiro americano no espaço. Em 1961, a janela lançamento do Projeto Mercury.

John Glenn, comandante da Apollo II recusou navegar com os cálculos apresentados pelos computadores da IBM. Afirmou que só iria ao espaço com os cálculos feitos por Katherine e suas companheiras. De fato, ela refez os cálculos, descobriu diferenças e a missão foi de completo sucesso, o final reconhecimento a essa importante cientista. 

Calculadoras Eletrônicas

A primeira aplicação do circuito integrado, desenvolvido por Jack St. Claire Kilby da Texas Instrumentos, foram largamente usados nos projetos das calculadoras eletrônicas de bolso, eram pequenas máquinas também com pouca capacidade. Abaixo, calculadora eletrônica Sumlock, antiga de 1967.

A primazia dessas calculadoras eletrônicas de bolso, tinham visor verde, alimentadas com corrente de pilhas de 1,5V. A calculadora começava agora, não só a ser utilizada no escritório, como também, a nível pessoal.

Entretanto, as primeiras calculadoras compostas por componentes eletrônicos, disponíveis na época, só foram aceitas quando veio o desenvolvimento dos materiais usados nos componentes.

Essas primeiras eram muito deficientes, o visor eram do tipo com válvulas, não havia circuito integrando resistores, diodos e capacitores. Os componentes eletrônicos eram encapsulados com material frágel resultando em muita estática e pane.
Década de 1980
Neste década o avanço das calculadoras somente eletrônicas, foi real e transformador. Seguido pelos desenvolvidos circuitos eletrônicos (CI), feitos por testes, junções e melhoria de materiais, esses equipamentos chegaram a um tipo padrão. Primeiro, só com visor numérico, depois só com impressor e por fim, completas: com visor e impressor, substituindo gradualmente calculadoras e somadoras mecânicas, movidas por motores ou alavancas.

Partindo desta década em diante, foram desenvolvidos projetos, aprimorados cada vez mais, os componentes eletrônicos, tornados assim mais eficientes e provocando menores danos, permiram fabricar máquinas de calcular confiavéis e aceitas pelo mercado.

Segundo livreto de abril de 1982, da Occidental Schools, n° 2,pode-se definir o computador como um dispositivo que resolve problemas através de cálculos, por meio de um conjunto de operações matemáticas ou lógicas, em dados ou informações, para obter a “solução do problema”.

Nessa definição entram a régua de cálculos, o microcomputador, o minicomputador, a calculadora. A diferença entre estes, se dá pela capacidade computacional, velocidade, arquitetura interna, etc., ou seja, o tipo de aplicação e finalidade a que se destinam.

No nosso caso, as calculadoras – um tipo de aparelho digital - servem somente para cálculos dos mais variados, simples ou complexos. Seu custo foi barateado como produto de consumo, por ser divido por milhões de unidades. Primeiramente, elas tinham um teclado e um mostrador numérico ou display. Algumas até podiam ser acopladas em impressoras, unidades de armazenamento como as fitas magnéticas K-7.
 Modelos padrão
No  próximo passo, as calculadoras ganharam um impressor e na fase final de sua evolução ficaram completa, com display, ou seja,  o mostrador visual numérico, o grupo impressor para conferir os dados, e uma outra estrutura de memória, ou seja, outra máquina acoplada apenas para somas e subtrações.

As calculadoras tornaram-se completas, executando todas as operações. Após a evolução dos circuitos integrados, adquirem funções específicas, aprimorando movimentos de passos em motores, surgiram outros equipamentos mecanográficos como: fax, máquinas de escrever eletrônica, máquinas de preencher cheques e outros equipamentos, fazendo uso em suas estruturas de uma complexidade eletrônica cada vez melhor.


3 comentários:

  1. Para informações via e-mail: tecle.teclas@gmail.com

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  3. Elegant Dept
    Traduza para meu idioma patrio, aquele falado no Brasil, não falo inglês, ou para o espanhol,
    italiano ou mesmo francês.

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